Aspectos Radiológicos do Quadril Impacto Femoroacetabular · Confirma o diagnóstico de Impacto...

50
Felipe Victora Wagner Radiologia Músculo-Esquelética Aspectos Radiológicos do Quadril Impacto Femoroacetabular

Transcript of Aspectos Radiológicos do Quadril Impacto Femoroacetabular · Confirma o diagnóstico de Impacto...

Felipe Victora Wagner Radiologia Músculo-Esquelética

Aspectos Radiológicos do Quadril Impacto Femoroacetabular

Impacto Femoroacetabular

• Importância

– Causa comum de osteoartrose do quadril

– Acomete pacientes jovens e ativos

– Potencialmente tratável

Patogenia

Microtrauma repetitivo entre essas convexidades ósseas durante atividades

esportivas ou atividades diárias

Alterações morfológicas esqueléticas do acetábulo e/ou da junção entre a cabeça e

colo do fêmur

Degeneração do labrum acetabular Dano cartilaginoso irreverssível

Progressão para doença degenerativa da articulação coxo-femoral

Tipos de Impacto

• Tipo Pinça – Causa acetabular – Aumento focal ou global da

cobertura da cabeça do fêmur

• Tipo Came – Causa femoral – Formato não-esférico da junção

entre o colo e cabeça do fêmur

• A maioria dos pacientes (86%) possuem uma combinação das duas formas

Impacto Femoroacetabular Avaliação por Exames de Imagem

RX

RM

Confirma o diagnóstico de Impacto femoroacetabular Avalia a morfologia das alterações patológicas do acetábulo e fêmur

Avalia lesões na cartilagem articular e lábio acetabular em fases iniciais Antes dos sinais clássicos de coxartrose no RX

Avaliação Radiográfica

• Incidências – AP da Bacia

– Falso Perfil de Lequesne

– Perfil de Ducroquet

– Perfil de Dunn

Avaliação Radiográfica

• Incidências – AP da Bacia

– Falso Perfil de Lequesne

– Perfil de Ducroquet

– Perfil de Dunn

Avaliação Radiográfica

• Incidências – AP da Bacia

– Falso Perfil de Lequesne

– Perfil de Ducroquet

– Perfil de Dunn

Avaliação Radiográfica

• Incidências – AP da Bacia

– Falso Perfil de Lequesne

– Perfil de Ducroquet

– Perfil de Dunn

Impacto FA tipo Came

• Proeminência óssea da junção entre colo e cabeça femoral

•Localização antero-superior •Visualizada no perfil de Ducroquet e Dunn •Proeminência óssea (“bump”) na junção cabeça-colo do fêmur

Impacto FA tipo Came

• Proeminência óssea da junção entre colo e cabeça femoral

•Localização antero-superior •Visualizada no perfil de Ducroquet e Dunn •Proeminência óssea (“bump”) na junção cabeça-colo do fêmur

Impacto FA tipo Came

• Proeminência óssea da junção entre colo e cabeça femoral

•Localização lateral •Visualizado no RX AP da bacia •Deformidade “pistol-grip”

•Achatamento da superfície côncava normal do aspecto lateral da cabeça femoral •Extensão anormal da epífise femoral orientada mais horizontalmente

Impacto FA tipo Came

• Proeminência óssea da junção entre colo e cabeça femoral

•Localização lateral •Visualizado no RX AP da bacia •Deformidade “pistol-grip”

•Achatamento da superfície côncava normal do aspecto lateral da cabeça femoral •Extensão anormal da epífise femoral orientada mais horizontalmente

Coxa profunda: Linha do assoalho da fossa acetabular toca ou ultrapassa a linha ilioisquiática medialmente

Impacto FA tipo Pinça Aumento Global da Cobertura Acetabular

Quadril Normal Coxa Profunda

Protrusão acetabular: Cabeça femoral ultrapassa a linha ilioisquiática medialmente

Impacto FA tipo Pinça Aumento Global da Cobertura Acetabular

• Acetábulo normal

• Antevertido (15 graus)

• Linha da borda acetabular anterior projetada medialmente a linha da parede posterior

Impacto FA tipo Pinça Aumento Focal da Cobertura Acetabular

Parede anterior

Parede posterior

Acetábulo cranialmente retrovertido Sinal do “Cross-Over”: Linha da borda acetabular anterior cruza

lateralmente a borda posterior na parte cranial do acetábulo

Impacto FA tipo Pinça Retroversão Acetabular

Anteversão (Normal)

Retroversão (Pinça)

Ressonância Magnética Aparência Normal

• Lábio Acetabular • Forma triangular

• Hipointenso T1 e T2

• Cartilagem Articular • Espessura uniforme

• Isointensa em T1 e T2

Wagner et al; Radiology 2012 Apr; 263(1):189

Lesão da Interface Labro-Condral

• Interface labro-condral

– Base do lábio e cartilagem articular periférica (5 mm)

– Localização mais comum: Ântero-superior (86%)

– Avulsão da base labral e lesão da cartilagem articular adjacente

– O corpo do lábio permanece íntegro nos estágios iniciais

Wagner et al; Radiology 2012 Apr; 263(1):189

• Interface labro-condral

– Base do lábio e cartilagem articular periférica (5 mm)

– Localização mais comum: Ântero-superior (86%)

– Avulsão da base labral e lesão da cartilagem articular adjacente

– O corpo do lábio permanece íntegro nos estágios iniciais

Lesão da Interface Labro-Condral

Lesão da Interface Labro-Condral

James et al; AJR 2006; 187:1412–1419

• Interface labro-condral

– Base do lábio e cartilagem articular periférica (5 mm)

– Localização mais comum: Ântero-superior (86%)

– Avulsão da base labral e lesão da cartilagem articular adjacente

– O corpo do lábio permanece íntegro nos estágios iniciais

Lesão da Interface Labro-Condral

James et al; AJR 2006; 187:1412–1419

Avuslsão labral Fenda de hipersinal entre

base labral e cartlagem articular

Cartilagem articular irregular e afilada adjacente à base

labral

Lesão condral de espessura total com exposição do osso

subcondral

Interface labro-condral normal

• Interface labro-condral

– Base do lábio e cartilagem articular periférica (5 mm)

– Localização mais comum: Ântero-superior (86%)

– Avulsão da base labral e lesão da cartilagem articular adjacente

– O corpo do lábio permanece íntegro nos estágios iniciais

Cistos Perilabrais

– Associados a rupturas labrais

– Podem conter líquido ou gás

– Artro RM: Podem ou não opacificar-se pelo contraste

Cistos Perilabrais

OBRIGADO...

CASO 1

37 anos Dor coxofemoral bilateral

Quadril Esquerdo

Quadril Esquerdo

Quadril Esquerdo

Pós procedimento artroscópico

Pós procedimento artroscópico

CASO 2

27 anos Dor coxofemoral bilateral

OBRIGADO...

Ruptura Labral “Armadilhas”

• Alterações Degenerativas

Wagner et al; Radiology 2012 Apr; 263(1):189

Ruptura Labral “Armadilhas”

• Achados em Pacientes Assintomáticos – Variações na forma

– Variações na intensidade de sinal

Abe I et al. Radiology. 2000 Aug;216(2):576-81.

Idade

Posterior Anterior

• Achados em Pacientes Assintomáticos – Variações na forma

– Variações na intensidade de sinal

Abe I et al. Radiology. 2000 Aug;216(2):576-81.

Idade

Posterior Anterior

Ruptura Labral “Armadilhas”

RX AP centrado adequadamente:

Aumento focal da cobertura acetabular anterior

(Sinal do “Cross-Over”) no quadril esquerdo

RX AP centrado no quadril

Perda do sinal do “Cross-Over” RX AP centrado no quadril não é útil para a

avaliação de retroversão acetabular

PINÇA - “Armadilhas”

Tannast et al; AJR 2007; 188:1540

PINÇA - “Armadilhas” A aparência da morfologia acetabular depende da orientação pélvica de cada indivíduo em termos de inclinação e rotação

Aumento da inclinação pélvica ou rotação em direção ao quadril ipsilateral leva a um sinal de retroversão mais pronunciado

3.2 cm

4.7 cm

Tannast et al; AJR 2007; 188:1540

ArtroRM x RM Convencional Sensibilidade e Especificidade - Ruptura Labral

Restrospectivo - 51 quadris com correlação artroscópica Toomayan GA; AJR Am J Roentgenol. 2006 Feb;186(2):449.

Sensibilidade Especificidade

Artro RM do quadril (unilateral) 92% 100%

RM convencional do quadril (unilateral) 25% 100%

RM convencional da bacia 8% 100%

Sensibilidade Especificidade

Artro RM 87% 79%

RM convencional 66% 64%

Metanálise – 19 estudos, 881 quadris, RM de 0,5 a 3T Smith TO; Eur Radiol. 2011 Apr;21(4):863. Epub 2010 Sep 22.

Alterações Radiológicas Secundárias Cisto de Herniação Sinovial

OBRIGADO...