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CP5 - Deontologia e princpios ticosAtividade 7

Para ler e refletir:

Discurso de Nelson Mandela na tomada de posse da presidncia da frica do Sul em 1994:"O nosso medo mais profundo, no de que sejamos inadequados. O nosso medo mais profundo, que sejamos poderosos demais. a nossa luz, no a nossa escurido que mais nos assusta. Ns nos perguntamos. "Quem sou eu para ser brilhante, alegre, talentoso e fabuloso?" Na verdade, quem voc para o no ser? Voc um filho de Deus. Fazer menos do que aquilo que pode no serve para o mundo. No h nada de luminoso no facto de voc se encolher para que as outras pessoas se sintam inseguras consigo. Ns nascemos para manifestar a glria de Deus que est dentro de ns. Ela est no s em alguns de ns, est em todos ns. E a medida que deixamos nossa prpria luz brilhar, ns inconscientemente damos permisso aos outros para fazerem o mesmo. medida que ns nos libertamos do nosso medo, nossa presena automaticamente liberta outros."

Discurso do ex - presidente Nelson Mandela no encerramento da XIII Conferncia Internacional de AIDS, 14de Julho de 2000, Durban:Ter sido convidado a discursar nesta conferncia, que num sentido muito literal se ocupa de questes de vida e de morte, representa para mim um grande peso, pela imensa responsabilidade que envolve.

No tenho a inteno de menosprezar as muitas ocasies em que tive o privilgio de falar, quando digo que este um evento em que cada palavra pronunciada, cada gesto, deve ser medido na relao ao efeito que podem ter e tero sobre as vidas de milhes de seres humanos que vivem neste continente e neste planeta. Esta no uma conferncia acadmica. Trata-se, no meu entendimento, de uma reunio de seres humanos preocupados em reverter uma das ameaas mais graves que a humanidade vem enfrentando, e certamente a mais sria depois do fim das grandes guerras do sculo passado.No tenho o costume de usar a palavra de forma leviana. Se 27 anos na priso tiveram algum efeito, foi o de usar a solido para entender o quo preciosas so as palavras e quo real a fala no seu impacto sobre a maneira como as pessoas vivem e morrem. () Venho de uma longa tradio de liderana coletiva, processo decisrio consultivo e ao conjunta com respeito ao bem comum. Tivemos que superar muito do que se considerava intransponvel na adeso quelas prticas. Diante da grave ameaa representada pelo HIV/AIDS, temos que superar nossas diferenas e combinar nossos esforos para salvar nosso povo. A histria vai julga-nos severamente, se falharmos, e ter razo.Sem ambiguidade: uma tragdia de propores inauditas est assolando a frica. A AIDS hoje, na frica, esta reivindicando mais vidas que a soma de todas as guerras, escassez alimentar e inundaes, alm da destruio causada por doenas fatais como a malria. Est devastando famlias e comunidades, sufocando e exaurindo os servios de sade e roubando s escola tanto alunos como professores.Os negcios sofreram, ou ainda vo sofrer, perdas de pessoal, produtividade e lucros; o crescimento econmico est sendo a solapado e os escassos recursos do desenvolvimento precisam ser desviados para enfrentar as consequncias desta pandemia.O HIV/AIDS est tendo um impacto devastador sobre famlias e comunidades, sociedades e economias. A expectativa de vida foi podada durante dcadas e espera se que, nos pases mais afetados de frica, a mortalidade infantil duplique. A AIDS CLARAMENTE UM DESASTRE, EFETIVAMENTE ELIMINA GANHOS DO DESENVOLVIMENTO E SABOTA O FUTURO.() O desafio passar da retrica ao numa escala e intensidade sem precedentes. Existe a necessidade de nos concentrarmos no que sabemos que funciona.Precisamos quebrar o silncio, banir o estigma e a discriminao e assegurar a incluso total das pessoas na luta contra a AIDS. Aqueles que esto infetados com esta terrvel doena no querem estigma, querem amor.Precisamos de iniciativas ousadas para prevenir, entre os jovens, o aparecimento de novas infees e aes em ampla escala para prevenir a transmisso de me para filho e, tambm, de continuar o esforo internacional de procurar vacinas apropriadas. Devemos tratar agressivamente as infees oportunistas, assim como trabalhar com famlias e comunidades para cuidar de crianas e jovens para proteg-los da violncia e de abusos, assegurando que crescem num ambiente seguro e com apoio.Para isso h a necessidade de nos concentrarmos, ser estratgicos e mobilizarmos todos os nossos recursos e alianas para sustentar o esforo at que esta guerra seja vencida. () Convidei para ir a minha casa um rapaz de 16 anos e ele fez-me uma pergunta que eu temia porque, durante a conversa com outras crianas, algumas delas com cncer, outras com HIV, outras com tuberculose, ele me disse: O que voc pensa de homens como eu? Era muito difcil responder esta pergunta, ele sofre de um tipo de cncer que afeta a ossatura e tornou seus ossos to frgeis que cada vez que algum lhe toca com mais fora alguma coisa se parte em seu corpo. Ele fez-me esta pergunta: o que voc acha de pessoas como eu? A dificuldade que eu no lhes queria dar falsas esperanas, mas ao mesmo tempo no poderia me furtar a responder pergunta, ento disse-lhe: o importante que voc est vivo, voc tem a segurana de ter seus pais que o amam, voc um jovem inteligente. No pense que voc vai deixar a sua famlia, seus entes queridos, seu pas, seu povo, sob uma nuvem de vergonha. Voc deve estar determinado a desaparecer sob uma nuvem de glria e citei um verso que costumo repetir com frequncia, especialmente quando me vejo na situao de ter que dizer adeus a algum. Os covardes morrem muitas vezes antes de sua morte e os bravos s provam a morte uma vez. De todas as maravilhas que j vi parece muito estranho que os homens temam a morte, um ato necessrio ser a morte quando a morte vier. Isso Shakespeare e todos os que ouvem estas palavras desaparecem sob uma nuvem e glria tornam-se dignos candidatados imortalidade. Queremos partir da retrica para a ao prtica e, j como disse esta manh, queremos homens e mulheres que possam penetrar o exterior e apreciar a beleza de cada ser humano.Precisamos, e isto est cada vez mais evidente, da resoluo africana para combater esta guerra. Os outros no nos salvaro se no nos emprenharmos primeiro. No subestimemos os recursos necessrios para conduzir esta batalha. vital a parceria com a comunidade internacional. Um tema constante em todas as nossas mensagens tem sido o de que neste mundo interdependente e globalizado precisamos ser de facto responsveis pelos nossos irmos e irms. O caso no pode ser mais bvio do que na luta comum contra o HIV/AIDS.() Com estas palavras, agradeo sinceramente a todos por seu envolvimento nesta luta. Vamos combinar nossos esforos para assegurar um futuro para nossas crianas. O desafio no menor.Em inmeras vezes perguntaram me quais os chefes de estado que mais me impressionaram. Tenho que ter cuidado porque a resposta pode criar um caos diplomtico, muitos dos pases no referenciados podem retirar os seus embaixadores da frica do Sul, mas frequentemente digo que os meus heris no so necessariamente os homens e mulheres que possuem ttulos, mas os homens e mulheres humildes que existem em todas as comunidades e que escolheram o mundo como palco de suas operaes, julgam que os maiores desafios so os problemas socioeconmicos que desafiam o mundo, como a pobreza, o analfabetismo, a doena, a falta de habitao, a impossibilidade de mandar seus filhos para a escola. Estes so os meus heris.Muito ObrigadoNelson MandelaAps leitura iremos debater oralmente as temticas abordadas nos discursos.O formador:

Antnio Costa

Ano letivo 2014 / 2015Pgina 1Ano letivo 2014 / 2015Pgina 4