Atitudes
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Conceito de Atitude
Tendência ou predisposição a responder a um
determinado objecto social que pode ser uma
pessoa, uma situação de forma favorável ou
desfavorável. (I. Ajzen, 1988, citado por Vala,
2006, p. 188)
É uma organização duradoura do processo
motivacional, emocional, perceptivo e
cognitivo em relação a certos aspectos do
mundo do individuo.
Conceito de Atitude Cont.
Segundo Eagly e Chaiken (1993) atitude é um
constructo hipotético referente à tendência
psicológica que se expressa numa avaliação favorável
ou desfavorável de uma entidade especifica.
Uma organização duradoura de crenças e cognições
em geral; Uma carga afectiva pró ou contra um
objecto social; Uma predisposição à acção.
(Rodrigues, 2008, p. 81).
Componentes das Atitudes
Componente Cognitiva – refere-se às
ideias e crenças sobre um objecto social
(Pessoa, situação, grupo, social).
Ex: Temos a ideia de que a Coca Cola:
É fabricada por uma grande empresa;
Têm muitas calorias;
Têm um preço acessível;
Componentes das Atitudes Cont.
Componente Afectiva – refere-se aos
sentimentos e ao sistema de valores, a
pessoa desenvolve sentimentos
agradáveis ou desagradáveis
relativamente ao objecto social.
Ex: “Gosto muito da Coca Cola”, “A
Coca Cola não é boa”.
Componentes das Atitudes Cont.
Componente Comportamental - conjunto
de respostas do sujeito face ao objecto social
e que depende das ideias, crenças e dos
valores.
Ex: “Vou comprar uma Coca Cola”, “Não vou
comprar Coca Cola”, “Vou Dizer a um amigo
para experimentar a Coca Cola”, ou “Vou
aconselhar a um amigo a não comprar a Coca
cola”
Componentes das Atitudes Cont.
Cliente
POWA SWAG
Campanha POWA
SWAG
Muitos amigos
meus têm o plano tarifário
Usar Tarifário POWA SWAG
É muito bom
Diminuir custos
Formação das Atitudes
Linha Teórica Cognitivista - Atitude é definida
pela informação que temos disponível sobre um
determinado objecto (as crenças).
Fishbein & Ajzen (1975): consideram a atitude
como um trabalho cognitivo de avaliação de
crenças. A informação é obtida através da
experiência pessoal e da interacção social (pais,
amigos, grupos, escola, igreja, jornais, rádio,
TV).Fonte: (Farinha, 2006)
Formação das Atitudes Cont.
Linha Teórica Afectivo/Emocional- a formação de
atitudes tem como fundamento uma componente
afectivo/emocional.
Processo básico: efeito da exposição directa
(Zajonc, 1968), a exposição repetida a um mesmo
estímulo tende a melhorar a atitude face a esse
estímulo, isto é, a maior familiaridade com o
objecto levaria ao aparecimento de sentimentos
positivos face a um objecto inicialmente neutro.Fonte: (Farinha, 2006)
Funções das Atitudes
Funções Motivacionais - Abordagem funcionalista
(Katz, 1960)- a função da atitude é a de satisfazer
necessidades psicológicas do indivíduo.
Funções Instrumentais ou Avaliativas -relacionadas
com a gratificação: o sujeito desenvolve atitudes
favoráveis face a objectos gratificantes e atitudes
desfavoráveis face a objectos frustrantes.
Funções Simbólicas ou Expressivas - as atitudes
exprimem os valores e o sentido de identidade
fundamentais do sujeito.
Funções das Atitudes Cont.
Funções Cognitivas
As atitudes fornecem padrões e pontos de referência que
permitem ao indivíduo dar sentido ao seu mundo
conceptual interior;
Referem-se à influência das atitudes na forma como o
indivíduo processa a informação;
Dois princípios gerais:
1. Principio do Equilíbrio;
2. Principio da Redução da Dissonância;
Funções das Atitudes Cont.
Funções Cognitivas Cont.
Principio do Equilíbrio (Heider, 1970) - princípio
organizador do ambiente subjectivo do indivíduo ou seja
a forma como ele percepciona o mundo em que vive.
Conceitos básicos:
Indivíduo: - sujeito que constrói o mundo subjectivo;
Entidade: - pessoa ou objecto físico ou social que existe
no meio que envolve o sujeito;
Relação: - sentimento positivo (+) ou negativo (-);
Funções das Atitudes Cont.
Funções Cognitivas Cont.
Estado equilibrado: estado harmonioso em que
as entidades que estão na situação e os seus
sentimentos se ajustam sem tensão, as situações
equilibradas são preferidas relativamente as
desequilibradas;
As situações organizadas de forma equilibrada
seriam mais estáveis, enquanto que as situações
desequilibradas tenderiam a evoluir para o
equilíbrio.
Funções das Atitudes Cont.
Funções Cognitivas Cont.
Princípio da redução da dissonância cognitiva
(Festinguer, 1957) - explica a necessidade que
existe em todos os indivíduos para encontrarem
consonância entre as diversas cognições que têm a
respeito de um mesmo objecto.
Funções das Atitudes Cont.
Funções Cognitivas Cont.
Princípio da redução da dissonância cognitiva Cont.
Conceitos básicos:
Cognição: - pensamentos, atitudes e crenças
conscientes;
Dissonância: - existência simultânea de cognições que
não se ajustam entre si; um estado de dissonância
cognitiva é psicologicamente desagradável,
constituindo uma motivação, uma activação do
organismo no sentido da redução ou eliminação da
dissonância.
Funções das Atitudes Cont.
Papel de Orientação para a Acção (Impacto das
atitudes no comportamento)
Teoria da Acção reflectida (Fishbein & Ajzen) –
estuda os processos psicológicos envolvidos na
relação entre comportamento e atitude
Pressupostos:
Todo o comportamento é uma escolha ponderada
entre várias alternativas;
O melhor preditor do comportamento será a intenção
comportamental.
Funções das Atitudes Cont.
Funções Sociais - Referem-se à influência da posição dos outros na formação das atitudes e sua função nos grupos sociais.Dois domínios:
Identificação com o grupo; Diferenciação intergrupal;
A formação de atitudes tem um papel importante:
Na construção e preservação das identidades grupais, Na integração dos indivíduos nos grupos sociais; Na manutenção do status quo.
Fonte: (Farinha, 2006)
Mudança das Atitudes
Teoria da dissonância cognitiva (Festinger
(1957) - Para conseguir impor uma
transformação, o comportamento tem de se
demarcar das atitudes prévias, baseia-se nas
relações entre os elementos do sistema cognitivo
as relações entre elementos podem ser
dissonantes consonantes ou não pertinentes, há
dissonância quando as cognições são incoerentes
entre si. Ex: fumar sabendo que é perigoso.
Mudança das Atitudes Cont.
3 formas de restabelecer a consonância:
Modificar uma das cognições para que fique consonante
com a outra;
Acrescentar cognições consonantes para reduzir o
impacto da dissonante;
Diminuir a importância da cognição dissonante;
As pessoas têm tendência a modificar a cognição menos
resistente: muitas vezes é mais fácil mudar as atitudes
que o comportamento para eliminar a dissonância
Mudança das Atitudes Cont.
Modelos de Comunicação Persuasiva
Modelo do McGuire (1968)
1. Atenção
2. Compreensão
3. Aceitação
4. Retenção
5. Acção
Mudança das Atitudes Cont.
Modelo Heurístico – Sistemático de
Processamento de Informação (Chaiken 1980)
Processamentos Heurísticos – evitamos investir
tempo e esforço para reflectir em tudo o que
fazemos. Raciocinamos à base de princípios que já
deram as suas provas e nos guiam no quotidiano.
Ex: A fonte é especialista neste tema posso acreditar,
as estatísticas não mentem, Muitos argumentos,
Simpatia etc.
Mudança das Atitudes Cont.
Modelo Heurístico - Sistemático de
Chaiken (1980) Cont.
Processamento Sistemático – apresenta uma
forma controlada de pensamento e a passagem
pelas diversas fases de processamento e o
resultado esta dependente da qualidade dos
argumentos e não do numero da fontes, da
simpatia etc.
Mudança das Atitudes Cont.
Modelo da probabilidade de Elaboração de (Pety e
Cacioppo, 1986)
Via Central de Processamento – Implica elevada
elaboração da mensagem pressupõe que a pessoa avalie
a informação relevante sobre o objecto, de acordo com
o conhecimento que já possui, e chegue, de forma
ponderada mas não necessariamente objectiva, a uma
atitude que integre a informação obtida.
Mudança das Atitudes Cont.
Modelo da probabilidade de Elaboração de
(Pety e Cacioppo, 1986) Cont.
Via Periférica de Processamento – Apresenta
uma menor elaboração cognitiva, vai minimizar
a informação escrutinada e a mudança de
atitudes dá-se com base em processos
cognitivos que exijam fraca elaboração
Mudança das Atitudes Cont.
Factores que Influenciam a Probabilidade de Elaboração
1. Capacidade
A. Possibilidade de Concentração;
B. Capacidade de Processamento de Informação;
2. Motivação
A. Precisão do Julgamento;
B. Relevância Pessoal;
C. Traços de Personalidade;
3. Automonitorização
Avaliação das Atitudes
Escalas de Atitudes – Parte do principio de
que podemos medir as atitudes através das
crenças, opiniões, e avaliações dos sujeitos
acerca de um determinado objecto, e que a
forma mais directa de acendermos a estes
conteúdos cognitivos é através da auto
descrição do posicionamento individual.
Avaliação das Atitudes Cont.
Escala de Likert (1932)
O processo é centrado nos sujeitos respondentes, os
itens (favorável ou desfavorável) são escolhidos pelos
investigadores com base na experiencia, pré-testes ou
intuição.
Têm uma serie de perguntas, sendo cada uma delas
avaliada numa escala de 5 pontos: Concordo em
absoluto, concordo parcialmente, não concordo nem
descordo, discordo em parte e discordo em absoluto.
Avaliação das Atitudes Cont.
Escala de Likert (1932) Cont.
Os itens são retidos para formar uma
pontuação final são apenas aqueles que
apresentação correlação satisfatória com a
pontuação final.
Permite medir a intensidade da atitude do
sujeito, a qual é dada pela média do seu
posicionamento face ao conjunto das
proposições propostas.
Avaliação das Atitudes Cont.
Escala do Diferenciador Semântico (Osgood &
Colaboradores, 1957)
Permite medir diferentes atitudes com a mesma escala,
uma vez que os adjectivos são independentes de
qualquer variável.
É um técnica de medida da significação psicológica que
têm os objectos ou os conceitos para o individuo.
Os sujeitos devem diferenciar num conjunto de escalas
bipolares de adjectivos antónimos com sete graus de
intensidade que podem ser positivos ou negativos e
variam de -3 a +3.
Avaliação das Atitudes Cont.
Escala de Distância Social (Bogardus, 1933)
Mede o grau de Distância que uma pessoa deseja
manter com pessoas de outros grupos.
À direita de cada uma das 7 proposições propostas
coloca-se um numero que variam de 1 a 7 que
indica o grau de distancia social representado por
cada proposição (1 – Casamento, 7 – Exclusão do
País)
Bibliografia
Vala, J. e Monteiro, M. (2006). Psicologia Social.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Cerclé, A. e Somat, A. (1999). Manual de Psicologia
Social. Lisboa: Instituto Piaget.
Farinha, J. (2006). Psicologia Social: Atitudes,
Formação e Função.
Rodrigues, A., Assmar, E. e Jablonski, B. (2000).
Psicologia Social. Rio do Janeiro: Editora Vozes.