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ARREMESSO DO PESO Texto de: Marcos Antônio Inácio de Oliveira Filho * Enunciado Técnico: Arremessar o peso é transformar a velocidade horizontal, adquirida durante o deslocamento, em velocidade de arremesso, perspectivando o alcance da maior distância possível. Enunciado Rústico: Arremessar o peso é empurrar um objeto, qualquer, acima da linha dos ombros para frente. Resgate histórico: Na antiguidade os Celtas e Escoceses arremessavam pedras e ramos de árvores que pesavam aproximadamente 25 kg, nos seus rituais. Já na idade média, os soldados, para superar o tempo de ociosidade, arremessavam balas de canhão que pesavam aproximadamente entre 7 a 8 kg. Em 1857 foi estabelecido o peso de 7,257 Kg e o diâmetro do círculo de arremesso em 2,133m. O peso atual, segundo a regra da IAAF é de 7,260 Kg. São necessários 03 arremessos na fase classificatória e mais três serão concedidos para os oitos melhores classificados. Nos Jogos Olímpicos de Atenas (1896), segundo alguns historiadores, arremessava-se com uma mão e com a outra, ou seja, de forma bi-lateral. (Bravo, Julio e at, 2000). Categorização do movimento: Várias são as categorias encontradas para este movimento. Quanto ao grupo de provas: pertence ao dos implementos pesados; Quanto ao sistema energético: é do sistema anaeróbio alático; Quanto a natureza do movimento: quando aplicado, na prática pedagógica, no contexto escolar deve ser utilizado como um movimento natural adaptado e quando aplicado com o objetivo da competição torna-se um movimento técnico específico; Quanto a riqueza motriz: categoriza-se como um movimento acíclico misto. Técnicas do Movimento: É uma situação inerente ao ser humano a evolução. Logo nos movimentos atléticos, que são praticados pelo homem, não seria diferente. Várias são as técnicas trabalhadas pelo homem: parada, ortodoxa

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ARREMESSO DO PESO

ARREMESSO DO PESOTexto de: Marcos Antnio Incio de Oliveira Filho *Enunciado Tcnico: Arremessar o peso transformar a velocidade horizontal, adquirida durante o deslocamento, em velocidade de arremesso, perspectivando o alcance da maior distncia possvel.

Enunciado Rstico: Arremessar o peso empurrar um objeto, qualquer, acima da linha dos ombros para frente.

Resgate histrico: Na antiguidade os Celtas e Escoceses arremessavam pedras e ramos de rvores que pesavam aproximadamente 25 kg, nos seus rituais. J na idade mdia, os soldados, para superar o tempo de ociosidade, arremessavam balas de canho que pesavam aproximadamente entre 7 a 8 kg. Em 1857 foi estabelecido o peso de 7,257 Kg e o dimetro do crculo de arremesso em 2,133m. O peso atual, segundo a regra da IAAF de 7,260 Kg. So necessrios 03 arremessos na fase classificatria e mais trs sero concedidos para os oitos melhores classificados. Nos Jogos Olmpicos de Atenas (1896), segundo alguns historiadores, arremessava-se com uma mo e com a outra, ou seja, de forma bi-lateral. (Bravo, Julio e at, 2000).

Categorizao do movimento: Vrias so as categorias encontradas para este movimento. Quanto ao grupo de provas: pertence ao dos implementos pesados;Quanto ao sistema energtico: do sistema anaerbio altico;Quanto a natureza do movimento: quando aplicado, na prtica pedaggica, no contexto escolar deve ser utilizado como um movimento natural adaptado e quando aplicado com o objetivo da competio torna-se um movimento tcnico especfico;Quanto a riqueza motriz: categoriza-se como um movimento acclico misto.

Tcnicas do Movimento: uma situao inerente ao ser humano a evoluo. Logo nos movimentos atlticos, que so praticados pelo homem, no seria diferente. Vrias so as tcnicas trabalhadas pelo homem: parada, ortodoxa (deslocamento lateral), a de deslocamento, linear, de costas (Parry O'Brien) e a mais moderna e comeando a ser bastante utilizada a tcnica de deslocamento em rotao (Barischinikov).Vale ressaltar que sempre a preocupao, do homem, na evoluo da tcnica, foi o de aumentar o caminho de acelerao do implemento, conseqentemente o que teria de ser aumentado, na realidade, era o percurso do deslocamento assim o arremessador possu mais tempo de aplicao de fora no implemento e o impulso final ser maior.

Caractersticas Morfolgicas: No sistema de competio imperativa a seleo atravs da biotipologia, evidencia-se pelo fato de ser necessrio algumas caractersticas especficas, no arremesso do peso no diferente. O implemento pesado, logo se necessita de uma grande massa muscular, no confundir com gordura, para empurrar o peso distante, bvio que a massa muscular no o nico indicativo para possuir fora, porm um dos. Ao analisarmos os fatores biomecnicos encontramos trs variveis influenciveis para se conseguir uma excelente distncia arremessada, so: ngulo, altura e velocidade de sada do implemento, sendo o mais importante a velocidade de sada. Podemos observar que para se obter uma boa altura necessria uma grande envergadura e, tambm, possuir uma estatura alta. Resumo da descrio tcnica: O movimento do arremesso do peso composto por vrias fases: preparao, deslocamento, posio de fora, arremesso propriamente dito e recuperao.

TCNICA LINEAR (PARRIE O' BRIEN)

Na tcnica de deslocamento linear (de costas) o atleta dever, partindo da posio inicial, executar um "chute" para trs e para baixo com a perna contrria a de apoio, e partir para o deslocamento quando o calcanhar, da perna de apoio, for o ltimo contato, alguns treinadores recomendam usar o partir com o p todo. Ao final do deslizamento, aps a projeo dos quadris para frente e para cima o atleta precisa girar o tronco e ao ficar de frente para a rea de arremesso realizar o bloqueio do lado contrrio ao portador do implemento, para que transmita uma maior quantidade de movimento para o implemento.

TCNICA ROTACIONAL (BARISCHNIKOV)

Na tcnica de deslocamento em rotao o atleta dever, partindo da posio inicial, executar um pequeno giro a fim de somar esta energia produzida pelo movimento circular energia final do implemento. No final do movimento (arremesso e recuperao), o atleta encontra-se em posio semelhante tcnica de deslocamento de costas. Ao final do deslizamento, o atleta precisa virar o tronco e o quadril de forma enrgica, para que transmita a energia do movimento para o implemento. REFERNCIAS- CARNEIRO, Warlindo - Material didtico de Atletismo I - Corridas, Arremesso do Peso, Salto em Altura, Salto em Distncia.- CARNEIRO, Warlindo - Material didtico de Atletismo II - Lanamento do Dardo, Lanamento do Martelo, Salto com Vara, Salto Triplo, Corridas de Revezamento, Corridas com Barreiras.- CARNEIRO, Warlindo - Material didtico de Atletismo III - Corridas de Mdia e Longa Distncia, Revezamentos, Barreiras, Marcha Atltica, Salto em Distncia, Salto Triplo, Salto em Altura, Salto com Vara, Lanamento do Dardo, Lanamento do Martelo, Arremesso do Peso, Lanamento do Disco.- Confederao Brasileira de Atletismo - Regras Oficiais de Atletismo. So Paulo: Phorte Editora, 2003.- FERNANDES, Jos Lus - Atletismo: arremessos. So Paulo: EPU: Ed. Da Universidade de So Paulo, 1978.

*Marcos Antnio Incio de Oliveira Filho - [email protected] em Educao Fsica pela Universidade de PernambucoEspecializao em Reabilitao Cardaca e Exerccios para Grupos Especiais - UGFrbitro da Federao Pernambucana de Atletismo.Oficial Anti-Doping da CBAt (Confederao Brasileira de Atletismo).

Saltos

Constituem-se basicamente de dois tipos de movimentos, os cclicos e os acclicos.Tem como objetivo: superar foras - atrito, gravidade e resistncia.So compostos de 4 fases: acelerao, impulso, vo e queda.

Caracterizam-se por uma parbola que determinada pela relao entre os fatores bsicos:Altura de sada do centro de gravidade;ngulo de sada do centro de gravidade;Velocidade de sada (horizontal e vertical) do centro de gravidade

Fatores determinantes dos saltos: Velocidade Vertical;Velocidade Horizontal;ngulo;Altura do Centro de Gravidade.

SALTO EM DISTNCIAEsse salto efetuado em uma rea dividida em trs segmentos: uma pista de impulso com um mnimo de 45m de comprimento; uma tbua de madeira macia com 1,22m de comprimento, 20cm de largura e 10 de espessura, fixada ao solo ao nvel da pista de impulso, antes da caixa de areia e a caixa em si, onde o atleta deve cair ao saltar. O solo da pista de impulso pode ser de saibro, terra fina ou carvo e podendo ser utilizado o tartan.

Como saltar: Primeiro o atleta se concentra para saltar, imagina mentalmente seu salto e em seguida inicia uma corrida em direo a caixa de areia: comea devagar e vai aumentando gradativamente a velocidade. Estabiliza a velocidade e bate o p em que tem maior destreza (mais domnio de movimetos) na tbua de salto (aproximao) e se impulsiona para saltar.Obs: a impulso s pode ser feita com o p de apoio na tbua de salto. Se o atleta queimar, colocando o p fora da tbua, o salto ser considerado como uma falha.Feita a impulso, o saltador lana a perna, que est livre para a frente ganhando elevao e desenvolvimento horizontal.

Medio e Regras: A distncia do salto ser medida do ponto em que o saltador tocou a areia at a tbua de salto. Se o saltador, ao cair colocar as mos para trs para se apoiar, ser medido a partir do local em que tocou o cho com as mos.O existe uma linha limite para o salto que fica na borda da tbua e deve ser coberta de areia mais fina, cal ou outro material que possibilite registrar a impresso do p do atleta, se caso ele pisar alm da linha. Geralmente s pode cometer 2 dessas faltas a terceira o atleta est fora.O atleta pode tentar apenas trs saltos onde ser computado o melhor deles. A medida do salto, geralmente, feita em ngulo reto, do ponto atingido pelo atleta, com qualquer parte do corpo, na caixa de areia, at a linha limite. Considera-se como ponto atingido a marca mais prxima a essa linha limite. Se o atleta cair fora da caixa de areia considerado falta. Se isso se der na terceira tentativa, o saltador eliminado, pelo juiz da prova ou seus auxiliares.

A distncia aferida se divide em trs:Distncia horizontal "CI"- a distncia entre a extremidade distal da tbua de impulso e a projeo vertical do centro de gravidade no momento da impulso.Distncia de vo "CII - Distncia entre o fim da impulso e o momento do ataqueDistncia de queda "CIII"- Distncia entre a projeo da curva da parbola e o toque aferido.

Fatores que determinam as distncias:CI: Capacidades fsicas, preciso da impulso, posio do corpo no momento da impulso;CII:Altura do centro de gravidade, ngulo de sada e velocidade da sadaCIII: Posio do corpo e aes na queda.

Fases do salto em distncia:

1.Corrida de Aproximao:Objetivos: Levar o indivduo a uma posio tima para a impulso com tanta velocidade quanto se possa controlar em eficincia.Complemento: varia de acordo com a capacidade de adquirir velocidade do indivduo e do seu nvel tcnico em mdia de 39 a 45 metros (17 a 22 passos)Fases: Preparao, acelerao e manuteno.Adaptao: varia de 3-4 passos; ocorre um rebaixamento do centro de gravidade e a penltima passada maior e a ltima menor.

2.Chamada: Objetivos: obter velocidade (elevao) procurando matner a velocidade horizontal to alta quanto possvel. a fase mais importante e mais difcil do salto. Tem a durao mdia de 11-13 centsimos de segundo.Apoio - feito de forma ativa ("patada"), num ngulo de flexo de pernas de aproximadamente 170 graus e de 118 a 120 graus com o solo.Absoro - atravs da pequena flexo das articulaes dos tornozelos, joelhos e quadris;Extenso - rotao de membros iniciado pelo quadril, braos assimtricos e perna de elevao; extenso dos joelhos impulsora (para trs e para baixo); corpo ereto; ngulo de sada entre 18-22 graus.

3.Vo: Objetivos: criar uma posio tima do corpo para se obter uma queda controlada (evitar rotao do tronco para frente).Inicia-se com a perda do contato com o solo e o saltador no poder modificar a trajetria da parbola do centro de gravidade a ps ter perdido o contato com o solo, termina ao segmentos do corpo e o centro de gravidade de modo a facilitar as aes da queda.Tcnicas: grupado; peito (extenso) e tesoura.

4.Queda: Objetivos: posicionar o corpo de modo a facilitar as aes para o melhor aproveitamento das massas corporais nos movimentos de rotao em busca da melhor eficincia do salto (menor CIII). Procurar diminuir ao mximo as foras de reao do solo.Tcnicas: rotao frontal e rotao lateral.

Como executar o Salto em Distncia:Sem reduzir em absoluto a velocide adquirida, coloque o p de impulso sobre a tbua. O outro ser lanado frente como um passo de corrida, mas com maior elevao, direcionando o movimento. Simultaneamente ambos os braos e principalmente o correspondente ao p de impulso sero lanados frente, elevando os ombros.A velocidade adquirida ser aproveitada para dar maior amplitude ao salto, pois tambm a amplitude depender da altura proporcionada ao salto que poder ser obtido com uma enrgica extenso de pernas de impulso, obtendo um bom lanamento com a outra perna.Vo: Braos extendidos e levados atrs simultaneamente, as pernas e todo o corpo distende-se projetando o quadril frente. No movimento do salto, o p de impulso ao perder contato com o solo dever permanecer inativo, isto , a perna prosseguir sem tenso pois progressivamente se levar frente.Queda: Antes da cada se extendero as pernas acima frente com grande energia. E se lanaro os braos para frente e pra baixo, tendo a sensao de que o tronco gira as pernas. Quando os ps tocam o solo, a pelvis ser impulsionada para frente assim como os braos para impedir que se desequilibre e cia com os braos atrs. Ao cair junte os calcanhares.

SALTO TRIPLOEsse salto utiliza as mesmas regras do salto em distncia, com exceo de que a tbua e a linha limite do salto ficam no mnimo a 11m da caixa de areia. Para o salto utilizado uma tcnica onde o atleta deve cumprir trs etapas sucessivas: um primeiro salto, antes da linha limite, para cair sobre o mesmo p do impulso; um segundo salto, caindo sobre o outro p; e finalmente o terceiro salto, que lhe permite cair com os dois ps na caixa de areia (deve executar este salto final com toda a fora para projetar-se para a caixa de areia com a maior distncia possvel).

Regras: A ordem de saltos dos atletas sorteada. Assim como no salto em distncia, o atleta faz 3 tentativas e lhe computado o melhor dos trs.Quando houver mais de oito competidores, cada um ter direito a trs tentativas e os oito competidores com os melhores resultados da prova tero direito a mais trs tentativas, sendo que, no caso de empate em oitavo nos trs primeiros saltos, todos os competidores tero tambm direito a mais trs tentativas.O primeiro salto deve ser dado de forma que o competidor corra com o mesmo p com que foi dada a impulso; no segundo, ele deve cair com o outro p; a partir da o salto completado. considerado falho o salto em que o competidor, enquanto estiver saltando, tocar o solo com a perna "inativa". Aplicam-se ao salto triplo todas as demais disposies sobre as faltas previstas para o salto em distncia.A pista deve ter uma largura mnima de 1,22m e seu comprimento ilimitado, devendo ter, no mnimo 40m. O mximo permitido para a inclinao lateral da pista 1:100 e para inclinao global na direo da corrida de 1:1000.Na pista no podem ser colocadas marcas, mas ao lado de fora o competidor pode colocar marcas (fornecidas pelos organizadores). Nenhuma marca pode ser colocada na caixa de areia. Depois de iniciada a prova, os competidores no devem ter mais permisso para usar a pista para efetuar tentativas experimentais.

Componentes bsicos: Velocidade;Potncia;Coordenao;Equilbrio;Flexibilidade;

Condies bsicas ao salto triplo: Boa distribuio entre as distncias dos saltos;Obter uma relao ideal entre as velocidades horizontal e vertical de modo que se possa:

Obter uma trajetria do centro de gravidade to longa quanto possvel;Obter a menor perda possvel da velocidade horizontal;Adaptar os ngulos resultantes de sada a cada salto suas caractersticas.

Regras:O segundo salto deve ser dado com a mesma perna e o primeiro e o terceiro salto com a outra perna.O p inativo no poder tocar o solo;No pode-se ao saltar cair fora da pista ou da caixa de areia;Tbua: a 13 m da caixa de areia;Conta-se como vlido o toque mais prximo da tbua de impulso

Corrida de Aproximao: Objetivos: Adquirir velocidade horizontal; preparar para a primeira chamada com equilbrio e coordenao.Distncia: +/- 30-40 metros ou 15 -20 passos (varia de acordo com o saltador vai adquirir velocidade)Medida da tbua de impulso: 13 m at a marca.

1.Salto (hop): chamada - vo e quedaEfetuado com a perna mais forte (dois primeiros);Tempo de contato com o solo menor que no salto em distncia (menor diminuio velocidade horizontal);ngulo resultante de sada ligeiramente inferior ao S.D (14 16);Grande importncia do equilbrio e a coordenao de movimentos, o que ir determinar os prximos saltos;Menor rebaixamento do centro de gravidade;Troca de pernas em fase de vo (incio de movimento de tesoura);

2. Salto Step ou Parada: o menor dos trs saltos devido a maior dificuldade de elevao;Inicia-se contato da perna de impulso tocando em cheio o solo (maior sua absoro de impacto);Pequena flexo de perna de impulso (maior tenso elstica);Perna de impulso sofe grande presso (at 6 vezes o peso do atleta)- quanto maior o ngulo maior a presso;A chama realizada com um movimento de "patada"onde o saltador faa um movimento brusco com a perna para trs e pra cima, tentando assim reduzir a perda de velocidade horizontal;O ngulo resultante de sida menor que o salto da distncia;Fase de vo, correo do equilbrio atravs da rotao horizontal dos braos, colocando o Centro de Gravidade no lugar.

3. Salto Jump: aquele realizado com a perna de elevao (+ fraca);Toque sobre a planta do p (maior absoro de impacto);Movimento de "patada"ativa na chamada pra reduzir a perda de velocidade horizontal;Maior tempo de contato com o solo (19 a 25 c);Fase vo prximo do Salto em Distncia, tendo como diferena apenas a velocidade horizontal menor, provocando uma menor fase de vo. Para tal utiliza-se outro tipo de estilo o tipo peito e o carpado.A correo do equilbrio feita atravs da rotao horizontal de braos, na fase de vo.

Fontes: Silva, N. Pitham, Atletismo, Cia Brasil Ed, SP Watts, Denis, ABC do Atletismo, Ed. Presena Ltda, 1974, Lisba Regras Oficiais de Atletismo - CBAT.

Saltos

SALTO COM VARAObjetivo: Transpor o sarrafo.Esse salto, assim como o triplo so considerados masculinos,devido a grande exigncia do atleta de bastante tcnica, fora fsica e equilbrio muscular apurados.Basicamente, consiste em ultrapassar um obstculo (sarrafo) colocado a uma determinada altura, utilizando como impulso uma vara que apoiada no solo e projeta o atleta para cima.

Regras:A pista deve medir no mnimo 45m, ao fim da qual se acha enterrada, ao nvel do piso uma caixa de apoio com 1m de comprimento, 60cm de largura, no incio e apenas 15 junto ao obstculo. Essa caixa feita de madeira ou metal, enquanto o obstculo consta de dois suportes verticais e uma barra horizontal - ou sarrafo - de seco triangular, com 3mm de lado, mas com 3,86 a 4,52m de comprimento e 2,260kg de peso mximo. Como na prova de salto em altura aps o obstculo se coloca o port--pit, com 1m de altura e 5 de lado, para amortecer a queda do saltador.A vara utilizada para impulso de material, comprimento e dimetro escolha do atleta, mas ele s poder revesti-la com duas voltas de fita adesiva de espessura uniforme. Atualmente, os saltadores usam vara de fibra de vidro, por sua grande resistncia e flexibilidade, com peso e comprimento que variam em razo das caractersticas fsicas do prprio atleta.As regras observadas na salto em altura, no que toca ao nmero de tentativas, faltas permitidas e direito de recusar-se a transpor determinadas marcas, com o objetivo de guardar-se para outras maiores, so aplicveis ao salto com vara.Nessa prova, o saltador deve correr pela pista de impulso, segurando a vara com as duas mos em pontos escolhidos por ele mesmo, finc-la na caixa de apoio, projetar-se para cima em impulso obtido com a flexo da vara e transpor o obstculo sem derrub-lo. importante que ele largue a vara no momento exato, pois mesmo que salte o obstculo, se a vara derrubar o sarrafo, conta-se isso como falta. O saltador tambm no pode, uma vez fincada a vara na caixa de apoio, mudar a posio de suas mos na vara, trs dessas faltas o eliminam.

Fatores que interferem em um bom salto:Velocidade HorizontalVelocidade VerticalFlexibilidadeCoordenao de membros superioresCoordenao de membros inferioresFora (para invergar a vara)Material adequado

Tipos de Saltos:Vara RgidaVara Flexvel

Como Saltar:Com a vara, o centro de gravidade jogado para frente do corpo, sendo uma dificuldade que deve ser diminuda para se chegar ao xito.

Energias utilizadas:Energias Dinmicas (vara rgida):Velocidade da CorridaImpulso no SoloRepulso da Vara

Energias Dinmicas (vara flexvel):Energia mecnica desenvolvida pela vara (na invergadura transfere-se a fora e energia cintica para energia mecnica)

Fases do Salto com Vara:Corrida de aproximao;Impulso;Transposio;Queda;

Caractersticas das fases e como fazer o Salto Com Vara :Corrida de aproximao: O atleta deve ser extremamente coordenado pois a vara por ser grande desenvolve um desequilbrio tal, forando o atleta projetar o centro de gravidade da vara para o seu (elevando a ponta da vara para trs). Uma grande importncia tambm dada a empunhadura. Carregar sempre a vara do lado contrrio da perna de impulso para no atrapalhar a dinmica do salto. Os braos devem estar abertos do lado contrrio do p de impulso. Abaixa-se a ponta da vara e a mo do p de impulso eleva sua ponta, a fim de buscar o equilbrio. A corrida deve ser ritmada para acertar o salto no tempo certo a vara no "take off"e coordenar. Se o atleta errar o passo no conseguir encaix-la, ou seja, se perder o rtmo desta corrida vibrar excessivamente a vara dificultando o alinhamento da passada.

Impulso: Existem dois movimentos de pndulo. 1) Vara sobre o solo e 2) Homem sobre a vara.O movimento de rotao gera o pndulo e quando ela travada naturalmente cria um movimento de pndulo. Com a rotao dos segmentos no ar (lanamento de elevao da perna), ir subir em posio de "L". A acelerao criada pelo pndulo, ao empurrar a vara para baixo e para trs ganhar uma fora para cima e para frente. Acelera girando o corpo para baixo entra com as pernas para o sarrafo. O Atleta empurra a vara e cai sentado sobre o colcho. A transferncia da energia cintica pra energia mecnica ocorre quando o atleta trava com a mo da frente (empurra a vara) e abaixa com a de trs, envergando-a. Quando este atleta freia, a energia transferida para a vara e consequentemente para o centro de gravidade pela frente.

Transposio ou Repulso: Aps girar o corpo, lanar as pernas, flexionando os joelhos e elevando os quadris. Os braos vo para trs, provocando a queda sentado no colcho de HO.

Queda: Carpa-se o corpo elevando os quadris e em seguida cai-se sentado no colcho.

SALTO EM ALTURADefinio: Sequncia de movimentos cujo objetivo a trasposio de um obstculo vertical.Objetivos: levar as vrias partes do corpo as posies mais favorveis relativamente uma as outras a fim de se evitar derrubar o sarrafo. Utilizar da acelerao ou retardamento da rotao para transpor o sarrafo; criar condies favorveis a segurana da queda.

Medidas Determinadas: H1=Altura do Centro de Gravidade (condicionado pelo porte fsico - medida do CG ao solo)H2=Altura mxima alcanada pelo CG (ponto mximo do CG - Nvel de impulso alcanado)H3=Altura entre o H2 e o Sarrafo (Quanto o atleta aproxima o CG do Sarrafo - Quanto maior o H3, maior a eficincia do salto.)

Fatores determinantes:Velocidade de Sadangulo de SadaAltura de Sada

Consideraes Bsicas: Todo movimento realizado pelo indivduo durante o vo provoca um movimento reativo em sentido contrrio.Os movimentos rotativos devem ser predeterminados na chamada.Os movimentos rotativos podem ser modificados por meios de movimentos correspondentes de segmentos corporais durante o vo.

Regras:O local em que se realiza essa prova uma pista em forma de leque, tambm construda de tartan, em cuja parte mais estreita se situa o obstculo a transpor. Esse obstculo consta de dois suportes verticais, que sustentam uma barra horizontal de seco triangular, com 3mm de lado, 3,64 a 4m de comprimento e 2kg de peso mximo. Atrs do obstculo, coloca-se um acolchoado de 4 por 5m, que modernamente substitui os antigos tanques de areia, para amortecer a queda do saltador. A pista de impulso deve Ter um comprimento mnimo de 18m. O acolchoado, com 1m de altura, chama-se pot--pit e foi oficialmente aprovado em 1968.

Antes de iniciar uma prova de salto em altura, so anunciadas pelo juiz as sucessivas marcas em que a barra horizontal - ou sarrafo - ser colocada. Os saltadores tm direito a trs tentativas para ultrapass-la. Esbarr-la de leve, com qualquer parte do corpo, sem a derrubar, no considerado como falta. Essa s ocorre quando o sarrafo cai dos suportes, sendo que aps a terceira tentativa sem xito, o saltador desclassificado. A ele dado tambm, o direito de recusar-se a saltar qualquer marca que considere facilmente ultrapassvel, guardando-se para alturas maiores.O arranco do solo deve efetuar-se sempre com um s p, mas o saltador pode transpor o pulso que achar convenientes. No salto em altura moderno h duas tcnicas mais usadas: a do salto clssico, no qual o atleta transpe o sarrafo de frente para o solo, e o estilo aperfeioado pelo norte-americano Robert Fosbury, em que pelo contrrio, o atleta salta de costas.

Caractersticas do Salto:Corrida de aproximao: Bem ritmada evitando correr muito devagar para no fazer a chamada muito perto do sarrafo.Objetivos: produzir uma acelerao horizontal que perrmita uma converso tima pra a vertical com um ngulo de sada favorvel (60 a 65); Preparar uma chamada ritmada e eficiente; proporcionar um ngulo de sada favorvel o qual ser determinado pela corrida. Tcnicas: Deve ser feita em linha reta; com velocidade controlada, que permite uma boa converso; a direo da aproximao varia de acordo com a tcnica a ser utilizada e a perna de impulso. Temos assim:

EstilosnguloLado de Aproximao

Tesoura25 a 45Contrrio perna de impulso

Rolo Dorsal25 a 45Contrrio perna de impulso

Rolo Ventral-Mesmo Lado

R45 a 65Mesmo Lado

Fases: Acelerao (para um bom salto aumenta-se a amplitude da penltima passada e diminui a ltima passada. Inicia o movimento de flexo das pernas, concomitantemente elevao dos braos; Preparao da chamada, 2-3 passos.

Fatores bsicos: rebaixamento do CG na fase de adaptao (penltima passada que a ltima); Criar condies favorveis a uma boa utilizao das massas corporais em movimentos de balano (braos e pernas) de tal modo que a velocidade e amplitude possam alcanar o seu mximo; Boa utilizao das foras reativas dos msculos e ligamentos.

Chamada: Objetivo: Travar a velocidade horizontal e converter em movimento quase vertical; desenvolver uma grande velocidade de sada e criar um ngulo do valor timo; produzir os momentos de rotao necessrios para a transposio. Realizada no espao de tempo de 0,15 - 0,25 segundos.

Fases: Amortecimento - inicia-se com assentametno do p de impulso;ocorre a extenso do joelho; movimento de rotao cclica de perna de elevao e braos geram fora de flexo de joelhos; com a flexo do joelho os msculos reagem procurando recuperar a extenso e assim gerar a energia para a impulso; quando CG atinge seu ponto mais baixo termina a fase de amortecimento; tronco ligeiramente inclinado para trs.

Vo ou Impulso: Inicia-se com o travamento da rotao dos braos e pernas livre. Um ngulo de 135 - 145; Movimento de rotao dos quadris sobre o eixo horizontal; extenso da coxa, joelho, perna e p no movimento de impulso quando CG passa pela posio vertical do ponto de apoio; A rotao dos braos e perna livre facilita a rotao sobre o sarrafo.

Transposio e queda:Tcnicas: Rolo ventralRolo Californiano "Ra"Tesoura DorsalTesouraFlop Fousbury (mais usado)

Salto Flop FousburyCorrida de aproximao: Objetivos: idnticos aos demais saltosTcnica: a corrida de aproximao inicia-se em linha reta e passa a ser feita em curva durante as ltimas paradas. Aproximadamente 15 passos; o raio da curva, em funo da velocidade de aproximao maior quando a velocidade aumenta (quanto mais fechada maior a fora centrifuga); A distncia do ponto de chamada maior (2m) do sarrafo; Com velocidade a fora centrfuga auemtna, o saltador dever inclinar-se para dentro da curva para compensar esta fora; ponto de impulso na projeo vertical do CG e o sarrafo; rebaixamento do CG na ltima parada; rotao da perna de elevao.

Chamada: Inicia-se com uma impulso da perna de elevao num movimento explosivo, quanto mais alto elevar a perna mais ela vai aumentar a fora centrfuga; o tronco deve estar na posio quase vertical; o ponto de imulso deve estar um pouco fora do CG (rotao); movimento de rotao dos braos e pelos ombros em momentos diferentes.

Transposio e queda:Ao perder o contato com o solo o corpo subir at a posio horizontal, onde os ombros e a cabea se situarem sobre o sarrafo; O atleta a partir deste momento deever deixar cair o ombro e a perna o que elevar o quadril; no prximo momento ele dever tentar elevar a cabea e tocar o queixo no peito o que far um rebaixamento do qudril e a elevao das pernas; aps a transposio das pernas elas so estendidas na vertical e mantm-se at a queda; a queda de costas dever ser amortecida pela utilizao dos braos em toques antecipados ao colcho.

Fontes: Silva, N. Pitham, Atletismo, Cia Brasil Ed, SP Watts, Denis, ABC do Atletismo, Ed. Presena Ltda, 1974, Lisba Regras Oficiais de Atletismo - CBAT.