Atendimento a Organismos Internacionais & Anuário Estatístico do Brasil MUDAR PARA DURAR

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Atendimento a Organismos Internacionais & Anuário Estatístico do Brasil MUDAR PARA DURAR Nelson Senra Pesquisador (no IBGE) e Professor (na ENCE / IBGE, programa de mestrado) Doutor em Ciência da Informação (UFRJ / ECO) Mestre em Economia {FGV / EPGE) Economista (UCAM - Univ. Candido Mendes)

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Atendimento a Organismos Internacionais&

Anuário Estatístico do Brasil

MUDAR PARA DURAR

Nelson SenraPesquisador (no IBGE) e Professor (na ENCE / IBGE,

programa de mestrado)

Doutor em Ciência da Informação (UFRJ / ECO)Mestre em Economia {FGV / EPGE)

Economista (UCAM - Univ. Candido Mendes)

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Agradecimento

A

JORGE CALIAN

gerente dessa área, pelo convite para proferir esta palestra

A

PAULO QUINTSLR

que ajudou na fixação deste conteúdo, seja ouvindo, seja falando, sempre com inegável inteligência

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Origem histórica

Os anuários tiveram origem nos Congressos Internacionais de Estatística havidos no século XIX,

que a seu turno tiveram origem nas análises de Adolphe Quetelet (astrônomo belga) dos painéis

estatísticos nos pavilhões das Exposições Universais, iniciadas em 1851 em Londres.

Não havia então, e devia haver, a seu juízo, um sistema estatístico internacional.

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Problema histórico

Assim, os anuários surgiram para expressar as estatísticas disponíveis nos países. E elas eram

poucas, feitas por poucos, e não seguiam métodos uniformes. Eram deficientes e insuficientes.

Enquanto se buscava melhorar as produções das estatísticas, os anuários, com suas regras tabulares uniformes, atenuariam o péssimo estado das artes.

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Estrutura histórica

Os anuários deviam expressar a concepção de sistema estatístico (programa estatístico) sugerida

por Ernest Engel (economista prussiano).

Revelar uma população, em si, e em sociedade (relações econômicas e relações sociais), num

território determinado.

E que segue sendo, até hoje, sua macro-estrutura.

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Parênteses Origem no Brasil

No Império houve publicações chamadas de Anuários, mas sem nenhuma regularidade.

[Corografias provinciais e nacionais].

Na República Velha, com Bulhões Carvalho à frente da DGE, sai a duras penas um anuário

(V. 1, em 1916, sobre Território e População; V. 2, em 1917, sobre Economia e Finanças; V. 3, em 1927, sobre Cultos, Assistência,

Repressão e Instrução]

Em 1936, já sob o IBGE, seu 1º anuário, será dito o 2º, tomando o de Bulhões Carvalho como o 1º

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Os anuários ibgeanos

No IBGE, os anuários tornam-se regulares, e são expressão do Sistema Estatístico.

[Separatas regionais. Sinopses retrospectivas. Comparações internacionais][Resoluções 35 e 36, AG / CNE, de 14.07.1937]

O programa estatístico estabelecido, norteia o anuário. Com a maior produção de estatísticas,

surgem no IBGE os boletins estatísticos (algo como anuários contínuos). Com a ainda maior produção de

estatísticas surgem publicações temáticas (ora anuários temáticos), e anuários regionais.

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Esgotamento do modelo ibgeano

Com mais estatísticas, por vários produtores, ainda que sob intensa cooperação / coordenação, surgem problemas na estrutura (macro, média, micro) dos

anuários, a exigir o concurso de especialistas.

Com a crise, nos anos 1960 (em diante), torna-se difícil produzir os anuários: definição do conteúdo,

acesso aos números, volume gráfico, e outros pontos.

Facilidades recentes: internet, novas mídias, etc. Mas isso não garante atualidade e regularidade como

retrato do Sistema Estatístico.

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Parênteses atendimento a organismos internacionais

Sempre foi difícil, mesmo sob intensa coordenação, fazer atendimento aos organismos internacionais.

[Resolução 274, JEC / CNE, de 17.07.1947] [Focal point]

Na origem visavam a produção de anuários temáticos; pouco a pouco, passou a atender também

a outros objetivos (via bases de dados).[Questionários complexos e extensos; duplicidade de solicitações.

Estatísticas não divulgadas, sigilosas, restritas]

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Dúvida existencial

Produzir os anuários segue sendo difícil, mesmo com algumas facilidades inerentes à sociedade da

informação. Sua estrutura (macro, média, micro), mais e mais torna-se polêmica, e não raro é tachada de insatisfatória. Nem sempre é marcado pela atualidade,

e quase nunca consegue estar retratando o sistema estatístico (seu sentido primeiro). Ter um volume eletrônico muito pouco resolve os problemas de

tamanho do volume impresso.

Então, ter ou não ter anuário, hoje em dia?

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MUDAR PARA DURAR

Deve haver anuário, sim.

O anuário deve tornar-se eletrônico.

Apenas eletrônico, entenda-se.

Deve oferecer um retrato numérico das realidades brasileiras, via uma síntese do sistema estatístico.

Deve-se garantir a qualidade da estrutura (macro, média, micro), adequadamente sintetizando cada

tema, cujas informações devem ser as mais atuais.

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Modos de mudar para durar (I)

1) Tornar a produção do anuário uma obrigação devidamente legislada (Lei do SEN)

2) Definir um Comitê de Gestão do Anuário, sob a direção do IBGE, e com representação federal / temática, e dos

órgãos estaduais e municipais.

3) Caberia ao Comitê definir a estrutura (macro, média, micro) do Anuário, bem assim, o portal de acesso aos macro acervos temáticos (links aos sites dos órgãos).

4) Os acervos temáticos conteriam tabelas do Anuário, definidas pelos órgãos informantes (membros do Comitê)

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Modos de mudar para durar (II)

Em suma, haveria um portal do Anuário, com acesso aos sites dos órgãos informantes, onde haveria uma

janela com tabelas do Anuário (em várias camadas de detalhes), e que teriam seus conteúdos definidos

pelos especialistas dos órgãos informantes.

A esses órgãos caberia manter a atualidades, o que se daria em diferentes momentos. E lhes caberia

também manter as séries históricas.

O portal daria acesso a uma ou mais virtuais versões impressas do Anuário, com várias camadas de detalhes. E não haveria uma versão impressa.

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Modos de mudar para durar (III)

Além de atender à produção do Anuário, o portal do Anuário também atenderia ao atendimento aos

organismos internacionais, preparando previamente as tabelas que pudessem responder aos questionários enviados ao IBGE (como órgão central do sistema estatístico, aos olhos de fora). Haveria ganhos na

qualidade e atualidade das informações e no tempo do atendimento, posto que já preparado previamente.

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Modos de mudar para durar (IV)

Os acervos completos, e os conjuntos de tabelas, estariam hospedados nos sites dos órgãos

informantes. O portal seria apenas um acesso.

A proposta aqui oferecida à reflexão remete às Mesas Redondas “Rede Nacional de Comunicação de Dados Estatísticos” e “SIG Brasil”, ambas sob a coordenação de José Sant’Anna Bevilaqua, neste II

Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais.

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Leituras sugestivas

Além das resoluções anteriormente mencionadas, são sugestivas as seguintes leituras:

HUGHES, Everet Charrington. O controle do anuário estatístico alemão. Revista Brasileira de Estatística, Rio de Janeiro, IBGE: v. 17, n. 66, p. 149-142, abr./jun. 1956.

Anuário Estatístico do Brasil: resenha histórica. Rio de Janeiro: IBGE, 1991. 48 p.

SENRA, Nelson de Castro. Um olhar sobre os anuários estatísticos. Ciência da Informação, Brasília, IBICT / CNPq: v. 26, n. 1, p. 7-11, jan./abr. 1997.

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Atendimento a Organismos Internacionais&

Anuário Estatístico do Brasil

MUDAR PARA DURAR

Nelson SenraPesquisador (no IBGE) e Professor (na ENCE / IBGE,

programa de mestrado)

Doutor em Ciência da Informação (UFRJ / ECO)Mestre em Economia {FGV / EPGE)

Economista (UCAM - Univ. Candido Mendes)