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Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sacavém Relatório e Contas 2011

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Associação Humanitária de Bombeiros

Voluntários de Sacavém

Relatório e Contas 2011

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Caros Associados

Os resultados que agora divulgamos traduzem com rigor a evolução ocorrida nas diversas áreas em que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sacavém intervém. Os dados que apresentamos refletem sobretudo o ano de 2011, no entanto quando comparados com resultados de anos anteriores permitem verificar com maior rigor a evolução ocorrida nas principais atividades que desenvolvemos.

O ano de 2011 foi marcado por uma forte redução das comparticipações da Administração Central e Local, em apenas dois anos a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sacavém (AHBVS) viu os seus apoios, para as áreas do Socorro e da Emergência, diminuírem em mais de 160.000€ (cento e sessenta mil euros). O Serviço de Transporte de Doentes, principal fonte de receitas próprias da Associação, sofreu no decurso de 2011 o maior ataque de que há memória através da redução das comparticipações da Administração Regional de Saúde (ARS) para transporte de doentes não urgentes.

As Associações Humanitárias de Bombeiros viram-se assim confrontadas com medidas que ameaçam a sua própria sobrevivência e desempenho. Contudo, fruto do rigor que sempre empregámos na gestão dos recursos da Associação, conseguimos diminuir o impacto negativo dessas medidas através da inauguração e incremento de novas áreas de serviço, de que é exemplo a formação externa a empresas e a captação de novos utentes para o STD de modo a poder colmatar a diminuição de receitas imposta pela ARS. Já no final de 2011 adotámos um conjunto de medidas de diminuição de custos, sobretudo energéticos e de consumíveis.

O aumento muito significativo dos serviços de formação externa levaram à necessidade de inauguração da secção de extintores, mais de 90% dos carregamentos de extintores para formação é já feito internamente nas nossas instalações pelo nosso pessoal.

Em 2011 continuámos o reforço da nossa capacidade operacional, quer no plano dos recursos humanos quer ao nível dos investimentos em material. Assim, em 2011, contratámos mais funcionários, sobretudo bombeiros, procedemos a aumentos salariais de 2.6%, adquirimos uma nova ambulância de socorro e vimos aprovada uma nova candidatura ao QREN que irá permitir, em 2012, a aquisição de novo e moderno equipamento. Ainda em 2011 concluímos o pagamento dos equipamentos da candidatura ao QREN aprovada em 2009.

Ao longo da sua história a AHBVS nunca teve tantos meios operacionais e tantos recursos humanos ao seu dispor. Estamos certos de que as medidas que adotámos a par das que estão inscritas no orçamento e plano para 2012, já apresentado, são as que permitem à AHBVS enfrentar o futuro com confiança. Os resultados positivos que apresentamos neste relatório são disso o melhor exemplo.

Terminamos com um particular agradecimento a todos os Associados, funcionários e Corpo de Bombeiros que um ano mais souberam estar á altura das necessidades da comunidade que nos propomos servir. A todos o nosso obrigado.

A Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sacavém

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Relatório de Atividades

1. Evolução de Associados No início de 2007 a AHBVS contava nos seus registos com cerca de 5.500 associados sendo que uma parte não tinha as suas quotas regularizadas há mais de 2 anos. Procedemos, por isso, à atualização da base de dados de sócios, o que originou à diminuição de cerca 1.300 sócios, introduzimos, em simultâneo, mecanismos automáticos de cobrança. Hoje, fruto dessas alterações e com base na informação que nos é facultada é possível à AHBVS ter a base de sócios permanentemente atualizada. Após a atualização de 2007 o número de sócios tem registado um crescimento médio anual de cerca de 200 novos sócios. O número de sócios ativos no final de 2011 é de 5.059. A quotização representa cerca de 6.% do total das receitas.

2. Corpo de Bombeiros • Quadro de Pessoal (bombeiros voluntários)

No decurso de 2010 e dando continuidade ao trabalho iniciado em anos anteriores o Corpo de Bombeiros Voluntários de Sacavém recebeu a classificação de Corpo de Bombeiros tipo 1, escalão máximo nas tipologias de corpos de bombeiros, ficando com essa classificação definido o seu quadro interno de bombeiros voluntários. O quadro de pessoal do Corpo de Bombeiros da AHBVS tem lugar para um total de 121 bombeiros estando 91 lugares preenchidos.

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• Reforço Operacional o Recursos Humanos

No decurso deste mandato reforçámos a capacidade operacional do Corpo de Bombeiros através da contratação de 9 bombeiros, que passaram a ser funcionários da Associação, 4 em 2010 e 5 em 2011. Neste período passaram à situação de reforma 4 funcionários bombeiros. Em 2011 concluíram o curso de bombeiro, 12 novos bombeiros voluntários, (99% voluntárias) vindos da recruta de 2010.

o Meios Operacionais A aquisição de novos equipamentos e ambulâncias tem sido uma constante, nos últimos 2 anos os principais investimentos em novos equipamentos, com capitais próprios da Associação, são superiores a 200.000€.

Novas aquisições 2010 2011 ABTM 1 ABSC 1 1 Barco de Calado Raso 1 EPI’s 40 Aricas 6 Kit Espeleologia 1 Kit de Desencarceramento 1

Sistema de Comunicações (SIRESP) 1 (AHBVS/Gov. Civil de Lisboa)

• Capacidade Operacional No final de 2011 toda a frota e equipamentos destinados às missões do Corpo de Bombeiros da AHBVS estão 100% operacionais.

• Missões No decurso de 2011 a atividade do Corpo de Bombeiros repartiu-se pelo seguinte tipo de missões:

2011

Incêndios

291

Acidentes

383 Infraestruturas e Vias de Comunicação

92

Emergência Pré-Hospitalar

6611 Conflitos Legais

272

Tecnológicos e Industriais

29 Serviços

1488

Atividades

263 Total

9.429

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A análise comparativa com o ano anterior revela um ligeiro decréscimo, cerca de 200, no número de missões realizadas.

Na atividade do INEM, ao contrário de 2010, os resultados do centro de custos em 2011 são positivos. Contudo constata-se ao longo de 2011 a realização de cerca de 1500 serviços CODU sem a presença de tripulante com formação em TAS (Tripulante de Ambulância de Socorro). Por cada serviço efetuado nestas circunstâncias a Associação tem uma perda efetiva de 5€ por serviço.

3. Quadro de Funcionários da AHBVS • Empregabilidade

O reforço nos recursos humanos da Associação tem sido uma constante, em apenas 3 anos o quadro de pessoal da AHBVS criou 10 novos postos de trabalho. Metade dos quais em 2011. Através dos contratos de Inserção/Emprego a que a AHBVS tem recorrido com regularidade, tem sido igualmente possível o reforço dos recursos humanos com comparticipações do IEFP. Até hoje todos os estágios profissionais celebrados com o IEFP resultaram em criação efetiva de postos de trabalho.

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• Evolução Salarial

O nível de salários praticados pela Associação era francamente baixo, após análise da grelha salarial e a par da definição de escalões de progressão remuneratória, optámos pela valorização efetiva do rendimento dos funcionários da Associação.

Dando continuidade ao trabalho iniciado em anteriores mandatos procedemos a aumentos salarias de 3,4% em 2010 e 2,6% em 2011 que se traduziram nos aumentos da massa salarial global, antes de impostos, referenciada no gráfico anexo e que incluí já as despesas com as novas contratações.

As despesas com pessoal representam cerca de 55% dos custos do exercício.

4. Autonomia Financeira As medidas de investimento em novos serviços foram as que permitiram à AHBVS suprir os cortes nas comparticipações do Governo através da ANPC e da Câmara Municipal, responsáveis pelo financiamento às Associações de Bombeiros nas áreas do Socorro e da Emergência. Em apenas dois anos os cortes foram, no nosso caso, superiores a 160.000€. A AHBVS passou a ser um financiador ativo das responsabilidades do Estado Português ao contrário do exigido. Por cada 1€ de subsídios recebido de entidades públicas a AHBVS gasta em atividade 1.5€ das suas receitas próprias.

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5. Serviço de Transporte de Doentes A partir de2007, a pedido do Comando, o Serviço de Transporte de Doentes passou a ser gerido exclusivamente pela Direção através dos seus serviços administrativos, conseguiu-se desse modo um aumento muito significativo do número de serviços e dos resultados financeiros. Adquirimos novas ambulâncias de transporte, introduzimos maior rigor no serviço o que se traduz igualmente no aumento da qualidade de transporte. As medidas anunciadas pela ARS, de corte nas compartições de transporte, provocaram um decréscimo no serviço que só não se tornou mais expressivo face às medidas adotadas de captação de novos utentes particulares e contato com entidades pedidos de transporte de entidades. Neste momento este serviço retomou o seu crescimento com o aumento de novos pedidos de transporte sobretudo para utentes hemodialisados.

6. Formação Externa

Definida como prioridade estratégica para 2011 a Formação Externa foi das áreas de serviço a que obteve um maior crescimento em 2011. Os investimentos feitos em 2010 provaram estarem certos e encontram-se completamente amortizados.

Em 2011 continuámos o investimento nesta área. Reforçámos a coordenação da secção e instalámos novos balneários de modo a conferir maior autonomia a esta

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atividade. Os resultados financeiros obtidos passaram de 69.710€ em 2010 para 106.516€ em 2011.

O aluguer a terceiros do nosso campo de treinos e de salas de formação tiveram igualmente resultados muito expressivos tendo sido cerca de uma centena o número de alugueres efetuados em 2011.

Estimamos que estas áreas de atividade possam continuar a crescer a um bom ritmo nos próximos 3 a 4 anos.

7. QREN Em 2011 concluímos a execução financeira relativa à aquisição dos novos equipamentos candidatados ao QREN em 2009. O valor global do investimento foi de 106.009.98€ tendo a AHBVS suportado 44.619,53€ (43%) do total desse investimento. Encontra-se já assinado, com a Unidade de Missão dos Fundos Comunitários/QREN, novo contrato no valor global de 312.096.94€ para a aquisição de um novo Veiculo de Combate a Incêndios, novos Aparelhos de Ar Respirável (ARICAS) ente outro material diverso, cuja comparticipação com receitas próprias da associação se prevê seja de 93.629.08€ (+ 38.000€ IVA).

8. Situação económico-financeira

No ano transato a crise económico-financeira e social continuou a agravar-se em Portugal e em outros países europeus, tendo tido efeitos diretos na atividade da Associação Humanitária de Bombeiros de Sacavém (AHBVS).

As contas ora apresentadas refletem com fidelidade a situação final do período em análise, tendo a gestão da atividade sido norteada pelos princípios da racionalidade económica e responsabilidade social.

O ano de 2011 encerrou com um ativo não corrente líquido de cerca de 4,441 milhões de euros sendo o valor amortizado de cerca de 257 mil euros. No que concerne ao ativo corrente líquido, o seu valor atingiu cerca de 574,3 mil euros no ano de 2011, consubstanciando um acréscimo de cerca de 2% face ao ano de 2010. O total do ativo é cerca de 5,015 milhões de euros. O Capital Próprio da associação em 2011 é cerca de 4,215 milhões de euros.

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Quando analisamos o total do passivo da AHBVS, este teve um decréscimo de cerca de 5% face a 2010, perfazendo cifrando-se em cerca de 800,324 mil euros sendo que o passivo de médio e longo prazos pesa cerca de 75% do total do passivo e o de curto prazo representa cerca de 25%. Decréscimo este, que se deveu aos decréscimos tanto do passivo de curto, como do de médio e longo prazos, consubstanciados em cerca de 14% e 2% respetivamente.

• DOS PROVEITOS

Os proveitos globais do exercício ascenderam a cerca de 1,460 milhões de euros e no ano anterior foram cerca de 1,471 milhões de euros, o que significa um decréscimo de cerca de 1% face a 2010:

a) Os proveitos das quotas decresceram 4% face a 2010, perfazendo um montante de cerca de 83,164 mil euros em 2011;

b) No que tange a prestação de serviços de transporte de doentes, esta rubrica obteve um decréscimo de cerca de 13% face a 2010, passando a representar, em 2011, cerca de 219,261 mil euros.

c) No que concerne ao INEM, esta rubrica obteve um acréscimo de cerca de 8% face a 2010, passando a representar, em 2011, cerca de 76 mil euros;

d) Relativamente à sub-rubrica de Formação, o exercício obteve um acréscimo de cerca de 106% face a 2010, passando, em 2011, a cifrar-se em cerca de 106,5 mil euros;

e) Os subsídios à exploração decresceram cerca de 11% face a 2010, perfazendo 533,4 mil euros em 2011. Este decréscimo ficou a dever-se, sobretudo, à diminuição das verbas afetas à AHBVS, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e da Câmara Municipal de Loures, em 2011, em cerca de 8% e 11%, respetivamente. Assim, a ANPC dotou, em 2011, a AHBVS com cerca de 144,4 mil euros, enquanto que a C.M. de Loures afetou à nossa associação cerca de 292 mil euros;

f) No que diz respeito à rubrica “Reversões”, esta obteve um crescimento de cerca de 33% face a 2010, perfazendo 263,45 mil euros em 2011. Este crescimento de proveitos deveu-se ao facto de se ter continuado a incorporar as amortizações do novo edifício, reajustada a vida útil do parque de viaturas da AHBVS, bem como, pelo facto de se ter anulado a provisão para aquisição do VFCI efetuada em 2010 por esta não se ter concretizado.

g) Quanto à rubrica de “Outros Rendimentos”1

1 Relativamente aos Proveitos Extraordinários, estes desapareceram por imperativo legal da

implantação do SNC a partir de Janeiro de 2011, imperativo esse que a AHBVS seguiu

escrupulosamente. Neste contexto, os proveitos anteriormente extraordinários foram incorporados

na rubrica “Outros Rendimentos”.

, continua, pese embora tenha tido um crescimento de cerca de 1% face a 2010, a cedência de espaços decresceu cerca de 14% (em 2010 representava cerca de 28,37 mil euros), e os donativos de Pessoas Coletivas diminuiu cerca de 68% (em 2010 representava

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cerca de 13 mil euros), tendo os cerca de 13,74 mil euros obtidos de juros de aplicações financeiras contrabalançado a tendência negativa desta rubrica;

• DOS CUSTOS

Apesar das vicissitudes e aleatoriedade vivida nos tempos atuais, e em particular no ano de 2011, a estrutura de custos da AHBVS tem um considerável determinismo e, por conseguinte, um grau de rigidez elevado, dada a responsabilidade social e o número de serviços que efetua.

Os custos globais do exercício ascenderam a cerca de 1,421 milhões de euros, enquanto no ano de 2010 o montante dos custos foi cerca de 1,523 milhões euros, o que reflete um decréscimo de cerca de 7% nos custos globais:

a) O custo dos materiais consumidos foi de 9,319 mil euros em 2011, o que representou um decréscimo de 42% face a 2010;

b) A rubrica “Fornecimento e Serviços de Terceiros”, registou um montante de cerca de 326,872 mil euros em 2011, o que significou um decréscimo de cerca de 14% face a 2010, pese embora rubricas como o gasóleo das viaturas, os seguros das viaturas e as despesas de representação tenham crescido cerca de, respetivamente, 8%, 42% e 46%;

c) Os custos com o pessoal ascenderam a cerca de 781,398 mil euros em 2011, significando um acréscimo de cerca de 6% face ao ano de 2010, refletindo a aposta continuada na atualização salarial e na criação de emprego. Esta rubrica representou cerca de 55% dos custos totais do exercício;

d) Relativamente à rubrica “Depreciação e Amortização do Exercício”, esta apresentou um montante de cerca de 257,382 mil euros, significando um decréscimo de cerca de 17% face a 2010, correspondendo a um peso de cerca de 18% no total de custos da associação em 2011 (significando um decréscimo de dois pontos percentuais face a 2010). Este facto ficou a dever-se ao aperfeiçoamento da metodologia utilizada dado que se verificou que uma grande parte dos bens, nomeadamente, o parque de viaturas desta associação, estava, naturalmente, a ser amortizado de acordo com a anterior legislação fiscal – o anterior Decreto Regulamentar n.º 02/90 – onde as viaturas eram amortizadas em períodos médios de 4 a 6 anos, o que é manifestamente desajustado da realidade destas associações. O prazo médio de amortização de uma viatura, em 2010, foi de cerca de 4,7 anos, tendo-se ajustado para valores que são agora de um período médio de cerca 9,8 anos inclusão do edifício e valorização do parque de viaturas nas contas da AHBVS;

e) As provisões são instrumentos de afetação dos resultados de cada exercício, de potenciais perdas, e que estão sempre associadas a eventuais acontecimentos futuros, normalmente, não asseguráveis por apólice de seguro (risco de um cliente não pagar; risco de um processo judicial, ser decidido desfavoravelmente, risco de se deteriorar uma mercadoria ou produto, etc). A responsabilidade ou o direito, já existe, está quantificada/o e o resultado futuro não está na posse da associação, não depende da vontade desta. A provisão antes constituída, (46.814,54 €), não é uma responsabilidade assumida pela associação depende da vontade desta, prosseguir ou não com o

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contrato. Assim, contabilizar novamente a provisão é incorreto. Neste âmbito, foi anulada a provisão efetuada no ano de 2010 no valor de 46,814.54 euros (para a aquisição de um veículo florestal de combate a incêndios) com base no princípio económico-contabilístico de não concentração do custo num só exercício com uma obrigação que legalmente não existe, tornando-se esta rubrica nula;

f) A rubrica “Outras Perdas” apresentou um valor de cerca de 40,769 mil euros, significando uma subida de cerca de 38% face a 2010, devido ao aumento das correções a efetuar em faturas e também ao aumento das taxas referentes a resíduos sólidos, água, etc;

g) No que tange aos juros pagos pela associação, verificou-se uma diminuição de cerca de 15% face a 2010, cifrando-se este valor em cerca de 4,939 mil euros.

• ANÁLISE DOS RESULTADOS

A situação económico-financeira é equilibrada, pois o rácio de solvabilidade (capitais próprios/passivo) é cerca de 5,27 o que implica que, por cada unidade monetária de dívida a associação tem cerca de 5 unidades monetárias para a solver (o rácio de endividamento que é o Passivo a dividir pelos capitais próprios é de cerca de 0,19). Se se tiver em linha de conta que o passivo de curto prazo representa cerca de 25% do total do passivo, o rácio de solvabilidade de curto prazo é cerca de 4 vezes superior. No que concerne ao passivo de longo prazo este rácio é cerca de 7,05.

No que concerne à capacidade da associação de financiar o seu activo com capitais próprios, houve uma manutenção do rácio de autonomia financeira nos cerca de 84% (que traduz a solidez da estrutura dos capitais – Capitais Próprios/ Activo), face a 2010;

Os rácios de liquidez demonstram a capacidade financeira de solvência dos compromissos assumidos a curto prazo. O Activo Corrente (clientes+existências+títulos negociáveis+caixa) representa 2,84 do Passivo de Curto Prazo, o que representa uma melhoria de cerca de 16% face a 2010. A estrutura do Endividamento (Passivo de Curto Prazo / sobre o Passivo total) representa cerca de 25%, que significa um decréscimo de cerca de 2 pontos percentuais face ao ano transato.

O resultado líquido apurado foi positivo no valor de 39,042 mil euros.

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9. Demonstração dos resultados por funções (modelo reduzido)

Período Findo em 31 de Dezembro de 2011

RUBRICAS PERÍODOS

2011 2010

Vendas e serviços prestados 558.094,05 € 568.675,89 €

Custos das vendas e dos serviços prestados 9.319,49 € 16.153,49 €

Resultado bruto 548.774,56 € 552.522,40 €

Outros rendimentos 901.627,64 € 902.200,64 €

Gastos administrativos 1.108.269,84 € 1.113.893,66 €

Outros gastos 296.960,67 € 387.146,07 €

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 45.171,69 € -46.316,69 €

Gastos de financiamento (líquidos) 4.938,78 € 5.840,39 €

Resultados antes de impostos 40.232,91 € -52.157,08 €

Imposto sobre o redimento do período 1.190,62 € 0,00 €

Resultado líquido do período 39.042,29 € -52.157,08 €

Balanço Balanço em 31 de Dezembro de 2011

RUBRICAS DATAS

31/12/2011 31/12/2010 ACTIVO

Activo Não Corrente Activos fixos tangíveis 4.440.787,91 € 4.622.252,55 € Bens do património histórico e cultural Propriedades de investimento Activos intangíveis 399,27 € 1.527,97 € Investimentos financeiros Associados 4.441.187,18 € 4.623.780,52 € Activo Corrente Inventários 11.109,07 € Clientes 210.499,09 € 175.886,62 € Adiantamentos a fornecedores Estados e outros entes públicos 20.401,68 € 17.111,16 € Associados Outras contas a receber 1.863,44 € 4.345,00 € Diferimentos 19.311,01 € 15.310,31 € Outros activos financeiros Caixa e depósitos bancários 311.114,93 € 348.987,42 € 574.299,22 € 561.640,51 €

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Total do Activo 5.015.486,40 € 5.185.421,03 €

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Fundos Patrimoniais Fundos 338.990,04 € 338.990,04 € Excedentes técnicos Reservas Outras reservas Resultados transitados -81.152,81 € -28.995,73 € Excedentes de revalorização Outras variações nos fundos patrimoniais 3.918.282,51 € 4.088.259,96 € Resultado líquido do período 39.042,29 € -52.157,08 €

Total do Fundo de Capital 4.215.162,03 € 4.346.097,19 €

Passivo Passivo Não Corrente Provisões Provisões específicas Financiamentos obtidos 101.068,77 € 112.254,36 € Outras contas a pagar* 497.235,50 € 497.235,50 € 598.304,27 € 609.489,86 € Passivo Corrente Fornecedores 104.845,36 € 171.162,42 € Adiantamentos de clientes Estado e outros entes públicos 14.010,35 € 11.340,57 € Associados Financiamentos obtidos Diferimentos 4.303,11 € 3.916,33 € Outras contas a pagar 78.861,28 € 43.414,66 € Outros passivos financeiros 202.020,10 € 229.833,98 €

Total do Passivo 800.324,37 € 839.323,84 €

Total dos fundos patrimoniais e do passivo 5.015.486,40 € 5.185.421,03 € *Anexo 1 – Situação perante a CML.

10. PROPOSTA

Nos termos do relatado, a Direção propõe à Assembleia-Geral o seguinte:

1. Que seja aprovado o Relatório e Contas do Exercício de 2011.

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Direção manifesta o seu reconhecimento a todos os que contribuíram de forma positiva com o

seu contributo, trabalho e empenho no decorrer do ano de 2011.

A Direção agradece a todos que com o seu trabalho contribuíram para a elaboração deste Relatório

e Contas.

A Direção congratula-se com o apoio manifestado por todos os membros dos órgãos sociais e

associados.

Gostaríamos ainda de agradecer a todo o nosso Corpo de Bombeiros, aos funcionários da

Associação, Associados e entidades locais todo o apoio manifestado ao longo deste ano que findou.

Sem a vossa ajuda e colaboração não teria sido possível a concretização dos resultados positivos

que agora apresentamos.

Sacavém, 21 de Março de 2011

A Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sacavém

António Pedro Avelino Santos Manuel Carriço Ricardo Borges Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente José Coelho Ernâni Corado Domingos Augusto Tesoureiro 1º Secretário 2º Secretário

Anexo 1

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Sacavém (AHBVS) assinou um protocolo com

o Ministério da Administração Interna (MAI) e com a Câmara Municipal de Loures (CML)

para a construção de um novo Centro Operacional. Em termos financeiros, o fluxo das

verbas para a construção do novo quartel iniciava-se com a transferência das três

tranches por parte do MAI para a AHBVS que posteriormente as transferia para a CML que

era a detentora da obra.

No que tange às duas primeiras tranches, estas foram integralmente transferidas para a

CML nas datas estipuladas.

Relativamente à ultima tranche de 497 235,50 euros (Quatrocentos e noventa e sete Mil

duzentos e trinta e cinco Euros e cinquenta cêntimos ), esta não foi enviada à CML pela

AHBVS devido a razões alheias a esta e com a concordância daquela, nomeadamente,

devido à falta de apetrechamento mínimo necessário que o novo centro operacional

apresentava. Neste contexto foi acordado entre a Direcção da AHBVS de então e o Senhor

Presidente da CML, o engº Carlos Teixeira, que a inauguração do novo centro operacional

seria suportada pela CML e que para tal, a AHBVS poderia socorrer-se da verba supra

citada para fazer face às despesas inerentes a um evento com esta grandeza.

Não obstante, nos últimos meses, surgiram algumas dúvidas sobre a questão supra

relatada. Para que este assunto fosse cabalmente esclarecido, agendou-se uma reunião

com o Senhor presidente da CML e a Direcção da AHBVS no dia 16 de Fevereiro de 2012,

cujas conclusões acordadas pelas partes estão plasmadas no ofício com a Ref. 224-D/2012

de dia 9 de Março de 2012 e que se traduzem no seguinte compromisso:

Na primeira semana de Abril de 2012 a A.H.B.V.S fará a entrega de um cheque no valor de

200.000,00euros (Duzentos Mil Euros ) como início do pagamento.

1. A C. M. Loures, após análise do dossier, entregue em devido tempo, assume o

valor nele existente de 160.123,20 euros (Cento e sessenta Mil cento e vinte e três

Euros e vinte cêntimos) como comparticipação nas despesas efetuadas para a

inauguração e apetrechamento parcial do Centro Operacional dos Bombeiros de

Sacavém, conforme compromisso então assumido.

2. O restante valor de 137.112,30 euros (Cento e trinta e sete Mil cento e doze

Euros e trinta cêntimos), muito embora as grandes dificuldades financeiras existentes

na A.H.B.V. de Sacavém compromete-se a pagar em tranches de 60 mensalidades a

que corresponde o valor de 2.285,20euros / mês ( Dois Mil duzentos e oitenta e cinco

Euros e vinte cêntimos ).

Sacavém, 21 de Março de 2011

A Direção da Associação Humanitária

de Bombeiros Voluntários de Sacavém