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Associação Brasileira de Química esuas Regionais

ABQ NacionalPresidente:Prof. Harry Serruyae-mail: [email protected] Presidente:Prof. Airton Marques da Silvae-mail: [email protected]

ABQ-Regional AmazonasDr. Kleber Filgueiras BastosDept. de Química /ICEAv. Rodrigo Otávio J. Ramos, 3000Mini Campus Universitário69077-000 Manaus AMTeVFax:O21 92644-1510/1610/2006

ABQ-Regional BahiaProfê . Magda BerettaUniversidade Federal da BahiaInst. de Quimica-Lab. 404Av. Ademar de Barros s/nCampus Universitario40140-241 Salvador BATel/Fax:O 21 71237-4024e-mail: [email protected]

ABQ-Regional CearáProf. Antonio Carlos MagalhãesCaixa Postal 1215260021-970 Fortaleza CETel/Fax: 021 85288-9974email:[email protected]

ABQ-Regional GoiásProf. Wilson Botter Jr.Inst. de Química/UEGCampus Samambaia74001-970 Goiâna GOTel: O21 62821-1097Fax: O21 62821-1167e-mail: [email protected]

[email protected]

~

Sede Administrativa:Rua Senador Furtado, 121 Sala 22120270-000 Rio de Janeiro RJTel: O 21 21 872-4420Fax: O21 21 872-4421e-mail: [email protected]

ABQ-Regional MaranhãoProf ê. Maria da Graça Silva NunesPrédio do Centro TecnológicoCampus do Bacanga65080-000 São Luís MATel: O21 98 217-8227Fax: O21 98217-8214e-mail: [email protected]

ABQ-Regional Minas GeraisProfa. Miriam Stassun dos SantosAv. Amazonas, 135 Conj. 140830.180-903 Belo Horizonte MGTel: O 21 31 274-8868e-mail: mstassun@cefetonlin~.com.br

ABQ-Regional ParáProf ê . Maria HelenaBentesRua Ó de Almeida, 490/70466017-050 Belém PATel/Fax: O21 91 222-0870e-mail: [email protected]

ABQ-Regional ParaíbaProfê . Maria Elisabete de AlmeidaDept. de Química CCEN/UFPBCampos I58059-900 João Pessoa PBTel/Fax: O 21 83216-7437e-mail:[email protected]

ABQ- Regional PernambucoProf ê. Silvana CaladoDept. de Eng. Química UFPERua Prof. Artur Sá, s/nCidade Universitária50740-521 RecifeTel: O 21 81 271-0095Fax: O 21 81 271-3992e-mail: [email protected]

PE

ABQ-Regional PiauíProf . José Ribeiro dos Santos Jr'

Dept. de Química UFPI/CCNCampus Universitário64049-550 Terezina PITel: O 21 86232-1211Fax: O 21 86 232-1729

ABQ-Regional Rio de JaneiroProfê. Rita de Cássia A. CostaRua Senador Furtado, 121 sala 21720270-000 Rio de Janeiro RJTel: O 21 21 569-1771 ram.257Fax: O 21 21 567-0283email: [email protected]

ABQ-Regional Rio Grandedo NorteProfê. Dulce MeioDepto. de Química/UFRNCaixa Postal 166259072-970 Natal RNTel: 021 84215-3826email:[email protected]

ABQ-Regional Rio Grande do SulProf. Sérgio BorbaRua Dr. Flores, 307 - sala 70290220-123 Porto Alegre RSTel/Fax: O 21 51 225-9461email: [email protected]

ABQ- Regional São PauloProf . amar EI SeoudInst. de Química/USP B-3 térreosala 306Av. Prof. Lineu Prestes, 74805508-800 São Paulo SPTel/Fax: O 21 11 818- 2159e-mail:[email protected]

Associação Brasileira de QuímicaUtilidade Pública Federal- Decreto 33254 de 08-07-53

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ANO 67 - NQ715 - 1999

~~~QUíMICA INDUSTRIAL

íNDICE

. XXXIX Congresso Brasileiro deQ

, .UIm Ica ..................................................... 5

. Lixo Urbano - um indicador deprogresso .................................................. 7

. Far-Manguinhos: uma realidadebrasi Iei ra ................................................... 9

. A proteção patentária e as empresasbrasileiras 11

. Despoluição ambiental - uso depolímeros na remoção de metaispesados 16

SEÇÕESACONTECEN DO ""'" .., 2

EMPRESAS 25

PROCESSOS, PRODUTOS,

SERVIçOS ., 26AGENOA 28

Impresso em Setembro de 1999

CapaCortesia: ABQ - Seção Regional GoiásMontagem: José S. T.Coutinho

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I ACONTECENDO I

Conversando com o leitor

Depois de uma longa ausência, estamos de volta com mais uma edição da Revista de Quírp.ica In-

dustrial. Justificar nossa ausência, falando dos problemas financeiros da revista seria insistir ~m umprocesso repetitivo e cansativo, pois a indefinição econômica do Pais é um fato já do conhecimento de

todos,e que muito nos afeta. No caso específico da revista, a realidade é que a mesma tem que ser auto

financiada. A revista deveria se sustentar com os anúncios, uma vez que a renda proveniente da venda

de assinaturas é insufiente. Os últimos números da revista foram praticamente financiados pela Asso-

ciação Brasileira de Química. Hoje essa alternativa não é mais possível face aos próprios problemas

financeiros daABQ. Contudo, não desistimos, somos insistentes e estamos lutando com todas as ar- o

mas que conhecemos.

Esta é uma edição especial que está sendo patrocinada pela Far-Manguinhos e pelo Congresso Bra-

sileiro de Química em sua 39a versão. Procuramos oferecer uma pauta editorial com um leque de assun-

tos bem variado. Estamos prestando uma homenagem póstuma ao Prof. Horácio Macedo, fizemos uma

abordagem informativa sobre o problema do lixo urbano e fizemos uma breve reportagem sobre o Dia do

Químico. Finalmente, publicamos dois artigos cujos temas são assuntos da atualidade, ou seja, "Despoluição

ambiental: uso de polímeros na remoção de metais pesados", e" A proteção patentária e as empresas

brasileiras". As seções de Acontecendo, Empresas e Processos, Produtos e Serviços, continuam forne-

cendo aos leitores uma visão do que está acontecendo no cenário industrial.Encerrando, a Agenda informa os principais eventos que ocorrerão ainda durante este ano.

2 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

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Investindo no Brasil

Seminárioem New Yorkreuniu cerca de

400 empresári-os brasileiros eamericanos.

O evento foirealizado emmaio, no HotelPlaza e foi orga-nizado pelo CIN-Centro Internaci-

onal de Negóciosdo Sistema FIR-JAN, em parce-ria com o consu-

lado do Brasil em New York que atuaem 19 estados americanos, cuja áreaequivale a um PIE de cerca de US$ 3trilhões ou 43% do mercado dos Es-tados Unidos.

O tema central do evento foi a eco-nomia do Estado do Rio de Janeiro.

A abertura foi feita por EduardoEugenio Gouveia Vieira, pre-sidente do Sistema FIRJAN,Tito Ryff, Secretário Estadualde Desenvolvimento Econômi-co e Turismo, Flávio Perri,Consul Geral do Brasil emNew York e Antenor Barros

Leal, presidente do ConselhoEmpresarial de Comércio Ex-terior da Firjan. (CIN, maio/

julho 1999).

Eduardo EugenioGouvêa Vieira

ratório onde foi desenvolvido seu tra-balho. (MP.-maio 1999)

Embrapa recuperandoflorestas

Pesquisadores da EMBRAPA-Em-presa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária descobriram um processo derecuperação de florestas que, além dereduzir à metade o tempo de reflores-tamento, tem a vantagem adicional defazê-Io a um custo de cerca de 20%

mais baixo do que o processo tradi-cional.

Conforme montrado na figura, umterreno árido foi transformado, emdois anos, em um terreno arborizado,mostrado à direita da mesma figura.Todo o processo se baseia na utiliza-ção de um tipo especial de bactéria queajuda na absorção de fosfóro e nitro-gênio, elementos essenciais ao cres-cimento das plantas.(VJ-março1999) .

I ACONTECENDO I

de mercado de cerca de 300 produtosquímicos fabricados no País, além dedados gerais sobre a indústria quí-mica mundial e brasileira, assim comoprojetos de iílvestimento no setor.(ABIQUIM, n° 23)

Polyethylene'99

Os catalisadores metalocênicos fo-ram o foco dos debates técnicos du-

rante o seminario Polyethylene'99, re-alizado em março em Zurique.

Representando a Petro-química Triunfo, o Engenhei-ro Marcelo Spohr (GETEC)participou do seminário ecomentou que a importânciada pesquisa desses catalisa-dores está diretamente rela-cionada ao futuro do polie-tileno, já que novas fábricase as existentes, utilizarãoessa tecnologia para obtenção

de um produto que alie a qualidadede PEBD (polietilenó ramificado, debaixa densidade, obtido por proces-so de alta pressão e alta temperatu-ra) as do PELBD.

A expectativa mundial é de que em2005 a produção de polietilenos a par-tir de catalisadores metalocênicos jáserá de 3 a 10% do total. (PR)

Vencedor do PrêmioUnion Carbide

O bacharel em química CristianoKruggraduado pelo Instituto de Químicada Universidade Federal do Rio Gran-de do Sul-UFRGS, recebeu no dia 26 deabril de 1999, o "Prêmio Union Carbide1998-Categoria I" por seu trabalho so-bre Metalocenos, novos catalisadoresutilizados na produção de polímeros.

Esse prêmio teve o objetivo de gra-tificar formandos de Química e Enge-nharia Química que tenham desenvol-vido trabalhos na área de polímerossintéticos.

O prêmio foi de RS$20.000,00, di-vididos entre Cristiano Krug e o labo-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

Guia da Indústria

Brasileira

AABIQUIM-Associação Brasileirada Indústria Química está lançandoduas importantes publicações com in-formações relevantes sobre o setor. OGuia da Indústria Química Brasilei-ra 1998/1999 que relaciona 619 in-dústrias químicas do País com suaslinhas de produção, permite identifi-car os fabricantes de aproximada-mente 1500 produtos e ainda apre-senta dados cadastrais das empresas.

O Anuário da Indústria QuímicaBrasileira-1998 apresenta estatísti-cas de 1997 referentes a vendas, im-portações, exportações e segrnentação Marcelo Spohr

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I ACONTECENDO I

Dia Nacional do Químico

o Dia Nacional do Químico foi ins-tituído para ser comemorado no dia18 de junho pela Lei nO2800, de 18de Junho de 1956, a mesma que re-gulamentou a profissão de químico,promulgada pelo presidente Jusceli-no Kubitschek de Oliveira.

Sob a organização do CRQ-III,SQEQ-RJ, ABQ, ABQ-RJ, SINTEC-RJ,ETFQ-RJ, PUC-RJ, IQ-UERJ, IQ-UFRJ, EQ-UFRJ e Associação dos Ex-Alunos da EQ-UFRJ, a comunidadedos profissionais da química dosEstados do Rio de Janeiro e EspíritoSanto tiv~ram a semana de 14 dejunho repleta de debates, palestras ecoquetéis, para comemorar a passa-gem de tão importante dia.

Os eventos foram realizados naETFQ-RJ, no CRQ-III e na UERJ. A so-lenidade de encerramento aconteceunos salões do Clube Ginástico Portu-

guês.De um modo geral, o enfoque das

palestras e debates foi o Uso do Pe-tróleo, dos Recursos Naturais, dosAlimentos Transgênicos, o Mercado

de Trabalho para o Químico e a Quí-mica em sí.

Bastante concorrido foi o painel "OMundo da Química", realizado naEscola Técnica Federal de Química doRio de Janeiro no dia 15 de junho. Oevento foi apresentado pela Prof. Ritade Cássia de Almeida Costa (ETFQ-RJ) que convidou o Prof. JoséGuerchon (ETFQ-RJ) coordenador damesa e os painelistas ProfessoresÁlvaro Chrispino (Secretário de Cul-tura de Teresópolis e Diretor de Edu~cação e Difusão da ABQ) e MárciaChristina VeigaAmorin (IQ-UERJ).

Iniciando os trabalhos o ProLGuerchon fez um relato bem realistada situação do químico no mercadode trabalho. Comentou sobre um es-tudo realizado em S.Paulo, onde foievidenciado que os formandos de hoje,de um modo geral, não estão dandocontinuidade ao seu respectivo trei-namento profissional, quando termi-nam o curso de graduação. O ProLGuerchon ressaltou que em um mer-cado competitivo e globalizado comoo de hoje, vence o profissional melhorpreparado e com uma formação bem

generalizada. Dando continuidade aopainel, a Prof. Márcia discursou so-bre o tema Polímeros, que nos diasde hoje talvez seja um dos principaisrepresentantes do mundo da quími-ca. Foi uma exposição muito clara emtodos os sentidos. Com o auxílio detransparências, a Prof.Márcia mostrouo que seria a vida de uma família dehoje sem a presença dos polímeros.

Bastante instigante foi a apresen-tação do Prof. Álvaro que procuroumostrar de forma marcante a parti-cipação da química no mundo do fu-turo.

A solenidade comemorativa do DiaNacional do Químico foi realizada nossalões do Clube Ginástico Português,no dia 18 de junho.

A apresentação do Hino Nacionaldeu início às solenidades e após o dis-curso inaugural do presidente do CRQ-III, Eng. Vilma Cardoso da Silva, fo-ram feitas as premiações do Quími-co do Ano, da Retorta de Ouro, do VIConcurso de Monografias e as Home-nagens Póstumas.

As solenidades foram encerradascom um animado coquetel dançante.

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I'

CONGRESSO DE QUIMICACelso Augusto C. Fernandes*

Os químicos do Brasil se reúnem, pela primeira vez na Região Centro-Oeste,em Goiânia de 26 a 30 de setembro para discutiruQuímica para o Desenvolvimento Sustentado".

Como todos os anos, no segundosemestre, a ABQ promove seu Con-gresso Brasileiro de Química. Esteano será o trigésimo nono e coube àRegional de Goiás a tarefa de realizá-10 em Goiânia, cidade com 957.564habitantes a 749 m de altitude. Ca-pital de um Estado essencialmenteagropecuário, a Cidade se destacapelo comércio e a indústria de con-fecções. Cidade plana, arborizada,com praças e ruas formandocírculos. Os 749 m de altitu-

de interferem no período da es-tiagem, de março a setembro,quando o clima fica muito seco.A cidade oferece como atra-

ções: OMuseu Antropológico daUFG, o Museu Estadual Prof.Zoroastro Artiaga, o Bosquedos Buritis,o Zoológico,a Ex-posição Agropecuária e as com-pras no Centro de Tradições eArtesanato

As dificuldades para a orga-nização deste evento forammuito grandes, no que tange as ques-tões financeiras. Está cada vez mais

difícil se conseguir patrocínios da ini-ciativa privada.

Apesar de todos os contratempos,os congressistas encontrarão umaReunião bem estruturada, com umprograma técnico-científico bastantediversificado oferecendo inúmerasopções entre os temas dós 42 mini-cursos, 7 mesas-redondas, 33 pales-

(*) O autor é Administrador, Gerente Ad-ministrativo e de Eventos da ABQ Nacio-nal e membro da Comissão Organizadorado CBQ.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 715 - 1999

tras e a apresentação de trabalhos emforma de painéis.

Com certeza, acontecerá mais umavez, uma grande reunião de profissio-nais e estudantes que se confraterni-zarão durante quase uma semana nasterras vermelhas do planalto central.

É importante frisar que tão impor-tante quanto a atualização profissio-nal e o aprendizado está a possibili-dade do congraçamento entre quími-

Centoro de Cultura e Convenções de Goiânia

cos e futuros químicos de todo o Brasilcom suas vivências e ambientes dife-

rentes. Nenhum outro evento da quí-mica reúne um número tão grande depessoas vindas de tão diferentes can-tos do nosso país quanto o CBQ.Espera-se em Goiânia no mínimo1.300 participantes.

Estarão desfilando pelos palcos doCentro de Cultura e Convenções deGoiânia, nomes do mais alto nível dosetor, como os de Eloisa BiasottoMano, do Instituto de Macromoléculasda UFRJ; Lauro Morhy, Reitor daUnB; Mozart Neves Ramos, Reitor daUFPE; Valter Casseti, Secretário de

Ciência e Tecnologia de Goiás; Alva-ro Chrispino, Secretário de Culturade Teresópolis, RJ; Gerard Decotes daUniversidade de Lyon, França;Fernando Galembeck da UNICAMp,Reiko Issuyama e Gil Anderi da Sil-va, ambos da USP; EduardoMcMannis Torres, da Consult Consul-tores Associados e da Fundação deTecnologia e Ciências, para citar al-guns dos 60 convidados que farão o

Congresso acontecer.Nos 4 dias de programa-

ção científica estarão sendo tra-tados assuntos como os efeitosda globalização na política mi-neral brasileira, a química nasubstituição das matérias pri-mas naturais escassas, os me-canismos de ingresso nas uni-versidades brasileiras, a ques-tão ambiental nos portos bra-sileiros, a segurança e o manu-seio de produtos químicos, aquímica no desenvolvimento detecnologias limpas, a alquimia,

dentre muitos outros temas que vi-sam a utilização da química para odesenvolvimento sustentado, temacentral do Congresso.

Os 42 mini-cursos oferecidos es-tarão sendo ministrados em cinco

horários diferentes e cada congressis-ta poderá se inscrever em até três.

Como eventos paralelos ocorrerão:XII Jornada Brasileira de IniciaçãoCientífica em Química;VII Maratona de Química;II Enquimpro-Encontro de QuímicaProfissionalizante;XI Encontro Centro-Oeste de Ensinode Química.

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CONGRESSO

AJomada, que é para alunos de 3°grau, distribuiráR$ 2.000,00 (dois milreais) em prêmios aos cinco primeiroscolocados (o 1°receberá R$ 1.000,00)e estão inscritos 74 trabalhos.

A Maratona que já teve uma seleçãoprévia em Goiás e outra em São Pauloterá 40 concorrentes no Congresso dis-putando as três primeiras colocaçõesque receberão R$ 500,00 (quinhentosreais) em dinheiro além de outros brin-des para o aluno e para a escola.

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o Enquimpro estará discutindo anova LDB e buscando a melhoria do

ensino da química nas Escolas Téc-nicas e:rn todo o Brasil.

São patrocinadores do XXXIXCon-gresso Brasileiro de Química o CNPq,a FINEp, a CAPES, o CRQ-II Região,o CRQ-III Região, o CRQ-XlI Região, aUnB, a UFG, a UCG, a Union Carbide,a Metago, além do apoio do CEFET-GO e da UEG.

A Transportadora Oficial é a Varigl

Rio Sul e o Hotel Oficial é o KananxuêPalace.

O Presidente do Congresso e da Co-missão Organizadora, Prof. WilsonBotter Junior, conc1ama todos a irem aoCBQ. Diz ele: "preocupados com o in-centivo e crescimento da Química, vimostrabalhando para oferecer a todos umevento cientificamente rico e com pers-pectivas de interações sociais frutíferas.

Só resta desejar aqueles que láestarão, "um feliz evento".

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Lixo urbanoUm indicador de progresso

JoséCoutinho*

o paradoxo "quanto maior a riqueza maior é a geração de lixo" é o desafio queprecisa ser mudado neste final de século e inicio do novo milenio.

Recentemente, foi publicado um ar-tigo na revista Veja com o seguintetítulo:

"I Bebê = 25 toneladas de lixo".Isso quer dizer que do nascimento atéos 70 anos de idade umapessoa gera 25 toneladasdé lixo.

Deixando o sensaciona-lismo de lado e face à im-portância que o assuntomerece, resolvemos reedi-tar alguns tópicos do temade modo a induzir o leitora uma reflexão mais cri-teriosa sobre o assunto.

A Tabela 1,apresentavalores de produção de lixodoméstico em alguns paí-ses do mundo, evidencian-do um quadro bastantealarmante.

A cidadede NewYork,considerada

a que maisproduz lixono mundo,uma médiade 13.000 tpor dia, eSão Paulocom cercade 12.000 t

por dia, sãoexemplosdessa durarealidade.

A sociedade está pagando um preçobastante elevado pelo seu progresso.Em meados do século vinte, a com-

a céu aberto - os chamados "lixões",que provocam a contaminação de len-çóis freáticos, com sérios danos àsaúde da população.

Estima-se que para cada 1000 t delixo, precisa-se de cerca de1 km2 de terreno paraarmazená-Io. Portanto, es-pera-se que este ano so-mente a região metropoli-tana de São Paulo irá pre-cisar de 18 km2 de terre-no para armazenar o seulixo.

Uma área dessa dimen-são poderia ser usadapara fins bem mais nobrescomo por exemplo a cons-trução de cerca de 500.000moradias populares.

O que fazer com o lixotem sido o desafio dos go-

vernos. A

reciclagem éo caminhomais indica-

do, princi-palmentenos paísesdesenvolvi-dos. A Fran-ça recicla25% do vi-dro encon-trado no li-xo, 3% dopapel ( exclu-

indo o lixo domiciliar, este índice vaipara 35%) e 25 a 35% do ferro. A Ale-manha, Dinamarca e Suécia reciclam50% do vidro de seu lixo. De um modo

posição do lixo era predominantementede origem orgânica. Hoje, com o avançoda tecnologia, a composição do lixo mu-dou radicalmente, conforme mostra-do na Tabela 2.

A Tabela 2 evidencia fatos bastante

preocupantes, principalmente nospaíses em desenvolvimento, onde olixo é praticamente lançado em terreno

(*) Engenheiro Químico - Editor da RQI

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 715 - 1999 7

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LIXO URBANO

geral, os Estados Unidos estãoreciclando apenas 11 % do seu lixo,enquanto que a Europa Ocidentalrecicla 30%. No Brasil menos de 1%do lixo é reciclado.

O problema mais sério é o tempode vida desses inimigos da natureza,conforme mostrado na Tabela 3.

Mesmo com baixos índices de

reciclagem, há países que estão fa-zendo excelentes negócios com essamatéria prima. Na Espanha, 250 tde lixo por dia geram energia elétri-ca para 50.000 pessoas. O sistematransforma o lixo em gás metanogueem uma minitermoelétrica gera ele-tricidade. O custo de uma usina des-se porte é da ordem de US$ 15 mi-lhões. Os Estados Unidos faturamUS$ 120 bilhões/ano com a reci-clagem do lixo. No Brasil estima-seum faturamento de US$ 1,2 bilhõespodendo chegar a US$ 5,8 bilhões empouco tempo.

De acordo com a composição do lixourbano (Tabela 2) verifica-se que umpercentual bastante elevado do lixo éconstituído de matéria orgânica, fa-cilmente transformável em combus-

tível e adubos. Papel e papelão podemser transformados' em outros tipos depapéis de qualidade inferior, metaise vidros são matérias primas valio-csas para a fabricação dos respectivosmateriais. Resta portanto o vilão dosvilões, o plástico, conforme mostra-do na Figura 1. Trata-se de um ma-terial de reciclagem bastante complexa.Em princípio, somente os termo-plásticos podem ser aproveitadosnesse processo e mesmo assim so-mente os de mesmo tipo podem serreciclados juntos. Para contornaresses problemas, governos e fabrican-tes de embalagens plásticas resolve-ram unir esforços no sentido de edu-car a população para a prática dacoleta seletiva do lixo doméstico.As

embalagens plásticas estão sendofabricadas com um código numéricoque permite a identificação dos dife-rentes tipos de plásticos.

Exemplos de código numéricos:.& poli(tereftalato de etileno)-PET,.~ polietileno de baixa densidade-PEBD,

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Figura 1 - Um típico lixão de plástico

.& poli(cloreto de vinila)-PVC,etc.Trata-se portanto de um proces-so complicado e oneroso. Não é fácilconvencer uma familia de classe mé-dia a manter 5 a 6 lixeiras dentro decasa destinadas à coleta seletiva delixo.

Considerarações finais

Segundo o relatório do BancoMundial (BIRD) o Brasil produz emmédia 100.000 toneladas diárias delixo e dessas, 60% são coletadas pelarede pública. Do lixo coletado, 76%

são depositados nos chamadoslixões a céu aberto, o que deixa apopulação exposta a toda sorte dedoenças.

Concluindo, é importante alertarque o problema do lixo não está sen-do tratado com a ênfase que merece.A geração de lixo no mundo inteirocresce juntamente com o progressotecnológico, cujo crescimento é extre-mamente acelerado.

Os países, considerados hoje comoemergentes, estão lutando por umlugar ao sol como desenvolvidos, quan-do isso acontecer, quanto lixo a maisnão estarão produzindo?

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Far-Manguinhos: uma realidadebrasileira

JoséCoutinho*

Há quarenta e três anos servindo à população carente brasileira. Far-Manguinhos é responsável pelaprodução de medicamentos. desenvolvimento tecnológico. geração e atualização de conhecimento

científico e formação de pessoal para atuação na indústria farmacêutica.

INTRODUÇÃO

o Instituto de Tecnologia emFármacos de Manguinhos Far-Man-guinhos, foi criado em 1956, comoServiço de Medicamentos do Depar-tamento Nacional de Endemias Ruraisdo Ministério da Saúde. Em 1960 fQitransferido para o Campus de Man-guinhos onde sofreu várias ampliaçõestransformando-se no complexo indus-trial de hoje. Na década de 70, inte-grou-se em definitivo à FundaçãoOswaldo Cruz passando a denominar-se Far-Manguinhos.

Hoje, Far-Manguinhos é a unida-de da FIOCRUZ responsável pela pro-dução de medicamentos e pelo desen-volvimento tecnológico de produtos bi-ológicos e farmacêuticos de origem sin-tética e natural. É o único laborató-

rio produtor de fármacos ligado dire-tamente ao Ministério da Saúde, pro-duzindo medicamentos essenciaispara o Sistema Único de Saúde e con-seqüentemente para o atendimentodas parcelas mais carentes da popu-lação brasileira.

PESQUISA EDESENVOLVIMENTO

Nas atividades de pesquisa e de-senvolvimento, Far-Manguinhosdireciona seus esforços para o desen-volvimento de tecnologia farmacêuti-ca buscando ampliar noyas formula-ções para medicamentos básicos.

Na área de síntese química defármacos, os trabalhos de pesquisasão orientados para produtos estra-tégicos que apresentam tecnologiacomplexa. Trata-se de produtos quenão possuem fabricantes no País e

(*)Engenheiro Químico -Editor da RQI

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 715 - 1999

que são utilizados nos programasessenciais do Ministério da Saúde.

Atualmente uma parte dos inves-timentos de Far-Manguinhos sãodirecionadas para a diversificação desuas pesquisas, bem como para aprodução de produtos naturais comênfase no isolamento de moléculas e

na identificação de princípios ativose de extratos de plantas que tenhamação terapêutica já comprovada.

Na farmacologia aplicada, há umaavaliação criteriosa da atividadefarmacológica de extratos, frações ousubstâncias puras obtidas a partir deplantas e também de novas drogasproduzidas por síntese química.

Além das atividades de Imunos-

supressão ou imunoestimulação e anti-inflamatória, são também avaliadasatividades em neoplasias, doença deChagas (principalmente visando ocontrole da transmissão transfu-sional), tuberculose, malária, toxo-plasmose, hepatite B e HIv.

PRODUÇÃO DEMEDICAMENTOS

Apesar das dificuldades vividas pelosetor produtivo do País, principalmenteno que diz respeito as pequenas e mé-dias empresas, Far-Manguinhos é hojeuma referência no mercado farmacêu-tico brasileiro. De suas linhas de pro-dução saem anualmente cerca de 270milb.ões de comprimidos, 1,4 milhõesde embalagens de pomadas e 18 milhõesde cápsulas de alguns medicamentospor ela fabricado.

A preocupação com o uso racionaldos medicamentos em todos os seusaspectos, fez com que Far-Manguinhospublicasse em 1999 a 4a Edição do

Etapa do processo de síntese

Cultivo experimental de plantas medici-nais paraproduçãode fitoterápicos

Teste de atividade antitumoral eimunomoduladora

Memento Terapêutico de seus pro-dutos. Nessa obra estão relacionados50 medicamentos com as seguintesinformações:

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FAR-MANGUINHOS

ComposiçãoIndicaçãoContra-indicaçãoEfeito colateralInteração medicamentosaPosologiaPrecauçãoApresentação

Dra. Eloan dos Santos Pinheiro, Di-retora de Far-manguinhos, afirma queatualização e revisão dessas informa-ções serão sempre uma preocupaçãoe toda:sugestão e observação sobre otexto serão valiosas e estimadas.

ENTREVISTA

A Revista de Química Industrial-RQI ouviu a Dra. Eloan S.~inheirosobre a filosofia da empresa e as ex-pectativas para o futuro imediato.

RQI - No plano social, saúde é umadas áreas que mais está sendo cobra-da aos nossos governantes. Como Far-Manguinhos se enquadra nesse cená-rio, uma vez que a mesma é a supri-dora de medicamentos para o Minis-tério da Saúde?Eloan - Far-Manguinhos é o único la-boratório produtor ligado diretamenteao Ministério da Saúde, produzindomedicamentos essenciais para o Siste-ma Único de Saúde, e conseqüentemente

para o atendimento das parcelas maiscarentes da população brasileira. Anossa capacidade produtora é de 1.100milhões de unidades farmacêuticas porano, e hoje produzimos cerca de 350milhões de unidades por ano.

Por acordos firmados com o Minis-

tério da Saúde em alguns Programasde Saúde, temos como meta produ-zir 30% das necessidades do Minis-

tério nesses programas.

RQI - Qual a expectativa da empre-sa quanto aos investimentos na pes-quisa e produção de produtos natu-rais e sintéticos?Eloan - Far-Manguinhos está sempreinvestindo nas suas áreas de pesquisae desenvolvimento tecnológico.

Nosso principal objetivo é desen-volver e produzir, com tecnologia pró-pria, medicamentos para atender aosProgramas Prioritários do Ministérioda Saúde (programas endêmicos e pro-gramas de uso contínuo).

RQI - A empresa tem planos de aber-tura de novas linhas e diversificaçãode atividades a curto prazo? Quais?Eloan - Atualmente estamos restri-tos à produção de comprimidos, cáp-sulas e pomadas. Para atendermosmelhor às demandas do Ministériodeveríamos pensar em uma linha deinjetáveis, embora as dificuldades de

implantação dessa linha exija umestudo de viabilidade econômicacriterioso, bem como também entrarna linha de antibióticos. Esses pro-jetos não têm ainda um prazo defini-do, mas já foram iniciados os estu-dos preliminares.

RQI - De que forma a abertura comer-cial praticada pelo Governo afetou Far-Manguinhos?Eloan - Como nosso único cliente éo próprio governo, a abertura comer-cial não nos afetou. Pelo contrário, fezcom que o nosso papel de reguladorde preços ficasse mais acentuado.

RQI - A Senhora poderia resumir afilosofia de trabalho da empresa, seuperfil atual e o perfil que pretendealcançar?Eloan - A filosofia que norteia a atu-ação de Far-Manguinhos é o atendi-mento das necessidades do Ministé-rio da Saúde para o atender à popu-lação em suas demàI1das em relaçãoà área de medicamentos.

Outra área em que atuamosprioritariamente é a da busca constan-te de parcerias com o setor privado,de forma a internalizar os fármacosprioritáros para medicamentos demaior valor agregado, justamente aque-les em que o governo dispende maio-res somas. Ex.: Programa de AIDS

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A proteção patentária e asempresas brasileiras

Elizabeth Ornar R. Rosa &Carlos A. Hemais

Em um mundo globalizado!1 a patente cada vez mais assume seu lugar de meioeficaz de apropriação dos resultados de investimentos feitos em

pesquisa e desenvolvimellto

INTRODUÇÃO

Ao longo das duas últimas déca-

das, tem havido um gradativo aumen-

to na interrelação e interdependência

econômica das nações, com o cresci-

mento do fenômeno da globalização .

dos mercados. Paralelamente a essa

nova realidade, o governo brasileiro

vem, desde 1990, adotando uma po-

líticaque busca afastar a intervenção

governamental do mercado, abrindo-

o ao comércio exterior, e criando uma

nova ordem econômica no país.

A abertura do mercado brasileiro

às importações, aliada ao processo de

privatização, fez com que o perfil de

certos setores da indústria mudasse

radicalmente. As empresas, que ti-

nham mercado interno cativo, subven-

ções e facilidades de exportação de

seus excedentes, passaram a ter que

lidar, em sua própria casa, com a

agressiva concorrência de fabricantes

estrangeiros, que começaram a colo-

car seus produtos no país por preços

atraentes e, muitas vezes, com con-

teúdo tecnológico mais avançado.

No novo contexto, a competição in-

ternacional fez com que as empresas

brasileiras buscassem mecanismos

de defesa para poderem sobreviver,

tomando por base a reprogramação

das atividades, reestruturação da

produção, enxugamento de despesas

e fortalecimento das qualidades in-

trínsecas de seus produtos.

É nesse cenário de ajustes que a

propriedade industrial, mais particu-

larmente o sistema brasileiro de pa-

tentes é examinado quanto ao nível de

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

patenteamento pelos inventores,uso

da informação tecnológicacontidanos

documentos de patentes,importância

atribuída à patentecomo meio de apro-

priação das vantagens comparativas e

como indicador tecnológico e o valor

conferido à patente pelos especialistas

desse setor industrial, como um títu-

lo comercializável, um bem móvel que

pode ser explorado com exclusivida-

de, licenciado ou vendido.

PATENTES E SUASCARACTERíSTICAS

o sistema de patentes surgiu danecessidade dos governos, juntamentecom a sociedade, de incentivar a ca-pacidade criadora e a divulgação dasinvenções. Em troca da dissemina-ção do conhecimento, oEstado pas-souaconferir ao inventor direitos de

exclusividade, por um certo períodode tempo, para que o mesmo explo-rasse sua invenção e recuperasse osrecursos investidos na pesquisa,podendo reinvestí-los em novas pes-quisas. O direito exclusivo de explo-ração conferido pela patente pode serentendido como a verdadeira reservade mercado, por se tratar de um di-reito concedido pelo Estado, que aten-de t;mto à legislação nacional, quan-to aos acordos internacionais, e queconfere ao titular da patente o direi-to de impedir terceiros, sem o seuconsentimento, de produzir, usar,colocar à venda,venderou importaro objeto descrito na patente, que podeser um produto, um processo, umamáquina, etc (1)

A propriedade industrial é hoje ma-téria rotineira nas relaçõeseconômi-cas. Tornou-se ferramenta de cres-

cimento econômico, meio de apropri-ação das vantagenscomparativas emdeterminados setores industriais emeio de controle de mercado. A pa-tente, juntamente com P&D, são con-siderados os principais indicadorestecnológicos(2) .

As criações provenientes do inte-lecto humano são, em sua maioria, in-venções e desenhos industriais. Deforma simplifica da, invenções podemser definidas como novas soluçõespara problemastécnicos e desenhosindustriais podem ser definidos comocriações ornamentais de linhas ouformas que determinam a aparênciados produtos industriais.

A propriedade industrial tambéminclui a proteção a marcas comerci-ais e a serviços,nomes e designaçõescomerciais, a repressão às falsas in-dicações geográficas ea repressão àconcorrência desleal.

A propriedade industrial é comple-xa e de características muito próprias.Mesmo em nível internacional, apre-senta-se como de caráter quase eso-térico, conforme a ela se refere Pavitt(3),porque o assunto ainda é domina-do por poucos especialistas. A pro-priedade industrial envolve aspectosjurídicos, econômicos e técnicos.

Em referência aos seus aspectosjurídicos, a propriedade industrial éum meio de proteção industrial, re-gulamentada por lei em todos os pa-íses que adotam os direitos relativosa marcas e patentes.

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PATENTES

Quanto aos aspectos econômicos,uma vez que serve como instrumen-to de avaliação de mercados potenci-ais, de tendências tecnológicas e deconcorrência, a propriedade industri-al, nos dias atuais, se afigura comoum eficiente meio de apropriação dosresultados da P&D em alguns seto-res industriais. A patente, também,é reconhecida como um dos indicado-

res tecnológicos mais utilizados.Por outro lado, os aspectos técni-

cos da propriedade industrial se en-contram no fato de que os direitos re-lativos às patentes envolvem a descri-ção de tecnologia de aplicação indus-trial. A informação contida nos do-cumentos de patentes é ferramentaimportante no desenvolvimento tec-nológico e, principalmente, nas estra-tégiasgerenciais onde se torna neces-sária a avaliação das oportunidadesde mercado, os detentores de tec-nologia, concorrentes, tendências tec-nológicas, etc. E os documentos de pa-tentes podem ser utilizados comoindicadores para basear as estraté-gias de pesquisa e desenvolvimento,o planejamento de políticas tecnoló-gicas e industriais e a determinaçãode tendências tecnológicas de concor-rentes.

São depositados no mundo intei-ro, a cada ano, mais de 300 mil no-vos pedidos de patentes. Esses novospedidos se juntam aos quase 24 mi-lhões de documentos provenientes deinúmeros países, armazenados noCentro de Documentação e InformaçãoTecnológica do Instituto Nacional daPropriedade Industrial sob a forma demicroformas, cd-roms e papéis, e queestão disponíveis ao público para con-sulta. O documento de patente deve,obrigatoriamente, descrever o estadoda técnica, os problemas existentes ea solução proposta que, no caso, é aprópria invenção. Deve, também, apre-sentar exemplos de forma a compro-var o efeito técnico da invenção. Sãopublicados na literatura de patentesmais de 70% de tóda a documentaçãotécnica originada no mundo e essadocumentação não é publicada soboutra forma de literatura (4).

Os pedidos de patentes são clas-

12

sificados, em 37 países, segundo umamesma classificação, a ClassificaçãoInternacional de Patentes, o que pro-picia a fácil recuperação da informa-ção. Apenas 6% das patentes em vi-gor no mundo são válidas nos paísesem desenvolvimento, significando que94% da tecnologia protegida por pa-tente em nível mundial se encontra em

domínio público nesses países. Apatente elimina a necessidade de setestar o que parece viável ou interes-sante, quando se descobre que outrosjá o fizeram, e orienta a pesquisa nosentido de não se cometer erros ondeoutros já erraram. Além disso, ser-ve como fonte para análises estatís-ticas, quando se deseja acompanhara evolução tecnológica, ou identificarfornecedores de tecnologia, mercadospotenciais e tendências tecnológicas.

ASPECTOS LEGAIS DAPROTEÇÃO INDUSTRIAL

Propriedade Industrial é a expres-são genérica que se confere aos di-reitos relativos às atividades indus-triais e/ou comerciais de pessoas fí-sicas ou jurídicas. Esses direitos,de acordo com o artigo 2° da Lei dePropriedade Industrial do Brasil, sãoos seguintes:

a) concessão de patentes de inven-ção, de modelo de utilidade;

b) concessão de registro de dese-nho industrial;

c) concessão de registro de marca;d) repressão a falsas indicações ge-

ográficas; ee) repressão à concorrência desleal.

A Lei n" 9.279, de 14/05/1996, re-gulamenta os direitos relativos à pro-priedade industrial no Brasil. Esta-belece as formas de depósito, os pro-cedimentos a serem adotados duran-

te a tramitação do pedido de patente,desenho ou marca e os prazos a seremcumpridos. Determina, ainda, as con-dições de privilegiabilidade e os limi-tes aos privilégios concedidos, que sãoas chamadas medidas de salvaguar-da, as quais protegem os direitos dasociedade e de terceiros.

A proteção às várias espécies decriações industriais é garantida le-galmente pelo Estado, através do Ins-tituto Nacional da Propriedade In-dustrial (INPI), que é o órgão respon-sável pela concessão desses tipos deproteção, que são a Patente, o Regis-tro de Desenho Industrial e o Regis-tro de Marca. Esses títulos confe-

rem ao detentor do privilégio direi-tos de excluir terceiros de explora-ção econômica da patente ou regis-tro por tempo limitado no territórionacional bem como direito de pro-duzir, usar, colocar à venda, venderou importar o produto ou o proces-so patenteado. O titular dapaten-te não poderá, entretanto, impedirque terceiros usem o objeto da pa-tente em carater privado e sem fina-lidade comercial ou para fins expe-rimentais, relacionados a estudos oupesquisas científicas e tecnológicas.

As invenções são patenteáveis des-de que atendam aos requisitos de no-vidade, atividade inventiva e aplica-ção industrial. Ainda, uma invençãodeverá ser descrita de forma clara,de modo a possibilitar sua realiza-ção por um técnico no assunto e in-dicar, quando for o caso, a melhorforma de execução.

No caso dos desenhos, sãoregistráveis aqueles que sejam consi-derados novos e originais e o registrode marcas obedece a condições espe-cíficas estabelecidas na lei.

A Tabela 1 apresenta os tipos deprivilégios concedidos no Brasil, deacordo com a legislação em vigor:

As limitações ou restrições aos pri-vilégios são definidos através dosseguintes instrumentos:. Licença Compulsória, no casodo titular da patente exercer seus di-reitos de forma abusiva, ou por meiodela praticar abuso do poder econô-mico, quando ficar caracterizada si-tuação de dependência de patente, noscasos de emergência nacional ou in-teresse público

. Caducidade, quando decorri-dos dois anos da concessão da pri-meira licença compulsória, o objetoda patente ainda não estiver sendoexplorado.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

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Tipos

Patente de

Invenção

Patente deModelo deUtilidade

Registro deDesenhoIndustrial

Definição

Tabela 1Tipos de privilégios concedidos no Brasil

Prazo devigência(*)

Exemplo(***)

PATENTES

concepção resultante do exercícioda capacidade de criação dohomem, que produz um efeito novoem determinada área tecnoló-gica

20 anos

invenção relativa a comunicação,onde inicialmente resolveu-se o

problema da comunicação pelaaplicação da ação eletromagnética.

objeto de uso prático, ou partedeste, que apresenta nova forma oudisposição, que resulte emmelhoria funcional no seu usoou em sua fabricação

no primeiro telefone, os dispositivos derecepção e transmissão eram separa-dos,invenção que consistiu na modificação daforma do aparelho telefônico inicialmenteutilizado, onde se integrou o transmissore o receptor numa só peça, visandoseu uso prático

15 anos

os diferentes modelos de telefones,peças de aparelhos de jantar e decafé, que obedecem ao mesmodesign', linhas e cores que sãoaplicados às cerâmicas e ladrilhos

forma plástica ornamental de umobjeto ou o conjunto ornamental delinhas e cores que possa seraplicado a um produto,proporcionando resultado visualnovo e original na sua configuraçãoexterna e que possa servir de tipode fabricação industrial.

ASPECTOS ECONOMICOSDA PROTEÇÃO

INDUSTRIAL

A patente é um instrumento legal,conferido pelo Estado ao inventor, quelhe garante o direito de excluir teréei-ros do invento por determinado pe-ríodo de tempo. Embora esse direi-to tenha carater temporário, a patenterestringe, por um período, a concor-rência devido aos seus efeitos

monopolizadores de mercados.As grandes empresas têm sempre

dois objetivos a serem alcançados: omonopólio nos setores de atividadesque sejam de extrema importânciapara o seu crescimento contínuo e aapropriação dos resultados advindosda inovação. Assim, a patente podeser considerada uma barreira aos in-ventores locais pois sua proteção re-

10 anos (**)

tarda o desenvolvimento tecnológicodos concorrentes. Por outro lado, a pa-tente também é considerada respon-sável por um real incentivo ao progres-so, representando'um estímulo aodesenvolvimento, uma vez que, sem arecompensa advinda do monopóliotemporário, a perspectiva de inovaçãonas empresas seria pequena ou ne-nhuma. Não haveria como asseguraros custos e riscos das atividades ne-cessárias ao desenvolvimento, comer-cialização e aperfeiçoamento de qual-quer inovação.

Toda a controvérsia em torno dapatente, somada à nova realidade eco-nômica mundial, fez com que váriosautores (5-7)procurassem razões quecomprovassem, ou não, o valor eco-nômico da patente como meio de apro-priação, como um indicador tecnoló-gicoe como meio de informação tec-nológica. Esses autores se preocu-

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

param em investigar empiricamentea eficiência dos diferentes meios deproteção às vantagens comparativasdas inovações técnicas. Tais traba-lhos comprovam que as patentes nãosão o único meio empregado pelasempresas para proteger uma inova-ção, nem necessariamente o mais im-portante deles. Entretanto, a efici-ência das patentes como meio deproteção à inovação varia de acordocom o tipo de inovação e de setor in-dustrial. A análise comparativa dosresultados desses estudos demons-

tram que os mesmos são coinciden-tes quando apontam a patente conioo meio mais eficiente para a prote-ção das invenções de produto nos se-tores químico e farmacêuticos, quesão considerados como eminente-mente science based, ou, pode-sedizer, dependentes de inovação tec-nológica para sobreviver.

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PATENTES

Tabela 2

Patentes de invenção nos principais países no mundo e no Brasil(1994)

País Pedidos de patentes depositadas Patentes Concedidas

Residentes Não-residentes Total Residentes Não-residentes Total

Japão 320.175 50.477 370.652 72.757 9.645 82.402Estados Unidos 109.871 99.710 209.581 56.067 45.609 101.676Alemanha 49.402 78.011 127.413 20.766 37.037 57.803Reino Unido 24.747 83.657 108.404 5.222 43.550 48.772França 16.130 70.155 86.285 13.575 41.389 54.964Itália 9.464 59.868 69.332 5.393 31.703 37.096Holanda 4.357 61.733 66.090 1.182 23.561 24.743Suécia 5.844 57.856 63.700 2.068 20.841 22.909Suíça 5.004 58.310 63.314 2.485 19.821 22.306Canadá 3.043 38.419 41.462 852 10.789 11.641Brasil 2.295 18.947 21.242 419 2.050 2.469

A inovação e a P&D hoje tem umpapel preponderante no aumento dacompetitividade. As vantagens com-parativas e a especialização são deter-minadas no mundo contemporâneopela capacidade do uso do conhecimen-to científico e da tecnologia, requisi-tos para a inserção dos países no sis-tema internacional. Para manter essacompetitividade em bens de alta tec-nologia, os inovadores viram-se dianteda necessidade de fortalecer o siste-ma de proteção do conhecimento ci-entífico e tecnológico de suas inova-ções, através da proteção oferecidapela patente. Esta proteção assegu-ra direitos contra cópia e imitação, oque está na essência do conceito depropriedade industrial. Países em de-senvolvimento, como o Brasil, viram-se fortemente pressionados a muda-rem suas leis de propriedade indus-trial sob pena de sofrerem retaliaçõesnas negociações de comércio interna-tional. A despeito do fato da literatura

'preconizar que um dos objetivos clás-sicos que fundamentam os direitos depropriedade industrial, ou melhor, dosistema de patentes, é incentivar ainvenção, o que se observa a nívelmacroeconômico é que a proprieda-de industrial vem sendo utilizadacomo um instrumento de controle de

14

mercados e como forma de reduzir asincertezas dos inovadores (8).

APLICAÇÃO DO SISTEMADE PATENTES

A patente pode ser consideradacomo a interface entre a pesquisa e odesenvolvimento, de um lado, e omercado de produtos emergentes, deoutro lado. Pesquisas estimam que40% das vendas de produtos no finaldesta década serão derivadas de pro-dutos ainda não existente no merca-do. Isto faz com que as empresas, en-volvidas na corrida tecnológica inter-nacional, se vejam compelidas cadavez mais a protegerem sua tecnologiaatravés de patentes, se quiserem as-segurar sua liderança inovativa ecompetitividade (9).

A Tabela 2 apresenta o número depedidos depositados e o número depatentes concedidas em diversos pa-íses, segundo a origem do titular, ouseja, depositantes residentes e não-residentes no país, no ano de 1994.O ano de 1994 foi o escolhido, por sero último dado disponível na literatu-ra pesquisada.

O Brasil, em 1994, apresentou umnúmero de depósitos de pedidos de

patentes de 21.242, dos quais 18.947eram de inventores não-residentes no

país. Os inventores residentes noBrasil depositaram, em 1994, 2.295pedidos, o que pode ser consideradomuito baixo em relação a países daTRIAD, isto é, Estados Unidos, Ja-pão e Europa.

O baixo nível de patenteamento noBrasil pode, talvez, ser atribuído aoparque industrial constituído porpequenas e médias empresas, que nãodesenvolvem atividades de P&D, ou,se o fazem, não utilizam o sistema depatenteamento, por desconhecimen-to ou em face da política interna daprópria empresa, que opta pelo segre-do industrial.

PATENTES E A INDÚSTRIADE POLíMEROS NO BRASIL

Recente pesquisa realizada no IMNUFRJ (10), envolvendo empresas da

área de polímeros no Brasil, verificouque essas empresas não depositampedidos porque não reconhecem osistema de patentes como uma ferra-menta eficiente de estímulo à inova-ção e ao desenvolvimento tecnológico.Entendem que seu custo é muito altoe que a burocracia o torna moroso.

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Como resultado, qualquer atividadede P&D existente não está direcionadapara a obtenção da proteção legal. Asempresas entrevistadas entendem,ainda, que, através do depósito depedido de patente, pode existir a fa-cilidade da cópia e imitação de seusprodutos. Assim, as empresas pre-ferem manter o segredo industrialcomo estratégia regular.

Por outro lado, as empresas mul-tinacionais usufruem ativamente do

sistema. Essas empresas utilizam osistema como fonte de informação,meio de apropriação e como indica-dor tecnológico.

O depósito de pedidos de patentesno Brasil na tecnologia de polímerosé totalmente dominado pelas empre-sas multinacionais não-residentes nopaís, uma vez que mais de 95% dosdepósitos efetuados no país procedede pesquisas desenvolvidas em labo-ratórios estrangeiros.

Constatou-se que 16 empresasmultinacionais não-residentes concen-tram 50% de todos os depósitos depedidos de patentes no país no setorde polímeros. Os restantes 50% es-tão distribuídos de forma mais ou

menos homogênea por cerca de 400depositantes. Isto significa dizer que16 empresas multinacionais dominampraticamente todos os aspectos datecnologia de polímeros no mercadobrasileiro.

As empresas nacionais, mesmo de-positando pedidos de patentes e ten-do as patentes concedidas, continu-am se utilizando da tecnologia contra-tada. Somente uma das empresas exa-minadas usa a tecnologia desenvolvidae patenteada em sua planta industrial.Conclusões

Pode-se verificar a importância dosistema de patentes quando as razõesjurídicas e econômicas se somam àstécnicas. Em um mundo globalizado,a proteção patentária é essencial paragarantir o retorno aos investimentos,cada vez maiores, feitos em P&D.

Observa-se, de forma clara, que em-presas brasileiras não têm como po-lítica interna o depósito de pedidosde patentes. Deduz-se que essasempresas não depositam pedidos

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

porque não desenvolvem efetivamen-te P&D. As pesquisas realizadas estãovoltadas para aperfeiçoamentoincrementais e não para invenções decunho absoluto. Preferem O segredoindustrial para o pouco desenvolvi-mento tecnológico que realizam, mes-mo em se tratando de tecnologia deponta.

Por outro lado, as empresasmultinacionais depositam patentescomo ações rotineiras e hoje, por exem-plo, são responsáveis por 95% detodos os pedidos de patentes na áreade polímeros no país.

Pode-se extrair desses fatos a im-

portância do sistema de patentes paraas empresas multinacionais, que que-rem proteger todo o esforço investi-do em desenvolvimento tecnológico,bem como o alto grau de dependên-cia tecnológica que o Brasil detém hojeem dia.

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

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10. ROSA, ELIZABETH O.R (1998), Paten- ,tes na indústria brasileira de polímeros: "

um estudo empírico, Tese de Mestrado,IMNUFRJ, Rio de Janeiro.

IMPLANTAÇÃOENGENHARIA IND.

E COM. LTDA.

Praça Catolé do rocha, 15 V. GeralCEP 21240-710 - Rio de Janeiro - RJ

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Despoluição ambiental:uso de polímeros na remoção

de metais pesados,Márcia Dórea ClarisseMárcia C.V.AmorimElizabete F.Lucas

Um dos mais sérios problemas na área ambiental!l é a poluição química originadapela presença de metais pesados. Tóxicos!l mesmo em concentrações

baixíssimas!l são facilmente incorporados pelo meio aquático que!lposteriormente!l poderão ser consumidos pelo homem.

INTRPDUÇÃO

É interessante observar a distinção entre poluição econtaminação. Para os ecólogos, a poluição decorre de qual-quer alteração de natureza física, química, biológica oumesmo de regime hidrológico que produza desequilíbriosno ciclo biológico normal, contribuindo para alterar a com-posição da fauna ou flora do meio. Os sanitaristas, emgeral, consideram a terminologia "poluição natural" e "po-luição artificial"; no primeiro caso, têm-se, por exemplo,rios formados em regiões pantanosas encontrando rioscom alto teor de oxigênio dissolvido, causando a destruiçãoda população bacteriana anaeróbia e, no segundo, a po-luição resultaria do lançamento de águas oriundas de ati-vidades industriais, agrícolas ou humanas. As conseqü-ências da poluição, como os efeitos diretos da introdu-ção de substâncias ou organismos nocivos, causandodoenças ao ser humano, merecem a denominação de con-taminação.1,2

Atualmente, um dos mais sérios problemas na áreaambiental, é a poluição química de natureza orgânica einorgânica originada pela presença de produtosorganoclorados e metais pesados, respectivamente. A po-luição de um meio aquático pode causar alterações dascaracterísticas físicas (turbidez, cor, temperatura, vis-cosidade, tensão superficial), químicas (demanda químicade oxigênio -DQO, pH, acidez, alcalinidade, força iônica,oxigênio dissolvido, grau de toxicidade, nutrientes) ou bi-ológicas (espécies do fitoplâncton e zooplâncton), que com-prometem, por poluição, o uso da água para o consumohumano. Os metais pesados são tóxicos, mesmo em con-centrações baixíssimas, e são acumulados na cadeia ali-mentar, sendo facilmente incorporados pelo meio aquá-tico que, posteriormente, poderão ser consumidos pelohomem. Em concentrações mais altas, pode ocorrer o de-saparecimento da população planctônica, a quebra dacadeia alimentar e conseqüentemente, a dizimação de es-

16

pécies vivas. Os metais pesados não são compatíveis coma maioria dos tratamentos biológicos, e possuem restri-ções aos tratamentos tradicionais. 1-5

As principais fontes de poluição por metais pesadossão os efluentes industriais dentre os quais os de meta-lurgia e de mineração são considerados, pela OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), como os maiores responsáveispelo despejo de efluentes tóxicos. A Tabela 1 mostra exem-plos de indústrias no Estado do Rio de Janeiro com altopotencial poluidor e os metais pesados, zinco, cobre e cromocomo sendo os de maior incidência. 5

Essa falta de consciência do perigo dos metais pesa-dos foi o grande responsável pela morte e/ou lesões físi-cas e neurológicas de milhares de pessoas na Baía deMinamata/Japão, nos anos 50, onde o lançamento dosdespejos de uma fábrica de acetileno, os quais continhammercúrio proveniente dos catalisadores, era lançado naságuas costeiras como detritos industriais.2,6

As descargas de metais pesados constituem um grandeperigo. O comportamento dos metais pesados em águase sedimentos, bem como as intoxicações por estes, ain-da não podem ser controlados na prática. Mesmo embaixíssimas concentrações os metais pesados podemcausar intoxicações que se desenvolvem lentamente, esomente são identificadas após muitos anos, gerandodoenças características do mundo em desenvolvimento,como nervosismo, baixa resistência às infecções respi-ratórias e gastrointestinais, câncer, hemorragias, etc.3

COMPORTAMENTO DOS METAISPESADOS NA ÁGUA

A presença de metais pesados nas águas reduz a ca-pacidade auto depurativa destas, pois exercem ação tó-xica sobre os microorganismos, os quais são responsá-veis pela destruição dos materiais orgânicos. Conseqüen-

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temente, ocorre uma redução bruscana demanda bioquímica de oxigênio(DBO) com igual grau de eutroficação.,Então, torna-se necessária a avaliaçãoda qualidade da água, através da aná-lise da concentração de metais pesa-dos, pois uma quantidade alta de oxi-gênio na água nem sempre significacondições aeróbicas saudáveis; istopode indicar um envenenamento pormetais pesados.3

O nível de contaminação de ummeio aquático aumenta diretamentecom a quantidade de efluentes e é in-versamente proporcional à qualidadedo tratamento destes. Deste modo,um controle da poluição mais rigorosoe intenso nos efluentes industriais énecessário, observando também amistura dos metais com esgotos do-mésticos.7

DESPOLUIÇÃO AMBIENTAL

MÉTODOS PARA AREMOÇÃO DE METAIS PESADOS DOS

EFLUENTES

Em vista dos crescentes níveis de contaminação domeio ambiente por metais pesados tem-se tornado maiseconômico e mais sensato tratar os esgotos e despe-jos industriais com verdadeira eficácia, ao invés de tentarsanar os efeitos produzidos pelos efluentes não trata-dos. Processos e medidas de tratamento para o des-pejo de águas residuais contendo metais estão sendodesenvolvidos para reduzir suas concentrações nosefluentes. Os processos tradicionais são pouco espe-cíficos, entre eles destacam-se a precipitação química,troca iônica, separação por membrana, processo deadsorção, resinas sintéticas e extração por solvente.Entretanto, estes métodos são relativamente caros,envolvendo equipamentos elaborados e dispendiosose, às vezes, com baixa eficiência, pois as formas comoos metais são encontrados em solução determinam otratamento específico. Sob a forma de complexos or-gânicos, os processos de precipitação e coagulação comprecipitantes químicos não têm eficiência sem a apli-cação de métodos oxidativos. No tratamento biológico,existe uma redução da concentração de metais, devidoà ação dos flocos de lodo ativado, mas a maior concen-tração somente pode ser retirada no chamado trata-mento terciário de esgotos. 5,8-9

Juntamente com o objetivo de proteção ambiental,o tratamento de efluentes industriais e de mineraçãoservem para a recuperação de metais a partir dosefluentes. Esta necessidade de recuperação é impor-tante visto que os metais de interesse econômico, como

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ouro, prata e platina, se encontram, de modo geral,altamente dispersos, exigindo muitos estágios de ex-tração e concentração.8-10

Portanto, existe a necessidade de desenvolvimentode métodos mais eficientes e de custos menores demodo que tenham tais requisitos: i) processo de re-tenção com ótima cinética; ii) material de baixo cus-to; iii) material reutilizável e iv) baixo custo ,e fácil deseparação do metal retido.8-9

Os métodos para remoção de metais pesados podemser divididos com base em dois aspectos:.aplicação em larga escala (tratamentos de águas eesgotos urbanos) ..aplicação em casos especiais (tratamentos de águase despejos industriais).8

Metodos utilizados em larga escala

Do ponto de vista sanitário, as características químicasdas águas são de grande importância, pois a presençade alguns elementos ou compostos químicos na água podeinviabilizar o uso de certas tecnologias de tratamento eexigir tratamentos específicos. Economicamente, um tra-tamento específico para a remoção de metais pesados não.é viável pois os métodos empregados são pouco eficien-tes.2.8

Para se ter idéia da complexidade da escolha do trata-mento complementar quando se tem metais, é apresen-tado um organograma mostrando as formas em que ummesmo metal pode estar presente nas águas residuais.{Figura 1jI-2

Normalmente, um tratamento tradicional de águaspossui as seguintes etapasl-2, conforme figura 2.

O uso de polímeros durante o tratamento de águas re-siduais, vem surgindo como uma nova alternativa para au-mentar a eficiência de remoção de metais e substâncias em

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Tabela.1Indústrias de alto potencial poluidor5

Indústria Cu Pb Zn Cr Hg Ni Cd

Química x x x x x xMetalúrgica x x x x - x xSiderúrgica x x x x - x xPetroquímica x x x x - x xTêxtil x - x xGráfica x - x xCortume x - x x xFarmacêutica x x x x -Papel e papelão x - x xBorracha x - x -Total de indústrias 10 5 10 8 3.

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solução. Estes polímeros utiliza-dos como auxiliares do tratamen-

to são empregados nas etapas decoagulação, floculação e filtração.Tanto polimeros naturais (amidosde batata, araruta e mandioca, emgeral) e sintéticos têm sido utili-zados como auxiliares defloculação e filtração. No primei-ro caso, busca-se aumentar a ve-locidade de sedimentação dos flo-cos, a resistência dos mesmos àsforças de cisalhamento, que po-dem ocorrer na veiculação da águafloculada, e a diminuição da do-sagem de coagulante primário(sulfato de alumínio). Enquantoque, no segundo caso, deseja-sereduzir a passagem dos flocos eaumentar a taxa de filtração. Es-tespolímeros naturais têm, emsua estrutura molecular, duas fra-ções distintas: amilose (nãoiônica) e amilopectina (ligeiramen-te iônica). A coagulação compolimeros (geralmente catiônicos)resulta da ação predominante dedois mecanismos: (1)neutralização da carga e (2) for-mação de ponte. Em comparaçãocom coagulantes inorgânicos (saisde alumínio e de ferro ),0 tempo de mistura de um polimeroorgânico catiônico, utilizado como coagulante primário, émais longo, variando de 30 a 180 S.2

Uma variedade de polímeros sintéticos e naturais queexibem sítios ionizáveis ao longo da cadeia podem atuar comocoagulantes. Como os exemplos apresentados a seguir:2

DESPOLUIÇÃO AMBIENTAL

LJ MoIalTotal r~ Metal Insolúvel I

Figura 1. - Diferentes formas em que os metais são encontrados na águal'2

"-'-'---"""""'0. Precipttação por'L~diç~- de ca~_.j

"'AcjiÇ"ãode--'lL !?~!r~~.?~ J

Adição de sulfato,hidróxidos e polímeros

m '--_""--' Correção de pH,Fluoração eDesinfecção

Adição deflúore cloro

Figura 2. - Tratamento tradicional

-CH2

.

-, c~ttCHrIC~

1

n-

/C-O 8cJ'C-NHz m n

a) Catiônico: apresenta sítios ionizáveis positivospoliacrilamida parcialmentehidrolisada

CH

cif "CH-CH,

H,l L,r;/

/'-CH3 CH3

poli(cloreto de dialil-dimetil amônia)

Cl- c) Não iônico: não apresenta sítios ionizáveis1.2

n

t~CH,t rCHr,c tC=O./'NH2 m

b) Aniônico: apresenta sítios ionizáveis negátivos

rf~.CHzt-COO~ 1

poli(acrilato de sódio)

18

poli(álcool vinílico) poliacrilamida

r ~eCH~ 1lSChNa r- + CRT CH1 o-tn

poli(estireno sulfonato de sódio) poli(óxido de etileno)

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Também entre os processos de larga escala, estão Otratamentos biológico e terciário de esgotos, que são algunsdos métodos utilizados para a remoção de metais. Por es-tes métodos, tem-se a formação de um lodo rico em nutri-entes, bactérias e materiais orgânicos obtidos através dasedimentação de esgotos. Este lodo sofre uma ativação emtanques especiais formando uma mistura gasosa de CH4 eCO2 e um lodo ativado em flocos, os quais são responsá-veis pela remoção de um grande número de metais.8

O mecanismo desta remoção é através da formação decompostos metálicos de polissacarídeos hidrossolúveis,por meio da incorporação dos metais às unidadespoliméricas dos flocos por adesão aos açúcares neutros.Os íons metálicos também formam sais com gruposcarboxílicos nas camadas superficiais dos flocos (ácidosmurâmico e glucorônico), e na superfície de microrganis-mos vivos através de reações de complexação e troca iônica.8

Métodos empregados em efluentesindustriais

Devido aos altos custos operaciemais e dispêndio demateriais, os métodos tradicionais mais eficientes na re-moção de metais são aplicados em pequena escala.Dentre estes métodos, somente para os processos deoxidação e redução e flotação eletrolítica não foi encon-trado nenhum estudo sobre a utilização de polímeros.

Processos de Oxidação e Redução

Os metais pesados podem ser removidos por trata-mentos oxidativos (ou ocasionalmente redutivos) utili-zando cloro, hipoclorito de sódio, ozônio, peridrol oupermanganato de potássio. 8

Num sistema de tratamento com oxidação, o oxidanteé inicialmente misturado com o despejo por um períodode 15 a 30 minutos. Após a reação ser completada, po-dem ser adicionados produtos químicos como nos pro-cessos de precipitação.8

Processos de redução inorgânica podem ser utilizadospara remoção de metais pesados com certa vantagem, comono caso do borohidreto de sódio, um composto de gran-de aplicação no controle de águas poluídas e recupera-ção de diversos metais pesados. Por exemplo, a prata podeser recuperada quantitativamente de soluções fixadoraspara fotografias por reduçã~ ao estado elementar, comotambém, na redução de compostos solúveis de mercúrioao mercúrio metálico com o borohidreto de sódio.8

Flotação Eletrolítica

A flotação eletrolítica baseia-se na oxidação anódica deferro e alumínio, os quais floculam como hidróxidostrivalentes formando fortes agentes floculantes. Estes re-movem com maior eficiência os traços de metais do que ouso de sais de alumínio e ferro no método convencional. 8

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DESPOLUIÇÃO AMBIENTAL

Precipitação e Floculação

A remoção de metais pesados de um efluente indus-trial pode ocorrer através de precipitação de hidróxidos,sulfetos ou carbonatos destes metais. Primeiramente,um tratamento preliminar deve ser feito no efluente,de modo a remover os agentes complexantes, os quaisaumentam a solubilidade dos metais dissolvidos. Pode-se fazer um oxidação ou redução para obtenção de pre-cipitado menos insolúvel. 8

O objetivo da floculação é a formação de agregados,ou flocos, de um material finamente dividido. A floculaçãode efluentes por agitação mecânica ou por injeção de ar,(de pouco uso), pode ser recomendada quando se desejaum aumento da remoção de sólidos suspensos e da DBO,no tratamento primário; e aumento do desempenho dostanques de tratamentos secundários, os quais utilizamo processo de lodo atiyado.ll

Polímeros de xantato de amido contendo grupos funci-onais capazes de formar sais metálicos insolúveis junta-mente com um coprecipitante auxiliar de poli(cloreto devinilbenziltrimetil amônia) podem ser utilizados para otratamento de remoção de metais pesados de efluentes in-dustriais 8

UItrafiltração

A ultrafiltração é um processo usado para separarmacromoléculas de um solvente de acordo com o tama-nho e forma das macromoléculas e a morfologia e natu-reza química da membrana microporosa. 12-13

A ultrafiltração é a técnica mais econômica para aseparação de íons metálicos por meio de processo demembranas. Esta técnica tem sido aplicada com suces-so para a separação de íons metálicos, depois dacomplexação com macromoléculas, como por exemplo compoli(álcool vinílico).12-13

Algumas membranas empregadas são compostas demisturas de EC - etilcelulose e PEG -poli(etileno glicol).As membranas obtidas somente com EC são muito po-rosas, e a adição de PEG que proporciona uma porosidademais adequada. 12-13

Na ultrafiltração, os efeitos do pH, concentração de so-luções de íons, pressão, temperatura e velocidade rotacionalinfluenciam a retenção de íons metálicos. A capacidade deligação entre o polímero comp~exante e o íon metálico de-pende do pH: a retenção dos íons metálicos aumenta"como pH até o limite específico para cada caso. 12-13

Alguns produtos apresentam seletividade em relaçãoa determinados íons. A retenção de íons na presença dadextrana indica que o grau de complexação aumenta naseguinte ordem: Cu+2 < Ni+2 < Fe+3. Assim, a dextranatem uma seletividade marcante para Fe+3. O efeito do pHna complexação da dextrana é observado na Figura 3. Osvalores de absorvância máxima de espectrofotometria UV-VIS (A)aumentam acima de pH 6,0 para Cu+2e Ni+2e man-

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j"- Â-ã-

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DESPOLUIÇÃO AMBIENTAL

têm-se constante em valores

maiores de pH. Entretanto, parao Fe+3,a complexação máxima érealizada em pH = 3,1.12.13

Osmose InversaA

A osmose inversa é um pro-cesso de separação que utilizamembranas anisotrópicas den-sas, sendo permeáveis apenasao solvente, normalmente água,retendoJodas as espécies solú-veis. É um método essencialmen-te de concentração sob pressões,onde se utiliza membranas semi-permeáveis, as quais produzemum produto claro. Este pode serde 80 a 90 % do volume origi-nal do despejo, o qual é encami-nhado para a descarga, e o res-tante dç solução concentrada,contendo os íons metálicos re-siduais, pode ser utilizado paranova aplicação.B.13

As rÍlembranas usadas sãocompostas de acetato de celulose. Técnicas especiais sãorequeridas para dar propriedades ótimas em termos detaxas de fluxo, seletividade e facilidade de preparação.Outros polímeros, incluindo poli( carbonato de vinilideno),acetato de J3-glucana e vários polimetacrilatos têm sidoestudados, mas ainda não mostraram melhor desempe-nho do que o acetato de celuloseY

As vantagens oferecidas pela osmose reversa são: (1)simplicidade de projeto, (2) necessidade de energia bai-xa, visto que não ocorre mudança de estado, (3) remo-ção de orgânicos e inorgânicos, (4) manutenção barata e(5) simplicidade de operação. A desvantagem deste mé-todo é o seu alto custo de processamento, principalmen-te devido à utilização de membranas inadequadas. 11

1.5

_D~D-D0.5 ~

~ ../'õ-o--o-o... ~

. ~ Qt:J

1:..- - P I I I I I I I

2 4 6 8 10

Troca lônica

O processo de troca iônica envolve o contato de uma faselivre (líquida ou gasosa) com uma fase rígida (sólida),particulada que tem a propriedade de reter e guardarseletivamente, uma ou mais de uma, entre as espéciescontidas inicialmente no fluido. Em geral, pode-se recu-perar o soluto ou ainda, purificar e reutilizar o sorventede modo que devem existir também as condições dereversibilidade. Os materiais de troca iônica possuemgrupos ácidos e bases insolúveis, que não sãosolubilizados ao serem convertidos em sais. Muitas subs-tâncias, formadas por resinas naturais, como derivadosde argila e areia e resinas sintéticas catiônicas e aniônicas,têm a propriedade de trocadores de íons. 13

20

PHIt

Os materiais de troca iônica apresentam requisitosbásicos para a sua utilização, tais como: devem ser sufici-entemente hidrofilicos, para permitir a difusão de íons atravésda sua estrutura em uma velocidade adequada; devem possuiruma solubilidade desprezível é um número suficiente de gru-pos iônicos, acessíveis para o troca. 13

Mediante o uso isolado ou seqüencial de trocadores iônicosé possível fazer o tratamento da água de forma a torná-Iaapropriada a qualquer aplicação, como as simples opera-ções de lavagem, que requerem apenas a água livre de dureza,até a remoção de metais pesados passando por outrasutilizações, tais como na indústria química e eletrônica.O trocador de íons tem uma natureza complexa; normal-mente, polimérica. A troca iônicapode ser representadapor uma reação reversível envolvendo quantidades quimi-camente equivalentes, como por exemplo nos processosde clarificação e abrandamento da água: 13

CaH (aq) + 2 NaR -+ CaR2 + 2 Na+ (aq)

onde R representa um sítio estacionário, aniônico eunivalente na estrutura da fase do trocador polieletrólito.Na maioria das aplicações, o sorvente sólido pode serrecuperado depois de seu uso por meio de um tratamen-to de regeneração com uma solução que contém o íon ini-cialmente presente no sólido. A presença de um excessoconstante deste íon durante a etapa de regeneração pro-vocará inversão do equilíbrio e restauração do sorventeao seu estado inicial. Além das aplicações no tratamen-to de água, como na remoção de íons em água potável e

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em águas de aquecimento e ge-radores de vapor. Outras apli-cações importantes deste pro-cesso incluem:

1. tratamento de efluentes

- purificação e recuperação depequenas quantidades de subs-tâncias orgânicas e inorgânicas;

2. purificação de reagentesorgânicos e inorgânicos;

3. química analítica;4. separação de mistura de

íons.8

As reações de troca iônica sãoas seguintes: 1.8

Troca CatiônicaCa+ + b+ -> Cb+ + a+C -> matriz orgânica

a+ e b+ -> cátions permutáveis

Troca Aniônica.Ac- + d- -> Ad- + c-

A -> matriz orgânicac- e d- -> ânions permutáveis

Essas reações são reversíveise o sentido da reação dependeda afinidade da resina pelosdiversos íons em solução, a qualé chamada de seletividade deresina.8

Processos de troca iônica nãoconvencionais utilizam materi-ais naturais. Uma quantidadegrande de resíduos agrícolas decereais e subprodutos estão disponíveis a custos bem bai~xos. Os maiores componentes desses materiais são ce-lulose, lignina e hemicelulose com vários grupos funcio-nais, tais como carboxilatos, carbonilas, fenóis e hidroxilasalifáticas, presentes, por exemplo, casca de árvore, cas-ca de amendoim, palha de arroz, bagaço de cana-de-açú-car, resíduo de farinha de trigo. Estudos recentes obser-vam que alguns materiais naturais contendo proteínas,taninos e substâncias polifenólicas (quitosana) são po-tencialmente úteis para a separação de vários conta-minantes da água.9, 13-14

Na Tabela 2 estão apresentados alguns tipos de pro-dutos naturais e sintéticos utilizados no processo de trocaiônica.9, 14-19

Adsorção

A adsorção é um processo no qual as moléculas deum soluto são atraídas para sítios vagos na superfície

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de um sorventemicrocristalino ou resinoso, fixando-senestes locais em virtude da ação de forças fisicas -adsorçãofísica, ou de ligações químicas - adsorção química. Aadsorção física se dá através de forças de ligações secun-dárias, tais como, forças de van der Waals, interaçãodipolo-dipoloe ligações de hidrogênio. A adsorção quí-mica é irreversível ou dificilmente reversível. Há forma-

ção de ligação química entre o adsorvente e adsorvato pormeio de transferência de elétrons. 13,20

Um grande número de aplicações requer adsorventesque possam reduzir a concentração de impurezas paraum nível mais baixo em curto tempo. Estas aplicaçõesincluem a produção de água de alta pureza em manufa-turados eletrônicos, laboratórios médicos e hospitalares,tratamentos de águas industriais, filtração de água deabastecimento, remoção de corantes na purificação deprodutos farmacêuticos e recuperação de metais. 13,21

Carvões ativados, na forma granular e em pó, são tradi-cionalmente utilizados nestas aplicações. Os tamanhos ti-

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picos de partículas de carvão ativado granular variam en-tre 200 a 1000 fLm,enquanto os adsorventes em forma depó variam entre 20 e 200 fLm, sendo estes com taxas deadsorção mais rápidas. Porém, os adsorventes em pócompactam sob fluxo, resultando em uma forte resistên-cia ao escoamento. Uma técnica para resolver este proble-ma é a,mistura de carvão em pó com polietileno, onde seaquece a mistura para formar uma matriz porosa de car-vão rígida. Esta ligação reduz a capacidade de adsorção, masa matriz porosa rígida não comprime sob fluxo. O carvãoativado em pó é mais barato, entretanto, a técnica opera-cional é complexa devido à finura do material, além de serde difícil regeneração. Já o carvão ativado granular é maiscaro, porém a operação é simples, além de ser regeneradotermicamente. Este é um método importante na remoçãode metais sob a forma de compostos organo-metálicos.1. 21> Vários tipos de carvões são utilizados neste processoos quais devem apresentar urna grande área superficiale alta densidade (massa/volume).A possibilidade de adsorção sobre o carvão ativado de-pende: do pH da solução; das concentrações metálicasiniciais e finais; da massa do carvão; da configuração

22

molecular dos compostos organo-metálicos; e das carac-terísticas do carvão ativado.

Normalmente, em valores menores de pH acontece oaumento da capacidade de adsorção e a eficiência do pro-cesso é normalmente alta para concentrações altas demetais.

Urna crescente investigação tem sido feita na prepara-ção de materiais adsorventes de produtos naturais. Célu-las de leveduras e algas adsorvem fortemente metais pe-sados, corantes e tensoativos em águas poluídas. Trata-mentos químicos e térmicos de agregados destas célulascom polímeros orgânicos, sob condições apropriadas,produzem grânulos, os quais são estáveis em água, e pos-teriormente, podem ser utilizados corno efetivos adsorventesem processos de coluna. 13,22

Resíduos de agricultura foram utilizados para retirarmetais tóxicos de soluções sintéticas e recuperação decátions os quais são adsorvidos sobre substratos sóli-dos com a liberação de prótons.8

A qualidade de adsorção da turfa também apresentavárias características físico-químicas corno a capacida-de natural de troca iõnica e estrutura celular altamente

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palarizada, devida à presença de grupas funcianais taiscama ácidas, álcaais, aldeídas e éteres, as quais partici-pam de ligações químicas. 8

-

Retenção de complexos poliméricos nafase líquida (LPR)

Palímeras salúveis em água cam habilidade decamplexar cam íans metálicas são' chamadas de palique-latagênicas. Este métada cansiste na habilidade depalímeras salúveis em água, em farmar camplexas quesão' subseqüentemente separadas par sistema de filtra-ção' par membranas. Os íans metálicas cam taxas deinteraçãa altas cam a palímera ficam retidas enquanto'as autras são' eluídas através da membrana. Os,par;:unetrasde cpmplexaçãa das ligantes paliméricas são' determina-dos pela matriz palimérica e gavernados pêla naturezada estrutura da palímera, natureza e extensão da agentede ligação' cruzada, natureza das ligantes esuadistpbUiçãae.acessibilídade ao' palímera. As resinas reticuladas in-splúveis têm vantagens, tais cama, facilidade de reaçõesintrapaliméricas seletivas ea estabilização' das espéciesreativé,ls. Parém, apresentam cama desvantagens, reaçõesem;fa~e';heteragênea e tempos de cantata langas.

.tJm;púmera grande de ligantes quelantes está dis-

pç~~veL~ara ser incarparada em redes palimériCâS,~in-téti~âs e..naturais. Diferentes grupas funcian<1i,stais co~atióis,piridina, hidraxiquilanina e diaxinia têm sido'súpgttadas em capalímero à base de.estirena-divÜ:iilbenzena, metacrilato de glicidila-divinilbenzena,re~irlas,fenal-farmaldeída 'e materiais celulós1cos.l3.23,24

Cdtifplexação

PIA,i~ncamplexa cansta de 1l111~tam9 central e v;3.ri-a~ligN}~es acopladas a ele. As quantida1e~rela~vas des-s~s c~Ü1panel1tes numcamplexaestávelpáreêeIll seguirvmaestequiametria bem definida, ernQCmllssa não' pas-sa ~êr,interpretada dentro' dó canceito clássicó dê valência.O ~.tamdcentral pade ser caracterizada pelanúm~ra decaar:denaçãa, um numeralintêira, que indica.onúmeradeligantesque padem farmar camplexd'estável cam umátamacên.tral.1~

Acamplexaçãa é freqüentementeuma função' da es-paçp'fmtre.as,grupasreatiyas na palieletrólita. Partanta,a,estereÇ>especificidade da palieletrólita mastra diferen-ças nas. suas capacidades de complexaçãa sIevida as dicferençaS nas espaças das grupasvizinhas. 13,25' ,

ps. c9mplexas de palímera-ían têm sido' ~sttldadasdeYidóa6 aumenta de interesse nas campas de reaçõesSê-talíticas, separações de minérias e na cambinaçãa cam

b~89uímica e química ambiental. O pali(álcaal vinÍlica) él11Ilpalímera siI:ttética salú,v~l em<1gqq.que a]?cJ:"esentaumacalaraçãa verde em pH > 6na presença deCu(II) cam afarmaç,ãa da camplexa. Esta farmaçãa leva a uma can-

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DESPOLUIÇÃO AMBIENTAL

tração' da malécula, abservanda-se, cam isso', uma dimi-nuição' da viscasidade da saluçãa. O resultada pade serinterpretada cama a farmaçãa de um camplexa estávelcam as grupamentas hidraxilas da pali(álcaal vinílica).13,26

Os palieletrólitas são' utilizadas para remaçãa de íanmetálica e recuperação' de águas paluídas através decamplexaçãa. Cama exemplo' de palieletrólitas padem sercitadas paliácidas e palibases sintéticas, tais cama pali(ácidametacrílica) e pali (etilenaimina). Os íans metálicas far-mam camplexas salúveis em água cam a respectiva paliácida,e na adição' da palibase um camplexa tipo' sanduíche in-salúvel precipita na saluçãa. O sistema farmada pela íanmetálica pasicianada entre as respectivas palieletrólitaspade ser dissalvida par um ácida mineral; e as palieletrólitaspadem ser reutilizadas.13,27-28

Na Tabela 3 estão' apresentadas alguns tipas depalímeros naturais e sintéticas utilizadas na pracessade camplexaçãa, assim cama de adsarçãa e LPR.24,27,29-32

Cama fai descrita neste trabalha, várias métadas têmsido' empregadas cam a abjetiva de diminuir a cancentra-çãa de metais pesadas nas efluentes industriais. Esta va-riedad,ê de métadas gera um grande incentiva à pesquisade no\!'as tecnalagias cada vez mais eficientes nas seuspracessas de remaçãa e de mais baixa custa.

BIBLIOGRAFIA:

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23

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acrylamide) with Cu(II) , Co(II) and Ni(II)". Polym. BulI., 40,431, 1998.

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characterization, and application for the removal and

separation of inorganic ions in aqueous solution".. J. Appl.Polym. Sei.,67, I, 93, 1998

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metal ionsfrom polluted waters)". Wat. Res. Perg., 6, 305,1972.

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24

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ions onto N-isopropylacrylamide and acrylic acid copolymer

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macroreticular styrene-divinilbenzene copolymer-based

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REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

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Francesa adquire Inglesapor US$ 1,4 bilhão

A empresa Imetal, com sede emParís, França, anunciou a aquisiçãode sua congênere inglesa Eng lishChina Clays (ECC) por US$ 1,4 bi-lhão. A combinação das dua empre-sas formará um conglomerado indus-trial com vendas anuais de US$ 3,2bilhões e 16 mil funcionários.

Com a aquisição da ECC, a Imetalcomprometeu-se junto às autoridadesde regulamentação da ComunidadeEconômica Européia e ao Departamen-to de Justiça norte-americano a sedesfazer de algumas unidadesoperacionais, situadas nos EstadosUnidos, da empresa adquirida, comocondição para realização do negócio.Essas atividades nos Estados Unidos

representam aproximadamenteUS$ 100 milhões, ou 7% do total dasvendas da ECC, no mundo, de US$1,5 bilhão.

No Brasil a Imetal é sócia majori-tária na empresa Rio Capim Caulim,de Barcarena, no Estado do Pará, pro-dutora de caulim para revestimentode papel. Os outros participantesdes~a "joint-venture" são a Constru-tora Mendes Jr., Sumitomo e A.K.WAtuando no País há mais de 15 anoscomo principal fornecedora deinsumos para o setor de papel e ce-lulose, a ECC, instalada em Mogi dasCruzes (SP), é a primeira indústriado mercado de mineração a oferecercarbonato de cálcio natural comabrasividade reduzida. (PR)

Petroquímica Triunfo comnova Diretoria

A diretoria da Petroquímica Triun-fo tem nova composição. Seus dois no-vos integrantes são Vasco Nunes Leal-Diretor Superintendente e SérgioGuimarães Pessoa-Diretor da sócia

Petroplastic. Completam o "staJf'diretivo da Companhia os diretoresreeleitos Sérgio Martins Bezerra e LuizArthur Ribeiro Briones.

Segundo Vasco Nunes Leal, essaformação inicia uma nova fase na Tri-unfo, melhorando o rela,cionamento

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 715 - 1999

I EMRPESA I

entre acionistas e

empresa.Vasco Nunes Leal

é mineiro, químicoindustrial com espe-cialização em tecno-logia de álcalis naFrança e na Polônia.

Sérgio Guima-rães Pessoa é naturalda Bahia, adminis-trador de empresas, Da esquerdapara a direita:SergioBezerra,VascoNunescom início de suas Leal,Luiz Brionese SergioPessoaatividades no mercado financeiro.(PR) sam a ocupar o 100 lugar no ranking

farmacêutico brasileiro, consolidan-do a posição de maior filial do grupoSanofi-Synthelabo no continente lati-no-americano.

O novo grupo conta com 1500 co-laboradores no Brasil e três fábricas.

Com um portfolio de produtos já co-nhecido e consagrado pela classe mé-dica brasileira, como AAS, Cewin,Dôrico, Ticlid, Atlansil, Oroxadin,Aprovel, Xatral e Stilnox, a Sanofi-Synthelabo prevê lançar ainda este ano,importantes medicamentos oriundosde sua pesquisa farmacêutica, comoo Eloxatin (para o câncer colorretal)e o Plavix (anti-aterotrombótico).(PR)

Dow Química continuainvestindo no Brasil

Apesar das indefinições e incertezasda economia brasileira, a Dow Quími-ca está mantendo os investimentos no

Brasil, com o objetivo de ampliar cadavez mais o "portfolio" de produtos e so-luções. "Após várias ações administra-tivaspara melhorar a produtividade das

PeterBernerfábricas bem como os métodos de tra-

balho, a empresa está preparada paraenfrentar a crise atual", afirma o pre-sidente e líder de operações da Dowparaa América Latina e presidente da Downo Brasil, Peter Berner.

Este ano a Dow investirá ainda mais

no processo de integração das novasempresas adquiridas na área de se-mentes e biotecnologia, da Branco, daE ss'ex , da Isopol e da EDN. (PR)

Nasce um novo grupofarmacêutico

A Sanofi-Synthelabo, nasceu no dia18 de maio de 1999.

Presentes no País há mais de 20

anos, as duas empresas, juntas, pas-

Rhodia Reorganiza áreasquímicas

A Rhodia está reorganizando suaárea química e criando duas direto-rias independentes para as empresasde Orgânica Fina e Química dePerformance.

Com a reorganização, a direção ge-ral da Orgânica Fina fica a cargo deLuis Carlos Fernandes, e a Químicade Performance fica a cargo de Luisde Mendonça.

As duas áreas são responsáveis porum faturamento anual da ordem deUS$ 300 milhões, cerca de 25% dofaturamento anual das empresasRhodia e Rhône-Poulenc (matriz fran-cesa da Rhodia) na região, em 1998.

As duas empresas tem como metacomum o lançamento de novos produ-tos e os planos para este ano envolvemo crescimento através de aquisições,dando continuidade à política que co-meçou aganhar força ainda em 1998.(PR)

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I PROCESSOS/ PRODUTOS/ SERViÇOS I

INT inauguralaboratório para indústria

Durante a reunião do Conselho Em-

presarial de Tecnologia do SistemaFIRJAN os empresários tiveram aoportunidade de conhecer o novo La-boratório de Modelos Tridimensionais

do Instituto Nacional de Tecnologia(INT). O primeiro sistema deprototipagem rápida do Estado per-mite a confecção de peças tridi-mensionais a partir de desenhos ge-rados em sojtware ou através de umscanner 3D. "Essa nova tecnologia émuito importante para a indústria eprincipalmente para as pequenas emédias empresas. Através dela,otimizamos o tempo e o custo" garantiua diretora do INT, Maria AparecidaNeves. (PR)

Brasil e França publicamlivro sobre metrologia

O lançamento do livro Padrões eUnidades de Medida ocorreu duran-

te a conferência sobre Metrologia apre-sentada

pelos Srs.Maurício

NogueiraFrota, Dire-tor do IN-METRO e

G i o r gi oMoscati,represen-tante doBrasil noB I P M ,

Sevres,França.

"Resultado de um acordo de coo-

peração entre os Laboratórios Naci-onais de Metrologia da França e doBrasil, esta obra trata das definiçõesdas unidades de base e das unida-des derivadas do SystemeInternational d'Unités (SI) e da re-alização da instrumentação específicanecessária para a materializaçãodessas unidades".

Maiores informações: Tel.: (021)502-1009 r. 2905/2906 - Fax (021)293-6559 (PR).

26

Spirax Sarco lança válvulamais segura

A Spirax Sarco acaba de lançar asnovas válvulas de bloqueio do tipopistão VP 800. Essas válvulas sãoempregadas para evitar vazamentos egarantir a segurança em sistemas devapor e outros líquidos. São muitoutilizadas em qualquer tipo de indús-tria, especialmente nas áreas quími-ca, alimentícia, de bebidas, farmacêu-tica, petroquímica e de mineração.

Extremamente compacta, a VP 800é a primeira válvula de sua categoria queatende a condições de trabalho rigoro-sas: temperaturas de até 425°C e pres-sões de até 800 libras (212 bar g).

As partes internas da VP 800 sãoem aço inoxidável e as gaxetas são emaço inoxidávellaminado com grafite,um material que garante resistênciaao atrito e consequentemente maiordurabilidade. (PR)

Windmoeller &Hoelscherapresenta a Novoflex@

A Windmoeller & Hoelscher, em-presa com sede na Alemanha e uni-dade industrial em

Diadema (SP) que oferecelinhas completas para aprodução de embalagensflexíveis em plástico, papelou materiais combinados,apresenta a moderna má-quina de impressãoflexográfica - a [email protected] tecnologia revolucioná-ria substitui as engrena-gens de formato de cada

unidade de impressão por motores decorrente alternada com tecnologia di-gital, permitindo ajustes infinitos decomprimento de impressão.

Essa inovação tecnológica daNovoflex@ acaba com uma limitaçãotípica da impressão flexográfica - opasso de impressão, evitando a per-da de material da embalagem.

A Novoflex@ trabalha com materi-

ais de 1050 mm de largura e repetiçõesentre 300 e 760 mm, sendo que a tro-ca de bobinas é feita a velocidade má-xima de impressão de 300 m/min (PR).

Eficiência na Geraçãode Vapor

O Instituto de Pesquisas Tecnológi-cas - 1FT- publicou a nova versão, paraWindows 95, do aplicativo Caldeira 4para cálculos relativos às eficiências nageração de vapor via combustão de lí-quidos, sólidos, gases ou de suas mis-turas. Esse aplicativo permite calcular:as eficiências, pelo método direto e in-direto, tanto com base PCs como PCi;o balanço de massa e energia da caldei-ra; as potências total, útil e perdida aoambiente; o excesso de ar de combus-

tão a partir do teor de O2 (ou CO2) nogás de combustão; a massa estequio-métrica de ar; o poder calorífico, a den-sidade, a massa molecular; o calorespecífico e o índice de Wobbe dehidrocarbonetos e de suas misturas,tanto para teor volumétrico como paramássico e tanto para base úmida comopara base seca; dados psicrométricosdos gases de combustão; a temperatu-ra de orvalho; a entalpia e a umidadedo gás de combustão.

Maiores informações: Tel.: (011)3767-4797 ou (011) 3767-4520. (PR)

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 715 - 1999

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JUNTE-SE A NOSE desfrute de estar ligado a uma Associação atuante, coordenada por profissionais domais alto nível técnico.

A ABQ promove congressos e seminários, defende os interesses dos químicos junto àsindicatos e governos, colabora com empresas do setor no aprimoramento tecnológi-co e científico, edita a Revista de Química Industrial, e muito mais...Venha nos conhecer.

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(pREENCHIDA NA SECRETARIA GERAL)

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Nascido em: ..................(D"," e local)

Nacionalidade: Es tado civil: ...................

Diploma de: Ano de formatura: .....................................

Escola:...................................................................................................................................................................(Nome e local)

0i=Q<J::,ojV

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V......;...,O()V;...,

Firma onde trabalha: ....................

Endereço: Tel.: ..........................................

Posição que ocupa: """"""

Especialidade.a que se dedica: ...........................................................................................................................

Endereço para correspondência: Te!.: ..........................................

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A..

.....................................................................................................(Local e data)

.....................................................................................................

PROPONENTES(Assinatura)

Sócio: ,.......

Sócio: ,.........................................................................................

Para ser preenchida na Secretariada Seção Regional

Parecer da Comissão de Admissão

da Seção Regional

Recebida em .........................................................

Aprovada em ........................................................

Recusada em .........................................................

................................................................................

Aprovada em Sessão Ordinária da Seção

Regional em .......................................................

Enviada à Secretaria Geral em..........................

~ Associação Brasileira de QuímicaUtilidade Pública Federal- Decreto 33254 de 08-07-53

Rua Senador Furtado, 121 - Sala 221 - CEP 20270-000 -Rio de Janeiro - RJ - Telefone:0-(21) 872-4420 - Fax: 0-(21) 872-4421

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Agenda

1999

SETEMBRO

.XXXIX CONGRESSO

BRASilEIRO DE QUíMICA.

Goiânia, GO-Brasil - 26 a 30 desetembro de 1999

Inf.:Telefax: (062)821-1097

e-mail: abq@química.ufg.br

OUTUBRO

.WORKSHOP CONTROLE DE

RESíDUOS DE AGROTÓXICOS

EM ALIMENTOS E O MERCADO

EUROPEU.

Araquara, SP-Brasil - 4 a 6de' outubro de 1999

Inf.:e-mail:[email protected]

. 1° CONGRESSO-SUL

BRASilEIRO DE PLANTAS

MEDICINAIS.

Maringá, PR-Brasil - 5 a 9 de

ãutubro de 1999

Inf.: e-mail:[email protected]

. 3°SIMPÓSIO lATINO-

AMERICANO E CARIBENHO DE

EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS.

Curitiba, PR-Brasil - 3 a 8 de

outubro de 1999

Inf.: e-mail:

[email protected]

.ENZITEC 99 - 4° SEMINÁRIO

BRASilEIRO DE TECNOlOGIA

ENZIMÁTICA.

Rio de Janeiro, RJ-Brasil - 6 a 8de outubro de 1999

Inf.:Tel.: (021)284-23339624-2151

e-mail: [email protected]

28

.XIX EDEQ - ENCONTRO DE

DEBATESSOBRE O ENSINO DEQUíMICA

Pelotas, RS-Brasil - 21 a 23 deoutubro de 1999

Inf.: Tel.: 0532c757354/ 757575

e-mail: [email protected]

.6th BRAZILlAN SYMPOSIUM ON

THE CHEMISTRY OF LlGNINS

AND OTHER WOOD

COMPONENTS

Guaratinguetá, SP-Brasil - 25 a 28de outubro de 1999

Inf.: Tel.: (012)553-3422

Fax: (011)12553-3165

e-mail: [email protected]

NOVEMBRO

.11ENCONTRO PARANAENSE DE

EDUCAÇÃO AMBIENTAl

Guarapuava, PR-Brasil- 5 a 7 denovembro de 199

Inf.: e-mail: [email protected]

.X SIMPÓSIO BRASilEIRO DE

QUíMICA TEÓRICA - SBQT

Caxambú, MG-Brasil- 21 a 23 denovembro de 1999

Inf.: Tel.: (021)590-9890/ Fax:

(021)290-4746

e-mail: [email protected]

.IV BRAZILlAN SYMPOSIUM ON

GlASSES AND RElATED

MATERIAlS

Ouro Preto, MG-Brasil- 24 a 27de novembro de 1999

Inf.: e-mail: [email protected]

DEZEMBRO

.ENCONTRO BRASilEIRO DE

ECOLOGIA QUíMICA

Curitiba, PR-Brasil - 1 a 4 dedezembro de 1999

Inf.:Tel.: (041)361-3174/

361-3269/ Fax: (041)361-3186

e-mail: iebeq@química.ufpr.brou pzarbin@química.ufpr.br

2000

CURSO

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 715 - 1999

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Associação Brasileira de Química

Núcleo de Informação

Organismo moderno e ágil, criado para prestação de serviços especializados de busca e re-cuperação de informações de interesse científico, tecnológico e industrial, através do acesso àsmais importantes bases comerciais de dados do sistema STN-Scientific and Technical InformationNetwor k.

Áreas do conhecimento englobadas pelas bases de dados: agricultura, alimentos,biotecnologia, biblioteconomia e ciência da informação, ciências biológicas e da saúde, computa-ção, embalagens, energia, engenharias (aeroespacial, civil, elétrica, eletrônica, instrumentação econtrole, sanitária, mecânica, nuclear e outras), física, geociências, materiais, mineração e meta-lurgia, meio ambiente, oceanografia, química e engenharia química (todas as sub-áreas) e tribologia.

o que podemos recuperar? Daremos apenas alguns exemplos, a seguir.

-Ip(oj:-#J,ações de cunho científicoAtividades biológicas de vá"rios produtosDqdoS espectroscópicosFqrmulas e formulaçõesMét()dos de obtenção de produtos químicosNOl11.énclatura química (oficial/IUPAC e comercial, em inglês)~t()priedades físicas e químicasTécUícase métodos de análise

I!iéya'htamentos bibliográficos sobre quaisquer assuntos abordados pelas bases

~00~n(ó~#J,ações.de cu.nho tecnológico e industrialf.-plicações técnicas e usos industriais

DádOsdecomércio exterior (importações e exportações brasileiras)Fabricantes e distribuiâores de produtos, equipamentos e acessóriosManuseio e segurança de substâncias tóxicas, inflamáveis e perigosasNovos produtos e sua tecnologiasPatentes

Processos de prOdução em diferentes escçtlasTOxicidade de produtos e processos de purificação

isquer outras questóes que lhe ocorram: estamos prontos a analisar e verificar aade de encontrar a informação desejada.

: serão dados por orçamento, de acordo com o tipo de serviço: de 2a a 6a feira, das 10 às 16 horas

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você, profissi(

química, deve se cadast~.r

nQ.,s~uConselho Regionat1;Empresas e instituições do

setor também precisam do

registro junto ao CRQesubmeter ao CQnselho o nome do seu

químico responsáveL.

O ConseLho RegionaL de Química fiscatiz.

cumprimento da Leje da ética - com respeito ao meio ambiente, à saude e.~

~ ..segurança da população - aJlJ,(ia a formar profission~i§:. ilit~do~.. "'"

li.i'i~:

~. ...

ConseLho Regional de Qu'imicada 3aRegião. Estados do Rio de Janeiro e Espiritó"S~~Í- Sede: RuaAlcipdo GOanabara24, 13°~nGent~9.l Riode J~Qmr,

CEP: ~QO38,,900JÍ!L.: {e-ll :~~: (~~il)Delegada: Av. Jeronimo Monteiro 24-0, sala 1.108 - Edifícid1~PIí'tíf ank - Pç. S, Vii. '<';"~

CEP: 29010-250 Tel.: (027) 322 49251

E-mail.:[email protected] .~:/iwww.mPrLiq~fOm.bI/-cr:i ~-- - - .

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