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Assessoria de imprensa em tempos de convergência midiática: uma análise da TV Canal do Produtor da CNA Aline de Oliveira Silva 1 Juliana Feliz 2 RESUMO: A convergência midiática é um fenômeno que tem se propagando com velocidade ao longo das últimas três décadas no Brasil. Diante disso, as empresas jornalísticas, bem como as assessorias de comunicação, têm procurado se adequar a essa realidade ao diversificar suas formas de atuação no ambiente virtual. Conectada a essa realidade, existe uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) implantada em junho de 2016 em parceria com um veículo de televisão segmentado do setor, o Canal Rural. O programa ‘TV Canal do Produtor’ oferece seis horas diárias de programação focada nos assuntos que permeiam o setor agropecuário e foi idealizado com intuito de oferecer uma programação interativa, visto que o conteúdo é disponibilizado no portal da instituição e possibilita a participação do público por meio de ferramentas midiáticas como Youtube, Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp. Tendo como base os estudos em cibercultura, esta proposta oferece uma reflexão, por meio de revisão bibliográfica, acerca da importância imputada à assessoria de imprensa no atendimento dos interesses de seu público-alvo, cada vez mais seletivo e exigente. Palavras-chave: Assessoria de Imprensa. Mídias Sociais. Convergência Midiática. Cibercultura. Agronegócio 1 Mini currículo. Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo (Uniderp), Pós-graduada em Assessoria de Comunicação (Estácio de Sá). E-mail: [email protected] 2 Mini currículo. Mestre em Estudos de Linguagens – Linguística e Semiótica (UFMS), especialista em Imagem e Som (UFMS), bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (UFMS) e licenciada em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas (UNESA). Atua como professora, assessora de imprensa e escritora. Atualmente é coordenadora do curso de Jornalismo da Estácio Campo Grande e da pós-graduação em Assessoria de Comunicação na mesma Instituição. E-mail: [email protected]

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Assessoria de imprensa em tempos de convergência midiática: uma análise da TV Canal do Produtor da CNA

Aline de Oliveira Silva1 Juliana Feliz2

RESUMO: A convergência midiática é um fenômeno que tem se propagando

com velocidade ao longo das últimas três décadas no Brasil. Diante disso, as

empresas jornalísticas, bem como as assessorias de comunicação, têm procurado se

adequar a essa realidade ao diversificar suas formas de atuação no ambiente virtual.

Conectada a essa realidade, existe uma iniciativa da Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNA) implantada em junho de 2016 em parceria com um veículo

de televisão segmentado do setor, o Canal Rural. O programa ‘TV Canal do Produtor’

oferece seis horas diárias de programação focada nos assuntos que permeiam o setor

agropecuário e foi idealizado com intuito de oferecer uma programação interativa,

visto que o conteúdo é disponibilizado no portal da instituição e possibilita a

participação do público por meio de ferramentas midiáticas como Youtube, Facebook,

Twitter, Instagram e WhatsApp. Tendo como base os estudos em cibercultura, esta

proposta oferece uma reflexão, por meio de revisão bibliográfica, acerca da

importância imputada à assessoria de imprensa no atendimento dos interesses de seu

público-alvo, cada vez mais seletivo e exigente.

Palavras-chave: Assessoria de Imprensa. Mídias Sociais. Convergência Midiática. Cibercultura. Agronegócio

1 Mini currículo. Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo (Uniderp), Pós-graduada em Assessoria de Comunicação (Estácio de Sá). E-mail: [email protected] 2 Mini currículo. Mestre em Estudos de Linguagens – Linguística e Semiótica (UFMS), especialista em Imagem e Som (UFMS), bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (UFMS) e licenciada em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas (UNESA). Atua como professora, assessora de imprensa e escritora. Atualmente é coordenadora do curso de Jornalismo da Estácio Campo Grande e da pós-graduação em Assessoria de Comunicação na mesma Instituição. E-mail: [email protected]

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1. INTRODUÇÃO

Um dos setores mais expressivos da economia brasileira é o agronegócio,

responsável pela participação de 22% no PIB (Produto Interno Bruto) nacional e

registrando 36% nas exportações para outros países e continentes. A produtividade e

a tecnologia propiciaram o desenvolvimento do setor, porém há muitos desafios a

serem enfrentados, entre eles, capacitar mão-de-obra, atrair a participação da

sociedade e promover a implantação de políticas públicas que fortaleçam o trabalho

dos produtores rurais, independentemente do tamanho da propriedade e a quantidade

de produção.

Considerado por muito tempo uma atividade primitiva, na qual os trabalhadores

e produtores foram taxados de pessoas sem estudo e sem visão mercadológica, o

setor agropecuário foi deixado de lado, como possibilidade de oportunidade de

trabalho segmentado.

No entanto, o investimento em tecnologia e pesquisa modificaram

gradualmente o panorama do setor. Um levantamento publicado pela FAO

(Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) em 2014 indica

que o maior desafio do Brasil é aumentar a produção de alimentos em 40% nos

próximos 20 anos, a fim de contribuir para erradicação da fome global.

A organização do setor também demonstrou fortalecimento com a criação e

implantação do Sistema CNA composto por três entidades representativas: a

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o SENAR (Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural) e o Instituto CNA que desenvolve estudos e pesquisas na área

social e no agronegócio. O sistema possui o seguinte funcionamento: as Federações

da Agricultura e Pecuária atendem os Estados e representam os Sindicatos Rurais

dos municípios, que por sua vez desenvolvem ações diretas de apoio ao produtor

rural, buscando soluções para os problemas locais. Já a CNA defende os interesses

dos produtores junto ao governo federal, congresso nacional e os tribunais superiores

do poder Judiciário.

Semelhante ao que ocorre em outras instituições representativas, a CNA

investe na divulgação de informações sobre o setor produtivo, com intuito de atender

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ao seu público-alvo que são os produtores rurais e demais participantes da cadeia

produtiva do agronegócio (indústrias, empresas prestadoras de serviços e produtos,

redes varejistas e consumidores). Para isso conta com uma estrutura de assessoria

de comunicação com sede em Brasília (DF), responsável pelo alinhamento e

distribuição de conteúdo informativo para as federações espalhadas nas 27 unidades

federativas do país.

O conteúdo comunicativo abrange o portal institucional

www.canaldoprodutor.com.br, Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e desde junho

de 2016, uma parceria com o Canal Rural (veículo televisivo de canal pago) oferece

conteúdo informativo e educativo, por meio de programação televisiva diária no

período das 6h às 12h. Entretanto, o objetivo dos realizadores é ampliar e aprofundar

o alcance das informações, utilizando para isso uma plataforma virtual interativa

proporcionada pela contribuição da sociedade, por intermédio de questionamentos

enviados ao canal via ferramentas como E-mail, WhatsApp e vídeos produzidos a

partir de aparelhos celulares.

Uma das justificativas da atuação da confederação para ampliação dos canais

de comunicação com a sociedade e que consta na apresentação do site é de que

apoia a geração de novas tecnologias que possam auxiliar o produtor no plantio e

manejo, além da criação de agroindústrias responsáveis por aumentar a produtividade

rural. Esta afirmação comprova a disposição da CNA em levar conteúdo informativo

para o setor produtivo e sociedade, tendo em vista as barreiras enfrentadas junto à

opinião pública com relação a produção em alta escala. Outra iniciativa da entidade é

propor a cooperação e apoio aos programas regionais de desenvolvimento agrícola,

principalmente aqueles que se destinam a reduzir as desigualdades geoeconômicas.

2. REVISÃO DE LITERATURA: ASSESSORIA DE IMPRENSA A atividade de Assessoria de Imprensa foi criada pelo jornalista Ivy Lee em

1906, quando decidiu montar o primeiro escritório de Relações Públicas e aceitar

como cliente o maior empresário da época, John Rockeffeller3, odiado pela opinião

pública, em razão da forma agressiva com que conduzia seus negócios, destruindo

3 Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Jorge Duarte, 2011.

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pequenas e médias indústrias que não tinham condições de competir financeiramente

nos Estados Unidos.

Ao aceitar o trabalho, o jornalista criou uma das mais eficientes estratégias de

reverter a imagem negativa de um empresário. Rockkeffeller se transformou do mais

impopular homem dos Estados Unidos, chamado de ‘Barão do Capitalismo

Selvagem’, no mais admirado nome empresarial da época.

No Brasil, a assessoria se fortaleceu a partir da década de 1960 com a decisão

dos jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes de aceitarem o convite para

montar o setor de imprensa da Volkswagen do Brasil. A expertise dos profissionais

oriundos de veículos como Folha de São Paulo e Última Hora viabilizou o

estreitamento de relações com repórteres da editoria de Economia, consolidando a

importância do jornalismo no cenário da comunicação institucional.

O jornalista Jorge Duarte define a prática destes profissionais com os seguintes

argumentos: A atividade de assessoria de imprensa pode ser conceituada como a gestão do relacionamento e dos fluxos de informação entre fontes de informação e imprensa. Busca, essencialmente, atender às demandas por informação relacionadas a uma organização ou fonte em particular. O exercício desta atividade no Brasil é especializado e realizado, na maior parte das vezes, por profissionais com experiência ou curso superior de jornalismo. (DUARTE, 2011, P. 51)

De lá para cá, a comunicação social no país passou por várias transformações

políticas e econômicas e o trabalho do assessor de imprensa se estabeleceu e passou

a desempenhar papel crucial no processo de fluxo de informações para os veículos

de comunicação. Com as mudanças verificadas a partir da globalização das

informações, exige-se deste profissional conhecimentos cada vez mais apurados no

fazer institucional. A demanda do mercado de trabalho é a melhor comprovação desta

transição ao solicitar colaboradores que atuem como produtores de conteúdo

jornalístico, publicitário e estratégico (fortalecimento e visibilidade da marca ou

instituição). As influências do ambiente externo, marcada pela competitividade crescente em escala mundial provocam rupturas e estão impondo o estabelecimento de novas relações baseadas na mobilidade e na flexibilidade. Essas novas relações estão criando um novo modelo: o da organização virtual caracterizada como uma rede temporária de parceiros independentes, ligados pela tecnologia da comunicação para dividir habilidades, custos e o acesso de cada um ao mercado. (SEABRA, DUARTE, 2011, p.100)

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Assim como nas redações jornalísticas, o trabalho na assessoria de imprensa

vem acompanhando a evolução da nova narrativa proposta pelo ciberjonalismo. As

equipes se especializam cada vez em mais em oferecer um material multimídia que

atenda às necessidades e interesses do seu público-alvo, como também da imprensa

em geral. Na avaliação de pesquisadores como Castells, nenhuma outra tecnologia

transformou tanto o jornalismo como a internet, responsável pelo maior índice de

penetração junto ao público, no menor espaço de tempo: A Internet tem tido um índice de penetração mais veloz do que qualquer outro meio de comunicação na história: nos Estados Unidos, o rádio levou trinta anos para chegar aos sessenta milhões de pessoas; a TV alcançou esse nível de difusão em 15 anos; a Internet o fez em apenas três anos após a criação da teia mundial (CASTELLS, 1999, p.439).

Com intuito de atender aos novos públicos gerados pela diversificação do

ambiente virtual é indispensável que o jornalista/assessor de imprensa perceba as

peculiaridades narrativas do ciberespaço e planeje quais as estratégicas mais

eficazes de alcance e consumo das notícias.

Segundo conceitua o pesquisador Pierre Levy, o ciberespaço é o meio de

comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores, enquanto que a

cibercultura reúne um conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamentos

e valores que estão se desenvolvendo conforme o crescimento do espaço virtual. “O

termo ciberespaço específica não apenas a infraestrutura material da comunicação

digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como

os seres humanos que navegam e alimentam esse universo”. (Levy, 1999, p.17).

No entendimento de Bastos (2014, p.13): O novo modelo narrativo do espaço virtual introduz ao mesmo tempo, fatores de complexidade e abrangência que passam pela escolha ampliada de elementos, delineamento e estruturação, hipertextualização e reconhecimento de opções de interatividade. Ou seja, o profissional de comunicação precisa congregar o máximo de domínio da técnica e pensar cada vez menos em termos de redação linear, para assim, aproximar-se progressivamente do atual conceito de produção jornalística.

A fim de consolidar o entendimento de que o cenário comunicacional evoluiu e

se tecnificou para atender aos crescentes anseios do público, é oportuno destacar a

análise feita por Jenkins: Bem-vindo à cultura de convergência, onde as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder

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do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis. (...) Convergência é uma palavra que consegue definir transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais, dependendo de quem está falando e do que imaginava estar falando. (JENKINS, 2009 p.29).

O objetivo deste trabalho é demonstrar que é possível produzir um trabalho

institucional para atender jornalisticamente os interesses dos veículos de imprensa na

busca por pautas sobre o setor agropecuário e ao público consumidor de conteúdo

noticioso e educativo, focado na atualidade e contemporaneidade das novas

plataformas virtuais. Isso porque conforme será esclarecido sobre a programação do

programa Canal do Produtor TV, idealizado pela CNA, existe um material que está

sendo produzido com informações que visam atender a demanda dos produtores

rurais por questões relativas aos temas sobre manejo, economia, política e direito.

A equipe de comunicação social da CNA encarou em junho de 2016 o desafio

de produzir diariamente, no período das 6h às 12h, uma programação televisiva

veiculada ao vivo no Canal Rural, um dos mais relevantes canais de televisão

segmentados em agronegócio. O diferencial do programa é disponibilizar o conteúdo

audiovisual no portal criado exclusivamente para o projeto e que permite a

participação e interatividade do público-alvo, por meio de mídias sociais como o

Youtube, Facebook, Twitter, Whatsapp e Instagram.

No manual publicado sobre assessoria de imprensa, Ferrareto (2009) esclarece

os profissionais sobre a importância de ampliar as opções de publicações

institucionais das instituições ou empresas: Assim, uma empresa pode possuir, por exemplo, uma revista impressa bimestral, para divulgação de reportagens mais aprofundadas e atemporais e, dispor de um jornal ou boletim on-line para divulgação semanal ou até mesmo diário de fatos que requeiram uma disseminação imediata. (FERRARETO, 2009, p.146)

Sobre o espaço de veiculação do conteúdo noticioso, o autor aponta que a

melhor opção é ser divulgada via circuito fechado no caso do público interno, enquanto

que no caso de público externo a opção ideal passa a ser a compra de espaços em

emissoras comerciais. Com a aquisição dos espaços é importante ter em mente que o programa a ser produzido deverá seguir uma “estrutura à qual o ouvinte, leitor ou telespectador já estejam acostumados. Para que o público seja de fato conquistado, não se devem abandonar as formas jornalísticas consagradas

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nesses meios, optando por estruturas que se aproximem da publicidade ou propaganda. (FERRARETO, 2009, p.148)

As observações apontadas neste artigo reforçam o comprometimento dos

profissionais de comunicação em idealizar conteúdos informativos que atendam os

diferentes nichos do mercado. No ambiente virtual, com seu caráter dinâmico e repleto

de opções, “o desafio do comunicador é manter a competência na atividade original e

ao mesmo tempo, assumir a ampliação das possibilidades de penetração em um

ambiente volátil, em transformação permanente e com enorme potencial produtivo”

(DUARTE, 2011, p.71).

3. TRAJETÓRIA DA CNA E SENAR NO BRASIL A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA iniciou as atividades

há 65 anos no país, localizada no Distrito Federal, representando 27 federações

estaduais e mais de 2.000 sindicatos espalhados no território nacional. A entidade

sindical patronal é constituída pela categoria econômica dos ramos da agricultura,

pecuária, extrativismo rural, pesca, silvicultura e agroindústria e tem por objetivo

representar, organizar e fortalecer os produtores rurais brasileiros, defendendo seus

direitos e interesses, promovendo o desenvolvimento econômico, social e ambiental

do setor agropecuário.

Com mais de dois milhões de produtores rurais filiados, a CNA obteve

participação expressiva na Assembleia Nacional Constituinte, de 1988. Com isso, a

entidade assumiu a parte institucional do movimento que reivindicava direitos básicos

da agropecuária nacional como: manutenção da propriedade produtiva, política

agrícola com geração de renda para o produtor, avanços tecnológicos, de mercado e

exportação da produção.

Além da participação política e institucional, a Confederação idealizou uma

estrutura técnica para monitorar o desenvolvimento da produção agropecuária

brasileira a partir da década de 1990. Os dados compilados sobre o setor produtivo

são referência nacional para estudos, projeções e planejamento de safras ou ainda,

para criação de programas que ofereçam propostas de melhoria na atividade rural,

demonstrando a preocupação do setor em produzir mais, sem deixar de lado a

sustentabilidade.

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Uma das principais premissas da CNA é tornar pública as ações promovidas

em prol do setor, no entanto, está atenta a necessidade de tecnificação e

profissionalização dos produtores rurais. Para isso, foi instituído em dezembro de

1991, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, uma entidade de direito

privado, paraestatal, mantida pela classe patronal rural e vinculada à Confederação.

Administrada por um Conselho Deliberativo tripartite é integrante do chamado Sistema

“S” e tem como representantes membros do governo federal e das classes

trabalhadoras e patronal rural.

O SENAR tem a finalidade de oferecer oportunidade para cidadãos que

desejam ampliar os conhecimentos técnicos que possibilitam a melhoria da

produtividade rural, com foco na preservação ambiental, melhoria da renda e

qualidade de vida no campo. As ações da entidade são compostas pelos seguintes

eixos: Formação Profissional Rural, Promoção Social, Ensino Técnico de Nível Médio

(presencial e a distância) e Assistência Técnica e Gerencial. O plano de trabalho

realizado ao longo de quase três décadas possibilitou o atendimento gratuito de dois

milhões de brasileiros no ano de 2015, por meio de cursos e capacitações que

oferecem habilitação em cerca de 300 profissões do meio rural.

4. CANAL DO PRODUTOR E CNA: ASSESSORIA DE IMPRENSA

A CNA possui uma superintendência de comunicação formada por profissionais

das áreas de jornalismo, propaganda e publicidade responsáveis pela produção e

divulgação de material institucional que atende à demanda da imprensa em todo

território nacional e países como: Estados Unidos, China e Nova Zelândia, com os

quais o Brasil possui relacionamento econômico no setor agropecuário.

O principal veículo para comunicação com o público é o portal da instituição

denominado Canal do Produtor, além de estar presente em todas as redes sociais

disponíveis no ambiente virtual: Facebook, Youtube, Twitter, Instagran, Flickr e

Linkedin. A fim de conseguir um maior alcance conta com a colaboração das

federações na divulgação de releases e informativos online, disponibilizados por um

e-mail marketing que registra usuários cadastrados em todos os estados brasileiros.

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A interação é uma realidade consolidada pela instituição conforme pode ser

observado no portal, no qual é possível ter acesso a informações sobre o Sistema

CNA composto pela Confederação, o SENAR e um Instituto que desenvolve estudos,

pesquisas sociais e do agronegócio nacional. No destaque da página, notícias e

informações atualizadas sobre diversas frentes que compõem a participação do

agronegócio e indicação de links sobre notícias do mercado, informações econômicas

e clipagem do que é publicado no ambiente virtual acerca de temas atuais.

Buscando sempre atender as necessidades dos associados está disponível um

espaço com informações de serviço para produtores, sindicatos e federações. Os

internautas têm acesso aos principais programas em desenvolvimento, agenda de

eventos, espaço fale conosco e podem se inscrever para receber newsletter com

resumo informativo e noticioso.

O plano de comunicação da CNA idealizou para 2016 a reformulação do site e

a criação de um canal televisivo que ofereça programação direcionada aos principais

assuntos do setor agropecuário. Para otimizar este acesso, a CNA formalizou uma

parceria com o Canal Rural, emissora televisiva em atividades desde 1996 e presente

em 43 milhões de domicílios, por meio de transmissão a cabo. O objetivo é oferecer

conteúdo diário com seis horas programação, de segunda a sexta-feira, das 6h ao

meio dia. A TV Canal do Produtor possui uma grade de programação fixa composta

pelos seguintes temas: Jornal do Produtor, Clima no Campo, O produtor quer saber,

Agenda do Produtor e Sindicato na TV.

Na programação está prevista a realização de três grades com assuntos

desenvolvidos pelo SENAR que variam de acordo com os cursos, vídeos técnicos e

quadros, dispostos durante a semana. O quadro ‘Sala de aula’ é formatado com aulas

ao vivo (duração de 20 minutos), no formato de videoconferências (TED) apresentado

por técnicos, pesquisadores e instrutores da instituição. Na sequência é veiculado o

tema ‘Interação’, no qual é oferecida a possibilidade de interatividade para produtores,

trabalhadores e estudantes tirarem dúvidas sobre o conteúdo por intermédio de

Whatsapp, e-mail ou telefone. Os temas das aulas são divulgados um dia antes na

programação e contam com participação de todos os estados brasileiros. Fechando a

programação há o ‘SENAR em Campo, histórias de sucesso’, com uma série de

episódios sobre cases de sucesso acompanhados pelos técnicos que atuam na

Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR.

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A veiculação do conteúdo é possibilitada pela transmissão via satélite, por meio

de antena parabólica digital em qualquer lugar do país e boa parte da América do Sul.

Além disso, os internautas têm a opção de assistir à programação pelo computador,

tablet ou celular. A base de operação é compartilhada pelas cidades de Brasília e São

Paulo, responsáveis pela produção do programa.

5. TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INFORMAÇÃO Ao idealizar um canal de TV segmentado e interativo, a CNA teve o intuito de

aprimorar o conteúdo jornalístico produzido pela assessoria e proporcionar condições

de participação do público sobre os temas apresentados na programação. O

diferencial do projeto é utilizar as ferramentas comunicacionais para oferecer

educação à distância a milhares de produtores brasileiros, que têm dificuldade de sair

da propriedade para atualizar e reciclar os conhecimentos sobre as atividades rurais

que desenvolvem.

Em tempos de convergência midiática é fundamental atender uma categoria

econômica que busca tecnologia, conhecimento e informação para melhor

desenvolver sua produção. A contrapartida é esclarecer a sociedade sobre os

avanços conquistados pelo setor rural e demonstrar que assim como outros

segmentos econômicos do país, a agropecuária está atenta para os desafios de

aumentar a produção de alimentos e preservar o meio ambiente local. (...) A convergência representa uma mudança de paradigma – um deslocamento de conteúdo de mídia específico em direção a um conteúdo que flui por vários canais, em direção a uma elevada interdependência de sistemas de comunicação, em direção a múltiplos modos de acesso a conteúdo de mídias e em direção a relações cada vez mais complexas entre a mídia corporativa, de cima para baixo, e a cultura participativa, de baixo para cima. (JENKINS, 2009, P.325)

A justificativa de idealizar um canal televisivo se dá pelas condições de

infraestrutura e acesso as regiões periféricas do Brasil, que ainda enfrenta muitas

dificuldades quanto o alcance do sinal telefônico. Em algumas localidades, a

comunicação só é possível via satélite ou rádio, e a TV Canal do Produtor pode assim

suprir a lacuna existente pela falta de internet.

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O primeiro portal de notícias brasileiro a implantar o formato WebTV foi o UOL

em 1997 e o Terra no mesmo período. A dinâmica desta configuração, segundo

(RIBEIRO, 2009) é caracterizada pela transformação do conteúdo televisivo em mídia

digital, a qual pode ser acessada em computadores, tablets ou smartphones. O autor

analisa que: A intenção é de estimular mais interação entre o produtor e o seu receptor, que pode comentar, compartilhar com os amigos e assistir o vídeo diversas vezes, diferente do padrão televisivo. Apesar de promissor, ainda não existem características específicas que definem exatamente o padrão de se produzir para a internet. (RIBEIRO, 2015, p.9)

Para que a transmissão da TV Canal do Produtor ocorra em toda sua

potencialidade foi operacionalizada a opção parabólica com receptor digital que pode

ser sintonizado por busca automática na opção de canais e gravar na memória do

aparelho ou manualmente, colocando o equipamento na polarização vertical e

utilizando frequência específica (03652 ou symbol rate 03000). Esta alternativa foi

pensada tendo em vista que o serviço de internet nas regiões rurais do país ainda

registra consideráveis problemas estruturais oferecendo assim, uma oportunidade de

acesso conforme o tempo disponível de cada usuário. Nesta realidade, o projeto

atinge seu objetivo ideal, visto que é o momento onde melhor ocorre a interatividade

por meio de compartilhamentos, esclarecimentos de dúvidas ou ainda sugestões e

reclamações.

Para conseguir uma comunicação eficiente com os usuários da internet na

atualidade é importante que os comunicadores desenvolvam um plano estratégico, no

qual será analisado quais os interesses, necessidades e nível de satisfação. Estes

fatores serão determinantes na eficácia da mensagem que se pretende transmitir.

Segundo Argenti & Barnes: Como as mídias de interação online se tornaram de fato mais proeminentes, a opinião do público em geral sobre qual seria o ‘meio de comunicação mais essencial’ mudou radicalmente: na primeira década do século XXI, a escolha da internet como ‘mídia mais essencial’ aumentou em 39% enquanto as opções pelo jornal e rádio diminuíram em 10 e 53% respectivamente. Já a televisão manteve seu espaço, apresentando um módico aumento de 8% (ARGENTI & BARNES, 2011, P. 101).

Com esta perspectiva é oportuno ressaltar a grade de programação da TV

Canal do produtor que oferece temas escolhidos a partir de pesquisas internas de

opinião: Sala de Aula, Técnica em Campo, Saúde e Qualidade de Vida no Campo,

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Tecnologia em Dia, Formação Técnica, Sala de Aula, SENAR Responde, Jornal do

Produtor, Clima no Campo, O produtor quer Saber, Agenda do Produtor e Sindicato

na TV (vide Anexo).

Seja em uma empresa jornalística ou entre as equipes de assessoria de

imprensa, o que definirá o sucesso do conteúdo disponibilizado na rede é a quantidade

de engajamento, envolvimento, compartilhamento e curtidas que o assunto obterá. No

caso das assessorias, o filtro é ainda mais criterioso, pois, nos dias atuais as empresas

criam conteúdos de acordo com direcionamento dos seus stakeholders4.

Como é possível observar, os setores se aproximam e se reestruturam para

atender públicos específicos, mas, que anseiam por qualidade, diversidade e

detalhamento de informações segundo a constatação feita por Argenti & Barnes:

Tais obrigações já não envolvem apenas a simples elaboração e o envio de press releases por meio de vias noticiosas, mas, sim na construção de relacionamentos com mídias influentes tanto online como off-line. Esse, aliás, é o ponto crucial do sucesso ou do fracasso das campanhas de relações de mídia. ARGENTI & BARNES,2011, P. 101).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Refletir sobre a importância de se produzir um conteúdo informativo, detalhado

e que atenda às necessidades e interesses do público-alvo da TV Canal do Produtor,

observando a contemporaneidade das ferramentas de comunicação digital existentes

no mercado. Este foi o objetivo do artigo proposto analisando o viés do trabalho

desenvolvido pela assessoria de comunicação da CNA.

A opção de elencar a estratégia de comunicação de uma assessoria em

agronegócio tem a finalidade de propor o aprofundamento de discussões futuras sobre

os vários segmentos de atuação do jornalismo institucional e analisar quais resultados

podem ser utilizados de forma mais eficiente na divulgação de informações e notícias

que compreendem o universo de uma empresa, instituição ou organização.

4 Pessoas ou grupos que possuem participação, investimento ou ações e que possuem interesse em uma determinada empresa ou negócio. No caso do objeto de estudo podemos citar todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio: empresas, mercado, produtores rurais, sindicatos e federações.

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O formato proposto pela CNA é recente e observa particularidades como

dificuldade de acesso já que expressiva parte do público reside em locais com

deficiência de acesso à internet (área rural). Entretanto, o canal avaliou esta situação

e disponibilizou o acesso da programação via satélite digital, somando mais uma

opção de alcance do público-alvo.

Procurou-se detalhar as ações utilizadas por uma assessoria de comunicação

que tem o objetivo de estar presente digitalmente nas mídias sociais absorvidas pelo

seu público alvo, além de conquistar maior visibilidade na sociedade contemporânea

que utiliza a internet como principal fonte de informação.

Ao idealizar um conteúdo que compreende educação, informação técnica e

conteúdo noticioso, a equipe de assessoria de comunicação comprovou que é

possível produzir uma programação multimídia, interativa e com várias possibilidades

de acesso, reforçando o conceito de que a convergência midiática está cada vez mais

presente no cotidiano da sociedade.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARGENTI, A. Paul & BARNES, M. Courtney. Sobrevivendo na Selva da Internet. Editora Gente, tradução Bete Torii, 2011, São Paulo.

BARUM, Henrique; NOBRE, Yuri; RIBEIRO, Marislei. A Utilização da WebRádio e WebTV para Práticas Comunicacionais na Educação Inclusiva - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS. Disponível em: http://www.portalintercom.org.br/anais/sul2015/resumos/R45-0554-1.pdf. Acessado em: Ago. /2016.

BASTOS, Helder. Ciberjornalismo e Narrativa Hipermédia. 2014, Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Disponível em: http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/view/583 Acessado em: Ago. /2016.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil www.canaldoprodutor.com.br Acessado em: Ago. /2016.

DUARTE, Jorge. (org) Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia – Teoria e Prática. Editora Atlas, São Paulo, 4ª edição. 2011.

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FERRARETO, Artur Luiz e Kopplin Elisa. Assessoria de Imprensa: Teoria e Prática. Summus Editorial, 2009, São Paulo, 6ª edição.

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. Editora Aleph, São Paulo, 2ª edição, 2009.

LEVY, Piérre. Cybercultura. Editora 34, 1999. Tradução: Carlos Irineu Costa, Coleção Trans.

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural www.senar.org.br Acessado em: Ago. /2016.

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7 – Anexo

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7.1 Detalhamento da grade de programação:

A proposta é oferecer três grades de programação do SENAR no Canal do Produtor,

que variam de acordo com os cursos, vídeos técnicos e quadros, nos 5 dias da

semana

Segunda e quarta

Vinheta SENAR A MAIOR ESCOLA DA TERRA 5”

6h - 6h01: ABERTURA (1’)

6h01 - 6h20: SALA DE AULA (aula ao vivo 1) (20’)

Break

6h20 - 6h30: INTERAÇÃO

6h30 - 6h35: SENAR EM CAMPO (vídeos técnicos)

6h35 - 6h50: SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO CAMPO (15’)

Break

6h50 - 7h: TÉCNICA RURAL (nossos vídeos técnicos) (10’)

7h - 7h15: FORMAÇÃO TÉCNICA (vídeo aulas Rede eTec) (10’)

7h15 – 7h30: SENAR RESPONDE

Terça e quinta

Vinheta SENAR A MAIOR ESCOLA DA TERRA 5”

6h - 6h01: ABERTURA (1’)

6h01 - 6h20: SALA DE AULA (aula ao vivo 1) (20’)

Break

6h20 - 6h30: INTERAÇÃO

6h30 – 6h45: TÉCNICA RURAL (nossos vídeos técnicos)(15’)

Break

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6h45 - 7h05: TECNOLOGIA EM DIA (capacitações tecnológicas) (20’)

7h05 - 7h25: SALA DE AULA (aula ao vivo) (20’)

7h25 - 7h30: INTERAÇÃO

Sexta

Vinheta SENAR A MAIOR ESCOLA DA TERRA (5’)

6h - 6h01: ABERTURA (1’)

6h01 - 6h20: SALA DE AULA (aula ao vivo 1) (20’)

Break

6h20 - 6h30: INTERAÇÃO

Break

6h30 - 6h45: SENAR EM CAMPO, HISTÓRIAS DE SUCESSO (11’)

Break

6h45 – 6h55: SÉRIE PROJETO BIOMAS (10’)

Break

6h55 – 7h15: SENAR BRASIL ENTREVISTA (20’)

Break

7h15 - 7h20: TÉCNICA RURAL (nossos vídeos técnicos)(5’)

Break

7h20 – 7h30: HORA DA VIOLA

DESCRIÇÃO

SALA DE AULA: aulas ao vivo, de 20 minutos, no formato TED, com técnicos do

sistema, pesquisadores e instrutores, que terão à disposição ferramentas modernas

em uma televisão de 75 polegadas e tela Touch Screen.

INTERAÇÃO: momento para o produtor, trabalhador e jovens tirarem dúvidas sobre

a aula, por WhatsApp, e-mail, telefone. Os temas dessas aulas serão sempre

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divulgados no dia anterior. A estratégia para as primeiras semanas é gravarmos nos

Estados perguntas sobre os primeiros temas. Vamos precisar da colaboração de

todas as regionais.

SENAR EM CAMPO, HISTÓRIAS DE SUCESSO: série de 24 episódios sobre

trabalho dos técnicos de ATeG.

SENAR EM CAMPO: Série de vídeos sobre técnicas rurais

SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO CAMPO: quadro com entrevistas ao vivo,

vídeos, nossos e de parceiros, e dicas de saúde e vida saudável.

TÉCNICA RURAL - nossos vídeos técnicos: Manejo de Pragas, Proteção de

Nascentes, ABC, Helicoverpa

SENAR RESPONDE: duas vezes por semana vamos informar, com antecedência,

temas do quadro para que produtores possam enviar perguntas por WhatsApp, e-mail

e Skype que serão respondidas por técnicos e instrutores do SENAR. Quando já

tivermos instalado ponto de videoconferência no estúdio, colaboradores das regionais

também podem responder.

TECNOLOGIA EM DIA: nossos cursos de capacitação tecnológica oferecidos em

nosso portal EaD. A proposta é começar com o de Suinocultura.

SÉRIE PROJETO BIOMAS: A partir do segundo semestre de 2010 começamos a

registrar em vídeo as etapas do projeto nos 6 biomas. São reportagens técnicas que

mostram o trabalho dos mais de 200 pesquisadores envolvidos. A ideia é começar

com o último vídeo institucional, de 5 minutos, e a cada sexta-feira mostrar uma etapa

de um bioma ou sequência completa de cada um.

SENAR BRASIL ENTREVISTA: entrevistas de 20 min, com temas atuais, começando

com pesquisador do projeto Biomas para abrir a série.

HORA DA VIOLA: momento musical da sexta-feira com a viola do Yassir.