ataque aos trabalhadores governo de michel temer...

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Jornal nº 55 Junho - 2016 O presidente interino Michel Temer (PMDB) quer mesmo tirar o couro do tra- balhador. Na última semana, o presidente pediu ao Senado pressa na votação do Proje- to de Lei da Câmara 30/2015 (antigo PL 4330), que acaba com os limites da terceirização no país. A proposta faz parte da chamada Agenda Brasil, um conjunto de medidas econômicas sugeridas pelo governo de Dilma Rousseff (PT). Sonho dos empresários Considerado um sonho para os pa- trões e um pesadelo para o trabalhador, o projeto libera a terceirização até mesmo nas atividades-fim das empresas. Isso quer dizer que em uma fábrica de alimentos, por exemplo, até mesmo os trabalhadores da linha de produção pode- rão ser terceirizados, com menores salá- rios e direitos. Se for aprovado no Senado, o projeto segue para sanção de Temer. Reforma Trabalhista O governo também pretende enviar à Câmara, até julho, o projeto da reforma da Previdência, que vai aumentar a idade mí- nima para aposentadoria. A desculpa para a reforma é a mais mentirosa possível: a de que a Previdência está no vermelho. Não existe déficit na Previdência. O pro- blema é que o governo retira 30% do dinhei- ro do fundo para dar aos banqueiros como pagamento da dívida externa. Aí não dá, né! GOVERNO DE MICHEL TEMER PREPARA REFORMA TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA CSP-CONLUTAS CHAMA CUT A CONSTRUIR GREVE GERAL PELO ‘FORA TEMER’ E CONTRA O AJUSTE FISCAL A CSP-Conlutas enviou uma carta aberta endereçada à Central Única dos Trabalhado- res (CUT) com o objetivo de construir uma greve geral contra o governo de Michel Te- mer (PMDB). O chamado para a luta em conjunto visa a defesa dos trabalhadores contra os ata- ques já anunciados, como o projeto de lei da terceirização e da Previdência. O documento também deixa claro que o grito de Fora Temer não deve ser confundido com a defesa do retorno de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. A verdade é que Dilma atacou igualmente os trabalhadores, o que levou a maioria dos brasileiros a romper com o governo petista. No entanto, as discordâncias sobre o im- peachment não devem impedir a união das centrais sindicais para barrar as medidas que ameaçam direitos. “Nós queremos e estamos dispostos a construir a unidade na luta concreta contra esse governo e seus ataques. Por isso nos dirigimos a vocês e fazemos um chamado à direção de vossa Central para que colo- quemos em marcha um plano de ação para enfrentar desde já os ataques do governo e do Congresso”, afirma a carta. Ataque aos trabalhadores Jornal do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de São José dos Campos e Região Mudança no tempo de contribuição Imposição da idade mínima, o que hoje não existe. Igual para homens e mulheres A idade mínima para aposentadoria deverá ser a mesma para homens e mulheres. Pode valer para todos A ideia é que a mudança seja válida para os trabalhadores que já contribuem para a Previdência. Ou seja, você, que já trabalha, será atingido. Redução dos salários Trabalhadores terceirizados recebem, em média, um salário 27% menor. Mais demissões Terceirizados trabalham três horas a mais por semana. Com mais gente fazendo jornadas maiores, haverá menos postos de trabalho. Acidentes e mortes no trabalho A cada cinco mortes no trabalho, quatro são de terceirizados. Perda de direitos É comum que empresas ter- ceirizadas deem o calote em direitos como FGTS e INSS. O que pode vir com lei da terceirização Reforma da Previdência: vamos trabalhar mais Presidente interino pediu pressa na aprovação da Lei de Terceirização

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Jornal nº 55Junho - 2016

O presidente interino Michel Temer (PMDB) quer mesmo tirar o couro do tra-balhador.

Na última semana, o presidente pediu ao Senado pressa na votação do Proje-to de Lei da Câmara 30/2015 (antigo PL 4330), que acaba com os limites da terceirização no país.

A proposta faz parte da chamada Agenda Brasil, um conjunto de medidas econômicas sugeridas pelo governo de Dilma Rousseff (PT).

Sonho dos empresáriosConsiderado um sonho para os pa-

trões e um pesadelo para o trabalhador, o projeto libera a terceirização até mesmo nas atividades-fim das empresas.

Isso quer dizer que em uma fábrica de

alimentos, por exemplo, até mesmo os trabalhadores da linha de produção pode-rão ser terceirizados, com menores salá-rios e direitos.

Se for aprovado no Senado, o projeto segue para sanção de Temer.

Reforma TrabalhistaO governo também pretende enviar à

Câmara, até julho, o projeto da reforma da Previdência, que vai aumentar a idade mí-nima para aposentadoria.

A desculpa para a reforma é a mais mentirosa possível: a de que a Previdência está no vermelho.

Não existe déficit na Previdência. O pro-blema é que o governo retira 30% do dinhei-ro do fundo para dar aos banqueiros como pagamento da dívida externa. Aí não dá, né!

governo de michel temer prepara reforma trabalhista e da previdência

csp-conlutas chama cut a construir greve geral pelo ‘fora temer’ e contra o ajuste fiscal

A CSP-Conlutas enviou uma carta aberta endereçada à Central Única dos Trabalhado-res (CUT) com o objetivo de construir uma greve geral contra o governo de Michel Te-mer (PMDB).

O chamado para a luta em conjunto visa a defesa dos trabalhadores contra os ata-ques já anunciados, como o projeto de lei da terceirização e da Previdência.

O documento também deixa claro que o grito de Fora Temer não deve ser confundido com a defesa do retorno de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

A verdade é que Dilma atacou igualmente

os trabalhadores, o que levou a maioria dos brasileiros a romper com o governo petista.

No entanto, as discordâncias sobre o im-peachment não devem impedir a união das centrais sindicais para barrar as medidas que ameaçam direitos.

“Nós queremos e estamos dispostos a construir a unidade na luta concreta contra esse governo e seus ataques. Por isso nos dirigimos a vocês e fazemos um chamado à direção de vossa Central para que colo-quemos em marcha um plano de ação para enfrentar desde já os ataques do governo e do Congresso”, afirma a carta.

ataque aos trabalhadores

Jornal do Sindicato dos Trabalhadoresnas Indústrias de Alimentação de

São José dos Campos e Região

Mudança no tempo de contribuiçãoImposição da idade mínima, o que hoje não existe.

Igual para homens e mulheres A idade mínima para aposentadoria deverá ser a mesma para homens e mulheres.

Pode valer para todos A ideia é que a mudança seja válida para os trabalhadores que já contribuem para a Previdência. Ou seja, você, que já trabalha, será atingido.

Redução dos saláriosTrabalhadores terceirizados recebem, em média, um salário 27% menor.

Mais demissõesTerceirizados trabalham três horas a mais por semana. Com mais gente fazendo jornadas maiores, haverá menos postos de trabalho.

Acidentes e mortes no trabalhoA cada cinco mortes no trabalho, quatro são de terceirizados.

Perda de direitosÉ comum que empresas ter-ceirizadas deem o calote em direitos como FGTS e INSS.

O que pode vir com lei da terceirização Reforma da Previdência: vamos trabalhar mais

Presidente interino pediu pressa na aprovação da Lei de Terceirização

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exposição a ruído dá direito a aposentadoria especial

sindicato começa a discutir campanha salarial na ambev

Poucos trabalhadores sabem, mas a exposição ao ruído pode dar direito à aposentadoria especial (com menos tempo de contribuição).

Desde de 2003, o limite de tolerância é 85 decibéis, acima disso, o trabalha-dor pode pedir aposentadoria especial, mesmo que use o protetor auricular, após 25 anos de serviço com exposi-ção a ruído.

Mas atenção: tem muita empresa por aí que tenta passar a perna no trabalha-dor, mentindo sobre o ruído emitido pela máquina.

Por isso, fique de olho na medição de ruído no seu local de trabalho e peça acompanhamento da Cipa.

Em caso de dúvidas ou denúncia, conte sempre com o Sindicato.

Em julho, o Sindicato inicia a Cam-panha Salarial da Ambev. Será uma boa oportunidade para recuperarmos as perdas que tivemos até agora com a alta da inflação e dos impostos, e ainda ganhar aumento real.

Assim como fez em outras fá-bricas, o Sindicato realizará assem-bleias para esclarecer sobre as nego-ciações e mobilizar os trabalhadores. A participação de todos é muito im-portante.

Inflação para o peão...Os trabalhadores estão sendo

castigados pela alta da inflação.Com os preços dos serviços e ali-

mentos nas alturas, os trabalhadores começam a cortar ítens do orçamen-to.

Lucro para o patrãoEnquanto isso, a gigante de be-

bidas Ambev vem ampliando seus lucros, que acumularam R$ 5,26 bi-lhões no primeiro trimestre do ano, avanço anual de 3,8%.

Mesmo mantendo seus ganhos, a Ambev vai tentar convencer o traba-lhador de que está sofrendo com a crise e não tem dinheiro para aumen-tar os salários.

Não vamos cair nesta armadilha! Vamos à luta por aumento real!

seus direitos

vamos à luta!

Trabalhadores da Ambev em assembleia na última quinta-feira, dia 17

- Até 4/3/1997: limite 80 decibéis- De 5/3/1997 até 17/11/2003: limite de 90 decibéisApós 18/11/2003: limite de 85 decibéis

O Perfil Profissiográfico Previ-denciário (PPP) é um histórico que informa ao INSS todos os agentes nocivos à saúde a que o trabalhador esteve exposto ao longo de sua vida.

Fique de olho no PPP:

O que é o PPP:

Ambev DemITe meSmO ONDe exISTe bANCO De hOrASMais uma vez, a Ambev faz chantagem

para pressionar os trabalhadores a aceita-rem a volta do famigerado Banco de Horas.

Desta vez, a chefia da empresa está ameaçando demitir quem não assinar um abaixo-assinado concordando com a volta deste ataque.

É importante que todos saibam que o Banco de Horas não garante emprego, pelo contrário, provoca demissão!

Basta lembrar de 2009, quando a em-presa demitiu mais de 200 trabalhadores logo após a implementação do Banco em

Jacareí.Já fábrica de Anápolis (GO), onde exis-

te Banco de Horas, os cortes estão cor-rendo solto!

Isso não acontece por acaso: o Banco de Horas provoca o aumento da jornada. Com o pessoal trabalhando mais horas, a empresa pode demitir.

O Banco de Horas diminui as horas de descanso, aumenta o estresse e causa da-nos à saúde do trabalhador.

A luta contra o Banco de Horas é uma luta de toda categoria!

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trabalhadores têm vitória na campanha salarial. agora, vamos pra cima da heineken

j. macêdo e mars brasil só enrolam na negociação de plr

Com muita união, os traba-lhadores do setor de doces e conservas e também de rações garantiram vitórias na Campa-nha Salarial.

O reajuste dos salários não foi superior à inflação do perío-do (9,83%) em todas as fábricas dos setores.

Já os benefícios (como ces-tas básica) tiveram reajuste maior que a inflação.

Mais uma vez, os trabalhado-res e trabalhadoras deram uma demonstração da força de sua união.

HeinekenAgora é a vez de agitar a

Campanha na Heineken. Além do reajuste real de salários, o

Sindicato também já protoco-lou a pauta de reivindicações do PPR.

Desde o início das negocia-ções, só deu choradeira de pa-trão.

No entanto, não existe crise na empresa. Crise mesmo, só na conta bancária do peão, que não sai do vermelho!

Por isso, vai ser preciso mo-bilização dos trabalhadores para pressionar a empresa a conce-der reajuste real de salários.

É importante que todos par-ticipem das próximas assem-bleias do Sindicato e estejam unidos para a hora do “vamos ver”.

Não vamos aceitar reajuste abaixo da inflação!

A J. Macêdo e a Mars Brasil estão enrolando na negociação da PLR (Parti-cipação nos Lucros e Resultados).

Na Mars Brasil, só houve uma reu-nião de negociação. A segunda já foi desmarcada pela empresa duas vezes, sem qualquer justificativa.

Os trabalhadores estão cansados desta enrolação e exigem negociação já.

Eles também querem antecipação maior e o fim das desigualdades na PLR, com divisão igual do bolo entre os trabalhadores do chão de fábrica e a chefia.

Chega desta história de chefe rece-ber mais que o peão! PLR igual já!

J. MacêdoMostrando mais uma vez que não

respeita o trabalhador, a J. Macêdo nem começou as negociações de PLR.

Os trabalhadores já mostraram que têm disposição de luta e exigem PLR maior que a do ano passado, com ante-cipação paga em julho.

Não vamos esperar mais. Se a em-presa continuar com a enrolação, vai ter mobilização.

aumento real

É preciso mobilização

Agora, o foco da Campanha Salarial é a Heineken. Trabalhadores vão se mobilizar

bananinha tachãoAlém do aumento salarial, os trabalhadores ar-

rancaram aumento de 14,7% no valor da cesta bá-sica. Isso vai representar uma ajuda importante no orçamento das famílias.

Outra reivindicação antiga também foi atendida graças à organização das trabalhadoras: a partir de janeiro de 2017 a empresa vai fornecer as refei-ções no local de trabalho. Portanto, a partir do ano que vem, o pessoal da Bananinha pode dar adeus à marmita!

Depois de muita luta, o pessoal do Tachão con-seguiu a reestruturação da jornada de trabalho.

Agora, eles passarão a folgar sábados alter-nados ao mês. Antes eles trabalhavam todos os sábados.

Isso vai representar melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, que terão mais tempo para o estudo, lazer e descanso com a família.

Esta conquista é exemplo para toda categoria.Parabéns!

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EXPEDIENTE: Publicação do Sindicato da Alimentação de São José dos Campos e Região. Responsável: diretoria colegiada. São José dos Campos/SP: Av. Rui Barbosa, 14, centro, CEP:12209-000, Tel: 12-3922-1464. Jacareí: R. 03 de Abril n°64 Jardim Leonídia, centro, Tel: 3951-9729. Campos do Jordão: R. Frei Orestes Girardi, 371, Abernéssia, Tel: 3664-2777. Fale conosco: [email protected] [email protected]. Acesse: www.stialimentacao.com.br

greve geral na frança mobiliza milhões contra reforma trabalhista

Mais uma vez, os trabalhadores franceses dão exemplo de resistência contra os ataques dos governos e dos patrões.

Desde março, uma série de protes-tos e greves gerais sacodem o país contra o projeto de reforma trabalhista do presidente Fançois Hollande.

No último dia 14, milheres de traba-lhadores paralisaram suas atividades e saíram às ruas na nona rodada de gre-ve geral contra a poposta que pretende acabar com direitos históricos.

A mobilização paralisou ferrovias, portos, serviços públicos (como coleta de lixo e creches) e atrações turísticas (como a Torre Eiffel).

internacional

NOSSA GENTE?Apesar de chamar os trabalhado-

res de “nossa gente”, a Ambev não está nem aí para nossa saúde, segu-rança e bem estar.

Para se ter uma ideia, a maioria dos bebedouros da fábrica não fun-ciona e, os que funcionam, não têm filtro.

As caixas pluviais estão contami-nadas com os efluentes da produ-ção, mas a Ambev não faz nada para resolver o problema.

É assim que a “nossa gente” me-rece ser tratada, dona Ambev?

DEMITINDO PARA INTIMIDARSe a J. Macêdo está pensando

que os trabalhadores vão se intimidar com as demissões e vão deixar de lutar por PLR, está muito enganada!

É bom parar já com este ataque. Não vamos aceitar pressão, muito

ASSÉDIO MORALCORRENDO SOLTO

O assédio moral tá correndo solto na Ambev. O gerente opera-cional vive perseguindo o pessoal. Por conta disso, tem muito traba-lhador pedindo afastamento por motivo de doença. E isso não é só na produção, não. No setor admi-nistrativo também!

Já passou da hora da empresa dar um basta nas práticas de assé-dio moral da chefia. Chega!

bico docebico docemenos PLR rebaixada! Tá avisado!

SEGURANÇA ZERONa J. Macêdo, a segurança está

em último lugar. Mesmo após vários acidentes de

trabalho que fizeram trabalhadores perderem a visão e serem mutilados, a empresa insiste em maquear o proble-ma com serviço compatível.

O último caso foi o do diretor do Sindicato, que feriu a mão na empa-cotadeira da Linha 4. Ele foi afastado por quinze dias. Mesmo assim, o mé-dico da empresa tentou convencê-lo a rasgar o atestado médico e aceitar o serviço compatível.

O Sindicato vai denunciar esta pos-tura na Delegacia do Trabalho.

LÍDER DA INCOMPETÊNCIANa Heineken, o líder do 3º T da Li-

nha 5 é um cavalo! O cara usa sua falta de educação pra disfarçar sua incom-

petência. Pra continuar sendo líder com tanta incapacidade, só mesmo puxando muito o saco da chefia.

TOCANDO O TERRORO coordenador do envazamento

da Heineken está aterrorizando a ga-lera do 3º T.

No último feriado, passou a lista pra ver quem podia trocar. Só que quem não assinou ou questionou, foi perseguido. Isso é assédio moral e é crime! Não vamos aceitar!

FALTA MÃO DE OBRAQuem trabalha nas linhas de en-

vazamento da Heineken vive no su-foco!

A pressão é tão grande e o serviço é tão corrido que não dá tempo nem de ir ao banheiro. Daqui a pouco, o pessoal vai ter que usar fraldão.

Chega desse sufoco! Passou da hora da empresa contratar mais tra-balhadores para atuar na área.

Mani-festações do dia 14 reuniram milhões em todo

país

Veja as mudanças na leiVeja as mudanças na leiReferendos:os patrões poderão aprovar acordos trabalhistas por referendo entre os traba-lhadores, sem a participa-ção dos sindicatos. Bastará uma simples chantagem para retirar direitos.

Salários: possibilita redução de salários, do valor das horas extras e estabelece tetos para indenizações trabalhistas.

Jornada de trabalho: poderá ser ampliada das atuais 35 horas semanais para até 60 horas.

Férias:podem ser canceladas até três dias antes do início.

Segundo a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e a central sindical Solidaires (que é parceira da CSP-Conlutas), as manifestações reu-níram cerca de 1 milhão de pessoas em todo país.

Retirada de direitosO projeto de reforma trabalhista

pretende alterar todo o Código de Tra-balho francês, que equivale à nossa CLT.

Se for aprovada, os acordos nego-ciados entre empresas e trabalhado-res terão peso superior ao Código de Trabalho, o que vai abrir caminho para a retirada de direitos.

Semelhança com BrasilA proposta francesa é muito semelhan-

te à que o presidente interino Michel Temer (PMDB) quer implementar no Brasil.

Por isso, vamos seguir o exem-plo dos trabalhadores franceses e parar o país! Somente com greve geral vamos derrotar esta proposta!