ATIVIDADES PRÁTICAS DE BOTÂNICA COMO MEIO DE APROXIMAÇÃO ENTRE AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO...
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8/14/2019 ATIVIDADES PRTICAS DE BOTNICA COMO MEIO DE APROXIMAO ENTRE AS INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR,
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1Docente do Curso de Cincias Biolgicas do Centro de Ensino Superior de Uberaba CESUBE, Ps-
graduando em Docncia na Educao Superior na Universidade Federal do Triangulo Mineiro - UFTM,
[email protected] do Departamento de Cincias Biolgicas DCB na disciplina de Fisiologia e Coordenadora do
Curso de Licenciatura em Cincias Biolgicas da Universidade Federal do Triangulo Mineiro - UFTM.
ATIVIDADES PRTICAS DE BOTNICA COMO MEIO DE APROXIMAO ENTRE AS
INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR, A FORMAO DOCENTE E O ENSINO
MDIO DA REDE ESTADUAL
PRACTICAL ACTIVITIES IN BOTANICS AS A MEANS OF BRINGING TOGETHERHIGHER EDUCATION INSTITUTIONS, TEACHER DEVELOPMENT AND HIGH
SCHOOL EDUCATION IN THE PUBLIC SCHOOL
Astor Machado Junior1
Simone Acrani2
RESUMO
O presente artigo busca relatar experincia pedaggica vivenciada por alunos do 4
e 6 perodos do curso de Licenciatura em Cincias Biolgicas do Centro de Ensino
Superior de Uberaba CESUBE. O mini-curso de botnica foi elaborado e ministrado
junto aos alunos do Ensino Mdio da Rede de Ensino Estadual de Uberaba MG,
utilizando aulas tericas e prticas em que foram feitos cortes histolgicos de rgos
vegetais, de frutos, de sementes e de partes florais. A apresentao de material in vivo foi
utilizada para reconhecimento e classificao de espcies vegetais. A atividade teve como
objetivos: discutir a organizao morfolgica e anatmica das plantas e as respectivas
origens e funes de seus rgos e estruturas; oportunizar aos discentes de licenciatura a
prtica docente necessria para o exerccio da profisso; oferecer aos alunos do ensino
mdio condies de articular o conhecimento cientfico com sua realidade diria; permitir
o desenvolvimento de habilidades e competncias atravs da manipulao do material em
estudo; assim como, adquirir o domnio da linguagem cientfica pelo processo de
manuseio, identificao e classificao de espcies. Os resultados mostraram que, a
adoo de atividades pedaggicas, acompanhadas de procedimentos prticos que
mailto:[email protected]:[email protected] -
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relacionem os conceitos realidade do aluno, conferem significado e importncia ao
assunto apresentado, estimulando a curiosidade e despertando o senso crtico.
Palavras-chave: prticas pedaggicas; prtica de ensino; ensino de cincias e botnica.
ABSTRACT
This article aims at reporting a pedagogic experience involving students from the 4th to the
6th periods of the Teacher Training Course in Biological Sciences at the Centro de Ensino
Superior de Uberaba CESUBE. The mini-course in Botanics was developed and given tostudents of High School in Public State Schools in Uberaba MG, by means of theoretical
and practical classes in which histological cuts were made of vegetal organs, fruit, seeds
and parts of flowers. The presentation of the material in vivo was used for recognition and
classification of the vegetal species. The activity had the following purposes: discuss the
morphological and anatomical organization of plants ant the respective origins and
functions of their organs and structures; offer opportunity for the students of teacher
training courses to become involved in the teaching practice which is necessary in the
profession; offer the high school students opportunities for linking their scientific
knowledge with their daily life; allow for the development of abilities and competence by
means of manipulation of the material under study, as well as acquire the power to use
scientific language through the process of handling, identification and classification of
species. The results showed that the adoption of a pedagogic activities, accompanied by
practical procedures that allow for finding the relations between concepts and the students
reality, conveys significance and importance to the subject presented, stimulating curiosity
and awakening a critical sense.
Key words: pedagogic practices; teaching practice; teaching of science and Botanics.
mailto:[email protected] -
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INTRODUO
Apesar de todo o desenvolvimento tecnolgico experimentado pelo pas nos
ltimos tempos, dos avanos conseguidos em reas importantes das cincias e de todosos estudos e publicaes na rea da educao, o modelo tradicional de ensino ainda
largamente utilizado por grande parte dos educadores brasileiros, tanto no Ensino
Fundamental, quanto no Ensino Mdio. Esse modelo de educao trata o conhecimento
como um conjunto de informaes que so passadas dos professores para os alunos, o
que nem sempre resulta em aprendizado efetivo. Os alunos se comportam como ouvintes
e, na maioria das vezes, os conhecimentos passados pelos professores no so
realmente apreendidos, so, na verdade, memorizados momentaneamente e, em geral,se perdem num perodo extremamente curto de tempo, o que caracteriza a no
ocorrncia do verdadeiro aprendizado (CARRAHER, 1986).
Os processos de ensino e aprendizagem, assim como suas respectivas
metodologias e meios, tm por base uma determinada pedagogia, o que significa uma
concepo de como se consegue que as pessoas aprendam alguma coisa e, a partir da,
modifiquem seu comportamento. A pedagogia de preferncia se fundamenta em uma
epistemologia ou teoria do conhecimento.
Como o nome prope, a Pedagogia da Problematizao visa oportunizar ao aluno
formas de pensar, refletir e tomar decises acerca de determinados problemas. Diz
respeito a uma teoria de aprendizagem e um modelo de como ensinar, ou seja, passar
contedos com mtodos prticos e dinmicos. Nela, os educadores podem encontrar uma
epistemologia, uma pedagogia e uma sociologia da educao que promova um
chamamento em favor da democratizao da sociedade e das escolas. Estabelece a
ligao entre a sala de aula e a poltica de poder da sociedade (BUENO, 1998).
A partir disso, a Educao vista, como um projeto poltico, que amplia os
princpios e prticas da dignidade humana, liberdade e justia social. Ensinar no s
estar em sala de aula, mas estar na histria e no imaginrio poltico para permitir
mudanas, associando teoria e prtica, reflexo e ao, buscando princpios no
compromisso social, fundamentada na problematizao, na dialogicidade, na reflexo
crtica, na objetividade-subjetividade, ocupando espaos nucleares para a educao
libertadora (BUENO, 1998); (DOCUMENTO/FREIRE, s.p.); (FREIRE,1992); (BENTO,
1998).
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Freire in Bueno (1998, p.198) retrata e delimita a histria do pensamento mundial,
renovando as propostas de uma prtica educativa progressista que se constri a partir da
realidade e no dos conceitos. Prope as bases da pesquisa-ao com o mtodo
participativo na educao, enumeradas na metodologia da investigao temtica e no
contedo da forma da educao problematizadora, tendo como fundamental, o dilogoaberto, como expresso e forma da verdadeira libertao humana.
A demanda atual pelo conhecimento de cincias ligado realidade e s aes do
dia-a-dia das pessoas tem direcionado as mais variadas propostas de mudanas
realizadas no ensino desta rea do conhecimento humano (MAIA e JUSTI, 2008). O
processo de investigao na cincia deve ter uma ateno especial em sua forma de
abordagem no ensino, por se tratar do processo de construo da prpria cincia
(CHINELLI e cols, 2008).Estudos sobre o ensino do processo de investigao cientfica mostram a
necessidade de insero do aluno em atividades que levem ao desenvolvimento do
conhecimento de maneira ativa, ou seja, atividades que faam com que o mesmo
conduza ativamente uma pesquisa, o que pode permitir o desenvolvimento do
conhecimento sobre como a cincia construda e tambm, proporcionar o
desenvolvimento de habilidades durante a conduo do processo. Perceber princpios da
cincia e utiliz-los no processo de investigao so prticas cientficas indispensveis
para a aprendizagem sobre a cincia.
A experimentao faz parte de um conjunto de aspectos relativos ao processo
ensino-aprendizagem das cincias que alguns autores tm chamado de consenso
construtivista na educao em cincia, compreendendo ainda aprendizagem de conceitos
e a resoluo de problemas em cincias. Para Krasilshik (2004, p. 29), a idia bsica do
construtivismo, que o conhecimento edificado ou, construdo pela prpria pessoa
atravs de experincias significativas, no sendo transmitido ou revelado.
Segundo Moreira (1999, p. 95-107), muitos modelos de ensino baseiam-se na
teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget. Partindo-se da perspectiva de que a
mente humana tende, permanentemente, a aumentar seu grau de organizao interna e
de adaptao ao meio. Frente s novas informaes ocorrem desequilbrios e
conseqente reestruturao (acomodao), a fim de construir novos esquemas de
assimilao e atingir novo equilbrio, garantindo um maior grau de desenvolvimento
cognitivo. Portanto, ensinar ou, em um sentido mais amplo, educar, significa provocar o
desequilbrio na mente do aluno para que ele, procurando o reequilbrio (equilibrao
majorante), se reestruture cognitivamente e aprenda.
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Uma implicao imediata da teoria de Piaget para o ensino o fato de que o
contedo deve ser acompanhado de aes e demonstraes e, sempre que possvel,
deve dar aos alunos a oportunidade de agir (trabalho prtico) (MOREIRA, 1999). Deve-se
considerar, ainda que, estas aes e demonstraes devem estar integradas
argumentao e ao discurso do professor. Seria uma iluso acreditar que aes edemonstraes, mesmo realizadas pelos alunos, tm em si mesmas o poder de produzir
conhecimento, os efeitos so percebidos, mais intensamente, na medida em que
estiverem integradas argumentao do professor (KUBLI 1979 apudMOREIRA 1999).
Para Maldaner in Nardi (2007, p. 239), o ensino mdio no Brasil est em grande
expanso e visto, historicamente, como formao tcnica ou como meio de acesso ao
ensino superior e, por esse motivo, desvinculado da educao bsica necessria.
Porm, por ser a ltima etapa da Educao Bsica, o Ensino Mdio mais do que umacomplementao do Ensino Fundamental. Nessa etapa o adolescente constitui a
capacidade de pensar por conceitos (VIGOTSKI, 1996). De acordo com essa concepo,
o pensamento se renova e re-constitui na medida em que os conceitos so formados. Por
esse motivo, a educao nessa fase requer uma nova prtica para a qual os professores,
em sua maioria, no esto preparados, pois, todos os nveis de sua formao se
sustentam numa viso disciplinar e propedutica.
Aspectos fundamentais a serem destacados, para que o processo de ensino-
aprendizagem seja efetivado so: a existncia de problematizaes prvias do contedo
como pontos de partida; a vinculao dos contedos ao cotidiano dos alunos; e o
estabelecimento de relaes interdisciplinares que estimulem o raciocnio exigido para a
obteno de solues para os questionamentos, fato que efetiva o aprendizado
(CARRAHER, 1986; FRANCALANZA et al, 1986).
Morin (2000, p. 36-37), afirma que o conhecimento das informaes ou dos dados
isolados insuficiente. preciso situar as informaes e os dados em seu contexto para
que adquiram sentido, preciso efetivamente recompor o todo para conhecer as partes.
Corroborado por um grande nmero de especialistas em ensino das cincias que
propem a substituio do verbalismo das aulas expositivas, e da grande maioria dos
livros didticos, por atividades experimentais (FRANCALANZA et al, 1986).
Alguns autores tm convencionado chamar de consenso construtivista na
educao em cincia, a experimentao, que faz parte de um conjunto de aspectos
relativos ao processo ensino-aprendizagem das cincias, compreendendo ainda
aprendizagem de conceitos e a resoluo de problemas em cincias. Do ponto de vista do
construtivismo, atravs da experincia adequadamente escolhida e criativamente
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utilizada que o estudante questiona, formula, opera e conclui, elaborando um processo
prprio de aprendizagem que supera a simples assimilao de conhecimentos prontos, o
que permite uma aprendizagem significativa e duradoura.
O grande nmero de novas informaes na rea, aliado s lacunas tericoprticas
no ensino de cincias, tm por conseqncia a desmotivao do aluno e o afastamentodestes das carreiras cientficas. Portanto a adoo de atividades pedaggicas
acompanhadas de procedimentos que relacionem os conceitos realidade do aluno, tem
como objetivo, dar significado e importncia ao assunto apresentado e estimular a
curiosidade, o senso critico e a aprendizagem.
A realizao de um mini-curso com contedos de botnica onde se prioriza as aulas
prticas, vem ao encontro dos anseios de um grupo importante de profissionais da
educao cientes da necessidade de integrar a comunidade escolar s prticaspedaggicas modernas, assim como, oferecer a prtica docente necessria formao
de professores.
O mini-curso Ns e as Plantas: botnica na prtica foi proposto na inteno de
preencher as lacunas terico-prticas e oportunizar aos alunos de Licenciatura em
Cincias Biolgicas do Centro Superior de Ensino de Uberaba CESUBE, por em prtica
conceitos trabalhados no decorrer do curso, analisar e discutir contedos da disciplina de
botnica, assim como, promover a aproximao dos alunos da Rede Estadual de Ensino
junto s instituies de ensino superior da cidade de Uberaba MG.
OBJETIVOS GERAIS
O mini-curso Ns e as plantas: botnica na prtica objetivou: discutir a
organizao morfolgica e anatmica das plantas e as respectivas funes de seus
rgos e estruturas; proporcionar aos alunos de Licenciatura em Cincias Biolgicas do
CESUBE, a prtica docente, atravs de mtodos prticos e dinmicos; proporcionar a
discusso e elaborao de metodologias de ensino destinadas ao ensino dos temas
apresentados; promover a aproximao entre as instituies de ensino superior e a rede
estadual de ensino bsico e tambm, oferecer aos alunos do ensino mdio, condies de
articular o conhecimento cientfico, o desenvolvimento de habilidades e competncias e o
domnio da linguagem cientfica.
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MATERIAIS E MTODOS
O mini-curso de extenso Ns e as plantas: botnica na prtica foi elaborado e
ministrado por alunos do Curso de Licenciatura em Cincias Biolgicas do CESUBE aos
alunos dos terceiros anos do Ensino Mdio da Escola Estadual Frei Leopoldo
Castelnuovo da Rede Estadual de Ensino de Uberaba MG e realizado em trs
momentos distintos.
O primeiro momento iniciou-se em sala de aula, com prosseguimento extra-sala,
onde foram pesquisados os temas propostos, desenvolvidos roteiros de estudos,preparao e coleta de material para as aulas terico-prticas realizadas nas
dependncias do CESUBE.
No segundo momento foram apresentadas duas aulas ministradas pelos alunos do
6 perodo que se dividiram em dois grupos, sendo trabalhado simultaneamente os
contedos de morfologia externa e anatomia interna de raiz, caule, folhas, flores, frutos e
sementes, origens e funes. Com a apresentao de material (plantas) in vivo para
visualizao e identificao dos rgos vegetais e partes florais. Foram realizados cortes
histolgicos para observao da anatomia interna e identificao de tecidos vegetais,
assim como das partes florais de frutos e sementes.
O terceiro momento constou de quatro aulas que foram ministradas pelos alunos do
4 e 6 perodos e apresentou os contedos de sistemtica vegetal, morfologia externa e
anatomia interna vegetal. Formaram-se quatro grupos com contedos sobre a
classificao dos seres vivos e do reino vegetal; apresentao de espcimes
representativos de cada grupo vegetal (Brifitas, Pteridfitas, Gimnospermas e
Angiospermas) com observao em lupa estereoscpica de exemplares vegetais para
identificao de estruturas vegetativas e reprodutoras; apresentao de parmetros
evolutivos; morfologia e anatomia de raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes; origens
e funes. Com apresentao de material (plantas) in vivo para visualizao e
identificao dos rgos vegetais e partes florais. Cortes histolgicos foram feitos para
observao da anatomia interna e identificao de tecidos vegetais, anexos epidrmicos,
assim como das partes florais, de frutos e de sementes.
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Em reunies posteriores efetivou-se a avaliao das atividades e elaborao por
parte dos alunos/professores de relatrio final do mini-curso, onde foram relacionadas as
etapas, as atividades, as dificuldades encontradas e sugestes.
Destaca-se que para cada temtica a ser trabalhada uma prtica foi selecionada.
Durante as aulas o conhecimento prvio do aluno foi especulado acerca do temaabordado. Nos grupos de alunos foram observados os seus componentes individualmente
e em grupo. Observou-se, tambm as interaes nas tarefas propostas.
RESULTADOS E DISCUSSO
O mini-curso tratou os contedos de forma globalizada, valorizando as experincias
do cotidiano dos alunos, permitindo a relao entre teoria e prtica, dando significado s
aprendizagens realizadas na escola, possibilitando que estas sejam teis na vida, no
trabalho e no exerccio da cidadania. A dinmica de trabalho permitiu que os alunos se
comunicassem e interagissem de maneira expressiva entre si e com o grupo
extensionista.
De acordo com relatrios finais elaborados pelos alunos do Curso de Cincias
Biolgicas do CESUBE, ministrantes do mini-curso, as dificuldades apresentadas foram:
ansiedade e insegurana na primeira aula; dificuldade na administrao do tempo de aula;
dificuldade para mostrar exemplos prticos imediatos sobre o assunto abordado
(contextualizao). Houve unanimidade dos alunos em enfatizar que as dificuldades
apresentadas, se dissiparam no decorrer das aulas, proporcionando uma avaliao
extremamente positiva em relao experincia docente.
Na avaliao feita pelos professores e alunos da E.E. Frei Leopoldo Castelnuovo, o
mini-curso cumpriu plenamente os objetivos de discutir a organizao morfolgica e
anatmica das plantas e as respectivas funes de seus rgos e estruturas.
Proporcionando, atravs das aulas prticas e demonstrativas,aos alunos do ensino mdio
a interao necessria para adquirir condies de articular o conhecimento cientfico, o
desenvolvimento de habilidades e competncias e o domnio da linguagem cientfica,
constituindo um importante elo entre a comunidade escolar bsica e a instituio de
ensino superior.
As principais dificuldades detectadas por parte dos alunos da rede estadual de
ensino, dizem respeito ao manuseio de materiais e equipamentos de laboratrio e
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dificuldades de interatividade aluno-professor, que foram resolvidas com a interveno
dos professores do mini-curso. Podemos inferir que as dificuldades apresentadas provem
da inexistncia de aulas prticas em laboratrio e de campo. Assim como da existncia de
um ensino tradicionalista e pouco interativo nas escolas de ensino mdio da rede
estadual, onde a pedagogia da problematizao cede espao a um passar deinformaes sem conexes com o cotidiano do aluno, o que dificulta o processo de
apreenso dos contedos.
CONSIDERAES FINAIS
O mini-curso Ns e as plantas: botnica na prtica promoveu, no primeiro
momento, um contato intenso do corpo discente do curso de Cincias Biolgicas com os
contedos da disciplina de Botnica I, II, III e IV, alm da insero dos mesmos na
realidade educacional local, possibilitando uma vivncia valiosa para sua formao
profissional, alm de criar um espao para que os alunos discutissem a educao em
diferentes contextos. O mini-curso apresentou-se, ainda, como uma importante
ferramenta no ensino de biologia, construindo coletivamente com os professores da Rede
Estadual de Ensino, novas metodologias pedaggicas e divulgando conhecimento. Dessa
forma, a sociedade passa a reconhecer nas instituies de ensino superior uma parceira
nas suas necessidades.
Observa-se que a adoo de atividades pedaggicas acompanhadas de
procedimentos prticos que relacionem os conceitos realidade do aluno denotam
significado e importncia ao assunto apresentado, estimulando a curiosidade e
despertando o senso crtico.
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OLIVEIRA, L. L. Conceitos fundamentais de Piaget. Rio de Janeiro, Mobral: 1980. 179p
(Trabalho apresentado no 1o Congresso Brasileiro Piagetiano, Rio, sei, 1980).
VIGOTSKI, L. S. Obras Escolhidas: psicologia infantil. Madrid: Visor, 1996. Tomo IV.