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Epidemiologia da DPOC na América Latina PLATINO Venezuela Caracas 12,1% PREPOCOL Colômbia 8,9% Indicações de Oxigenoterapia Prolongada • PaO 2 ≤ 55 mmHg ou SaO 2 < 88% com ou sem hipercapnia. • PaO 2 55-60 mmHg ou SaO 2 89% associado a: hipertensão pulmonar, e/ou edema periférico sugestivo de insuficiência cardíaca congestiva ou policitemia (hematócrito > 55%). Deve-se avaliar se há indicação de oxigenoterapia para todos os pacientes com doença grave. O objetivo é aumentar PaO 2 pelo menos a 60 mmHg ao nível do mar em repouso, e/ou SaO 2 ≥ 90%. É recomendado um uso não inferior a 15 horas por dia. A oximetria de pulso pode ser usada para excluir hipoxemia e ajustar os fluxos de O 2 . O padrão clínico para iniciar o tratamento com O 2 deve ser a mensuração da PaO 2 depois de 30 minutos respirando ar ambiente em condição estável e sob tratamento ideal. Critérios de consulta ao especialista em pneumologia para pacientes com DPOC Pacientes com DPOC classificadas como moderadas ou graves. Declínio acelerado da função pulmonar (queda de VEF1 > 50 mL/ano). Pacientes com exacerbações recorrentes e/ou elevada utilização de recursos médicos assistenciais. Suspeita de DPOC em indivíduos jovens com comprometimento da função pulmonar. Para confirmar ou excluir diagnósticos diferenciais (asma, outras doenças crônicas). Necessidade de reforçar e apoiar com medicamentos a cessação do tabagismo. Tratar complicações da DPOC, como o cor pulmonale. Pacientes com DPOC e sintomas desproporcionais ao comprome- timento da função pulmonar. Se houver suspeita de hipoventilação alveolar e/ou distúrbios do sono associados. Avaliação da incapacidade laboral por suspeita de DPOC de origem ocupacional. Pacientes com DPOC grave, candidatos a tratamento cirúrgico (redução de volume ou transplante). 15,9% PLATINO Chile Santiago PLATINO México Cidade do México 7,8% PLATINO Brasil São Paulo 15,8% 19,7% PLATINO Uruguai Montevidéu Edição 1 Julho/2011 www.alatorax.org Diagnóstico A presença de sintomas ou sinais clínicos corroboram o diagnóstico; no entanto, sua ausência, quando houver um fator de risco, não descarta a DPOC. A dispneia de esforço é o sintoma de consulta mais frequente. A avaliação funcional espirométrica realizada a qualquer indivíduo com suspeita de DPOC permite descartar ou confirmar o diagnóstico e ajuda a definir a gravidade da obstrução. O diagnóstico é confirmado com a presença de limitação ao fluxo de ar, caracterizada pela relação VEF1/CVF (volume expiratório forçado no primeiro segundo / capacidade vital forçada) menor que 0,70 após a adminis- tração de um broncodilatador inalatório. Estratificação da DPOC A gravidade da DPOC é definida pelo grau da obstrução ao fluxo de ar, pela gravidade da dispneia e pela presença de exacerbações, hospitalizações e sinais de insuficiência respira- tória. A espirometria pós- broncodilatador confirma o diagnóstico de DPOC? Define-se a gravidade da DPOC Perquisa de diagnósticos diferenciais Encaminhamento a estudo e tratamento por especialista Tratamento por médico de atenção primária SIM NÃO NÃO Histórico de exposição a fatores de risco de DPOC, com ou sem sintomas presentes Cumpre os critérios de consulta SIM Dois estudos (PLATINO e PREPOCOL) fornecem dados sobre a prevalência na América Latina (Lancet 2005; 366: 1875-1881 e Chest 2008; 133: 343-349). Existe um significativo subdiagnóstico (89%) e diagnóstico errado (64%) da DPOC devido à baixa utilização da espirometria (inferior a 20%) (Chest 2007; 131: 60- 67). Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Associaçao Latino-americana do Tórax Asociación Latinoamericana de Tórax AstraZeneca acrescenta seu apoio à iniciativa da ALAT como prova de seu comprometimento com os pacientes com DPOC na América Latina. 1937 1621604 - Produzido em Agosto / 2011 Material destinado à classe médica.

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Epidemiologia da DPOC na América Latina

PLATINOVenezuelaCaracas

12,1%

PREPOCOLColômbia 8,9%

Indicações de OxigenoterapiaProlongada

• PaO2 ≤ 55 mmHg ou SaO2 < 88% com ou sem hipercapnia.

• PaO2 55-60 mmHg ou SaO2 89% associado a: hipertensão pulmonar, e/ou edema periférico sugestivo de insuficiência cardíaca congestiva ou policitemia (hematócrito > 55%).

Deve-se avaliar se há indicação de oxigenoterapia para todos os pacientes com doença grave.

O objetivo é aumentar PaO2 pelo menos a 60 mmHg ao nível do mar em repouso, e/ou SaO2 ≥ 90%. É recomendado um uso não inferior a 15 horas por dia.

A oximetria de pulso pode ser usada para excluir hipoxemia e ajustar os fluxos de O2.

O padrão clínico para iniciar o tratamento com O2 deve ser a mensuração da PaO2 depois de 30 minutos respirando ar ambiente em condição estável e sob tratamento ideal.

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Critérios de consulta ao especialista em pneumologia para pacientes com DPOC

Pacientes com DPOC classificadas como moderadas ou graves.

Declínio acelerado da função pulmonar (queda de VEF1 > 50 mL/ano).

Pacientes com exacerbações recorrentes e/ou elevada utilização de recursos médicos assistenciais.

Suspeita de DPOC em indivíduos jovens com comprometimento da função pulmonar.

Para confirmar ou excluir diagnósticos diferenciais (asma, outras doenças crônicas).

Necessidade de reforçar e apoiar com medicamentos a cessação do tabagismo.

Tratar complicações da DPOC, como o cor pulmonale.

Pacientes com DPOC e sintomas desproporcionais ao comprome-timento da função pulmonar.

Se houver suspeita de hipoventilação alveolar e/ou distúrbios do sono associados.

Avaliação da incapacidade laboral por suspeita de DPOC de origem ocupacional.

Pacientes com DPOC grave, candidatos a tratamento cirúrgico (redução de volume ou transplante).

15,9%

PLATINOChileSantiago

PLATINOMéxicoCidade do México

7,8%

PLATINOBrasilSão Paulo

15,8%

19,7%

PLATINOUruguaiMontevidéu

Edição 1 Julho/2011www.alatorax.org

Diagnóstico

A presença de sintomas ou sinais clínicos corroboram o diagnóstico; no entanto, sua ausência, quando houver um fator de risco, não descarta a DPOC.

A dispneia de esforço é o sintoma de consulta mais frequente.

A avaliação funcional espirométrica realizada a qualquer indivíduo com suspeita de DPOC permite descartar ou confirmar o diagnóstico e ajuda a definir a gravidade da obstrução. O diagnóstico é confirmado com a presença de limitação ao fluxo de ar, caracterizada pela relação VEF1/CVF (volume expiratório forçado no primeiro segundo / capacidade vital forçada) menor que 0,70 após a adminis-tração de um broncodilatador inalatório.

Estratificação da DPOCA gravidade da DPOC é definida pelo grau da obstrução ao fluxo de ar, pela gravidade da dispneia e pela presença de exacerbações, hospitalizações e sinais de insuficiência respira-tória.

A espirometria pós-broncodilatador confirma o diagnóstico de DPOC?

Define-se a gravidadeda DPOC

Perquisa de diagnósticos diferenciais

Encaminhamento a estudo e tratamento por especialista

Tratamento por médicode atenção primária

SIM

NÃO

NÃO

Histórico de exposição a fatores de risco de DPOC,com ou sem sintomas presentes

Cumpre os critériosde consulta SIM

• Dois estudos (PLATINO e PREPOCOL) fornecem dados

sobre a prevalência na América Latina (Lancet 2005; 366:

1875-1881 e Chest 2008; 133: 343-349).

• Existe um significativo subdiagnóstico (89%) e diagnóstico

errado (64%) da DPOC devido à baixa utilização da

espirometria (inferior a 20%) (Chest 2007; 131: 60- 67).

Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Associaçao Latino-americana do TóraxAsociación Latinoamericana de Tórax

AstraZeneca acrescenta seu apoio à iniciativa da ALAT como prova de seu comprometimento com os pacientes com DPOC na América Latina.

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Material destinado à classe médica.

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Dispneia 1-21 BD de preferência de longa

duração LAMA /LABA ou, alternativa-mente, BD de curta duração

Dispneia 0Vigilância

Dispneia persistente ou >2Associar 2 BD de longa

duração (LAMA + LABA)

Exacerbações frequentesLABA + EI

LAMA + LABA + EI

Progressão da doençaAdicionar teofilina ou roflumilaste

Leve ≥ 80% Moderada < 80% e ≥ 50% Grave < 50% e ≥ 30% Muito grave < 30%

MONOTERAPIA TERAPIA DUPLA TERAPIA TRÍPLICE

Leve Moderada Grave

Escala de dispneia mMRC

• A monoterapia com um broncodilatador (BD), de preferên-cia de longa duração, é indicada para pacientes que necessi-tam de tratamento regular para a melhora dos sintomas (Doença leve).Os β2-agonistas de longa duração (LABA), como o formoterol ou o salmeterol, e os anticolinérgicos de longa duração (LAMA), como o tiotrópio, melhoram os sintomas, a função pulmonar, reduzem as exacerbações e melhoram a qualidade de vida. O indacaterol é um novo LABA disponível em alguns países da América Latina.

• A terapia dupla é recomendada para pacientes com contro-le limitado dos sintomas ou exacerbações frequentes (Doença moderada).A associação de LABA + LAMA é recomendada para aqueles pacientes com dispneia persistente apesar do uso regular de um broncodilatador de longa duração, ou quando a dispneia

segundo a escala mMRC > 2. A associação de LABA com LAMA consegue maior efeito broncodilatador que o uso individual de cada um destes fármacos.A associação de LABA + Esteroides Inalados (EI) em combina-ção fixa (formoterol/budesonida ou salmeterol/fluticasona) é recomendada para pacientes com doença moderada que apresentam exacerbações frequentes (2 ou mais no ano anterior).

• A terapia tríplice é recomendada quando há o controle inadequado dos sintomas com o uso da terapia dupla (Doença grave). A combinação de tiotrópio com formoterol/budesonida ou com salmeterol/fluticasona demonstrou benefícios significa-tivos para a função pulmonar, sintomas respiratórios, qualidade de vida e frequência de internações. A redução do risco de exacerbações graves foi relatada somente com o uso de formoterol/budesonida e tiotrópio.

Definição e fatores de riscoA Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é frequente,

evitável e tratável. Caracteriza-se pela presença de

obstrução crônica ao fluxo de ar, em geral progressiva e

parcialmente reversível, associada a uma reação inflamató-

ria pulmonar persistente, principalmente frente à fumaça de

tabaco e lenha, que pode estar ou não acompanhada de

sintomas (dispneia, tosse e expectoração), exacerbações,

efeitos extrapulmonares e doenças concomitantes.

Para o diagnóstico da doença, é imprescindível a espirome-

tria que confirme a obstrução ao fluxo de ar.

Fatores de risco

• O principal fator de risco é o tabagismo.

• Outros fatores de risco: exposição ambiental, ocupacional

ou à biomassa, baixo nível socioeconômico, histórico de

tuberculose, doenças respiratórias na infância, fatores

genéticos e sexuais. Dispneia (escala mMRC)

Exacerbações no ano anterior

Hospitalizações devido a exacerbações no ano anterior

0

1

2

3

4

0-2

0

0

3

1-2

1

4

3 ou mais

2 ou maisEstratificação da gravidade da obstrução (VEF1 % do previsto)

Sufocamento ou falta de ar durante atividade física ou exercício intenso.

Sufocamento ou falta de ar ao caminhar rápido no plano ou ao subir uma escada ou uma rampa leve.

Sufocamento ou falta de ar ao caminhar no plano mais devagar que outra pessoa da mesma idade, ou deve parar devido à dispneia ao caminhar em seu próprio ritmo no plano.

Sufocamento ou falta de ar que obriga a parar ao caminhar uma quadra (100 m) ou após alguns minutos no plano.

Sufocamento ou falta de ar ao se banhar ou se vestir, que não permite sair de casa.

Reabilitação

Educação / Abandonar o tabaco / Evitar exposição à biomassa / Atividade física / Vacinação / BD de resgate

Considerar oxigenoterapia / Cirurgia

Tratamento de acordo com a gravidade da doença

mMRC: Medical Research Council modificada

A presença de qualquer um destes fatores é um indicativo de Doença Grave: • Hipoxemia e necessidade de oxigenoterapia crônica • Hipertensão pulmonar e/ou cor pulmonale • Insuficiência respiratória crônica hipercápnica

Patogenia

INCAPACIDADE E MORTE

Doenças concomitantes

Obstrução ao fluxo de ar

Lesão brônquica

(Bronquiolite)

Lesão alveolar (Enfisema)

g INFLAMAÇÃO

Comprome-timento

extrapulmonar

DPOC