ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO...

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1 ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO GABARITO 30.01 a 13.04 7º ANO FEVEREIRO / MARÇO SEMANA PROGRAMAÇÃO 27-FEV a 2 MAR AULA 1: ENTENDIMENTO DE TEXTO: “UM DEUS FERIDO” 5 a 9 AULA 2: PRODUÇÃO DE TEXTO: MITO 12 a 16 AULA 3: GRAMÁTICA: SÍLABA TONICIDADE E ACENTUAÇÃO 19 a 23 AULA 4: ENTENDIMENTO DE TEXTO: “ULISSES CONTRA CICLOPE” 26 a 30 AULA 5: PRODUÇÃO DE TEXTO: MITO ABRIL SEMANA PROGRAMAÇÃO 2 a 6 (6ª Feriado) AULA 6: GRAMÁTICA: ENCONTRO VOCÁLICO E ACENTUAÇÃO 9 a 12 AULA 7: ENTENDIMENTO E GRAMÁTICA: ACENTUAÇÃO E VERBO AULA EXTRA I GRAMÁTICA: VERBOS AULA EXTRA II GRAMÁTICA: VERBOS

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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO – GABARITO

30.01 a 13.04 7º ANO

FEVEREIRO / MARÇO

SEMANA PROGRAMAÇÃO

1ª 27-FEV a 2 MAR AULA 1: ENTENDIMENTO DE TEXTO: “UM DEUS FERIDO”

2ª 5 a 9 AULA 2: PRODUÇÃO DE TEXTO: MITO

3ª 12 a 16

AULA 3: GRAMÁTICA: SÍLABA TONICIDADE E

ACENTUAÇÃO

4ª 19 a 23 AULA 4: ENTENDIMENTO DE TEXTO: “ULISSES CONTRA

CICLOPE”

5ª 26 a 30

AULA 5: PRODUÇÃO DE TEXTO: MITO

ABRIL

SEMANA PROGRAMAÇÃO

6ª 2 a 6 (6ª Feriado)

AULA 6: GRAMÁTICA:

ENCONTRO VOCÁLICO E ACENTUAÇÃO

7ª 9 a 12

AULA 7: ENTENDIMENTO E GRAMÁTICA: ACENTUAÇÃO E

VERBO

AULA EXTRA I GRAMÁTICA: VERBOS

AULA EXTRA II GRAMÁTICA: VERBOS

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 1 ENTENDIMENTO DE TEXTO – GABARITO

Um deus ferido

Chamando o mensageiro Hermes à sua presença, Afrodite encarregou-o da

mensagem:

-- Diga ao meu filho Eros que desejo vê-lo imediatamente!

Diante da determinação louca vislumbrada no rosto da deusa, Hermes dispensou

perguntas e comentários, saindo no mesmo instante à procura do deus.

Sempre que Afrodite se sentia contrariada, apelava para o filho. E o deus corria a atendê-

la, oferecendo os préstimos de suas flechas, contra as quais não havia proteção possível,

na terra ou no céu.

Quando o belo jovem se apresentou à deusa, ela pôs-se a lastimar:

-- Meu filho, fui ofendida! Sinto-me profundamente magoada! E irada!

-- Que aconteceu de tão grave?

-- Ah, então, não sabe? Desgraça, meu filho! As honras a mim devidas são agora

dirigidas a uma mortal!

Eros ouvia atentamente os queixumes da mãe infeliz e, como sempre fazia, dispôs-

se a auxiliá-la:

-- Quem é a mortal que ousa desafiá-la? Diga-me o nome!

-- Seu nome é Psiquê.

-- Psiquê... O que devo fazer para castigá-la?

Afrodite pensou um pouco e decidiu rápido:

-- Os homens a cortejam, comparando sua beleza à minha. Muitos blasfemam,

insinuando que é mais bela...

-- Nenhuma mortal é tão bela! Os homens enlouqueceram!

-- Quero que ela viva porque a morte seria pouco para quem ousou tanto! Meu

desejo é que ela se apaixone pelo mais desprezível dos seres!

Eros concordou com o desejo da mãe e prometeu:

-- Psiquê será ferida com uma de minhas flechas e tudo ocorrerá de acordo com a

sua vontade!

Tranquilizada pela fala do filho, Afrodite afastou uma nuvem e apontou:

-- Aquela é Psiquê!

Em seguida, retirou-se, porque a simples visão da princesa lhe fazia mal. Não tinha

a menor dúvida de que muito breve ela estaria pagando pelo devido. O filho jamais lhe

falhara na necessidade e, por certo, não seria aquela a primeira vez.

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Consumida pela raiva e pelo ciúme, Afrodite sequer suspeitou. Nem de leve lhe

passou pela cabeça que a decantada beleza de Psiquê pudesse subjugar o próprio deus

do Amor.

De fato, Eros se pusera a caminho, na intenção de cumprir a promessa e agradar a

mãe. Jamais lhe ocorria discutir um desejo de Afrodite. Esquecido das situações

embaraçosas que Zeus enfrentara, ferido por suas setas, não contava que o destino de

um deus pudesse também ser atribulado. E assim se deu com ele.

Ao deparar com a beleza de Psiquê, hesitou, sentindo fraquejar, entregando seu

coração ao deslumbramento que aquela simples mortal lhe provocara. Quando disparou a

temida flecha, a confusão de sentimentos era tão grande, que ele mesmo sentiu-se

transpassado. Aparentemente, o projétil fora desviado pelo destino, fazendo-o voltar-se

contra o próprio atirador.

Na verdade, não conseguia compreender o que se passara. Em meio ao conflito

que repentinamente o dominava, percebeu que caíra vitimado pelo encantamento com

que tantas vezes enredara deuses e mortais.

Independente de sua vontade, esquecido da missão e da promessa feita à deusa –

mãe, seus lábios murmuravam um só nome:

-- Psiquê... Psiquê...

Eros feriu-se de amor. Impotente contra a força das emoções, prisioneiro daquela

paixão avassaladora, não encontrou argumento capaz de negar o que o corpo lhe dizia

com todas as forças.

-- Tanto você feriu, Eros, que acabou se ferido!

Sua flecha não atingira Psiquê. Podia bem ver que ela não se enamorara nenhum

ser desprezível, como queria Afrodite. O atingido fora ele mesmo, que percebia

claramente os seus sentidos convergirem para aquela paixão cega.

Sem nada poder contra o destino que o enleara, Eros determinou a sina de Psiquê:

-- Porque atingiu um deus com a seta do Amor, você se tornará inatingível pelos

amores terrenos! Por mais que a venerem, nenhum mortal se apaixonará por você.

Amada por um deus, seu destino será permanecer só. Galdino, Luiz. Viagem ao reino das sombras: mito de Eros e Psiquê. São Paulo.

1) A que gênero textual pertence o texto “Um deus ferido”? Justifique sua resposta Pertence ao mito, pois há presença de deuses e humanos, o espaço é sobrenatural (céu), os deuses realizam feitos mágicos, a linguagem é padrão, algo é explicado pela mitologia: a paixão, o amor, o desejo, pertence à cultura grega. 2) O mito tem as características comuns aos demais gêneros narrativos: divide-se em situação inicial, transformação e situação final; tem personagens, acontece em um tempo e um espaço. Que o faz diferente das demais narrativas? Assinale as alternativas corretas: ( ) é voltado a questões científicas e lógicas ( X ) o espaço (lugar) e o tempo são sobrenaturais ( X ) trata de personagens que realizam feitos mágicos ou heroicos 3) Que fato levou a deusa Afrodite a apelar para os poderes de seu filho, Eros? O fato de os homens cultuarem a beleza de uma mortal chamada Psiquê. Isso deixou Afrodite, a deusa da beleza, irritada, pois havia alguém mais bela.

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4) Que razão principal fazia com que Afrodite não aceitasse o fato de a beleza de Psiquê ser comparada à dela?

A principal razão era o fato de Afrodite ser a deusa da beleza e as honras dadas a

elas estavam sendo oferecidas a uma mortal, que não se pode igualar aos deuses.

5) Embora as personagens sejam deuses, eles apresentam sentimentos muito próximos dos experimentados pelos seres humanos. Que sentimento(s), tipicamente humano (s), os personagens abaixo deixam transparecer? Afrodite:ira, inveja, arrogância, presunção

Eros: obediência, amor, desejo

6) A ironia é um modo de exprimir-se que consiste em dizer o contrário daquilo em que se está pensando ou sentindo em relação a outrem. Com a palavra ironia, há uma expressão muito comum: “Isso foi ironia do destino”. Com relação ao texto lido, pode-se dizer que Eros foi vítima da ironia do destino. Explique por quê. Sim, pode-se afirmar que Eros foi vítima do destino, pois tomou de seu próprio

veneno, pois apaixonou-se por Psiquê, uma mortal. O deus do amor feriu-se com

sua própria flecha.

7) Na mitologia, céu (Monte Olimpo) e terra se opõem como espaços para deuses e mortais,

respectivamente.

Transcreva do texto o trecho em que é possível perceber essa distância física entre Psiquê

e Afrodite.

Tranquilizada pela fala do filho, Afrodite afastou uma nuvem e apontou:

-- Aquela é Psiquê!

8) Há vários trechos, na parte final do texto, relativos aos sentimentos de Eros, revelando que sua flecha é realmente algo contra o qual não se pode lutar. Cite um. Eros feriu-se de amor. Impotente contra a força das emoções, prisioneiro daquela paixão avassaladora, não encontrou argumento capaz de negar o que o corpo lhe dizia com todas as forças. 9) A que situação final levou a submissão de Eros à mãe? A submissão de Eros à mãe levou o filho a apaixonar-se por uma mortal, Psiquê,

por quem nutria uma paixão platônica, ou seja, não podia viver aquilo.

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Leia o texto a seguir:

À primeira vista

Quando não tinha nada eu quis

Quando tudo era ausência esperei

Quando tive frio tremi

Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri

Quando ouvi Prince dancei

Quando o olho brilhou entendi

Quando criei asas voei

Quando chamou eu vim

Quando dei por mim tava aqui

Quando lhe achei me perdi

Quando vi você me apaixonei

(Chico César – CD “Aos Vivos”)

10) Intertextualidade é o fato de um texto fazer referências a outros, através de

semelhanças e/ou diferenças.

Compare os textos “Um deus ferido e “À primeira vista”, apontando duas semelhanças.

Ambos falam sobre o fato de se apaixonar. Tanto na música quanto no mito, há

referências sobre amor à primeira vista. Eros vê Psique e apaixona-se por ela, como

o eu lírico que diz: Quando vi você me apaixonei.

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 2 PRODUÇÃO DE TEXTO – MITO – GABARITO

[A história da criação da mulher] (que parece um absurdo) reza que Júpiter a criou

e mandou-a aos irmãos, Prometeu e Epimeteu, como castigo por se terem atrevido a roubar a chama do céu; e ao homem, por ter aceitado essa dádiva. A primeira mulher chamava-se Pandora. Fora criada no céu, tendo cada deus contribuído com alguma coisa para sua perfeição. Vênus concedeu-lhe beleza, Mercúrio, persuasão. Apolo, voz melodiosa etc. Assim equipada, foi levada até a terra e apresentada a Epimeteu, que a aceitou com prazer, embora advertido pelo irmão a recear Júpiter e seus presentes. Epimeteu tinha em casa uma vasilha, dentro da qual eram guardadas certas qualidades nocivas, para as quais não tivera uso quando colocara o homem no seu habitat. Pandora, cheia de irrepressível curiosidade, quis saber o que a vasilha continha e, um dia, destampou-a e olhou para dentro. Nesse instante, escapou uma multidão de pragas para atormentar o desgraçado homem – tais como a gota, o reumatismo e a cólica, para o seu corpo; a inveja, o despeito e a vingança, para o seu espírito. Pandora tentou fechar a jarra, mas o conteúdo já havia escapulido, à exceção de uma só coisa, que ficou no fundo: a Esperança. Assim vemos que, quaisquer que sejam os males existentes, a esperança nunca nos abandona de todo, enquanto a tivermos não há soma de dissabores que nos possa desanimar completamente.

(Thomas Bulfinch. Mitologia Geral)

Como teria sido se a Esperança também tivesse escapado da Caixa de Pandora? O mundo teria tanta Esperança quanto tem Males? Ou a Esperança teria nos abandonado? Quem venceria a luta entre o Bem e o Mal? Como seria essa luta? Quem se envolveria nessa luta? Crie um novo Mito: narre que a Esperança estava tão esquecida dentro da Caixa que alguém resolveu soltá-la. Como foi que isso aconteceu? Quem fez isso? Que acontecerá a partir de agora?

Quem sabe sua história não vira uma nova profecia...

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 3 GRAMÁTICA – SÍLABA – TONICIDADE E ACENTUAÇÃO

GABARITO 1. Complete a frase que segue: Em toda sílaba existe necessariamente uma__________________________. Vogal 2. Separe as sílabas das palavras abaixo e classifique-as quanto ao número de sílabas.

a. Ca/be/lei/rei/ro ______POLISSÍLABA.

b. Es/tou/ro _________TRISSÍLABA.

c. Mais __________MONOSSÍLABA.

d. I/guais ________DISSÍLABA.

e. Sa/iu _________DISSÍLABA.

f. I/de/al _______TRISSÍLABA.

g. Gra/tui/to ______TRISSÍLABA.

h. Bai/xo ________DISSÍLABA.

3. Classifique as sílabas das palavras que seguem. Modelo: colorido - co - lo - ri - do Átona átona tônica átona

a. A/zul _____ ÁTONA. TÔNICA.

b. La/ran/ja ___ ÁTONA. TÔNICA. ÁTONA.

c. Sa/bi/á ___ ÁTONA. ÁTONA. TÔNICA.

d. Po/mar ___ ÁTONA. TÔNICA.

e. Ru/í/do ___ ÁTONA. TÔNICA. ÁTONA.

f. Pa/lha/ço __ ÁTONA. TÔNICA. ÁTONA.

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4. Separe as sílabas das palavras e faça um círculo na sílaba tônica.

a. cansado _____

b. felizmente ____

c. trator _____

d. sair _____

e. calor ____

f. fama _____

g. médico ____

h. mesa _____

i. feijão _____

j. capaz _____

l. pesado _____

5. Separe as sílabas, sublinhe a sílaba tônica e classifique as palavras quanto à posição

da sílaba tônica.

a. Muito ____ PAROXÍTONA.

b. Mamão ____OXÍTONA.

c. Homem ____PAROXÍTONA.

d. Autor ____OXÍTONA.

e. Cadeira ____PAROXÍTONA.

f. Movimento _____PAROXÍTONA.

g. Lâmpada ______PROPAROXÍTONA.

h. Lanche _____PAROXÍTONA.

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 4 ENTENDIMENTO DE TEXTO – GABARITO

Dentre os guerreiros gregos, destacava-se Ulisses que muito contribuiu para a vitória de

seu povo na longa guerra entre gregos e troianos. Com a destruição de Tróia, Ulisses quis voltar

para Ítaca, uma de suas ilhas gregas, da qual era rei. Mas nessa viagem, que durou dez anos,

encontrou inúmeras dificuldades. O texto a seguir narra um episódio em que a coragem e a

inteligência de Ulisses são postos à prova: ele chega a uma ilha habitada por gigantes devoradores

de gente, os ciclopes.

ULISSES CONTRA CICLOPE

[...] Certo dia, quando o sol se punha, Ulisses deu com uma ilha deserta, onde uma mansa praia favorecia seguro abrigo.

[...] Entraram no barco e remaram em direção à ilha. Lá chegando, Ulisses escolheu doze dos mais valentes homens da tripulação e desembarcou para explorar o lugar. Levava um saco de couro de bode cheio do generoso vinho que o sacerdote de Apolo em Ísmaros lhe oferecera para salvar a si e a família, quando a cidade fora atacada. Era um vinho sem igual: bastava juntar uma medida dele a vinte de água para se obter uma bebida maravilhosa. Levava também uma razoável porção de trigo tostado, por pressentir que talvez precisasse de alimento.

Vagaram algum tempo até que encontraram uma gruta, que parecia ser a moradia de um precavido pastor. Havia baias para os carneiros e cabritos, cestos cheios até a borda de cereais e cântaros de leite encostados nas paredes.

[...]

Anoitecia quando o ciclope voltou. Era um gigante imenso, o olho na testa muito aberto e encimado por espessa sobrancelha. Vinha trazendo às costas um enorme feixe de troncos de pinheiro para alimentar seu fogo. Jogou-o estrondamente no chão, recolheu o rebanho, após o que vedou a entrada com uma pedra tão grande que vinte carroças mal podiam carregá-la. [...] E, então, reanimou o fogo com uns poucos troncos de pinheiro. As chamas se elevaram logo e o clarão denunciou os gregos que se haviam escondido no fundo da caverna, quando viram o gigante entrar.

–– Quem são vocês? Mercadores ou piratas? – gritou.

–– Nós não somos piratas, senhor – respondeu Ulisses –, mas gregos que retornam de Tróia, onde lutamos pelo grande Rei Agamenon, cuja fama se espalha por todos os cantos do mundo. Rogamos que nos receba com hospitalidade que os deuses recompensam.

[...]

O gigante não disse uma palavra, mas lentamente agarrou dois dos homens, com a facilidade com que Ulisses teria agarrado dois cachorrinhos, lançou-os ao chão, despedaçou-os e devorou-os inteiramente, entrecortando a deglutição com grandes goles de leite. Terminando de comê-los, deitou-se entre os carneiros e caiu no sono.

Ulisses raciocinou: poderia matar aquele monstro enquanto ele estava adormecido, furando-lhe o coração com sua forte espada; mas, se assim fizesse, morreriam todos, pois não tinham

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forças para remover a descomunal pedra que impedia a saída. E deixou a noite passar com o coração pesado de aflição.

Bem cedo o ciclope despertou, ordenhou as ovelhas, devorou mais dois homens e saiu para as pastagens, levando o seu rebanho, mas recolocando a pedra na boca da gruta.

Ulisses passou muitas horas imaginando como poderia safar-se e safar seus companheiros. E afinal armou um plano. Havia na gruta um tronco de oliveira, ainda verde, que o ciclope usaria como bordão, depois de tê-lo convenientemente secado com fumaça. Ulisses tirou uma boa acha de pau, aguçou-a numa das suas pontas, endureceu-a no fogo e escondeu-a. À noitinha o gigante regressou e comeu dois homens. Quando acabara de comê-los, Ulisses dirigiu-se a ele com o saco de vinho na mão e disse:

–– Agora que acabou de cear prove este vinho, senhor. Veja que coisas maravilhosas trazíamos no nosso navio. Mas ninguém trará coisas iguais para esta ilha se for tão cruel com os estrangeiros.

O gigante tomou o saco, entornou um bom trago, gostou imensamente do vinho e disse:

–– Quero mais. È uma bebida magnífica. Acho que é a que deuses bebem no Olimpo. Mas diga qual é o seu nome, pois desejo lhe dar um presente como todo hóspede merece.

–– Meu nome é Ninguém – respondeu Ulisses. – Agora me dê o presente.

–– Meu presente é muito simples: você será comido por último. – E dito isto, o ciclope tombou num sono de bêbado.

Aí, Ulisses dirigiu-se a seus homens:

–– Sejam valentes, rapazes! Chegou a hora de nos livrarmos desta prisão.

Puseram a acha no fogo até que ela, embora verde, ficasse incandescente e assim a enfiaram no olho do ciclope e ela na órbita como ferro em brasa dentro d´água. É preciso dizer que Ulisses fê-la girar como se girasse uma chave na fechadura. O gigante deu um pulo, arrancou a acha fumegante e soltou tão alto e medonho uivo que todos os ciclopes da ilha, que estavam dormindo, acudiram para ver o que sucedera.

–– Que diabo tem você para fazer tal escarcéu a ponto de nos acordar? – perguntaram do lado de fora. –– Será que estão lhe roubando ou estão lhe ferindo?

–– Ninguém me feriu! – berrou o gigante.

–– Se ninguém lhe feriu, foram então os deuses que o fizeram e contra eles de nada valemos.

E os ciclopes se retiraram. Ulisses não pôde deixar de sorrir quando viu que os havia enganado dando um nome trocado, mas não atinara ainda de que maneira ele e os companheiros iriam escapar.

O ciclope sentara-se à entrada da gruta, barrando a passagem e apalpando os carneiros para evitar que os estrangeiros tentassem escapulir escondidos no meio deles. Ulisses, então, arquitetou um plano para fuga. O ciclope, felizmente, havia levado para dentro da gruta os carneiros maiores, que habitualmente deixava do lado de fora. Ulisses arrebanhou alguns deles e utilizando varas de vime, ligou-os três a três. O carneiro do meio levava um homem convenientemente amarrado na barriga e os outros, um de cada lado, ajudaram a escondê-lo. Só que Ulisses ficou desamarrado, pois não podia atar-se a si próprio, mas como era astucioso, resolveu prontamente a sua dificuldade. Como havia um carneiro maior do que os outros, agarrou-se a ele, segurando a lã com unhas e dentes.

Assim que rompeu o dia, os rebanhos deixaram a caverna como de costume; o ciclope ia apalpando-os quando passaram perto dele, mas não descobriu nenhum dos homens. Ao apalpar o carneiro maior, estranhou:

–– Que houve? Nunca ficou para trás, pelo contrário, sempre foi você o primeiro a desabalar pelo pasto de manhã e o primeiro a correr para o aprisco de tardinha... Será que está perturbado com o olho do seu dono que o vil Ninguém furou? Ah, se você pudesse falar e me

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dizer onde está aquele miserável! Eu arrebentaria a cabeça dele contra a pedra! – e deixou o animal sair.

Tão depressa Ulisses se viu longe do ciclope, desprendeu-se do carneiro, desamarrou os companheiros e correram todos para o lugar onde tinham deixado o barco, virando-se várias vezes na corrida para se certificarem de que o gigante não os perseguia. [...] E, sem dizer palavras, chegaram a bordo e logo remaram com quanta força tinham.

(A Odisséia. Trad. E adapt. Por Marques Rebelo. Rio de Janeiro, Ediouro, 1971. Col. Clássicos para o Jovem Leitor)

Vocabulário

cântaros = grandes vasos aguçou-a = afiou-a, amolou-a

encimado = colocado por cima incandescente = que está em brasa

deglutição = ação de engolir escarcéu = algazarra

descomunal = fora do comum, extraordinário acha = pedaço de madeira rachada para o fogo

astucioso = esperto vil = malvado

1. Transcreva do texto os trechos que informem:

a) como era a alimentação dos viajantes e dos habitantes da ilha.

R: Carne, cereais, leite, vinho.

b) de que forma iluminavam suas moradias.

R: Com tochas e fogueiras.

c) duas das atividades realizadas pelos homens naquele tempo.

R: Pastoreio e comércio.

2. Por que Ulisses concluiu que não deveria matar o ciclope enquanto ele dormia?

R: Ulisses sabia que seus homens não seriam capazes de remover a pedra da entrada. 3. Leia o trecho e responda:

“–– Ninguém me feriu! – berrou o gigante.

–– Se ninguém lhe feriu, foram então os deuses que o fizeram e contra eles de

nada valemos.

E os ciclopes se retiraram.”

a) A quem o ciclope se refere quando diz que “Ninguém o feriu”?

R: O ciclope refere-se a Ulisses.

b) Quem, entretanto, os outros ciclopes imaginaram que havia ferido o gigante?

R: Os outros ciclopes imaginaram que “Ninguém” (pronome indefinido) havia

ferido o gigante.

c) Por que os ciclopes afirmam que contra os deuses eles nada valiam?

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R: Porque são menos poderosos que os deuses.

4. Ulisses cegou o único olho do ciclope. Ainda assim teve de passar pelo gigante que

berrava e apalpava os carneiros. Que plano o herói arquitetou para a fuga?

R: O plano foi passar atado à barriga dos carneiros.

5- Com relação ao foco narrativo do texto, como pode ser classificado o narrador do

texto? Justifique sua resposta com trechos do texto.

R: É narrador observador, 3ª pessoa.

Um dos trechos possíveis para justificativa é: “Tão depressa Ulisses se viu longe

do ciclope, desprendeu-se do carneiro, desamarrou os companheiros e correram

todos para o lugar onde tinham deixado o barco, virando-se várias vezes na corrida

para se certificarem de que o gigante não os perseguia.”

6-Em que trecho da narrativa fica evidente que Ulisses estava sendo provado quanto sua

fama de ser inteligente?

R: Fica evidente no trecho: “Ulisses passou muitas horas imaginando como poderia

safar-se e safar seus companheiros. E afinal armou um plano.”

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 5 PRODUÇÃO DE TEXTO – MITO – GABARITO

Dentre os guerreiros gregos, destacava-se Ulisses que muito contribuiu para a vitória

de seu povo na longa guerra entre gregos e troianos. Com a destruição de Tróia, Ulisses quis voltar

para Ítaca, uma de suas ilhas gregas, da qual era rei. Mas nessa viagem, que durou dez anos,

encontrou inúmeras dificuldades. O texto a seguir narra um episódio em que a coragem e a

inteligência de Ulisses são postos à prova: ele chega a uma ilha habitada por gigantes devoradores

de gente, os ciclopes.

ULISSES CONTRA CICLOPE

[...] Certo dia, quando o sol se punha, Ulisses deu com uma ilha deserta, onde uma mansa praia favorecia seguro abrigo. [...]

Entraram no barco e remaram em direção à ilha. Lá chegando, Ulisses escolheu doze dos mais valentes homens da tripulação e desembarcou para explorar o lugar. Levava um saco de couro de bode cheio do generoso vinho que o sacerdote de Apolo em Ísmaros lhe oferecera para salvar a si e a família, quando a cidade fora atacada. Era um vinho sem igual: bastava juntar uma medida dele a vinte de água para se obter uma bebida maravilhosa. Levava também uma razoável porção de trigo tostado, por pressentir que talvez precisasse de alimento. Vagaram algum tempo até que encontraram uma gruta, que parecia ser a moradia de um precavido pastor. Havia baias para os carneiros e cabritos, cestos cheios até a borda de cereais e cântaros de leite encostados nas paredes. [...]

Anoitecia quando o ciclope voltou. Era um gigante imenso, o olho na testa muito aberto e encimado por espessa sobrancelha. Vinha trazendo às costas um enorme feixe de troncos de pinheiro para alimentar seu fogo. Jogou-o estrondamente no chão, recolheu o rebanho, após o que vedou a entrada com uma pedra tão grande que vinte carroças mal podiam carregá-la. [...] E, então, reanimou o fogo com uns poucos troncos de pinheiro. As chamas se elevaram logo e o clarão denunciou os gregos que se haviam escondido no fundo da caverna, quando viram o gigante entrar.

–– Quem são vocês? Mercadores ou piratas? – gritou. –– Nós não somos piratas, senhor – respondeu Ulisses –, mas gregos que retornam de

Tróia, onde lutamos pelo grande Rei Agamenon, cuja fama se espalha por todos os cantos do mundo. Rogamos que nos receba com hospitalidade que os deuses recompensam. [...]

O gigante não disse uma palavra, mas lentamente agarrou dois dos homens, com a facilidade com que Ulisses teria agarrado dois cachorrinhos, lançou-os ao chão, despedaçou-os e devorou-os inteiramente, entrecortando a deglutição com grandes goles de leite. Terminando de comê-los, deitou-se entre os carneiros e caiu no sono.

Ulisses raciocinou: poderia matar aquele monstro enquanto ele estava adormecido, furando-lhe o coração com sua forte espada; mas, se assim fizesse, morreriam todos, pois não

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tinham forças para remover a descomunal pedra que impedia a saída. E deixou a noite passar com o coração pesado de aflição.

Bem cedo o ciclope despertou, ordenhou as ovelhas, devorou mais dois homens e saiu para as pastagens, levando o seu rebanho, mas recolocando a pedra na boca da gruta.

Ulisses passou muitas horas imaginando como poderia safar-se e safar seus companheiros. E afinal armou um plano. Havia na gruta um tronco de oliveira, ainda verde, que o ciclope usaria como bordão, depois de tê-lo convenientemente secado com fumaça. Ulisses tirou uma boa acha de pau, aguçou-a numa das suas pontas, endureceu-a no fogo e escondeu-a. À noitinha o gigante regressou e comeu dois homens. Quando acabara de comê-los, Ulisses dirigiu-se a ele com o saco de vinho na mão e disse:

–– Agora que acabou de cear prove este vinho, senhor. Veja que coisas maravilhosas trazíamos no nosso navio. Mas ninguém trará coisas iguais para esta ilha se for tão cruel com os estrangeiros.

O gigante tomou o saco, entornou um bom trago, gostou imensamente do vinho e disse: –– Quero mais. È uma bebida magnífica. Acho que é a que deuses bebem no Olimpo. Mas

diga qual é o seu nome, pois desejo lhe dar um presente como todo hóspede merece. –– Meu nome é Ninguém – respondeu Ulisses. – Agora me dê o presente. –– Meu presente é muito simples: você será comido por último. – E dito isto, o ciclope

tombou num sono de bêbado. Aí, Ulisses dirigiu-se a seus homens:

–– Sejam valentes, rapazes! Chegou a hora de nos livrarmos desta prisão. Puseram a acha no fogo até que ela, embora verde, ficasse incandescente e assim a enfiaram no olho do ciclope e ela na órbita como ferro em brasa dentro d´água. É preciso dizer que Ulisses fê-la girar como se girasse uma chave na fechadura. O gigante deu um pulo, arrancou a acha fumegante e soltou tão alto e medonho uivo que todos os ciclopes da ilha, que estavam dormindo, acudiram para ver o que sucedera. –– Que diabo tem você para fazer tal escarcéu a ponto de nos acordar? – perguntaram do lado de fora. –– Será que estão lhe roubando ou estão lhe ferindo? –– Ninguém me feriu! – berrou o gigante. –– Se ninguém lhe feriu, foram então os deuses que o fizeram e contra eles de nada valemos. E os ciclopes se retiraram. Ulisses não pôde deixar de sorrir quando viu que os havia enganado dando um nome trocado, mas não atinara ainda de que maneira ele e os companheiros iriam escapar. O ciclope sentara-se à entrada da gruta, barrando a passagem e apalpando os carneiros para evitar que os estrangeiros tentassem escapulir escondidos no meio deles. Ulisses, então, arquitetou um plano para fuga. O ciclope, felizmente, havia levado para dentro da gruta os carneiros maiores, que habitualmente deixava do lado de fora. Ulisses arrebanhou alguns deles e utilizando varas de vime, ligou-os três a três. O carneiro do meio levava um homem convenientemente amarrado na barriga e os outros, um de cada lado, ajudaram a escondê-lo. Só que Ulisses ficou desamarrado, pois não podia atar-se a si próprio, mas como era astucioso, resolveu prontamente a sua dificuldade. Como havia um carneiro maior do que os outros, agarrou-se a ele, segurando a lã com unhas e dentes. Assim que rompeu o dia, os rebanhos deixaram a caverna como de costume; o ciclope ia apalpando-os quando passaram perto dele, mas não descobriu nenhum dos homens. Ao apalpar o carneiro maior, estranhou: –– Que houve? Nunca ficou para trás, pelo contrário, sempre foi você o primeiro a desabalar pelo pasto de manhã e o primeiro a correr para o aprisco de tardinha... Será que está perturbado com o olho do seu dono que o vil Ninguém furou? Ah, se você pudesse falar e me dizer onde está aquele miserável! Eu arrebentaria a cabeça dele contra a pedra! – e deixou o animal sair. Tão depressa Ulisses se viu longe do ciclope, desprendeu-se do carneiro, desamarrou os companheiros e correram todos para o lugar onde tinham deixado o barco, virando-se várias vezes na corrida para se certificarem de que o gigante não os perseguia. [...] E, sem dizer palavras, chegaram a bordo e logo remaram com quanta força tinham. (A Odisséia. Trad. E adapt. Por Marques Rebelo. Rio de Janeiro, Ediouro, 1971. Col. Clássicos para o Jovem Leitor)

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Vocabulário

cântaros = grandes vasos aguçou-a = afiou-a, amolou-a

encimado = colocado por cima incandescente = que está em brasa

deglutição = ação de engolir escarcéu = algazarra

descomunal = fora do comum, extraordinário acha = pedaço de madeira rachada para o fogo

astucioso = esperto vil = malvado

Releia o décimo parágrafo do texto:

Ulisses passou muitas horas imaginando como poderia safar-se e safar seus

companheiros. E afinal armou um plano.

Agora continue o mito imaginando um outro plano de Ulisses e escreva como

derrotaram o monstro e saíram da gruta de forma diferente da escrita no texto. Lembre-

se de todos os elementos já vistos sobre o mito.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 6 GRAMÁTICA – ENCONTRO VOCÁLICO – ACENTUAÇÃO

GABARITO

1. Responda:

a. Que encontros vocálicos ocorrem na mesma sílaba de uma palavra?

___________________________ditongo e tritongo

b. Que encontro vocálico ocorre em sílabas diferentes?

___________________________ hiato

c. A semivogal só aparece em que encontros vocálicos?

___________________________ ditongo e tritongo

2. Separe as sílabas das palavras que seguem, identifique os ditongos.

Ouro Loiro

Aguentar Rádio

Espécie Guaraná

Reitor Lei

Série Pelotão

Cauda saudade

3. Sublinhe e classifique os ditongos em oral ou nasal.

Coração Nasal

Céu Oral

Herói Oral

Muito Nasal

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4. Separe as sílabas, sublinhe os tritongos e classifique-os em orais ou nasais.

PALAVRA CLASSIFICAÇÃO

Quaisquer Oral

Aguei Oral

Saguão Nasal

Enxaguou Oral

Uruguai Oral

Quão Nasal

5. Separe as sílabas, sublinhe os encontros vocálicos e classifique-os em ditongo, tritongo

e hiato.

PALAVRA CLASSIFICAÇÃO

Rece/oso Hiato

Secretari/a Hiato

Secretária Ditongo

Circuito Ditongo

Vi/úva Hiato

Tri/unfo Hiato

Mo/inho Hiato

Po/eta Hiato

Pais Ditongo

Pa/ís Hiato

Pi/au/í Hiato-ditongo-hiato

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6. Leia o texto:

Introdução ao mito grego

Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.

Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.

Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.

pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega

Separe as sílabas das palavras retiradas do 1º parágrafo e classifique-as quanto ao número.

PALAVRA SEPARAÇÃO SILÁBICA CLASSIFICAÇÃO

CRIARAM CRI-A-RAM TRISS

PASSAR PAS-SAR DISS

MENSAGENS MEN-SA-GENS TRISS

EXPLICAÇÕES EX-PLI-CA-ÇÕES POLISS

GRANDE GRAN-DE DISS

7. Assinale a alternativa que faz a afirmação correta: a. ( ) As palavras monossílabas são todas tônicas, pois possuem sentido sozinhas.

b. ( X ) As palavras monossílabas podem ser classificadas como tônicas e átonas.

c. ( ) Somente as palavras monossilábicas podem receber acento circunflexo.

d. ( ) Somente as palavras monossilábicas podem receber acentos circunflexos e

agudos.

8. Observe:

“Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.”

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a. Transcreva os monossílabos tônicos: _________HÁ - TRÊS - NÃO - MIL __________________________________ b. Escolha um dos monossílabos tônicos acentuados e justifique a acentuação. __________________ Monossílabos terminados em A e E(s) são acentuados. 9. A. Transcreva, do terceiro parágrafo do texto, todas as palavras proparoxítonas. __ riquíssimas - psicológicos – econômicos – artísticos - políticos

B. Que elas têm em comum quanto à acentuação? ________Todas são acentuadas. 10. Há no texto lido algumas palavras oxítonas acentuadas: a. Transcreva-as: ____________TAMBÉM – ATRAVÉS – ATÉ ____________ b. Escolha duas delas e justifique a acentuação:

PALAVRA REGRA DA ACENTUAÇÃO

Também OX. TERM. EM – EM

Através – até OX. TERM. EM – ES- E

11. Observe que série e história, retiradas do 2º parágrafo, são palavras paroxítonas acentuadas que terminam em ditongo: -ie, -ia. De acordo com essa informação, transcreva as palavras paroxítonas a seguir e acentue-as de acordo com a norma culta.

Benefícios – geometria – monotonia - memórias – radiografia – conceitos – ignorância –

sábio

1- 3- 5- 7-

2- 4- 6- 8-

12. Assinale a alternativa que faz uma declaração correta sobre a regra de acentuação dos hiatos: a. ( ) As vogais i e u dos hiatos não recebem acento nas situações em que são

seguidas de m, n, r, z e l. X

b. ( ) As vogais i e u dos hiatos não recebem acento quando estão sozinhas na sílaba

ou seguidas da letra s.

c. ( ) As vogais i e u dos hiatos nunca recebem acento.

d. ( ) As vogais i e u dos hiatos recebem acento nas situações em que são seguidas

de m, n, r, z e l.

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13. As sílabas das palavras abaixo estão fora de ordem e sem acento. Reescreva essas palavras ordenando as sílabas e acentuado-as de acordo com as regras de acentuação das palavras paroxítonas. (Observação – pode haver palavra que não seja acentuada.)

do-mens-ab * di-me-uns * fan-in-cia * vel-ma-a * vul-ra-ne-veis*

Abdomens – médiuns – infância – amável – vulneráveis

14. a. A mesma regra de acentuação que vale para rápida, vale também para:

a. ( ) mutável, estaríamos, vírgula, admissíveis

b. ( ) vírgula, simbólica, símbolo, hieróglifos X

c. ( ) ortográficos, colégios, egípcios, língua

d. ( ) português, inglês, símbolos, língua

b. Assinale a alternativa que justifica o caso acima assinalado por você:

a. ( ) monossílabas átonas

b. ( ) paroxítonas acentuadas considerando a última sílaba

c. ( ) palavras proparoxítonas acentuadas conforme a regra X

15. Escolha cinco palavras do texto abaixo, transcreva-as e justifique a acentuação delas:

Obs.: Não repita palavras e regra.

Deuses gregos

De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo,

principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as

relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais,

porém possuíam características de seres humanos.

Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no

Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com

estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

PALAVRAS .........

REGRA DE ACENTUAÇÃO .................................................................

Grécia Paroxítona terminada em ditongo.

Porém Oxítona terminada em “em”.

Possuíam Hiato sozinho

ciúmes Hiato sozinho

Violência Característica

Heróis

Paroxítona terminada em ditongo. Toda proparoxítona é acentuada Ditongo em oxítona é acentuado.

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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA

NOME: NÚMERO:

___/___/2012 F-7_______

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: 7 ENTENDIMENTO E GRAMÁTICA – ACENTUAÇÃO – VERBOS

GABARITO Leia o texto e responda:

Brincando com as palavras

A língua portuguesa serve para a gente falar, contar casos, conversar, escrever ou ler cartas e

livros, xingar, cantar, fazer discurso, falar besteira, falar sabedoria, mandar recados e tudo o mais.

No Brasil, todo o mundo conhece a língua portuguesa. Tanto é verdade que a gente pode sair por aí,

viajar para o norte, para o sul, para o lado que quiser e sempre vai ser entendido e entender o que as

pessoas estão falando. Mesmo as pessoas que infelizmente ainda não aprenderam a ler e a escrever

sabem falar a língua portuguesa, e isso já ajuda muito.

Partindo da nossa língua, é possível inventar outras línguas. São línguas secretas, línguas de

brincadeiras, mas que podem ser muito úteis e divertidas. Por exemplo, às vezes alguém precisa

mandar uma mensagem secreta, um recado para ser lido e compreendido apenas pela pessoa que irá

recebê-lo. Nessas horas uma língua inventada pode ser importante. Línguas inventadas servem

também, pura e simplesmente, para brincar e se divertir um pouco.

(AZEVEDO, Ricardo. Armazém do folclore. São Paulo: Ática, [s.d.]. p. 22)

1) “A língua portuguesa serve para a gente falar, contar casos, conversar, escrever ou ler cartas e livros, xingar, cantar, fazer discurso, falar besteira, falar sabedoria, mandar recados e tudo o mais.” Nesse trecho, o autor aponta uma série de coisas que podemos fazer utilizando a língua portuguesa. Além das apontadas pelo autor, cite outras coisas que se podem fazer utilizando a língua portuguesa.

Através da língua portuguesa podemos pedir ou prometer algo, fazer convites, protestar, advertir,

entre outras atividades. Destacar que, ao utilizar a língua, realizamos ações, atuando sobre nosso interlocutor.

2) Em certa passagem do texto, o autor afirma: “Nessas horas uma língua inventada pode ser importante”. Que “horas” são essas?

A expressão nessas horas faz referência ao momento em que “alguém precisa mandar uma

mensagem secreta, um recado para ser lido e compreendido apenas pela pessoa que irá recebê-lo”.

3) Você concorda com a afirmação do autor de que “no Brasil, todo o mundo conhece a língua

portuguesa”?

Resposta pessoal. Essa questão é importante para que os alunos percebam que os falantes têm

um conhecimento intuitivo da língua que faça, e que esse conhecimento independe de escolarização

formal.

4) Se você mandar uma mensagem para alguém utilizando uma língua secreta, o que será necessário

para que seu interlocutor entenda a mensagem?

Será necessário que ele também tenha conhecimento dessa língua secreta, ou seja,

compartilhem do mesmo código linguístico.

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GRAMÁTICA

1- Leia o enunciado abaixo sobre modos verbais e responda ao que se pede:

Observe as frases abaixo, relacionando-as ao modo verbal e à noção que exprimem.

( a ) “Vire à direita, Zero.”

( b ) “Numa poção que torne as estátuas à prova de pombos!”

( c ) “O que pôs nela?”

( C ) modo indicativo ( B ) exprime apenas uma possibilidade

( B ) modo subjuntivo ( A ) exprime noção de ordem

( A ) modo imperativo ( C ) exprime noção de certeza

2. Leia as frases:

a) Atena oferecera-lhe um escudo brilhante, por isso venceu a górgona.

b) Abandonou o Olimpo e viveu feliz em Argos .

c) Quando participavam dos jogos, dormiam em tendas.

d) Ele se preparava para a derrota, quando se lembrou da sacola.

A) Em qual delas a forma verbal destacada expressa a noção de:

ação interrompida por outra ação? D

ação ocorrida antes de outra ação? A

ação contínua, que se repete? C

ação concluída? B

B) Diga em que tempo e modo estão os verbos:

Oferecera: PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO

Abandonou: PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

Dormiam: PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO

Preparava: PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO

3. Complete as frases a seguir, empregando, no futuro do presente ou do pretérito, os

verbos indicados:

a) Se eu enfrentasse Medusa, perderia (perder) na certa.

b) Se eu for à Grécia, recordarei (recordar) tais mitos.

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4. Escreva ao menos um verbo em cada uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e

particípio).

Infinitivo: enfrentar Gerúndio: perdendo

Particípio: recordado

A que conjugação pertencem os verbos encontrados?

Enfrentar e recordar: 1ª conjugação

Perder: 2ª conjugação

5. a) Complete as lacunas, no trecho abaixo, com os verbos e tempos pedidos, no modo

indicativo:

Ela mexeu (mexer – pretérito perfeito) com meus sentimentos. Acho (achar –

presente) que nunca antes acontecera (acontecer – pretérito mais-que-perfeito) algo

semelhante.

A menina chamava-se (chamar – pretérito imperfeito) Ana. Era bonita, falava (falar

– pretérito imperfeito) e vestia-se (vestir-se – pretérito imperfeito) muito bem.

b) Complete a história, selecionando os tempos verbais adequados:

A festa estava (estar) chata, mas, depois que a cocnheci (conhecer), melhorou o

meu astral. Porém, fiquei (ficar) muito nervoso. Acho que foi amor à primeira vista.

Eu nem desconfiava, mas não a vi (ver) mais, pois, no fim de semana, embarquei

(embarcar) para Madri. Entretanto, soube, desde o início, que aquela garota

escrevia(escrever) uma das páginas de minha história.

Questiono-me e sempre me questionarei (questionar): “Por que as coisas têm (ter)

de acontecer desse jeito?”

6- Leia e compare estas duas frases:

O mecânico pretende consertar os defeitos que o motor do carro apresenta.

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O mecânico pretende consertar os defeitos que o motor do carro apresente.

a) Em que modo verbal está cada uma das formas verbais destacadas?

1ª apresenta: indicativo

2ª apresente: subjuntivo

b) Os modos empregados estabelecem uma diferença de sentido entre as frases? Qual é

essa diferença?

Sim, estabelecem uma diferença de sentido entre as frases. Na primeira, afirma que

o carro tem problemas. Na segunda, se houver problemas futuros, o mecânico

consertará.

7- Você lerá agora um trecho do livro “Macunaíma”, de Mário de Andrade.

Esse livro causou muita polêmica.

Neste trecho há uma explicação sobre a origem das etnias, isto é, dos povos.

Então Macunaíma enxergou numa lapa, bem no meio do rio, uma cova cheia d‟água. Abicaram. O herói, depois de muitos gritos por causa do frio da água, entrou na cova e se lavou inteirinho. Mas a água era encantada. Quando o herói saiu do banho estava branco, louro e de olhos azuizinhos. A água lavara o pretume dele.

Nem bem Jiguê percebeu o milagre se atirou na poça. Porém a água já estava muito suja da negrura do herói e, por mais que Jiguê esfregasse feito maluco, atirando água pra todos os lados, só conseguiu ficar da cor do bronze novo.

Maanape então é que foi se lavar. Mas Jiguê esborrifara toda a água para fora da cova. Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das mãos. Por isso ficou negro, bem filho da tribo dos Tapanhumas, só que as palmas das mãos e dos pés dele ficaram vermelhas, por terem se limpado na água santa. Vocabulário lapa – rochedo abicaram – aproximaram-se pretume – cor negra

Adaptado para fins pedagógicos.

8) Observe os verbos destacados no parágrafo a seguir para completar os espaços do

texto.

Então Macunaíma enxergou numa lapa, bem no meio do rio, uma cova cheia

d‟água. Abicaram. O herói, depois de muitos gritos por causa do frio da água, entrou na

cova e se lavou inteirinho. Mas a água era encantada. Quando o herói saiu do banho

estava branco, louro e de olhos azuizinhos. A água lavara o pretume dele.

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a) O tempo verbal que mais aparece nesse trecho é o pretérito PERFEITO do modo

INDICATIVO. No entanto, na frase “Mas a água era encantada”, o verbo destacado está

conjugado no pretérito MAIS QUE PERFEITO do modo INDICATIVO tempo que indica

uma ação ANTES DA OUTRA.

b) Que diferença de sentido ocorre entre “a água era encantada” e “a água foi

encantada”?

R: A diferença é que Era: sempre foi. Foi: alguém a tornou.

9) Observe os verbos do parágrafo a seguir para completar os espaços do texto:

Maanape então é que foi se lavar. Mas Jiguê esborrifara toda a água para fora da

cova. Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés

e das mãos. Por isso ficou negro, bem filho da tribo dos Tapanhumas, só que as palmas

das mãos e dos pés dele ficaram vermelhas, por terem se limpado na água santa.

a) O verbo “esborrifara” está no pretérito MAIS QUE PERFEITO do modo INDICATIVO.

Esse tempo é usado para indicar uma ação anterior a outra ação no passado.

b) No texto, a ação de “esborrifar”, no passado, aconteceu antes de outra ação, também

no passado. Qual é essa outra ação?

R: Maanape foi se lavar.

10) Transcreva do texto da primeira página:

a) um verbo no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: esfregasse

b) um verbo no Presente do Indicativo: é

c) um verbo no Infinitivo:ficar

d) um verbo no Particípio:encantada

e) um verbo no Gerúndio: atirando

f) Há entre as formas nominais dos itens c, d e e uma que diz o jeito como o personagem

fez algo. Que forma nominal é essa? Comprove transcrevendo a passagem do texto.

R: “... por mais que Jiguê esfregasse feito maluco, atirando água pra todos os

lados...”

11) Os oráculos e previsões são muito comuns nos mitos. Uma vidente consultada conta

esse fato usando, assim, verbos no futuro. Continue a fala da vidente, escrevendo

adequadamente esses verbos.

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Então Macunaíma enxergará numa lapa, bem no meio do rio, uma cova cheia

d‟água. Abicarão. O herói, depois de muitos gritos por causa do frio da água, entrará na

cova e se lavará inteirinho. Mas a água será encantada. Quando o herói sair do banho

estará branco, louro e de olhos azuizinhos. A água lavará o pretume dele.

Quando Jiguê perceber (perceber) o milagre se atirará (atirar) na poça. Porém a

água já estará (estar) muito suja da negrura do herói e, por mais que Jiguê esfregue feito

maluco, atirando água pra todos os lados, só conseguirá (conseguir) ficar da cor do

bronze novo.

Maanape então é que irá(ir) se lavar. Mas Jiguê esborrifará(esborrifar) toda a

água para fora da cova. Terá (ter) só um bocado lá no fundo e Maanape conseguirá

(conseguir) molhar só a palma dos pés e das mãos. Por isso ficará (ficar) negro, bem filho

da tribo dos Tapanhumas, só que as palmas das mãos e dos pés dele ficarão (ficar)

vermelhas, por terem se limpado na água santa.

12- Jiguê: oxítona terminada em e. Macunaíma: i tônico do hiato sozinho na sílaba é acentuado.

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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: EXTRA I – GRAMÁTICA – VERBO - GABARITO

TEXTO

Leia o texto a seguir:

À primeira vista

Quando não tinha nada eu quis

Quando tudo era ausência esperei

Quando tive frio tremi

Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri

Quando ouvi Prince dancei

Quando o olho brilhou entendi

Quando criei asas voei

Quando chamou eu vim

Quando dei por mim tava aqui

Quando lhe achei me perdi

Quando vi você me apaixonei

(Chico César – CD “Aos Vivos”)

1) Transcreva do texto “À primeira vista” o que se pede:

a) dois verbos da 1ª conjugação.

Esperar, chamar, criar, ligar, chegar, apaixonar, dançar, estar

b) um verbo da 2ª conjugação.

Tremer, ter, querer, ser, perder

c) um verbo da 3ª conjugação. Ir, abrir

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2) Verbo irregular é aquele que se afasta do modelo de conjugação, apresentando alterações no radical ou nas desinências. a) Transcreva dos verbos irregulares do texto “À primeira vista” ter, ir, ser

b) Transcreva dois verbos regulares do texto “À primeira vista”.

Esperar, chamar, criar, ligar, chegar, apaixonar, dançar, estar, perder, treme

3) Na 10ª linha do texto “À primeira vista”, foi empregada a forma verbal tava.

a) Na variedade padrão, como seria a forma equivalente a tava?

Estava

b) A que verbo pertence essa forma verbal?

Estar

c) A que conjugação pertence esse verbo?

1ª conjugação

4) Considerando os verbos dancei e tremi, escreva suas estruturas, indicando radical,

vogal temática (se houver) e desinência.

Dancei: DANC – RADICAL EI- DESINÊNCIA

Tremi: TREM – RADICAL I- DESINÊNCIA

5) Complete a cruzadinha com os verbos:

1-

A D O R A R A M

2-

I R Á

3-

E N C A N T O U

4-

Q U E R I A M

5- B

U S C O U

1) Os homens __________ os deuses. (verbo adorar) 2) Eros _____ ao encontro de Psiquê amanhã. (verbo ir) 3) Afrodite_______ os mortais com seu poder. (verbo encantar) 4) Os mortais __________ o fogo. (verbo querer) 5) Psiquê _________ ajuda de Zeus. (verbo buscar)

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6) Leia o trecho e transcreva o que se pede:

“Ao deparar com a beleza de Psiquê, hesitou, sentindo fraquejar, entregando seu coração

ao deslumbramento que aquela simples mortal lhe provocara. Quando disparou a temida

flecha, a confusão de sentimentos era tão grande, que ele mesmo sentiu-se

transpassado. Aparentemente, o projétil fora desviado pelo destino, fazendo-o voltar-se

contra o próprio atirador.”

a) Dois verbos no infinitivo:

fraquejar, deparar

b) Um verbo no gerúndio:

sentindo, entregando, fazendo-o

7) Leia o enunciado abaixo para responder às questões a, b e c:

Os humanos estão cultuando a beleza de Psiquê.

a)Transcreva a locução verbal presente no enunciado:

estão cultuando

b) Qual é o verbo principal e qual é o verbo auxiliar dessa locução? Transcreva-os:

principal: cultuando; auxiliar: estão

c) Que forma verbal simples poderia substituir toda a locução, sem provocar prejuízo ao

sentido do enunciado?

Cultuam

8. Leia esta tira:

Observe as frases abaixo, relacionando-as ao modo verbal e à noção que exprimem.

( a ) “Arrependa-se!”

( b ) “O que faria se soubesse que o mundo iria acabar em 72 horas?”

( c ) “Eu compraria tudo a crédito!”

( B ) exprime apenas uma possibilidade ( C ) modo indicativo

( A ) exprime noção de ordem ( B ) modo subjuntivo

( C ) exprime noção de certeza ( A ) modo imperativo

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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA 1º PERÍODO AULA: EXTRA II – GRAMÁTICA – VERBO E ACENTUAÇÃO

GABARITO

1. Leia as frases:

a) João comia seu lanche, quando ela o abraçou.

b) Ele cantava no bar e bebia com os amigos.

c) Antônio levou flores e agradou a namorada.

d) Maria esquecera o fogo ligado e o feijão queimou na panela.

A) Em qual delas a forma verbal destacada expressa a noção de:

ação interrompida por outra ação? A

ação ocorrida antes de outra ação? B

ação contínua, que se repete? B

ação concluída? C

B) Diga em que tempo e modo estão os verbos:

comia :PRETÉRITO IMPDERFEITO DO INDICATIVO

cantava: PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO

levou: PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

esquecera: PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO

2. Complete as frases a seguir, empregando, no futuro do presente ou do pretérito, os

verbos indicados:

a) Se eu conseguisse estudar toda a matéria, TIRARIA (tirar) boas notas.

b) Se eu for eleito para o cargo, COLOCAREI (colocar) ordem na casa.

3. Transcreva, deste parágrafo do texto, um verbo empregado em cada uma das formas

nominais (gerúndio, infinitivo e particípio):

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“E os ciclopes se retiraram. Ulisses não pôde deixar de sorrir quando viu que os havia enganado dando um nome trocado, mas não atinara ainda de que maneira ele e os companheiros iriam escapar.”

a) Infinitivo:DEIXAR, SORRIR, ESCAPAR

b) Gerúndio: DANDO

c) Particípio: ENGANADO, TROCADO.

A que conjugação pertencem os verbos encontrados?

a) 1ª,3ª,1ª

b) 1ª

c) 1ª,1ª

4. a) Complete as lacunas, no trecho abaixo, com os verbos e tempos pedidos, no modo

indicativo:

Então eu trabalharia a noite inteira no fim de semana. (trabalhar - futuro do pretérito)

Eu já sofria o começo da velhice. (sofrer - pretérito imperfeito)

“Que me conste, ainda ninguém relatou o seu próprio delírio.” (relatar- pretérito perfeito)

Ela encontrará a felicidade quando você voltar.

(encontrar- futuro do presente)

Nós estamos fora todo o tempo. (estar- presente)

Paulo bebera com os amigos comemorando seu aniversário. (beber – pretérito

mais -que- perfeito)

b) Complete as lacunas, selecionando os tempos verbais adequados:

“O importante era não ser preso logo. Gim se espremeu (espremer) contra um vão

da porta, os policiais pareceram (parecer) correr em frente, mas, de repente, eles

ouviram (ouvir) os passos, retornaram (retornar) e deram (dar) a volta pelo beco.

Gim pulou (pular) fora rápido, em saltos leves.

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–– Pare ou a gente atira (atirar), Gim!

„Está bom, vamos ver, atirem!‟, pensava ele, e já estava (estar) fora do alcance dos

tiros, a grandes passadas na beirinha dos degraus de pedra, quando despencou

(despencar) pelas vielas tortas da cidade velha. Acima da fonte saltou (saltar) a

balaustrada da rampa e então ficou (ficar) embaixo da arcada que amplificava

(amplificar) os passos."

(Ítalo Calvino)

Amplificar – Tornar mais amplo ou maior.

5- Justifique a acentuação das palavras abaixo:

Vintém: oxítona terminada em em.

Revólver: paroxítona terminada em r.

Tórax: paroxítona terminada em x.

Rápido: toda proparoxítona é acentuada.