ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS...

10
1 ___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07Número 01 2012 ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE ESPECIARIAS SOBRE CEPAS DE ACINETOBACTER SPP. MULTIDROGAS-RESISTENTES Felipe Queiroga Sarmento Guerra 1 , Juliana Moura Mendes 2 , Wylly Araújo de Oliveira 3 , Luis Alberto de Sousa Rodrigues 4 , Bernadete Helena Cavalcante Santos 5 , Edeltrudes de Oliveira Lima 6 RESUMO - A resistência aos antimicrobianos tem se tornado um dos problemas mais alarmantes deste século, pois a mesma se modifica de forma muito dinâmica, afetando microrganismos que antes não eram considerados patógenos graves, como é o caso das bactérias do gênero Acinetobacter spp. Nos últimos anos tem sido isolado com frequência cepas multidrogas-resistentes de Acinetobacter relacionadas com surtos hospitalares. Por isso, tem aumentado o interesse por novas alternativas terapêuticas, a exemplo o uso de produtos naturais, especialmente os óleos essenciais (OEs), que estão presentes nas plantas medicinais, ervas e condimentos. Os OEs de especiarias possuem inúmeras ações biológicas descritas, das quais se destaca a atividade antimicrobiana. O objetivo desse trabalho foi investigar a atividade antibacteriana dos óleos essenciais das especiarias Coriandrum sativum L.(coentro), Ocimum basilicum L. (basilicão), Origanum majorana L. (manjerona) e Rosmarinus officinalis L. (alecrim) sobre cepas multidrogas-resistentes de Acinetobacter spp. Foram utilizadas 24 cepas de Acinetobacter spp provenientes de ambiente hospitalar de diferentes períodos, estas foram previamente isoladas, identificadas e realizado o teste de sensibilidade a antibióticos pelo método de disco difusão. Para avaliar a atividade antibacteriana determinou-se a Concentração Mínima Inibitória (CIM) dos óleos essenciais sobre as cepas citadas, utilizando o método de microdiluição. Os quatro OEs demonstraram efeito inibitório do crescimento bacteriano, sendo o coentro com a menor CIM (1,25-2,5 mg/mL). Dessa forma pode-se concluir que OEs das especiarias investigadas apresentaram efetiva atividade antibacteriana contra cepas de Acinetobacter spp. multidrogas-resistentes de ampla importância clínica e epidemiológica, principalmente, devido as infecções hospitalares causadas pela mesma. Unitermos: Produtos Naturais, Concentração Inibitória, Resistência bacteriana ANTIBACTERIAL ACTIVITY OF ESSENTIAL OILS OF SPICES ON MULTIDRUG- RESISTANT STRAINS OF ACINETOBACTER SPP. ABSTRACT- Antimicrobial resistance has become one of the most alarming of this century, because it changes very dynamic, affecting microorganisms that were not considered serious pathogens, such as bacteria of the genus Acinetobacter spp. Recent years have often been isolated multidrug-resistant strains of Acinetobacter outbreaks related to hospital. Therefore, there has been increasing interest in new therapies, such as the use of natural products, especially essential oils (EOs), which are present in medicinal plants, herbs and spices. The EOs of spices have numerous biological actions described, of which stands the antimicrobial activity. The aim of this study was 1 Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Concentração: Farmacologia. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. [email protected]; 2- Mestranda em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Concentração: Farmacologia. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. [email protected]; 3- Professor Dr. em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (UFPB), Centro de Educação e Saúde/ Universidade Federal de Campina Grande, Cuité, Brasil. [email protected]; 4- Mestrando em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil. [email protected]; 5- Farmacêutica Bioquímica do Laboratório de Bacteriologia Clínica, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. [email protected]; 6- Professora Dra. em Ciências Farmacêuticas (USP), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. [email protected] Esse trabalho corresponde à dissertação do mestrado de Felipe Queiroga Sarmento Guerra

Transcript of ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS...

Page 1: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

1

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE ESPECIARIAS SOBRE

CEPAS DE ACINETOBACTER SPP. MULTIDROGAS-RESISTENTES

Felipe Queiroga Sarmento Guerra1, Juliana Moura Mendes

2, Wylly Araújo de Oliveira

3, Luis

Alberto de Sousa Rodrigues4, Bernadete Helena Cavalcante Santos

5, Edeltrudes de Oliveira Lima

6

RESUMO - A resistência aos antimicrobianos tem se tornado um dos problemas mais alarmantes

deste século, pois a mesma se modifica de forma muito dinâmica, afetando microrganismos que antes

não eram considerados patógenos graves, como é o caso das bactérias do gênero Acinetobacter spp.

Nos últimos anos tem sido isolado com frequência cepas multidrogas-resistentes de Acinetobacter

relacionadas com surtos hospitalares. Por isso, tem aumentado o interesse por novas alternativas

terapêuticas, a exemplo o uso de produtos naturais, especialmente os óleos essenciais (OEs), que

estão presentes nas plantas medicinais, ervas e condimentos. Os OEs de especiarias possuem inúmeras

ações biológicas descritas, das quais se destaca a atividade antimicrobiana. O objetivo desse trabalho

foi investigar a atividade antibacteriana dos óleos essenciais das especiarias Coriandrum sativum

L.(coentro), Ocimum basilicum L. (basilicão), Origanum majorana L. (manjerona) e Rosmarinus

officinalis L. (alecrim) sobre cepas multidrogas-resistentes de Acinetobacter spp. Foram utilizadas

24 cepas de Acinetobacter spp provenientes de ambiente hospitalar de diferentes períodos, estas

foram previamente isoladas, identificadas e realizado o teste de sensibilidade a antibióticos pelo

método de disco difusão. Para avaliar a atividade antibacteriana determinou-se a Concentração

Mínima Inibitória (CIM) dos óleos essenciais sobre as cepas citadas, utilizando o método de

microdiluição. Os quatro OEs demonstraram efeito inibitório do crescimento bacteriano, sendo o

coentro com a menor CIM (1,25-2,5 mg/mL). Dessa forma pode-se concluir que OEs das

especiarias investigadas apresentaram efetiva atividade antibacteriana contra cepas de Acinetobacter

spp. multidrogas-resistentes de ampla importância clínica e epidemiológica, principalmente, devido

as infecções hospitalares causadas pela mesma.

Unitermos: Produtos Naturais, Concentração Inibitória, Resistência bacteriana

ANTIBACTERIAL ACTIVITY OF ESSENTIAL OILS OF SPICES ON MULTIDRUG-

RESISTANT STRAINS OF ACINETOBACTER SPP.

ABSTRACT- Antimicrobial resistance has become one of the most alarming of this century,

because it changes very dynamic, affecting microorganisms that were not considered serious

pathogens, such as bacteria of the genus Acinetobacter spp. Recent years have often been isolated

multidrug-resistant strains of Acinetobacter outbreaks related to hospital. Therefore, there has been

increasing interest in new therapies, such as the use of natural products, especially essential oils

(EOs), which are present in medicinal plants, herbs and spices. The EOs of spices have numerous

biological actions described, of which stands the antimicrobial activity. The aim of this study was

1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Concentração: Farmacologia. Universidade Federal da

Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. [email protected]; 2- Mestranda em Produtos Naturais e Sintéticos

Bioativos, Concentração: Farmacologia. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

[email protected]; 3- Professor Dr. em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (UFPB), Centro de

Educação e Saúde/ Universidade Federal de Campina Grande, Cuité, Brasil. [email protected]; 4- Mestrando em

Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil. [email protected]; 5-

Farmacêutica Bioquímica do Laboratório de Bacteriologia Clínica, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa,

Paraíba, Brasil. [email protected]; 6- Professora Dra. em Ciências Farmacêuticas (USP), Centro de Ciências

da Saúde, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. [email protected] Esse trabalho

corresponde à dissertação do mestrado de Felipe Queiroga Sarmento Guerra

Page 2: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

2

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

to investigate the antibacterial activity of essential oils from spices Coriandrum sativum L.

(Coriander), Ocimum basilicum L. (Basil), Origanum majorana L. (Marjoram) and Rosmarinus

officinalis L. (Rosemary) on multidrug-resistant strains of Acinetobacter spp. We used 24 strains of

Acinetobacter spp from the hospital in different periods, these were previously isolated, identified

and performed the antibiotic susceptibility testing by disk diffusion method. To evaluate the

antibacterial activity was determined the minimum inhibitory concentration (MIC) of essential oils

on the mentioned strains, using the microdilution method. The four Eos demonstrated inhibition of

bacterial growth, and coriander with the lowest MIC (1.25 to 2.5 mg/mL). Thus we can conclude that

Eos had investigated the spices effective antibacterial activity against strains of Acinetobacter spp.

Multidrug-resistant extensive clinical and epidemiological importance, mainly due to infections

caused by the same hospital. Uniterms: Natural Products, Inhibitory concentration, bacterial resistance,

INTRODUÇÃO

O termo resistência microbiana não é novo, no entanto, a quantidade de organismos

resistentes, as localizações geográficas afetadas pela resistência às drogas, a amplitude de

resistência em organismos simples tem aumentado e se modificado de forma muito dinâmica (Levy,

2002a; Levy; Marshall, 2004). O problema da resistência pode ser vista de uma forma simples: o

antimicrobiano inibe o crescimento de organismos sensíveis e seleciona os resistentes, que

sobrevivem por possuírem genes de resistência determinante (Levy, 2002b).

As bactérias do gênero Acinetobacter compreendem um grupo de seres que no passado foram

considerados microrganismos de baixa virulência, mas, agora, são reconhecidos como importantes

patógenos hospitalares implicados na problemática resistência microbiana (Towner, 1997;

Dijkshoorn, Nemec, Seifert, 2007).

O gênero Acinetobacter é caracterizado por bactérias gram-negativas, não fermentadoras de

glicose, estritamente aeróbicos, imóveis, catalase positiva e oxidase negativa, estão amplamente

distribuídas na natureza e podem estar presentes no solo, na água, no esgoto e também em uma

variedade de gêneros alimentícios (Houang et al., 2001; Towner, 2006; Schreckenberger, Daneshvar,

Hollis, 2007).

Um local de grande importância de sua ocorrência é o ambiente hospitalar, especialmente em

unidades de terapia intensiva (Van Looveren et al., 2004; Schreckenberger, Daneshvar, Hollis,

2007), podendo ser encontrada em locais úmidos, como pias, torneiras e qualquer equipamento

que forme aerossóis (Manikal et al., 2000) ou ainda em ambientes secos e inanimados, nos quais

podem resistir por muitos dias ou semanas (Seifert et al., 1997; Wendt et al., 1997; Towner, 2006;

Schreckenberger, Daneshvar, Hollis, 2007).

As manifestações clínicas mais comuns causadas pelo Acinetobacter são a pneumonia seguida

pela bacteremia, infecções da pele e dos tecidos moles, meningite emais raramente por outros tipos

de infecções (Gaynes et al. 2005). Estas infecções tendem a ocorrer principalmente em pacientes

imunossuprimidos, em pessoas com doenças subjacentes graves e naqueles submetidos a

procedimentos invasivos e tratados com antibióticos de amplo espectro (Garcia-Garmendia et al,

2001). As cepas multidrogas-resistentes de Acinetobacter são isoladas com freqüência, pois as

mesmas possuem propensão a desenvolver resistência bacteriana rapidamente, e esta resistência está

associada à pressão seletiva dos agentes antimicrobianos utilizados, limitando assim as opções

terapêuticas (Lee et al., 2004; Falagas et al., 2007).

Geralmente essa resistência é devido à produção de β-lactamase de amplo espectro, enzimas

modificadoras de aminoglicosídeos, alteração das proteínas de ligação das penicilinas, mutações nas

Page 3: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

3

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

topoisomerases e também bomba de efluxo (Rodríguez-Bano; Cisneros, 2002; Ayan et al., 2003;

Kuo et al., 2004; Bonomo; Szabo, 2006; Wieczorek et al., 2008).

Nos últimos anos, tem aumentado o interesse por novas alternativas terapêuticas, a exemplo

o uso de produtos naturais, especialmente os derivados de plantas que tem se mostrado além de

eficazes, menos tóxicos (Rates, 2001; Barbosa-Filho et al., 2007). A produção dos óleos essenciais é

destinada para fins farmacêuticos, produção de perfumes, além de aplicações como ingredientes em

alimentos e aditivos nos produtos cosméticos e

de higiene pessoal, devido a suas propriedades antioxidantes e antibacterianas (Vani et al., 2009). Segundo Oliveira e colaboradores (2006), cerca de 60% dos óleos essenciais presentes nas

plantas medicinais, ervas e condimentos possuem propriedades antifúngicas e 35% exibem

propriedades antibacterianas (Oliveira et al., 2006) por isso também tem sido utilizado como

conservantes naturais em alimentos industrializados (Burt, 2004; Souza; Stamford, 2005; Trajano et

al., 2009). Além dessas atividades os óleos essenciais presentes nas especiarias apresentam

propriedades antivirais, antimicótica, antitoxigênicas, antiparasíticas e inseticidas (Burt, 2004).

As especiarias são conhecidas por exercerem uma estabilidade frente ao ataque de

microrganismos, estando inseridas no grupo dos alimentos estáveis (Lima et al., 2002). São plantas

ricas em óleos essenciais, apresentando uma característica aromática. Os compostos responsáveis

pela ação antimicrobiana das especiarias geralmente são encontrados nos seus óleos essenciais

(Kalemba; Kunicka, 2003).

Na literatura é descrito que as especiarias: coentro, basilicão, manjerona e o alecrim são

amplamente utilizadas na culinária brasileira e apresentam diversas propriedades terapêuticas

descritas e comprovadas cientificamente, como atividade anti-séptica, digestiva, calmante,

analgésica, antibacteriana, antifúngica, cicatrizante, entre outras (Ezzedine, 2001; Melo; Mancini

Fiçho; Guerra, 2003; Trajano et al., 2009).

Dessa forma o objetivo desse trabalho foi investigar a atividade antibacteriana dos óleos

essenciais das especiarias Coriandrum sativum L.(coentro), Ocimum basilicum L. (basilicão),

Origanum majorana L. (manjerona) e Rosmarinus officinalis L. (alecrim) sobre cepas multidrogas-

resistentes de Acinetobacter spp. MATERIAL E MÉTODOS

Óleos essenciais: Os óleos essenciais das folhas de Coriandrum sativum L., Ocimum basilicum L.,

Origanum majorana L. e Rosmarinus officinalis L. foram adquiridos da Ferquima Ind. e Com. Ltda.

(Vargem Grande Paulista – SP, Brasil), e seus parâmetros de qualidade (aparência, cor, pureza,

odor, densidade e índice de refração) foram descritos em um relatório de acompanhamento técnico.

Os óleos essenciais são extraídos em escala industrial utilizando o procedimento de hidrodestilação.

Microrganismos: Foram utilizadas 24 cepas de Acinetobacter spp provenientes de ambiente

hospitalar de diferentes períodos (tabela 1). Estas foram previamente isoladas, identificadas e

realizado o teste de sensibilidade a antibióticos (TSA) pelo método de disco difusão de acordo com

CLSI, 2008. As bactérias foram mantidas em Agar Muller-Hinton (MH) a 4ºC. Os inóculos foram

obtidos a partir de culturas overnight em MH a 37ºC e diluídas em salina estéril 0,9% para obter

concentração final de aproximadamente 108

unidades formadoras de colônias por mL (UFC/mL),

ajustado pela turvação utilizando o tubo 0,5 da escala McFarland. (Bauer et al. 1966; Cleeland;

Squires, 1991). Meios de Cultura: Os meios de cultura utilizados nos ensaios para avaliação da atividade

antimicrobiana foram o meio líquido Muller Hinton e o meio sólido ágar Muller Hinton, O meio de

cultura foi adquirido na Difco®

e preparado de acordo com as instruções do fabricante.

Page 4: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

4

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

Avaliação da atividade antbacteriana e determinação da CIM: A CIM foi determinada utilizando

a técnica de microdiluição em placa de 96 poços com fundo em “U” (INLAB/Indústria Brasileira).

Em uma placa de 96 cavidades, foi adicionado caldo Mueller Hinton e os óleos essenciais em estudo

nas concentrações de 10.0000 a 20μg/mL. A determinação da CIM foi conduzida com

aproximadamente 1-5 x 108

UFC/mL do microrganismo em cada cavidade. O ensaio foi realizado em

duplicata. As placas foram incubadas a 35-37 ºC durante 24-48 horas. Após o tempo de incubação

adequado dos ensaios com as bactérias, foi realizada a primeira leitura dos resultados. Em seguida,

foram adicionados 20 µL de solução de resazurina sódica (SIGMA), em água destilada esterilizada na

concentração de 0,01 % (p/v), reconhecido como indicador colorimétrico de óxido-redução para

bactérias. Fez-se nova incubação a 35-37 ºC. A CIM foi determinada como a menor concentração

do óleo que inibiu o crescimento visível do microrganismo e também pela observação da mudança

da coloração da solução, de azul para rosa, indicando crescimento do microrganismo. Portanto, foi

determinada como CIM, a menor concentração do produto capaz de inibir o crescimento do

microrganismo ensaiado, verificado por uma não mudança da coloração do corante indicador

(Eloff, 1998; Mann; Markham, 1998, Palomino et al., 2002). RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na tabela 1 estão representados os resultados da avaliação da atividade antibacteriana, o óleo

essencial de Coriandrum sativum (coentro) apresentou uma concentração inibitória mínima (CIM) de

1250 µg/mL (1,2 mg/ mL) sobre 15 (63%) das 24 cepas de Acinetobacter spp. Essa atividade

inibitória do crescimento de bactérias Gram negativas do óleo essencial de coentro já foi relatada por

Kubo e Cantore em 2004.

Matasyoh e colaboradores (2009) também demonstraram que o mesmo óleo essencial foi

capaz de inibir tanto cepas de bactérias Gram negativas como Escherichia coli, Samonella typhi e

Klebisiela pneumoniae, com CIM entre 130 a 217 mg/mL como também bactérias Gram positivas

como Staphylococus aureus e Bacillus spp., com CIM de 108 mg/mL, valores bem mais elevados do

que foi determinado neste estudo. Já na investigação realizada por Saeed e Tariq (2007), a infusão e

decocção aquosa do C. sativum, não apresentou atividade bactericida contra várias bactérias Gram

negativas patógenas do trato urinário.

Também na tabela 1 podem-se observar os resultados do óleo essencial de O. manjorana

sobre cepas de Acinetobacter spp., demonstrando que o referido óleo essencial na concentração de 5

mg/mL inibiu o crescimento de quase todas as cepas de Acinetobacter spp., com exceção, apenas da

cepa 044, que foi resistente em todas as concentrações analisadas.

Vagi e colaboradores (2005) verificaram que o óleo essencial da O. manjorana mostrou

atividade inibitória do crescimento de Escherichia coli, Pseudomonas fluorescens e Bacillus cereus

e os mesmos atribuiram ao composto majoritário 4-terpineol como responsável por sua atividade

antimicrobiana, o mesmo pode ter sido responsável pela atividade antibacteriana observada nesse

estudo.

Outra pesquisa relacionada realizada por Busatta et al (2008) verificou que tanto bactérias

Gram negativas (Aeromonas spp., Echerichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella choleraesius,

Serratia sp. e Shigella flexneri) como Gram positivas (Bacillus subtilis, Enterococcus faecalis,

Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans) foram suscetíveis a ação deste óleo essencial, tendo

os valores da CIM na faixa de 0.069 à 2.3 mg/mL.

A CIM do óleo essencial de basilicão (Ocimum basilicum L.) descrita na tabela 1, variou

entre 1,25 e 5,0 mg/mL, destacando-se o valor de 5,0 mg/mL que inibiu o crescimento de 17 das 24

cepas testadas. Na literatura já tem sido bem relatada essa atividade antibiótica contra diversos

Page 5: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

5

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

microrganismos (Farag et al., 1989; Meena; Sethi, 1994; Bais et al., 2002; Moreira et al., 2005;

Wannissorn et al., 2005).

Tabela 1: Perfil de resistência das cepas de Acinetobacter spp. e Concentração Inibitória

Mínima (mg/mL) dos óleos essenciais sobre as mesmas.

Cepas PFRA O. majorana C. sativum R. officinalis O. basilicum

002 4 2,5 1,25 1,25 5,0

003 1 5,0 1,25 5,0 5,0

004 1 5,0 1,25 2,5 5,0

005 1 5,0 1,25 2,5 5,0

006 5 5,0 1,25 2,5 2,5

008 1 5,0 1,25 2,5 5,0

010 1 5,0 1,25 2,5 5,0

011 1 5,0 1,25 2,5 5,0

013 1 5,0 1,25 2,5 5,0

015 2 5,0 2,5 2,5 5,0

019 2 5,0 1,25 2,5 5,0

020 2 5,0 1,25 2,5 1,25

021 2 5,0 1,25 2,5 2,5

022 2 2,5 1,25 2,5 2,5 023 2 2,5 1,25 2,5 2,5

024 2 5,0 1,25 2,5 5,0

025 3 5,0 2,5 2,5 5,0 026 2 5,0 2,5 5,0 5,0

030 3 5,0 2,5 5,0 5,0

032 3 5,0 2,5 5,0 5,0

034 3 5,0 2,5 5,0 5,0

036 3 5,0 2,5 5,0 5,0

038 3 5,0 2,5 5,0 5,0

044 3 5,0 2,5 5,0 2,5 Amicacina (AMI), Ampicilina - Ácido Clavulânico (CAM), ciprofloxacino (CIP), levofloxacino (LEV), Cefepime (CEP), ceftazidime (CTZ), Polimixina B (POL), Imipenem (IMI), Meropenem (MER), Piperacillin - Tazobactam (PTZ); Tigeciclina (TIG). A: Perfil Fenotípico de Resistência- 1: CAM; CIP; LEV; CEP; CTZ; IMI; MER; PTZ. 2: AMI, CAM; CIP; LEV; CEP; CTZ; IMI; MER; PTZ, TIG. 3: CAM; CIP; LEV; CEP; CTZ; IMI; MER; PTZ, TIG. 4: CIP; LEV; CEP; CTZ; IMI; MER; PTZ. 5: AMI, CAM; CIP; LEV; CEP; CTZ; PTZ

Adigüzel et al., (2005) avaliaram a atividade antimicrobiana do extrato O. basilicum, que

mostrou efeito antibacteriano contra 13 cepas de seis gêneros diferentes, incluindo Acinetobacter,

Bacillus, Brucella, Escherichia, Micrococcus e Staphylococcus, e atividade antifúngica contra três

isolados de C. albicans.

A maioria das cepas avaliadas foi sensível ao óleo essencial de R. officinalis (alecrim) na

concentração de 2,5 mg/mL (tabela 1). Celiktas e colaboradores (2005) afirmaram que a região e o

período do dia da extração do óleo essencial de R. officinalis influenciava na atividade

antimicrobiana e também que o óleo essencial tem melhor atividade do que o extrato.

Porte e Godoy em 2001 também demonstraram a atividade antimicrobiana do alecrim sobre

bactérias Gram positivas (Sthaphylococcus aureus, Micrococcus sp. e Sarcina sp.) e Gram negativas

Page 6: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

6

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

(Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa), atividade semelhante ao que foi encontrado nesse

estudo.

A atividade dos óleos essenciais (OEs) varia com sua concentração e o tipo de bactéria. Estas

diferenças nos testes de suscetibilidade dos organismos aos OEs podem ser atribuídas pela variação

na taxa de penetração dos seus constituintes na parede e na membrana celular bacteriana (Cox et al.,

2000).

O mecanismo de ação do óleo essencial sobre os microrganismos é complexo e ainda não foi

totalmente elucidado. Já é bem conhecido o caráter hidrofóbico dos óleos essenciais e seus

componentes, que permite a sua ligação aos lipídeos da membrana celular modificando sua estrutura e

aumentando sua permeabilidade. Devido a esta permeabilidade, pode ocorrer a passagem de íons e

outros constituintes celulares provocando a morte da célula, essa é o principal mecanismo pelo qual

os OEs tem ações letais (Cox et al., 2000; Kalemba; Kunicka, 2003; Burt, 2004). Outras ações dos OEs seriam danos às proteínas da membrana (Ultee et al., 1999),

interrupção da força motriz de prótons (Ultee; Smid, 2001), do fluxo de elétron, do transporte ativo e

da coagulação dos conteúdos celulares (Burt, 2004). Por outro lado, os óleos essenciais em geral

expressam baixa solubilidade aquosa, o que os impede de alcançar um nível tóxico em citomembranas

(Mann; Cox; Makham, 2000).

No entanto, são necessários mais estudos para propor o mecanismo de ação desses óleos

essenciais avaliados, mas podemos concluir que os mesmos (coentro, alecrim, basilicão e manjerona)

apresentam efetiva atividade antibacteriana contra cepas de Acinetobacter spp. multidrogas-resistentes

de ampla importância clínica e epidemiológica, principalmente, devido as infecções hospitalares

causadas pela mesma.

AGRADECIMENTOS

Ao apoio financeiro da CAPES, CNPq e UFPB.

REFERÊNCIAS Adigüzel, A.; Güllüce, M.; Şengül, M.; Öğütcü H.; Şahin, F.; Karaman, İ. (2005).

Antimicrobial Effects of Ocimum basilicum (Labiatae) Extract. Turk J Biol. 29:155-160.

Ayan, M.; Durmaz, R.; Aktas, E.; Durmaz, B. (2003). Bacteriological, clinical and epidemiological

characteristics of hospital-acquired Acinetobacter baumannii infection in a teaching hospital. J Hosp

Infect., 54:39-45.

Bais, H.P.; Walker, T.S.; Schweizer, H.P.; Vivanco, J.M. (2002). Root specific elicitation and

antimicrobial activity of rosmarinic acid in hairy root cultures of Ocimum basilicum. Plant Physiol.

Biochem., 40: 983-995.

Barbosa-Filho, J.M.; Nascimento-Júnior, F.A.; Tomaz, A.C.A.; Athayde-Filho, P.F.; Silva, M.S.;

Cunha, E.V.L.; Souza, M.F.V.; Batista, L.M.; Diniz, M.F.F.M. (2007). Natural products with

antileprotic activity. Rev Bras Farmacogn., 17:141-48.

Bauer, A.W.M.M.; Kirby, J.C.; Turck, M. (1966). Antibiotic susceptibility testing by a standardized

single disk method. Am J Clin Path., 45 (3):493-96.

Page 7: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

7

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

Bonomo, R.A.; Szabo, D. (2006). Mechanisms of multidrug-resistant Acinetobacter species and Pseudomonas aeruginosa. Clin Infect Dis., 43:49-56.

Burt, S. (2004). Essential oils: their antibacterial properties and potential applications in foods. Int J

Food Microbiol, 94:223–253.

Busatta, C.; Vidal, R.S.; Popiolski, A.S.; Mossi, A.J.; Dariva, C.; Rodrigues, M.R.A.; Cantore, P.L.;

Iacobellis, N.S.; Marco, A.; Capasso, F.; Senatore, F. (2004). Antibacterial Activity of Coriandrum

sativum L. and Foeniculum vulgare Miller Var. vulgare (Miller) Essential Oils. J. Agric. Food

Chem., 52: 7862-66.

Celiktas, O.Y.; Kocabas, E.E. H.; Bedir E.; Sukan F.V.; Ozek T.; Baser K.H.C. (2007). Antimicrobial

activities of methanol extracts and essential oils of Rosmarinus officinalis, depending on location

and seasonal variations. Food Chem., 100: 553–59.

Cleeland, R.; Squires, E. (1991) Evaluation of new antimicrobials “in vitro” and experimental animal

infection. In: Lorian, V. Antibiotics in laboratory medicine. Baltimore: Willians & Wikins. p. 739-88.

Corazza, F.C.; Corazza, M.L.; Oliveira, J.V.; Cansian, R.L. (2008). Application of Origanum majorana L. essential oil as an antimicrobial agent in sausage. Food Microbiol.,25: 207-

211.

Cox, S.D.; Mann, C.M.; Markham, J.L.; Bell, H.C.; Gustafson, J.E.; Warmington, J.R. (2000). The

Mode of antimicrobial action of essential oil of Melaleuca alternifolia tea tree oil. J Appl Microbiol.,

88(1):170–175.

Dijkshoorn L., Nemec A., Seifert H. (2007). An increasing threat in hospitals: multidrug- resistant

Acinetobacter Baumannii. Nat Rev Microbiol., 5:939-51.

Eloff, J.N. (1998). A sensitive and quick microplate method to determine the minimal inhibitory

concentration of plant extracts for bacteria. Planta Med, 64:711-13.

Ezzedine, N.B. (2001). Antibacterial screening of Origanum majorana L., oil from Tunísia. J Essenc

Oil Res., 13:295-97.

Falagas, M.E; Mourtzoukou, E.G.; Polemis, M.; Vatopoulos, A.C.; Greek System for Surveillance of

Antimicrobial Resistance. (2007). Trends in antimicrobial resistance of Acinetobacter baumannii

clinical isolates from hospitalised patients in Greece and treatment implications. Clin Microbiol Infect.,

13:816-19.

Farag, R.S.; Daw, Z.Y.; Hewed, F.M.; El-Baroty, G.S.A. (1989). Antimicrobial activity of some

Egyptian spice essential oil. J. Food Protect., 52 (9): 665-67.

García-Garmendia, J.L.; Leyba, C.O.; Montero, J.G.; Jiménez, F.J.J.; Paredes, C.P.; Almodóvar

A.E.B.; Miner M.G. (2001). Risk Factors for Acinetobacter baumannii Nosocomial Bacteremia in

Critically Ill Patients: A Cohort Study. Clin Infect Dis., 33(7): 939-46.

Gaynes, R., Edwards, J.R. (2005). Overview of nosocomial infections caused by Gram- negative

Page 8: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

8

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

bacilli. Clin Infect Dis., 41:848-54.

Houang, E.T., Chu Y.W., Leung C.M., Chu K.Y., Berlau J., Ng K.C., Cheng A.F.B. (2001).

Epidemiology and infection control implications of Acinetobacter spp. in Hong Kong. J Clin

Microbiol., 39:228-34.

Kalemba, D.; Kunicka, A. (2003). Antibacterial and Antifungal Properties of Essential

Oils. Current Medicinal Chemistry, 10:813-829.

Kubo, I.; Fujita, K.I.; Kubo A.; Nihei, K.I.; Tetsuya, O. (2004). Antibacterial Activity of Coriander

Volatile Compounds against Salmonella choleraesuis. J. Agric. Food Chem., 52: 3329-32.

Kuo, L.C.; Teng,L.J.; Yu, C.J.; Ho, S.W.; Hsueh, P.R. (2004). Dissemination of a Clone of Unusual

Phenotype of Pandrug-Resistant Acinetobacter baumannii at a University Hospital in Taiwan. J Clin

Microbiol., 42(4): 1759-63.

Lee, S.; Kim, N.J.; Choi, S.H.; Kim, T.H.; Chung, J.W.; Woo, J.H.; Ryu, J.; Kim, Y.S.

(2004). Risk Factors for Acquisition of Imipenem-Resistant Acinetobacter baumannii; a

Case-Control Study. Antimicrob Agents Chemother., 48(1): 224-28.

Levy S. B. (2002a). The Antibiotic Paradox: How the Misuse of Antibiotics Destroys Their Curative

Powers. Cambridge, MA: Perseus Publishing.

Levy, S.B. (2002b). The 2000 Garrod lecture. Factors impacting on the problem of antibiotic

resistance. J Antimicrob Chemother., 49: 25-30.

Levy S. B; Marshall B. (2004). Antibacterial resistance worldwide: causes, challenges and responses.

Nat Med., 10(12):122-129.

Lima, E.O. (2002). Plantas e suas propriedades antimicrobianas: uma breve análise histórica. In:

YUNES, R.A.; CALIXTO; J.B. Plantas medicinais sob a ótica da química medicinal moderna.

Chapecó: Agros. p.482-501.

Manikal, V.M.; Landman D.; Saurina, G.; Oydna, E.; Lal, H.; Quale, J.S. (2000). Endemic

carbapenem-resistant Acinetobacter species in Brooklyn, New York: Citywide prevalence,

interinstitutional spread, and relation to antibiotic usage. Clin Infect Dis., 31(1):101.

Mann, C.M., Cox, S.D.; Markham, J.L. (2000). The outer membrane of Pseudomonas

aeruginosa NCTC 6749 contributes to its tolerance to the essential oil of Melaleuca

alternifolia (tea tree oil). Lett Appl Microbiol. 30:294-97.

Mann, C.M.; Markham, J.L. (1998). A new method for determining the minimum inhibitory

concentration of essential oils. J Appl Microbiol., 84:538-44.

Matasyoh, J.C.; Maiyo, Z.C.; Ngure, R.M; Chepkorir, R. (2009). Chemical composition and

antimicrobial activity of the essential oil of Coriandrum sativum. Food Chem., 113: 526–29.

Meena, M.R.; Sethi, V. (1994). Antimicrobial activity of essential oils from spices. J. Food Sci.

Page 9: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

9

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

Technol., 31 (1): 68-70.

Melo, E.A.; Mancini Filho, J.; Guerra, N.B. (2003). Atividade antioxidante de extrato de coentro

(Coriandrum sativum L.). Ciênc. Tecnol. Aliment. 23:195-99.

Moreira, M.R.; Ponce, A.G.; Del Valle, C.E.; Roura, S.I. (2005). Inhibitory parameters of essential

oils to reduce a foodborne pathogen. LWT - Food Science and Technology,

38:565-70.

Oliveira, R.A.G.; Lima, E.O.; Vieira, W. L.; Freire, K.R.L.; Trajano, V.N.; Silva-Filho, R.N. (2006).

Estudo da interferência de óleos essenciais sobre a atividade de alguns antibióticos usados na clínica.

Rev Bras Farmacogn, 16 (1): 77-82.

Palomino, J.C.; Martin, A.; Camacho, M.; Guerra, H.; Swings, J.; Portales, F. (2002). Resazurin

microtiter assay plate: simple and inexpensive method for detection of drug resistence Mycobacterium

tuberculosis. Antimicrob Agents Chemoter., 46 (8):2720-22.

Porte, A.; Godoy, R. L. O. (2001). Alecrim (rosmarinus officinalis l.): Propriedades

Antimicrobiana e Química do Óleo Essencial. B.CEPPA, 19 (12): 193-210.

Rates, S.M.K. (2001). Plants as source of drugs. Toxicon., 39:603-13.

Rodríguez-Bano, J.; Cisneros, J.M. (2002). Nosocomial bacteremia due to Acinetobacter baumannii:

epidemiology, clinical features and treatment. Clin Microbiol Infect., 8(11): 687-93.

Saeed, S.; Tariq, P. (2007). Antimicrobial activities of Emblica officinalis and Coriandrum sativum

against gram positive bacteria and Candida albicans. Pak. J. Bot., 39(3): 913-17.

Schreckenberger, P.C.; Daneshvar, M.I.; Hollis, D.G. (2007). Acinetobacter, Achromobacter,

Chryseobacterium, Moraxella, and other nonfermentative Gram-negative rods. In: Murray PR, ed.

Manual of clinical microbiology. Washington, Conn: ASM Press: 770-802.

Seifert H., Dijkshoorn L., Gerner-Smidt P., Pelzer N., Tjernberg I., Vaneechoutte M. (1997).

Distribution of Acinetobacter species on human skin: comparison of phenotypic and genotypic

identification methods. J Clin Microbiol, 35: 2819-25.

Souza E.L.; Stamford, T.L.M. (2005). Orégano (Origanum vulgare L., Lamiaceae): uma especiaria

como potencial fonte de compostos antimicrobianos. Hig Aliment., 19(132): 40-45.

Towner, K. (2006). The genus Acinetobacter. In: Dworkin M, ed. The prokaryotes. New

York, Conn: Springer:746-58.

Towner, K.J. (1997). Clinical importance and antibiotic resistance of Acinetobacter spp.

J.Med. Microbiol., 46:721-46.

Trajano V.N.; Lima E.O.; Souza E.L.; Travassos A.E.R. (2009). Antibacterial property of spice

essential oils on food contaminating bacteria. Ciênc. Tecnol. Aliment., 29(3): 542-45.

Page 10: ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v7n1-2012/atividade_antibacteria... · 1Mestrando em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,

10

___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 01 – 2012

Ultee, A., Kets, E.P.W., Smid, E.J. (1999). Mechanisms of action of carvacrol on the food-borne

pathogen Bacillus cereus. Appl Environ Microbiol., 65 (10): 4606-10.

Ultee, A.; Smid, E.J. (2001). Influence of carvacrol on growth and toxin production by

Bacillus cereus. Int J Food Microbiol., 64(3):373–78.

Vagi, E.; Simandi, B.; Suhajda, A.; Hethelyi, E. (2005). Essential oil composition and antimicrobial

activity of Origanum majorana L. extracts obtained with ethyl alcohol and supercritical carbon

dioxide. Food Res Int., 38:51-57.

Van Looveren M., Goossens H., ARPAC Steering Group. (2004). Antimicrobial resistance of

Acinetobacter spp. in Europe. Clin Microbiol Infect, 10:684-704.

Vani, S.R.; Cheng, S.F.; Chuah, C.H. (2009). Comparative Study of Volatile Compounds from

Genus Ocimum. Amer J Appl Sci., 6 (3): 523-528.

Wannissorn, B.; Jarikasem, S.; Siriwangchai, T.; Thubthimthed, S. (2005). Antibacterial properties of

essential oils from Thai medicinal plants. Fitoterapia, 76:233-36.

Wendt, C.; Dietze, B.; Dietz, E.; Ruden, H. Survival of Acinetobacter baumannii on dry surfaces.

(1997). J Clin Microbiol., 35(6): 1394-97.

Wieczorek, P.; Sacha, P.; Hauschild, T.; Zórawski, M.; Krawczyk, M.; Tryniszewska, E. (2008).

Multidrug resistant Acinetobacter baumannii – the role of AdeABC (RND family) efflux pump in

resistance to antibiotics. Folia Histochem Cytobiol., 46 (3): 257-67.