AT - colibacilose 2007
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ColibaciloseEtiologia: Escherichia coli
Família: Enterobacteriaceae
Fernando Boinas- DIC I: 2007
Fímbrias da E.coli
K 99 = F5
987P = F6
F YAtt 25
F 41
K88 ab
K 88 ac
K 88 ad
F4Caracterização antigénicaAg somáticos OAg fimbrias K /F (adesinas)Ag flagelares H
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PatogeniaNas primeiras horas de vida: · pH do estômago quase neutro· Reduzida actividade intestinal· Capacidade absorvente do epitélio muito aumentada
A E. coli enterotóxica (ECET) adere às células epiteliaisatravés da fímbrias e multiplica-se activamente no local ⇒colonização da mucosa.
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PatogeniaA ECET segregam então enterotoxinas que têm poder patogénico.
Actividade toxígenaEnterotoxinas (LT e ST)Endotoxinas (LPS)Neuro e vasotoxinas (VT)
ST VitelosSuínos
Resiste a 100ºC durante
15mn
Não antigénicaPM<2000
STa: origem bovina; ↑ o GMPcSTb: origem porcina; provoca desidratação
LT Suínos Inactivada a 60ºC durante
15mn
AntigénicaPM=11.500
A: ↑ o AMPcB: adesão a receptores
VT Suínos Actua ao nível dos vasos sanguíneos ⇒ saída de líquidos
Exotoxinas da E. coli
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EpidemiologiaProdutos virulentos:· Fezes (109 UFC/g)· Secreções e excreções· Sangue
Fontes de infecção:· Solo, casas e parques· Utensílios e equipamentos· Vectores· Aerossóis
Transmissão:
· Contacto directo:Via umbilicalVia uterina
· Contacto indirectoVectores mecânicosVia aerógena
Quadros clínicosSuínos:
· Diarreia dos leitões:Diarreia neo-natal
Enterite do desmame
Doença dos edemas
Síndrome Mastite-Metrite-Agalaxia- ??
Aves· Onfalite ou Doença do umbigo· Diarreia branca dos pintos e perús
Bovinos ⇒ diarreia branca dos vitelos; Mastites
Ovinos e caprinos ⇒ diarreia dos borregos e cabritos
Equinos ⇒ diarreia dos poldros
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SintomasInício repentino
Leitões 1 - 4 diasVitelos 1 - 2 dias
Diarreia aquosa, profusa e branco-amarelada
Desidratação rápida e fatalAcidoseA maior parte da ninhada é
afectada
Morte em 1-2 diasMortalidade até 90%
Lesões· Alteração da mucosa intestinal – ligeira a grave· Desidratação das carcaças· Distensão do intestino delgado
Colibacilose neonatal
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Colibacilose neonatal
COLIBACILOSE POST-DESMAME
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COLIBACILOSE POST-DESMAMESuínos
COLIBACILOSE OVINA
Ap. Urinário
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Articular
CRD
DiagnósticoClínico
Difícil pq existem muitos agentes que causam siintomatologiasemelhante
Laboratorial
-Isolamento
-Caracterização
-antigénica
-toxinogénica
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TSA
Prevenção e Tratamento· Isolamento dos animais afectados· Alteração da DietaMelhoria do Maneio
Restauro do Equilíbrio electrolíticoAntibióticos de largo espectro
TMP + SulfamidasÁcido nalidíxicoFlumequinaEnrofloxacinaFurazolidonaAmoxicilina + clavulamato
·ProbióticosEx: Bacilos lácticosStreptococcus faecium ⇒ 2 estirpes : C 68 e F 24
Há 3 regras de maneio:· Reduzir o grau de exposição dos recém-nascidos ao agente
infeccioso· Fornecer a máxima resistência não específica com colostro
adequado e óptimo maneio· Aumentar a resistência específica do recém-nascido por
vacinação da mãe.
A melhor protecção para o recém-nascido é fornecida pelo colostro.Os Ac cobrem a mucosa intestinal e impedem a aderência e
conferem verdadeira imunidade local
É impossível a imunização activa dos recém-nascidos:· Extrema precocidade da infecção· Localização digestiva
Potencialização da imunidade colostral através da vacinação das mães.
Prevenção e controlo
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Imunização passiva - Colostro• Imunidade geral – Absorção através do intestino• Imunidade local – Contacto com a mucosa intestinal• Tempo de absorção das imunoglobulinas
– IgG: IgM: IgA:
• Colostro Natural / Artificial
Administração de colostro aos recém-nascidos
• Consumo de 5% dos seu peso vivo– Ex: Borrego c/ 5kg recebe 250 ml de colostro– Leitões: Primeiras 2h de vida: 50-70gr/kg pv(O RECÉM NASCIDO DEVE INGERIR PELO MENOS 200GR DE
COLOSTRO EM 24H)
• Várias tomas de colostro
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Imunização Activa - Vacinas• Primovacinação: 2 aplicações separadas por 3-4
semanas nas fêmeas gestantes antes dos parto • Revacinação: 1 aplicação 2-3 sem antes do parto
CONCEITOImpedir a aderência das bactérias ao intestino. Estimulação da produção de anticorpos contra as fímbrias.
Vacinação parenteralVacinas compostas por células bacterianas totais.
Vacinas preparadas a partir de subunidadesContêm um pequeno nº de determinantes (subunidades dos factores de colonização)Há vacinas preparadas com 4 tipos de fímbrias K88+ 987P + K99 + F41
Vacinas de Rebanho
Imunização activa - Vacinas
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Doença dos edemas
Doença aguda com aparecimento repentino (5-15 dias após o desmame), de curso rápido e elevada mortalidade.
Caracteriza-se por:· Edemas· Perturbações
nervosas· Diarreia
Produção de toxinas
Colonização
Circulação sanguínea
Edema da paredeDegenerescência hialina↑ da permeabilidade
Pequenas artérias
Edemas com várias localizações
Etiologia e patogeniaA doença depende da colonização do Intestino delgado por estirpes de E.coli
toxigénicas, O138; O139 e O141 (F4/K88+), quase todas hemolíticas.
4 factores associados à doença:· Idade· Alteração da alimentação· Crescimento rápidoA doença está quase sempre associada a factores de stress·
D.edemas
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A maior parte são neurológicos:· Cegueira aparente· Ataxia· Movimentos em círculo e de pedalar· Opistótonos· Dificuldade em ficar de pé· Tremores musculares, espasmos·Edema no focinho e nas pálpebras·Temperatura normal ou subnormal·Obstipação (frequente) ⇐ edemaDiarreia (produção de enterotoxinas se estiverem envolvidas ECET)·Alguns animais recuperam mas mantêm os sintomas neurológicos
Morte em horas até 2 dias (± 15%)
Sintomas
D.edemas
Lesões
Colecção de grandes quantidades de fluído âmbar ou límpido nas cavidades serosas.
Edemas:· Na face· Pálpebras· Zona cardíaca do estômago e mesocólon (edema gelatinoso)· Nódulos linfáticos mesentéricos· Vesícula biliar· Laringe ( “ voz estranha”)· Etc.
A extensão dos edemas é variável.
As lesões não são evidentes: a morte é tão rápida que os sintomas podem não aparecer.
D.edemas
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D.edemas
Diagnóstico
Dados clínicos e epidemiológicos: · Diarreia contagiosa dos leitões · Mortalidade ao desmame
Lesões na necrópsia ⇒ edemas
Laboratorial:Isolamento de E.coli:Caracterização:-Agente-Toxinas VT
D.edemas
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D. edemasTratamento
Difícil e tem pouco valor: os animais afectados só raramente recuperam
Sulfamidas + TMP, Oxitetraciclina, Amoxicilina, Ácido nalidíxico, Enrofloxacina, Flumequina, Colistina
Há muitas estirpes resistentes a vários antibióticos. Convém fazer um TSA. Pode indicar antibióticos para situações futuras.
Profilaxia médica
· Estimulação antes do desmame da imunidade local aos factores de colonização da E.coli.
· Obrigar os recém-nascidos a mamar o colostro o mais cedo possível após o nascimento
· Vacinar as mães antes do parto, 2 vezes com intervalo de 4 semanas (ex: 6 e 2 semanas antes do parto)
· Vacinar os leitões antes do desmame (se são filhos de mães não vacinadas)
Profilaxia sanitária
· Evitar alterações de temperatura superiores a 6ºC· Vigiar a alimentação dos leitões e das marrãs· Higiene e desinfecção· Separação dos recém-nascidos· Desinfecção do umbigo D. edemas
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Mastite - Metrite - Agaláxia ( MMA)
Mastite só em 50% dos casosAgalaxia completa só raramenteMetrite só ocasionalmente
Afecta as porcas logo após o parto (1 a 2 dias depois)
Caracteriza-se por uma diminuição ou paragem brusca da lactação.
MMAEtiologia e patogenia
Síndrome de etiologia complexa. Muitas porcas afectadas apresentam na secreção das glândulas mamárias:
· E.coli· Streptococcus· Klebsiella· Mycoplasma· Proteus
Pensa-se que a E.coli seja das mais importantes (nomeadamente através da sua endotoxina LPS).
Para além dos agentes infecciosos têm sido mencionados:· Deficiências de maneio· Alterações endócrinas· Susceptibilidade hereditária
A patogenia ainda não está esclarecida
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MMASintomas
Quase exclusivamente nos primeiros 3 dias pós-parto
Leitões:· Apatia· FomePorca· Hipertermia, inapetência e depressão· Posição ventral (não deixa mamar)· Relações cardíaca e respiratória
aumentadas· Podem não existir sinais sistémicos· Irritabilidade · Paragem completa ou parcial da produção de leite
Possíveis descargas vaginais· A maior parte das porcas recuperam
Mortalidade: baixa nas porca, mas de quase 100% nos leitões recém-nascidos.
MMA
Lesões
Não há lesões macroscópicas.Por vezes há pequenos focos inflamatórios nas glândulas mamárias e grandes áreas de tecido mamário não funcional.Uma ou mais glândulas podem apresentar mastite necrosanteA metrite é rara
Diagnóstico
Essencialmente clínico, com base nos sintomas.
Diagnóstico diferencial
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MMA
MMATratamento
· Ocitocina – 2-3 vezes dia -> ajuda a restabelecer a função mamária
· Antibióticos de largo espectro e corticosteróides, (especialmente se existe febre e mastite):
Tetraciclinas, Ampicilina, Sulfamidas + TMP
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MMAProfilaxia
· Transferência dos leitões para outras mães · Prevenir a obstipação (impedir a retenção de E.coli)· Bom maneio: lavagem dos tetos antes do parto· Boa higiene e alimentação· Vazio sanitário·Não há vacinas com qualquer efeito profilático benéfico.·As auto-vacinas são pouco eficazes devido à
multiplicidade de agentes na mesma exploração