Atividades Recreativas e Psicomotricidade No Contexto Hospitalar - Parte i

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    ATIVIDADES RECREATIVAS E

    PSICOMOTRICIDADE NO CONTEXTO

    HOSPITALAR

    PARTE I

    Conteudista

    Prof. Me. LENITA CARMELLO DE ALMEIDA

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    Introduo

    Conforme estudos anteriores, a hospitalizao pode se caracterizar

    como uma experincia e perodo bastante negativos na vida de uma criana ou

    jovem trazendo-lhes prejuzos psicoemocionais irreversveis.

    Diante dessa perspectiva, o brincar no contexto hospitalar se destaca

    como fundamental para garantir a essas crianas e jovens hospitalizados maior

    conforto bem como diminuir os traumas e ansiedade derivados do contexto

    vivido, alm disso, essa atividade est prevista em lei.

    Ao brincar, a criana tem a possibilidade de vivenciar o momento de

    forma autnoma ressignificando-o, elaborando seus conflitos interiores e

    modificando seus desejos. Tal atividade, alm de se constituir uma funo

    teraputica, se constitui tambm como vlvula de escape para as emoes

    sentidas nesse contexto adverso.

    Para alm dos benefcios psicoemocionais, as atividades recreativas

    contribuem com o desenvolvimento psicomotor do indivduo.A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade a conceitua como sendo:

    Uma cincia que estuda o homem atravs do seu movimentonas diversas relaes, tendo como objeto de estudo o corpo ea sua expresso dinmica. A Psicomotricidade se d a partir daarticulao movimento/ corpo/ relao. Diante do somatrio deforas que atuam no corpo - choros, medos, alegrias,tristezas... - a criana estrutura suas marcas, buscandoqualificar seus afetos e elaborar as suas ideias. Vai

    constituindo-se como pessoa. (OTONI, 2007, s/p).

    Sendo assim, de acordo com Araujo e Silva (2013), podemos dizer que

    atravs do seu corpo que a criana descobre o mundo, explora situaes,

    experimenta sensaes expressando-se, percebendo-se e percebendo o que

    as cerca. a partir da explorao do concreto que a criana desenvolve a

    conscincia de si e do mundo externo.

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    Portanto, atividades recreativas por si s so potencializadoras do

    desenvolvimento psicomotor da criana.

    Mas , o que rec reao?

    Recreao vem do latim recrearee significa recrear. Segundo Behrmann

    (2011), uma atividade fsica ou mental a que o indivduo estimulado para

    satisfazer suas necessidades fsicas, psquicas ou sociais e cuja realizao lhe

    causa prazer, alegria, distrao. Podemos dizer, portanto, que toda e qualquer

    atividade que provoque alegria, distrao, divertimento pode ser considerada

    uma atividade recreativa, nesse sentido, desde a leitura de um livro (atividade

    que no requer movimento fsico) a jogos e brincadeiras em geral.

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    A recreao fundamental para o desenvolvimento humano em uma

    perspectiva que considera o ser humano em sua totalidade, como um ser

    global. Nesse sentido, os aspectos sociais, cognitivos, morais/ticos e motores

    so desenvolvidos. Uma mesma atividade recreativa possibilita o

    desenvolvimento de todos os aspectos mencionados. Por exemplo, brincar de

    esconde-esconde desenvolve o aspecto social medida que um grupo de

    crianas esto se divertindo juntas, o que melhora o convvio social.

    Desenvolve tambm o aspecto cognitivo medida que novos esquemas

    mentais podem ser estruturados, alm de facilitar a assimilao de contedos.

    O aspecto moral/tico tambm privilegiado medida que preconceitos e

    diferenas de gnero, raa, cor so esquecidas, permitindo aos envolvidos um

    convvio harmonioso. Outrossim, o aspecto motor medida que desenvolve

    habilidades motoras como correr, pular, andar, desviar, pegar importantes para

    o desenvolvimento humano.

    Sendo assim, as atividades recreativas devem ser consideradas no

    atendimento a crianas e jovens hospitalizados contribuindo, assim, no

    apenas para diminuir os prejuzos psicoemocionais derivados do perodo vivido

    como tambm diminuindo os prejuzos biopsicossociais a que esses indivduos

    ficam sujeitos.

    Nesta unidade, vamos apontar algumas atividades que podem ser

    trabalhadas no ambiente hospitalar quando da hospitalizao infantil em uma

    perspectiva humanizadora e globalizadora do ser humano enquanto ser

    biopsicossocial.

    1. Recreao hospitalar: aspectos fundamentais da discusso

    Antes de tudo, preciso salientar que toda atividade requer

    planejamento. A ao do pedagogo hospitalar, enquanto profissional da

    educao, deve ser intencional e requerer objetivos claros. A ao no pode

    ser pela ao, seno, a funo deste profissional perde o seu sentido no

    contexto hospitalar.

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    Desse modo, o planejamento de uma atividade recreativa tambm deve

    partir de objetivos definidos antecipadamente e considerar alguns aspectos

    para que a ao educativa seja assertiva e alcance os resultados desejados

    como, por exemplo, o gnero (feminino/masculino), a faixa etria, a patologia e

    a condio psicoemocional do paciente visto que atividades recreativas no

    devem ser obrigatrias.

    Estes elementos so fundamentais para que a prtica a ser

    desenvolvida tenha resultados. Isso porque os interesses de uma menina so

    diferentes dos interesses de um menino que, por sua vez, so diferentes dos

    interesses de uma jovem ou de um jovem. A menina sempre prefere bonecas e

    o menino, carrinhos, embora isso no seja uma regra. Como o pedagogo

    hospitalar conhece seu grupo apenas depois deste ser submetido

    internao, faz-se necessrio direcionar a ao de modo mais pontual em um

    primeiro momento. Depois, quando o profissional j estiver mais familiarizado

    com o grupo, pode-se aprofundar mais nos gostos pessoais e preferncias de

    cada um e partir disso para o planejamento das atividades.

    Outro aspecto importante quando do planejamento de atividades a

    patologia da criana que, muitas vezes, a impede de sair do leito hospitalar. s

    crianas e jovens neste quadro devem ser oferecidas alternativas, pois muitas

    atividades podem ser realizadas no prprio leito como, por exemplo, contao

    de histrias, fantoches, dramatizaes, pinturas, desenhos, entre outros. Os

    brinquedos podem ser levados ao leito.

    A condio psicoemocional do paciente deve ser considerada, pois

    como mencionado anteriormente, as atividades recreativas no podem ser

    impostas. Se a criana ou jovem ou a famlia destes no aceitarem as

    atividades propostas, deve-se respeitar e tentar novos ensaios em outromomento, mas nunca deixar de tentar.

    1.1 Atividades recreativas na brinquedoteca hospitalar

    Conforme estudo anterior, a brinquedoteca um espao ldico que

    permite criana imaginar, brincar com suas fantasias, elaborar seus medos,

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    desejos, inseguranas facilitando, assim, a adaptao rotina hospitalar e

    recuperao de sua sade.

    Mas, qual ou deveria ser o acervo de uma brinquedoteca

    hospitalar?

    As brinquedotecas devem conter um acervo diversificado de brinquedos

    para que possam atender todas as faixas etrias e as necessidades/interesses

    que os usurios apresentam.

    De acordo com Paula et. al (2007), existe dois tipos principais de

    brinquedos no mbito da interveno pedaggica: os didticos e os ldicos,

    mas a autora ressalta que, qualquer tipo de brinquedo, se bem explorado,

    possibilita a aprendizagem.

    Os brinquedos didticos so aqueles planejados com a inteno de

    estimular a aprendizagem do usurio alfabetizando, ensinando matemtica

    e/ou outros conceitos. Exemplos de brinquedos didticos so os domins,

    desde o tradicional que ensina bases matemticas at os com figuras que

    trabalham vrios conceitos como higienizao, alfabetizao, pessoas, letras,

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    Os brinquedos ldicos so aqueles que trabalham com a imaginao em

    que a criana projeta, a partir do brinquedo, sua viso-de-mundo aperfeioando

    seu conceito sobre ele. Quando a criana brinca de cozinhar, por exemplo,representa e imita aquilo que ela j viu um adulto fazer. Exemplos de

    brinquedos ldicos:

    Os brinquedos mais comuns em brinquedotecas so os mais tradicionais

    e conhecidos das crianas por fazer parte de seu cotidiano como o carrinho,

    boneca, cozinha, fantoche, brinquedos de montar em geral e pintura. Alm

    disso, fazem parte de seu acervo por atender a todas as crianas e por ser de

    fcil higienizao e conservao.

    O carrinho um brinquedo que estimula e desenvolve a criatividade, a

    coordenao motora e a imaginao.

    A boneca se constitui importante recurso para o desenvolvimento infantil

    medida que permite criana exercer poder sobre ela imitando o mundo do

    adulto no que se refere ao zelar, cuidar, amar, proteger, etc. ainda

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    considerada um brinquedo de afeto por trazer segurana e fazer companhia

    criana.

    A cozinha representa uma situao cotidiana observada pela criana.

    Por ser considerado um local perigoso, geralmente, a criana no tem acesso a

    ele e, ao brincar, projeta esse desejo de poder cozinhar no brinquedo, se

    imaginando nessa situao e imitando o mundo do adulto.

    O fantoche favorece a linguagem, a criatividade, imaginao,

    interpretao e, principalmente, a ateno das crianas. Se bem planejado, se

    constitui de importante recurso no combateaos efeitos da hospitalizao.

    Os brinquedos de montar favorecem o desenvolvimento da coordenao

    motora e do raciocnio. Podem ser quebra-cabeas, peas de encaixe e ainda

    h os pedaggicos em que as montagens resultam em palavras, situaes,

    clculos, entre outros.

    As atividades artsticas, tambm chamada de arteterapia, como pintura,

    colagens, dobraduras, desenho, lpis, hidrocor, giz de cera, massinha de

    modelar, mscaras, colagens, dentre outros, permite criana expressar

    livremente os seus sentimentos. Alm disso, para as crianas que apresentam

    dificuldades em comunicar verbalmente os seus desejos e necessidades, a

    pintura se constitui como recurso assertivo e de defesa dos direitos da criana

    hospitalizada.

    Alm destes brinquedos, bolas, jogos de tabuleiro, artesanais, fabricados

    com sucatas pelas prprias crianas, brinquedos especiais ou adaptados para

    crianas com movimentos limitados devido a sua enfermidade, para crianas

    cegas ou com dificuldades de fala e escuta e at para crianas que esto

    isoladas no hospital devem fazer parte do acervo e ser oferecidos para entreter

    as crianas, lembrando que os brinquedos devem estar em consonncia faixaetria dos usurios.

    H ainda dois tipos de atividades que podem ser propostos s crianas.

    O primeiro tipo de atividade o chamado brinquedo dirigido. Nessa atividade,

    os brinquedos devem ser previamente escolhidos pela equipe sendo estes

    especficos ao processo de hospitalizao como, por exemplo, bonecas

    pacientes, seringas, estetoscpios, ambulncias, bonequinhos mdicos, entre

    outros. Atravs dessa atividade a criana expressa sentimentos especficos do

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    momento vivido, elabora suas fantasias, desmistifica o ambiente hospitalar.

    recomendvel que o pedagogo acompanhe a atividade procurando estimular a

    dramatizao e verbalizao dos fatos por parte da criana.

    A segunda atividade a do brinquedo livre em que so usados

    brinquedos diversos e as crianas brincam de maneira livre, no entanto, o

    pedagogo pode intervir orientando e apoiando a criana caso seja necessrio.

    importante que o pedagogo esteja atento, na aplicao de ambas atividades,

    aos sentimentos expostos pela criana procurando auxili-la na elaborao

    desses sentimentos e no entendimento do processo de internao. Vale

    ressaltar que, criana impedida de sair de seu leito, devem ser oferecidas

    atividades no local.

    Alm dos brinquedos em geral, outras atividades podem ser

    desenvolvidas neste espao, so elas a dramatizao e a musicoterapia.

    A dramatizao pode ser utilizada como recurso em que as prprias

    situaes decorrentes da hospitalizao sirvam de tema. Segundo Chiattone

    (2003 apud BARROS e LUSTOSA, 2009), as crianas podem se vestir com

    roupas usadas pela equipe de sade bem como mscaras, aventais, seringas,

    maleta de mdico, entre outros. Tal experimentao possibilita criana se

    aproximar e espelhar a conduta dos profissionais de sade. A autora ainda

    aponta que essa atividade talvez a mais favorvel em termos de expresso e

    elaborao dos sentimentos das crianas internadas.

    A musicoterapia se constitui de tratamento teraputico que, a partir da

    msica, trata de problemas tanto de ordem fsica quanto de ordem emocional

    ou mental. A msica promove o equilbrio entre o pensar e o sentir, alm de

    provocar a improvisao de movimentos que proporcionam prazer ao paciente.

    Essa tcnica pode auxiliar as crianas em processo de hospitalizao de modoa promover formas de socializao, diminuio do estresse, criatividade e

    relaxamento.

    Pode-se citar ainda importncia da biblioteca e at mesmo da utilizao

    de instrumentos musicais como atividades alternativas e fundamentais para

    amenizar os efeitos da hospitalizao, promover o desenvolvimento da criana

    e a recuperao de sua sade. Atravs de projetos possvel tornar realidade

    uma biblioteca hospitalar e um local que rena instrumentos musicais.

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    Consideraes Finais

    Nesta unidade, estudamos algumas atividades que podem ser

    desenvolvidas na brinquedoteca hospitalar reafirmando, novamente, a

    importncia desse espao para a recuperao da sade e amenizao dos

    possveis efeitos que o processo de hospitalizao pode causar,

    principalmente, em crianas.

    Nesse sentido, destaca-se o papel do pedagogo como fundamental para

    criar, inovar em atividades pertinentes a cada faixa etria, condio clnica e

    psicoemocional de cada paciente.

    As possibilidades no se esgotam aqui neste texto. A qualidade e

    diversificao das atividades desenvolvidas junto a crianas hospitalizadas

    varia de acordo com a criatividade e empenho da equipe responsvel pelo

    atendimento pedaggico-educacional.

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    Referncias Bibliogrficas

    ARAUJO, A. S. G.; SILVA, E. R. da. As contribuies da psicomotricidade naeducao infantil. Disponvel em:http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0116.htmlAcesso em 01, out, 2014.

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    OTONI, B. B. V.A psicomotricidade na educao infantil. Disponvel em:

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    PARCIANELLO, A. T.; FELIN, R. B. E agora doutor? Onde vou brincar?Consideraes sobre a hospitalizao infantil. Disponvel em:http://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/356/584 Acesso em12,ago, 2014.

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