Asimissao #1 2013

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Fiel Até ao Fim

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ÍNDICE

05A Alegria de DeusPastor Daniel Gouveia

06-08Bíblia Para MimEntrevista de Rúben Ferreira à RCS

10-13A ASI Serve Para Motivar LeigosEntrevista a Rúben Dias

14-15Uma Convenção EspecialASI Europa em Portugal

16-24Fiel Até ao FimGAM - Coimbra

28-28Este É o Tempo Da Grande ProclamaçãoEntrevista a Angel Duo

30-33ASI e a BíbliaPersonagens bíblicas

34A Saúde do AmorViriato Ferreira

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5€ + Portes de envio*Faça a sua encomenda:

289 512 [email protected]

Esta revista surge da necessidade que sentimos de

trazer até vós um pou-co do espírito de Mis-são ASI. Tarefa difícil! Esse espírito ASI não é algo que se consiga conter em meia dúzia

de folhas de papel… por mais coloridas que sejam. É um mundo imenso, de ideias, de pessoas, de organizações e de missões. Há dias partilharam comigo um texto de EGW que diz o seguinte: “Jamais pode-mos ser salvos na indolência e inactivi-dade. Não há pessoa verdadeiramente convertida que viva vida inútil e ociosa . Não nos é possível deslizar para dentro do Céu. Nenhum preguiçoso pode lá entrar... Quem recusa cooperar com Deus na terra não cooperaria com Ele no Céu. Não se-ria seguro levá-los para lá.” Parábolas de Jesus, pag 280.Porque reduziu Deus a 300 homens o exército de Gideão? Deus não estava, e não está, preocupado com a quantida-de. De 32.000 homens, Deus escolheu 300, porque esses estavam focados, não nas suas vidas, mas no propósito divino! Esses homens colocaram-se nas mãos de Deus, e as suas vidas foram transfor-madas para sempre.

Um dos propósitos da ASI é motivar! Motivar cada membro ao trabalho para Cristo. Todas as ideias são válidas, desde que centradas em trazer almas para Cristo. Muitos têm sido aqueles que têm aceite este desafio, e muitos aqueles que têm visto as suas vidas transforma-das. Sentimos que temos feito a diferen-ça. E que diferença! Os testemunhos que ouvimos e que lemos animam-nos a prosseguir. Jovens que decidem entregar a sua vida a Cris-to, que finalmente encontram um pro-pósito firme para a sua vida! O sorriso na face daqueles que já nada esperavam nesta vida, e que tomam contato com Jesus. Ao longo destas páginas que vos tra-zemos, podemos ver que ainda hoje Deus opera milagres. Ele consegue transformar almas outrora mortas, num poderoso exército da fé! Que milagre! O seu povo desperta. Já se sente próximo o reino eterno. E muito são os que Cristo quer fazer entrar. È tempo de decisões e de acções. É o sentido de Missão que nos move, o amor a Cristo e aos homens. Aceitas tu o desafio? Aceitas a Missão?

Daniel Lopes

MIL AGRES ACONTECEM TODOS OS DIASrobert h. Pierson

Este é um livro obrigatório. Um livro simples sobre pessoas sim-

ples que viveram histórias extraordinárias. Um livro que nos diz o

que acontece quando decidimos estar disponíveis para o Senhor.

Acontecem milagres todos os dias.

*O valor angariado destina-se aos projetos apoiados pela A

SI Portugal

ProduçãoASI Portugal

Edição e ImagemDaniel LopesMariana Cruz

CapaDaniel LopesTiago Faustino

FotografiaCarlos Alvarenga Eric Dietz Justus Nancy DiasShutterstock

ContactosEdifício Sagres, 4 - C2685-338 PRIOR VELHOPortugal [email protected]

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A ALEGRIA DE DEUS

O mundo atravessava uma crise sem precedentes. Não tanto económica, ou financeira, como vivem muitos países neste momento, mas moral e espiritual. Os

recursos eram muitos e exuberantes até, mas o que Deus tinha criado para o bem foi usado pelos antediluvianos para o mal. A obsessão pela depravação sexual e pela violência chegaram a um ponto tal que a Fonte de toda a misericórdia e justiça não suportou mais olhar para o mundo que tinha criado! Na primeira vez em que a Bíblia dirige o nosso olhar para dentro do coração de Deus, aprendemos que o que se passa dentro de nós afeta o que se passa dentro do nosso Pai do Céu. “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pen-samentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração” (Génesis 6:5-6).

Deus estava triste, o Seu coração estava desfeito e Ele tinha razões muito fortes para isso. Felizmente havia algo no cora-ção de alguém que deixava o coração de Deus feliz! Noé era um homem puro que vivia no meio de homens impuros, um honesto no meio de desonestos, um obediente no meio de desobedientes, um crente no meio de descrentes e um filho de Deus no meio dos filhos deste mundo. O seu segredo era muito simples: “Noé andava com Deus” (Génesis 6:9), porque Noé amava a Deus.

E porque o amor verdadeiro encontra sempre formas de se revelar, Deus permitiu que o amor de Noé por Ele fosse reve-lado na maior prova da sua vida. Deus pediu-lhe o impensá-vel, o irracional, o inacreditável… “E Noé fez tudo exactamen-te como Deus lhe tinha mandado fazer” (Génesis 6:22, Bíblia Para Todos). Construiu uma arca gigantesca para sobreviver a um dilúvio que viria sobre um planeta onde nunca tinha caído um pingo de chuva. E não só isso mas transformou o seu ambiente profissional de construção num ambiente profissional de pregação! A Bíblia chama-lhe “pregador da

Pr. Daniel GouveiaReflexão

justiça” (II Pedro 2:5). Mesmo que ninguém quisesse ouvir, Noé continuava a pregar até que os seus sermões comple-taram 120 anos. Porquê? Porque Noé não só amava a Deus mas amava o seu próximo, ainda que este não o merecesse, e ansiava pela sua salvação.

Durante este tempo de tristeza e de dor que antecedia o dia do juízo, o que se passava no coração de Noé trazia alegria ao coração de Deus. De tal forma foi assim que Noé esteve disposto a ir até às últimas consequências quando esvaziou a sua conta bancária para contribuir com tudo o que tinha na obra de Deus: “Enquanto Noé estava a anunciar a mensagem de advertência ao mundo, as suas obras confirmavam a sua sinceridade. Foi assim que a sua fé se aperfeiçoou e eviden-ciou. Deu ao mundo o exemplo de acreditar exatamente na-quilo que Deus diz. Investiu tudo quanto tinha na construção da arca” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 72, Servir).

Algo me diz que valeu a pena e algo me diz que a história está prestes a repetir-se na sua totalidade. E sabes que mais? Tu e eu também podemos trazer alegria ao coração de Deus hoje! O mesmo Espírito que vivia em Noé quer guiar-nos na nossa caminhada com Deus, encher-nos de amor por Ele e pelas pessoas à nossa volta. Ele quer tornar-te e tornar-me justos no meio de injustos, crentes no meio de descrentes, obedientes e íntegros, puros e incorruptos, “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma gera-ção corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2:15).

Sim, isto é possível para mim e para ti pela graça de Cristo que recebemos pela fé n’Ele. E isso evidencia-se quando transformamos o nosso ambiente profissional e todos os nos-sos ambientes em púlpitos de onde pregamos o evangelho eterno (Apocalipse 14:6-12). Mais do que isso, o Espírito Santo quer fazer de ti e de mim, de tudo o que pensamos, fazemos e dizemos, sermões vivos que preguem eloquentemente acerca da maravilhosa esperança da segunda vinda de Jesus Cristo! Podemos mostrar ao mundo que acreditamos exatamente no que Deus diz ao darmos tudo… todo o nosso dinheiro e todo o nosso tempo, todas as nossas orações e todos os nossos planos, todos os nossos sonhos e todo o nosso coração e todo o nosso amor a Jesus e às almas por quem Ele morreu.

Navegando na arca do tempo até à primavera do ano 31 da nossa era, encontramos um dilúvio de relâmpagos, de trovões e de maldições a ser derramado sobre um Homem justo que pagou pelos pecados dos injustos. Um Homem que andava com Deus e que era Deus! Um Homem que também cons-truiu com madeira, com fé e com misericórdia. Alguém que também pregou por amor àqueles que gozaram com Ele. Um Homem que para salvar a Sua família Humana também deu tudo o que tinha... Todo o Seu suor e todo o Seu sangue! Ve-mos num monte e numa cruz o Filho de Deus, Jesus o Cristo, a morrer por ti e por mim. A abrir o caminho para o coração de Deus… Um lugar que se quebra de dor quando uma alma se

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perde, e que renasce numa alegria eterna quando “um peca-dor… se arrepende” (Lucas 15:7, 10).

É por isso que o Luís se recusou a comer em restaurantes que só serviam carnes proibidas. Os seus colegas gozaram com ele durante anos mas hoje eles e o patrão já nem entram em res-taurantes que não sirvam alimentos biblicamente aceitáveis. E é por isso que o José tem sempre literatura cristã no balcão da sua gráfica e semeia assim nas casas e nos corações dos seus clientes as palavras de Jesus. E é por isso que o Manuel compra caixotes de livros para ter em casa e no carro, e assim distribuir aos amigos, familiares, clientes, conhecidos e até a pessoas com quem se cruza apenas uma vez. E também é por isso que o Álvaro criou uma página no Facebook acerca do seu grupo de amigos, que se encontra regularmente para caminhar até às aldeias mais remotas do nosso país, onde depois eles distri-buem literatura e transmitem às pessoas a mensagem dos três anjos.

E é por isso que o Filipe propôs ao seu médico estudos bíbli-cos e agora partilha a Cristo no ambiente profissional do seu novo amigo. E é por isso que o João criou um departamento social na sua empresa para distribuir milhares de Bíblias, e o Ruben passa dias e dias a levá-las aos hospitais e prisões espa-lhados pelo nosso país. E é por isso que inúmeros membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Portugal contribuem todos os dias com o seu testemunho, e todos os Sábados com as suas ofertas nas suas igrejas locais, dando livremente para o avanço do evangelho eterno em Portugal. E é exatamente por isso que muitos deles também contribuem com alegria anualmente para os excelentes projetos de evangelismo nos congressos da ASI. Eles querem apressar a vinda de Jesus!

E tu? E eu? Vamos colaborar com Deus para evangelizar a Terra inteira e ver em breve o rosto d’Aquele que foi obedien-te até à morte para nos salvar? “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24:14). E então veremos um sorriso no rosto de Jesus, ao olhar para nós e para as almas que conquistámos com lágrimas… E então sentiremos a alegria do coração de Deus no nosso próprio coração! Amén.

“E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração” (Génesis 6:5-6).

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PARA MIMA Bíblia Para Mim (BPM) é um projeto da em-presa Medicine One e conta com a parceria da Sociedade Bíblica Portuguesa e o apoio da ASI. O seu objetivo principal é levar uma bíblia a todos os que se encontram em hos-pitais e estabelecimentos prisionais ou em sofrimento. Tem cerca de dois anos e já distri-buiu mais de 28000 bíblias. Ruben Ferreira é a face deste projeto a que se dedica a tempo inteiro. Já visitou pessoalmente quase todas as cadeias do país e neste momento os prin-cipais hospitais estão interessados no pro-jecto, havendo mesmo capelães a preparar voluntários para ensinar os doentes a usar a BPM. A experiência tem sido gratificante. Os resultados animadores! Este é um extrato adaptado da entrevista que Rúben Ferreira deu em Novembro passado à rádio adven-tista, RCS.

RCS – O que é este projecto e como surgiu?Rúben Ferreira – A “Bíblia Para Mim” (BPM) é uma iniciativa da Medicine One, uma empresa sediada em Coimbra que de-senvolve software para a área da saúde. Queríamos retribuir à sociedade e às pessoas o êxito que estávamos a ter como empresa. E, entre outros projetos, surgiu a ideia de editar uma Bíblia, já que ela tem sido importante para a nossa prática co-mercial através dos princípios que transmite, como o da hones-tidade, por exemplo. Se a Bíblia tem sido tão benéfica para nós enquanto empresa, porque não partilhar as suas mensagens com outras pessoas?Pensámos especificamente nas pessoas que atravessam crises, como o desemprego ou a doença, por exemplo. Pensámos em alguém numa cama do IPO [Instituto Português de Oncolo-gia]– como lhe oferecer uma Bíblia no hospital e em cinco minutos conseguir que encontre rapidamente e sem ajuda, um texto bíblico que lhe transmita algum alívio e conforto? Esse foi o nosso desafio: ajudar pessoas que não têm um contacto frequente ou regular com a Bíblia a encontrar nas suas páginas algumas respostas e consolo. Fizemos uma Bíblia com o texto integral, de Génesis a Apocalipse, e adicionámos um sistema que permite encontrar facilmente os textos indicados para cada situação.

Tem um formato diferente, o A4, porquê?Primeiro, porque o nosso objetivo era imprimir o maior número de BPM com os recursos disponíveis. [Neste formato gastam-se menos páginas para o mesmo texto]. Segundo, para quebrar o conceito que muitos têm, o de que a bíblia é um livro maçudo, pesado, difícil de ler. Pelo seu aspeto, grafismo e dimensão, a BPM torna-se diferente de todas as outras.

Logo a própria forma já quebra barreiras.E o conteúdo, também. O texto bíblico é da Sociedade Bíblica que é nossa parceira neste projeto e que muito nos tem apoiado: cedeu-nos gratuitamente a tradução interconfession-al conhecida como “Bíblia para Todos”. Como costumo dizer, ler esta versão é como comer pipocas. Não conseguimos parar de o fazer. É absolutamente fantástica. É muito, muito fácil de ler. Uma criança consegue perceber o texto bíblico nesta versão. Além disso, tem ainda ilustrações e a BPM é toda às cores. O que torna a interação com a bíblia mais atraente. Temos cerca de 550 ilustrações pintadas a aguarela de vários episódios e situações bíblicas.

Quem mais colocou os seus dons e os seus talentos neste pro-jeto? As aguarelas, por exemplo?São de outras sociedades bíblicas, que nos cederam as ima-gens. A Sociedade Bíblica Americana desenhou, a Sociedade Bíblica da Coreia pintou, por exemplo. Isto faz com que a BPM seja diferente das bíblias a que estamos habituados, e isso é logo um estímulo. As pessoas olham, pegam e começam ime-diatamente a folheá-la porque ela é distinta.

Outra coisa fantástica na BPM é o índice temático. Como fun-ciona?Definimos algumas grandes áreas de ajuda. Eu chamo a esta página o 112 da bíblia: como enfrentar a doença, gerir prob-lemas financeiros, lidar com o sofrimento, desespero, a morte, etc. Cada área tem uma sigla que o identifica. Por exemplo, para doença, temos três letras: D O E que nos envia para o primeiro texto sobre o assunto, página 106. Vou até à página 106 pela cor e pela sigla: Josué Capítulo 1, que será a partida para outros textos sobre o tema. Em Josué 1:9 o leitor não tem de voltar ao índice porque no próprio versículo é-lhe indicada a página para onde se deve dirigir, basta seguir as siglas e a cor. Se pedirmos a uma pessoa que não costuma usar a bíblia para ler Josué 1:9 ela nem sabe localizar Josué... A BPM simplifica tudo. Tem um formato diferente, um grafismo agradável, uma linguagem moderna e simples, um guia temático que ajuda a encontrar conforto na Bíblia consoante a sua necessidade. Tudo com o objetivo de chegar a muitas pessoas e de tornar fácil o seu uso a quem toma contacto pela primeira vez com a bíblia. Chama-se “Bíblia Para Mim” – uma expressão que torna a bíblia, que é de todos, num bem próximo, individual, pessoal.

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folhas A4 para poder escrever... Enviá-mos-lhes e na semana seguinte chegou a descrição da sua vida quase desde que nasceu até que foi parar à prisão, como Deus tinha mudado a sua vida e como Deus tem estado ao seu lado e o tem apoiado. Em relação aos donativos, numa das nossas visitas, um recluso disse-nos: “O meu sonho era sair daqui um dia e abrir uma gráfica, só para imprimir bíblias para oferecer, eu quero me envolver, vocês estão a fazer o meu sonho, quero ajudar-vos financeiramen-te”. Dizia-nos: “Eu sou rico, nasci rico e sou formado em economia, mas por asneira minha, um dia fui parar a uma prisão no Brasil, estive lá dois anos e meio, e no meio de muitas dificuldades, tomava banho com um copo de água vertido pela cabeça abaixo, passei fome, e tremendas dificuldades na prisão, mas um dia alguém me ofereceu uma bíblia. Eu era o maior crítico, o maior adversá-rio, tudo o que envolvia Deus e a bíblia eu estava sempre lá para criticar e para deitar abaixo. Comecei a ler a bíblia.” No fim disse-nos: “Encontrei Deus na prisão, e no meio de dificuldades tremendas. Preferia voltar a passar por tudo, para O poder encontrar, a estar lá fora e viver sem ele”! Este “feedback” tem sido muito grati-ficante. Acredito que as pessoas estão mais sensíveis a ouvir o toque de Deus a bater à porta quando estão a passar por problemas. A Bíblia tem uma mensagem de esperança.

Para contactar o projecto vá a www.bibliaparamim.net, ou ligue para 939030132. Não se esqueça, se adquirir uma Bíblia por 9,95€ está a financiar outras duas.

Quanto tempo tem e como se financia este projeto que já custou 150 mil euros?A BPM ainda não fez dois anos. Cerca de 98% deste investimento tem sido suportado pela empresa. Somos ainda apoiados pela ASIPortugal e ASIEuropa. E uma pequena parte, mas importante, vem de donativos. Ainda ontem, recebi a carta de um reclu-so de Pinheiro da Cruz que gostaria que lhe enviássemos o NIB porque queria contribuir; mesmo dentro da prisão, sentiu que podia ajudar. Pedia também mais uma Bíblia porque tinha oferecido a dele a um colega na prisão. Ou seja, as pessoas que entram em contacto com a BPM têm sentido vontade de apoiar o projeto. Há pessoas que o acarinham muito e que vão regularmente dandoapoio e donativos.

Há ainda uma outra forma, correto?Sim, temos duas edições da BPM exa-tamente iguais, mas uma é gratuita e a outra pode-se comprar, é comercializada pela Sociedade Bíblica [pode ser tam-bém adquirida na Publicadora Servir e nas Igrejas Adventistas do Sétimo Dia] por apenas 9,95€. Cada uma que é vendida financia outras duas, que serão distribuídas gratuitamente.

Quantas bíblias já foram distribuídas?Vamos na segunda edição. Somos bas-tante criteriosos na gestão dos recursos. Tentamos entregar a BPM a quem não tem uma ou que tem uma grande difi-culdade em a ter. Somos criteriosos mas não seletivos. O objetivo é fazer chegar a Bíblia à pessoa certa que está com problemas. A primeira edição, de 15.000, não durou sequer um ano, e em Agos-to de 2012 imprimimos mais 20.000, num total de 35.000 bíblias. Os nossos alvos preferenciais são os hospitais e as prisões. Estamos quase a terminar a lista das prisões em Portugal Continental,

36! Nós mesmos visitamos as cadeias, já entregámos mais de 4.500 bíblias a reclusos. Apresentamos uma palestra, “A descoberta da Bíblia”, com alguns dados históricos e objetivos da Bíblia, e depois oferecemos uma a cada preso e explicamos como podem tirar partido dela. Nos hospitais já ultrapassámos as 12.000 bíblias distribuídas! Temos ou-tras iniciativas de rua [foram entregues BPM aos peregrinos de Fátima, em actividades como o Jovens por Jesus, o Geração Adventista em Missão, os acampamentos de jovens e o Impacto]. Ao todo, entregámos 23.000 bíblias em pouco mais de um ano e meio. [Em Abril o número estava em 28.000]. O stock reduz-se rapidamente!

O teu dia-a-dia é dar bíblias. Deves ser o homem mais feliz do mundo?Sim (risos). Sou um privilegiado! Mas a ideia não é nossa e não é nova. Em Mateus 25:35 e 36 Jesus diz-nos “...porque tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, era estrangeiro e hospedaste-me, estava nu e vestiste-me, adoeci e visitaste--me, estive na prisão e foste ver-me...”. E no versiculo 40 diz “em verdade vos digo que quando o fizeste a um destes pequeninos a mim o fizeste”. A ordem é Dele e os recursos também. Nós somos apenas um canal e um instrumento para fazer chegar às pessoas as bíblias.

As pessoas estão envolvidas neste projeto?Dentro da Bíblia segue um postal RSF [não paga selo], onde cada um pode escrever uma crítica, uma sugestão. Quase todos os dias recebemos cor-respondência, estamos a falar de 300 a 400 postais. Procuramos responder a todos os pedidos. Recebi um pedido insólito de um recluso que gostava de dar o seu testemunho. Pedia duas

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Tudo começou com um convite e uma viagem até Houston, nos Estados Unidos da América (EUA). Algum tempo depois nascia em Portugal a ASIPortugal, (o

movimento nasceu nos EUA e a sigla em inglês Adventists--laymen Services & Industries significa leigos adventistas dos serviços e indústrias) nome então estranho para a maioria dos adventistas do sétimo dia portugueses. Hoje, cinco anos depois, serão poucos os membros da Igreja que ainda não ouviram falar desta associação. As suas convenções anuais são um pólo inspirador para a Igreja em Portugal e os projec-tos missionários por ela apoiados um incentivo ao trabalho dos leigos. Mas subsistem algumas dúvidas e alguma incom-

Convenção ASI Portugal na Aula Magna em Outubro 2012

RÚBEN DIAS“A ASI SERVE PARA MOTIVAR LEIGOS”

preensão quanto ao papel da ASIPortugal. Nesta entre-vista, Rúben Dias, fundador e presidente da associação, desfaz umas e esclarece outra.

Porque é que faz parte da ASIPortugal?Tudo começou com o Dr. Viriato Ferreira. Estava sempre a falar-me da ASI mas eu não me sentia nada motivado a fazer parte dessa associação que era de empresários adventistas. Até que um dia, em 2006, fui a uma conven-ção da ASI com a minha mulher, em Houston, no Texas, nos Estados Unidos. E ficámos impressionadíssimos com o que vimos. Era um grupo de pessoas altamente motiva-do para o trabalho evangelístico directo. Pensei logo em

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ceu que os leigos começaram a trabalhar, nada disso. O que a ASI traz é uma estrutura organizacional diferente, que permite ao membro individual que tem tudo para avançar com um projecto missionário menos os recursos financeiros, fazê-lo.

A ASI é um movimento independente dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia? Não. Isso é muito claro no reconhecimento que a Confe-rência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia faz da ASI e da sua integração no working policy [grandes linhas da organização mundial da Igreja]. A Conferência Geral distin-gue entre os movimentos independentes e os ministérios de sustento próprio. O movimento independente traba-lha, como o nome diz, independentemente da igreja, da maneira que deseja, não tendo em consideração o que a igreja pensa ou faz. Isso leva a que não haja harmonia nem concordância no trabalho. Pode ser bem intencionado mas não acrescenta valor ao trabalho como membro da Igreja. Ora, uma das condições para se ser membro da ASI é ser membro da IASD e viver em comunhão com a IASD. Nós somos solidários com a IASD, ajudando-a a desenvol-ver a sua missão. Estamos dentro da Igreja, trabalhamos na

trazer a ideia para Portugal, pensei que se poderia constituir um grupo com 20 ou 30 pessoas. Fiz uns telefonemas, o dr. Viriato fez outros, convidámos pessoas próximas e reunimos em Mira, em 2008, um grupo de 30 potenciais interessados, a quem explicámos tudo, com a ajuda de dois norte-ameri-canos da ASI, mais experientes. Formou-se uma comissão, constituiu-se depois legalmente a Associação e em Setembro desse ano, em Coimbra, com umas 120 pessoas elegeram-se os primeiros corpos gerentes da Associação e não mais se deixou de trabalhar.

Mas afinal o que é a ASI? A ASI é uma associação de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), empresários e profissionais liberais, que trabalhem por conta própria ou que exerçam funções de chefia e liderança nos seus empregos, que querem colocar os seus talentos e parte dos seus recursos ao serviço da evan-gelização. É uma plataforma de motivação ao trabalho dos leigos e de descoberta de talentos, tudo focado na missão da igreja: o espalhar da mensagem.

Mas isso não somos todos, independentemente das profis-sões e ocupações, dentro da igreja?Sim e não. Os leigos já trabalham, não é porque a ASI apare-

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Rúben DiasPresidente da ASIPortugal

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Igreja. Mas um ministério de sustento próprio, como a própria palavra o diz, sustenta-se autonomamente, não está sujeita à hierarquia da IASD mas deverá estar, em todas as suas activi-dades, em harmonia com a IASD e numa cooperação saudável com ela.Ou seja, a ASI é um ministério de autosustento de apoio à mis-são da IASD, existe de facto para desenvolver a missão evange-lística que o Senhor nos deu.

Sendo assim, porque é que a ASIPortugal não tem financiado os projectos missionários das igrejas?Tem a ver com a própria natureza da ASI. É uma organização de leigos dirigida por leigos para motivar leigos. Graças a Deus, a IASD por si só, já tem uma estrutura montada com mais de 100 anos para financiar a sua missão, e sabe fazê-lo bem. Concretiza-o através de projectos formais que a própria igreja organiza e desenvolve. O que torna única a ASI é serem os pró-prios membros da Igreja a poderem apresentar o seu projecto individualmente a esta organização de leigos para ela lhes dar a única coisa que lhes falta, que são os recursos financeiros: ele disponibiliza os seus talentos e o seu tempo e a ASI o dinheiro. Os projectos vêm de uma iniciativa individual e não tanto de uma iniciativa estratégica global, como em geral acontece na Igreja. Se nós colocássemos a possibilidade de as candidaturas poderem vir de qualquer tipo de iniciativa, incluindo as deri-vadas da estratégia global, da IASD, estaríamos a abafar aquilo que temos que proteger, no bom sentido. Se não garantirmos isso, o que é que pode acontecer? Como os recursos são limi-tados (como tudo na vida), naturalmente os projectos maiores, mais conhecidos, com maior abrangência iriam “canibalizar” aquilo que nós queremos promover: a iniciativa individual do membro. O que queremos é micro-projectos, muita gente a mexer.

Então imagine que os leigos de uma igreja se juntam e fazem um projecto missionário, aprovado pelo conselho de igreja, etc. Pode ser financiado pela ASI?À partida, não. Porque se tiver um pré-apoio do conselho da

igreja, que lhe fornece fundos, já existe a possibilidade de esse projecto vingar. Nós queremos dar prioridade àqueles que, à partida, não se poderiam realizar só porque não tinham di-nheiro. Quando vem a partir da igreja já tem alguma estrutura de apoio.

Mas se é um bom projecto local, com a ajuda da ASI poderia ir mais longe e logo cumprir melhor a Missão...A regra não é “preto e branco”. A linha está praticamente definida, mas pode haver excepções, claro. Como princípio, queremos ver iniciativas que não estejam ligadas a uma orga-nização da IASD que já está a receber apoios da própria IASD. Este princípio promove e transmite a ideia ao membro leigo que qualquer um pode ter uma ideia, trabalhar nela e arranjar financiamento sem estar sujeito a aprovações do conselho da sua igreja ou não. Tem que haver espaço para os dois tipos de iniciativas.

Alguns adventistas portugueses acham que a ASI é um clube de ricos.Vou responder de forma provocatória. Sim, é um clube de ri-cos, porque todos nós somos ricos em talentos. Não é isso que nos diz a Bíblia? Graças às bênçãos do Senhor, alguns mem-bros da ASI têm recursos financeiros, mas mais importante do que isso, consideramos que a ASI é uma organização rica em talentos. E, ao sê-lo , desafia e motiva os membros da igreja a descobrirem esses talentos e a colocá-los ao serviço da igreja.

Como se financia a ASI?Há dois tipos de financiamento. O de fundos não restritos, que é usado para a orçamento de gestão da ASI (obrigações legais, despesas de funcionamento, organização das convenções) e que resultam das quotas dos associados – em Portugal é baixa, comparando com outros países, 50 euros anuais – e de donati-vos. Depois há os fundos restritos: são verbas que são exclusi-vamente utilizadas nos projectos missionários e que resultam de ofertas recolhidas durante as convenções ou de donativos expressos para esses projectos.

Disse que a ASI integra empresários e profissionais liberais e executivos mas há outras pessoas que não têm essas funções na ASI. Afinal qualquer pessoa pode pertencer à ASIPortugal? Qualquer pessoa que seja baptizado na IASD, viva de acordo com a IASD, seja empresário ou profissional liberal ou tenha um cargo de chefia (há diferenças de país para país, em alguns só se consideram os empresários) pode pertencer à ASI. Ser membro da ASI significa eu estar motivado para a Obra e que-rer colocar os meus talentos ao serviço da Missão. Isso não tem condição. Por isso há outras pessoas, como pastores por exem-plo, que também são membros da ASI, a única diferença é que não podem ser eleitos para um órgão de gestão nem votar.

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Porquê?Para manter, de facto, a gestão autóno-ma da IASD.

Porquê?A ASI é uma organização que é gerida por leigos da IASD. Porquê? Porque a própria igreja como organização já é gerida por profissionais que são as-salariados para isso. No caso da ASI é importante manter essa organização au-tónoma porque assim ela é mais flexível e mais rápida nas suas decisões, do que outra naturalmente comprometida com a gestão organizacional da Igreja.

Como tem sido a relação da ASIPortugal com a União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia (UPASD)?Tem sido uma relação de aprendizagem mútua. Em qualquer situação onde há uma cultura e uma forma de trabalhar instituída, quando surge algo de novo há sempre um risco de relacionamento. Temos estado a aprender no sentido de nos coordenarmos de forma a acres-centar valor à Missão. O caminho tem sido progressivo, posso dizer que nunca voltámos para trás, mas tem sido passo a passo.

Mas há projectos em comum...Isso é uma prova de que tem havido progresso. Temos o projecto Jovens por Jesus (JPJ) e agora a Rádio RCS, por exemplo. Pelo JPJ se viu como podemos colaborar. A UPASD colocou no terreno recursos de apoio mas também pastores que têm feito formação aos jovens e que os apoiam e incentivam, visitando-os, também escolhe o local onde o JPJ irá desenvolver a sua acção, há interacção com a igreja local, etc. Tem sido um exemplo de sucesso em que ambas as partes se apoiaram e por consequên-

cia automática cumpre-se a Missão da igreja. O objectivo da ASI não é cumprir os seus projectos, é cumprir a Missão. Cumprir a Missão da Igreja é um somató-rio de todas as acções, como indivíduo e como organização, por isso a UPASD e a ASI colaboraram juntos e graças a Deus deu frutos. Não só já houve baptismos como alguns jovens [4] que participaram no JPJ decidiram preparar-se para serem pastores. Podemos ver outro exemplo no DVD Mensagem de Esperança onde a ASI trabalhou com os Departamentos de Evangelismo e do Lar e Família da UPASD. Temos visto também a colabora-ção empenhada da UPASD em projectos financiados pela ASIPortugal como o GAM, Geração Adventista em Missão.

E a Rádio Clube de Sintra, a RCS?Não é bem uma coisa nem outra. Porque o que aconteceu foi que a UPASD preci-sou de uma ajuda de gestão profissio-nalizada para chegar ao objectivo da Missão que ela reconhecia estar com dificuldades em atingir. Achou por bem convidar a ASI porque viu nela alguma capacidade de gestão de execução desse trabalho e porque aquilo que observou a ASI desenvolver nos últimos anos lhe deu a garantia de que a associação iria colocar novamente a RCS na linha da Missão da Igreja. É um caso de proble-ma-solução, esta interacção às vezes falta em alguns sítios. Para nós foi um choque, pois não estávamos preparados para ele, mas, depois de orarmos muito, achámos que estava dentro do nosso objectivo que é espalhar a mensagem e não conseguimos dizer não.

Como vê a evolução da ASIPortugal?Teve um crescimento fora do normal no início, nos primeiros anos, 2009, 2010 teve cerca de 50 membros, fican-

do acima da média dos outros países europeus, depois cresceu gradualmente e agora estamos a atingir o número de 100 associados. É um caso de sucesso apesar de estarmos bastante aquém do que poderíamos. Tenho de admitir uma certa frustração, poderíamos ter ido mais longe, mais além.

Como assim? Não temos conseguido envolver os membros da ASI como deveria ser, é uma falha que é responsabilidade da gestão da ASI. Quando todos os asso-ciados se envolvem, partilham, produz--se um efeito de crescimento, de forma capilar, junto dos seus amigos, a sua igreja. Como as maravilhosas experiên-cias que temos vivido com o nosso Deus neste trabalho estão concentradas e não dispersas por todos os associados, há uma dificuldade de crescimento porque esses membros não têm experimentado a vida da ASI num todo, logo não podem contagiar outros. As experiências tinham que estar mais dispersas.

Esse é um próximo desafio?Claramente. Temos estado muito centra-dos em organizar convenções e acom-panhar projectos, muito virados para fora e pouco concentrados nos próprios associados. Temos que organizar alguma actividade só para associados, entre as convenções, para interagirmos mais.

E mais desafios?O aumento do número de associados, uma maior diversidade de projectos apoiados – em quatro anos realizaram--se 20 projectos financiados pela ASIPor-tugal – o crescimento do bom enten-dimento e colaboração com a UPASD. Dulce Neto

Texto escrito segundo o Acordo Ortográfico ainda em vigor.

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Porque é que eu devo ir a esta convenção? Não é mais do mesmo? O tema até parece ser igual a todos os outros... “É tempo de acordar a Europa com a mensagem dos três anjos”

A nossa Missão é a mesma. Não nos desviámos um só milímetro, logo o tema não foge à base da ASI: partilhar Cristo em todos os lugares, agora. Temos várias e boas razões para não falhar esta convenção no Porto. Vamos estar em contacto com 20 nacionalidades, o momento de partilha de experiências é valiosíssimo. Temos dois conferencistas principais, o que não é comum: Mark Fin-ley, que esteve connosco na 1ª convenção portuguesa, enquanto ainda era vice-presidente da Conferência Ge-ral, e John Bradshow, o director do fantástico programa televisivo It’s Written, “Está Escrito”. Teremos ainda uma visita especial, Milton Afonso: um grande empresário adventista que tem posto os seus recursos e talentos ao serviço do Senhor. Foi ele, por exemplo, quem financiou a compra da RCS, Rádio Clube de Sintra, em Portugal, há vários anos atrás. O seu testemunho será seguramente muito inspirador.Para além disso vamos ter 15 seminários que abordarão vários temas, desde saúde a como testemunhar através da música, por exemplo, com oradores muito bons. E por falar em música, temos ainda um outro motivo para não falhar este convenção: teremos connosco a orquestra e o coro Fountainview (cerca de 60 dos seus elementos) vindos do Canadá. Eles acompanham Mark Finley e John Bradshow (que vai cá estar em Portugal a fazer uma cam-panha nacional, eis mais uma boa coordenação entre a ASI e a UPASD) pela Europa, onde vão gravar um DVD de evangelização nos locais dos reformadores. É uma orquestra jovem, de altíssima qualidade.

E no Sábado?

O programa de Sábado de manhã e de tarde é livre. Mas atenção, os madrugadores serão abençoados. As instala-ções da Alfândega do Porto são magníficas, mas só temos 1100 lugares e temos que dar prioridade aos que se inscreveram. Por isso venha cedo, para ter lugar. Mas não falhe, se o Senhor nos abençoar como até aqui, vai ser um grande momento espiritual na vida da igreja em Portugal.

Mas este ano a Convenção não é de entrada livre...

Este ano há inscrições para a convenção, tal como sucede em todas as convenções da ASI no estrangeiro. Portugal tem sido uma excepção mas este ano decidimos seguir a regra geral para ajudar a custear as despesas da conven-ção.

Este ano a convenção da ASI em Portugal é a da conven-ção ASI Europa. O que significa a escolha do nosso país para este evento?

Penso que se deve ao reconhecimento do crescimento rápido da ASIPortugal, ao bom relacionamento existente com a União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia (UPASD) e ao impacto causado nas igrejas. Nesse sentido, a ASIPortugal é um caso de sucesso. Mas o mesmo não se poderá dizer do envolvimento dos seus associados, que tem corrido melhor noutros países europeus. Este encontro no Porto vai permitir que troquemos experiên-cias e possamos aprender com eles e eles connosco.

Uma convenção especial

Isso quer dizer que tenho que pagar para entrar?

Sim, 90€ (custo individual no caso de um casal), 120 (se for só uma pessoa) ou 50€ no caso dos estudantes. Mas repa-re, é um excelente investimento. Gastamos tanto dinheiro em coisas menos importantes para a nossa salvação! Por-que não dar 90 euros para nos colocarmos numa situação em que poderemos crescer espiritualmente?

Como posso inscrever-me?

www.amiando.com/asi-europe-convention2013.html

Posso ser sócio da ASI?

Claro. Mais infromações no nosso site. www.asiportugal.org

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“Geração Adventista em Missão” é um movimento leigo de apoio à Igreja Adventista do Sétimo Dia, es-

pecialmente vocacionado para as faixas etárias dos jovens e jovens adultos que aspira à excelência em todos os aspetos da vida – académico, profissional e es-piritual, deseja abraçar o chamado para um discipulado ousado, incluindo uma vida de serviço missionário, e é apoiante e respeitador da liderança denominacio-nal. Apoiando a distinta mensagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, man-tém-se como um movimento dirigido e executado por jovens leigos.

A sua motivação, tem como base o “GYC – Generation of Youth for Christ”, cujo início remonta a 2002, nos Estados Unidos da América, a um pequeno gru-po de estudantes universitários adven-tistas que iniciaram um movimento em consequência da sua fome pela Palavra de Deus, um mais íntimo relacionamen-to com Cristo e uma vida ativa ao Seu serviço. Ao longo dos anos, o conceito tem-se espalhado um pouco por todo o mundo.

Em Portugal, começou no início de 2011 quando um grupo de jovens adul-tos começou a perspetivar a possibilida-de de existir um projeto semelhante no nosso país.

Embaixadoresde Cristo

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Rapidamente foram-se estabelecendo as bases para que o projeto pudesse avançar, sempre com o objetivo de equipar e inspirar jovens a serem embaixadores de Cristo nos seus respe-tivos locais de trabalho e estudo, através de:

Treino bíblico em workshops participativos, estudos bíbli-cos e mensagens inspiradoras na sua convenção anual;

Promoção e encorajamento da amizade cristã entre os jovens oriundos de diferentes status socioeconómicos, níveis académicos, localizações geográficas e contextos étnicos;

Criação de oportunidades de colaboração para os jovens adventistas e ministérios jovens;

Incentivo aos jovens para assumirem responsabilidades de liderança na Igreja Adventista, empregando a sua experiência e talentos no planeamento e organização da convenção anual e outros eventos.

Ao procurar defender a distinta mensagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o “Geração” promove entre os seus participantes:

O respeito pela Escritura como o fundamento e teste de todos os ensinamentos e práticas.

A apreciação pelo Espírito de Profecia como fonte de instrução de reconhecida autoridade, conforto e admoes-tação.

Uma busca por santidade bíblica através de uma expe-riência diária de oração e devoção com Jesus e um com-promisso em seguir a Sua palavra.

Uma experiência de adoração vibrante, que é caraterizada por princípios, reverência e decoro.

Uma paixão por almas perdidas, animada por uma expe-riência pessoal do amor salvador de Jesus e um desejo pelo Seu iminente regresso.

O cultivo de relações piedosas preservando a pureza e encorajando a responsabilização.

Um estilo de vida exemplar e pleno, na recreação, entrete-nimento, vestuário e uma vivência saudável.

Uma atitude de humildade e cordialidade ao tentar cla-rificar, articular e defender os ensinamentos bíblicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Entre um grupo de jovens...

INTEIRAMENTE FIELATÉ AO FIM

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O ponto alto de toda a dinâmica do “Geração” é a sua Con-venção anual. Mas, o que é a Convenção? O que acontece nesse evento?

A Convenção é uma atividade anual onde se procura inspira-ção através de palestrantes que apoiem a autoridade da Bíblia Sagrada e respeitem o Espírito de Profecia; um lugar para receber ensinamento teórico e prático de pessoas que aceitam as crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia; uma oportunidade de trabalho coletivo com outros jovens de diferentes contextos, lugares e até culturas; um espaço para música de qualidade e adoração vibrante caracterizada pelos princípios Adventistas, reverência e decoro; uma ocasião para ser inspirado por outros jovens que partilhem os seus teste-munhos do que Deus tem feito nas suas vidas; e um momento para experimentar um senso do chamado de Deus às suas vidas e ao compromisso de viver diariamente para Ele.

A primeira Convenção “Geração” aconteceu em fevereiro de 2012, na cidade de Aveiro, subordinada ao tema “Inteiramente Fiel” e contanto com cerca de 280 participantes.

Com forte colaboração por parte da Igreja local, foi um mo-mento de despertar para alguns, e confirmação para outros. Claro que sendo a primeira vez que ocorria, foi uma Conven-ção cheia de desafios que, pela graça de Deus, foram sendo consecutivamente enfrentados e vencidos.

O Pastor Stephen Bohr, diretor do ministério Secrets Un-sealed, dos EUA, o Dr. Rivelino Montenegro, cientista brasileiro radicado na Alemanha, e Daniel Spencer, um missionário português, foram os palestrantes desta Convenção, inspirando os participantes a um mais profundo conhecimento bíblico,

As Convenções a desviarem-se de influências negativas e a defenderem a fé Adventista.

Um esforço missionário foi desenvolvido no penúltimo dia do evento, consistindo numa saída de rua onde os partici-pantes puderam distribuir a “Bíblia Para Mim”, folhetos sobre a Bíblia, convidar as pessoas a receber estudos bíblicos e mesmo orar com elas, nos lares e nas lojas onde entraram. Cerca de 45 pessoas aceitaram o repto para conhecer e estu-dar melhor a Bíblia.

Um ano depois, em 2013, realizou-se a II Convenção, desta vez na cidade de Coimbra.

Cerca de 340 participantes puderam desfrutar, durante cinco dias, de pregações inspiradoras, momento únicos de oração em união, seminários formativos onde foram abordados temas relacionados com a saúde, estilo de vida, namoro, música, mis-são, profecia e outros, um saudável espírito cristão de convívio e partilha, e também de um esforço missionário de rua que foi grandemente motivador para todos.

Como oradores principais, estiveram o Pr. Jay Rosario, que exerce o seu ministério na Califórnia, EUA, e o Dr. Jan-Harry Cabungcal, um neurocientista residente da Suíça que também trabalha como missionário leigo.

Todas as pregações apresentadas subordinaram-se ao tema da Convenção, “Até o Fim”, apelando a um compromisso cada vez mais forte com Jesus e a Sua obra. A presença do Espírito do Senhor foi manifestada nas 35 decisões para o batismo que surgiram no apelo final.

A saída missionária nas ruas de Coimbra resultou em 474 Bíblias (versão “Bíblia Para Mim”) e 490 folhetos “O Grande Amor de Deus” distribuídos, além de dezenas de outros con-tactos com pessoas que manifestaram interesse em estudar a Bíblia. Direcção do GAM

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Cristina BastosSeminário “Namorar para quê”

Para quê namorar? Estarei pronto(a) para namorar, tendo em conta o objetivo a que se destina? Como posso ter segurança nas decisões que tenho que tomar nesta área do namoro e do casamento? Como conhecer a vontade de Deus neste assunto?

Na tentativa de encontrar respostas para estas perguntas, o meu marido e eu aceitámos o desafio de preparar e apresentar este seminário, a partir da segura palavra inspirada da Bíblia e do Espírito de Profecia. Com grande alegria, sentimos que muitos jovens também andam à procura de respostas para as mesmas perguntas. Num mundo cheio de incertezas e dificul-dades, é tão bom poder contar com o apoio da segura sabedo-ria divina (Tiago 1:5).

Louvado seja Deus por esta preciosa geração que procura conhecer e fazer a vontade de Deus na sua vida! Tenho ouvido testemunhos animadores e inspiradores acerca destes jovens que saíram do GAM cheios do Espírito, acredito! Que o Senhor vos fortaleça e anime a não desistir!

PalestrantesRaluca StefanSeminário “O poder da oração em união”

Participei na Convenção “Geração” com grandes expetativas mas Deus excedeu-as todas. Mais uma vez pude ver que não se trata de mim – trata-se d’Ele. Não se trata do que eu posso fazer – trata-se do que Ele pode fazer. Trata-se apenas do Seu poder tornado perfeito na minha fraqueza. Deixo Portugal com o coração cheio de alegria sabendo que Ele mais uma vez provou a Sua fidelidade.

TESTEMUNHOS

A Convenção foi também acompanhada por muitas outras pessoas que não puderam estar em Coimbra, através da transmissão em direto online e da emis-são da Rádio Clube de Sintra.

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ParticipantesVânia PimentaA I Convenção foi um despertar dos cinco sentidos com o Daniel Spencer, um acordar para uma nova vida, e os tempos seguintes até ao batismo uma reciclagem! A II Convenção foi mais uma experiência enriquecedora, mas foi sobretudo a primeira e a grande experiência de oração de união conduzida pela Raluca Stefan, num reencontro surpreendente com Deus! Amei “Falar com Deus que privilégio”!

Jéssica CarmoNem tenho palavras para descrever o quanto foram excelentes esses dias no “Geração”. Confesso que não esperava tanto, e foi espetacular! Sentimos a presença de Deus tocando no coração dos jovens ali presentes. Vamos orar para que continuemos com esse propósito "até o fim".

Cátia SantosFoi a primeira vez que participei no “Geração” e posso dizer que muitas das minhas perspetivas, prioridades e pensamentos mudaram... As palavras de Jay Rosario, os momentos de oração com Raluca Stefan, os diversos seminários que me permitiram ter formação em tantas áreas, o diálogo franco e enriquecedor com os representantes dos stands e seus projetos, tudo me despertou para um novo sentido para a vida, um desejo reno-vado de fazer a vontade de Deus, deixá-Lo guiar cada porme-nor da minha vida. Obrigada SENHOR!

Sérgio GuedesUma experiência única!

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André SousaÁgua quente, caminha fofa! Mas sabem que mais? Ama-nhã não acordo com o maravilhoso grupo de Cascais a louvar a Deus, e também não vou estar a orar com mais de 200 irmãos logo de manhã. Era capaz de trocar todo este conforto por todas as vivências, testemunhos e mensa-gens que recebemos durante esta Convenção. Que todos possamos viver a vida que Deus nos deu da forma mais plena e segundo os Seus ensinos. Falem com Deus a toda a hora, sem cessar.

João Pedro ViegasNão existem palavras capazes de explicar aquilo que o Es-pírito de Deus é capaz de fazer no coração de um homem quebrantado. Creio que muitos jovens, tal como eu, sen-tiram o poder de renovação de Deus e sentiram o desejo de O seguir e de abandonar tudo aquilo que nos afastava d'Ele. Oro a Deus para que nos dê força para continuar com a nossa decisão de O seguir.

Noemi EstevesUm pedacinho do céu!

Ricardo DiasUm grande fim de semana em Coimbra. Convenção “Gera-ção”: que poder!

Inês CoimbraConvenção 2014, importas-te de te despachar?

Nelson MartinsEm 2004 logo após o meu batismo tive o privilégio de fazer

um curso de Evangelismo pela Saúde numa parceria entre a União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia (UPASD) e a Outpost Centers International (OCI). Ali experimentei um estilo de vida melhor, obtive conhecimento útil, mas sobretudo propus em meu coração, e obtive forças para mergulhar mais profundamente nas coisas do Senhor, e tentar ser-Lhe fiel em todas as coisas. Tive também a oportunidade de me aperce-ber que este mundo adventista que estava a conhecer era afinal bem maior do que eu alguma vez havia imaginado. Tive contacto com pessoas que não conhecia, fontes de informa-ção e de divulgação da nossa mensagem, e ouvi falar do GYC (Generation of Youth for Christ).

Apercebi-me que este movimento deveria ser impulsionado por DEUS, pela forma como transformava os jovens levando-os a contemplar um novo e maior propósito para as suas vidas, um padrão mais elevado, uma vontade de ir mais alto e mais além, de se tornar em alguém em cujo coração habita o DEUS Altíssimo. Afinal o ser é tão indescritivelmente importante quando esse ser está ligado Àquele que diz ter um plano para mim (Jer. 29:11), cujos pensamentos não são os meus pen-samentos (Isa. 55:8 e 9) e que pode fazer muito mais abun-dantemente além daquilo que eu possa pedir ou até mesmo imaginar (Efé. 3:20).

Lembro-me que ao contemplar e abraçar essa visão tive o desejo que todos os meus irmãos e irmãs pelo mundo fora, mas sobretudo no meu querido país, pudessem apossar-se da mesma. Assim por vezes orava a DEUS que levasse tal movi-mento a Portugal. Essa oração certamente era apenas reflexo da vontade de DEUS e alguns anos mais tarde este bichinho de Jacob pôde ver o começo desse movimento em Portugal e até participar do mesmo.

Nada disto é acaso ou mera coincidência. A cada dia temos novas evidências de que avançamos a passos largos para aquele grande dia do Senhor, quem o poderá ignorar? A seara é grande e está madura para a ceifa mas os trabalhadores ainda são poucos. Assim pareceu bem ao Senhor preparar um povo que subsista de pé naquele dia, e que até lá leve muitos aos pés de Cristo. Farás tu, farei eu, parte desse povo? Quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Luc. 18:8).

Organização

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Christine EstevesHá projetos que nos fazem sentir o peso da responsabilidade

e há outros que nos fazem sentir bem pequeninos perante o que Deus coloca à nossa frente. Eu diria que o GAM reúne os dois.

Continuo a achar que Deus tem um sentido de humor pecu-liar, e a forma como Ele me conduziu a este projeto só me per-mite perceber que mesmo quando estamos muito ocupados em trabalhar para Ele na igreja, ainda assim Ele, com uma visão muito mais além e completa que a nossa, nos convida a sair das nossas "zonas de conforto", e a abraçar os Seus ambiciosos e arriscados planos para nós.

Se não fosse o facto de saber que Deus está disponível para me capacitar, bastando que para isso me disponibilize para ser as Suas mãos nesta terra, penso que nem eu nem nenhum de nós teria abraçado esta ideia. Na realidade, as coisas têm acon-tecido de um modo tão maravilhoso, com tantos problemas, é certo, mas com tantos milagres, que só mesmo porque é o plano de Deus para esta geração, estou convicta.

Como parte da equipa da direção, sinto-me privilegiada, não só porque Deus viu que me podia usar, a mim, neste grandioso projeto, mas porque sinto que me está a desafiar e a preparar, para a Sua missão, presente e futura.

Há alturas em que precisamos parar e voltar a focar-nos no essencial, no mais importante. E é a isso que Deus nos chama, ME chama, nestes tempos em que vivemos, pois só através da reforma na minha própria vida poderá vir o reavivamento na Igreja. Por isso, é com lágrimas de agradecimento que posso ver e ouvir cada testemunho, e ver as mudanças na vida de tantos jovens e irmãos. E é essa motivação que me impele a seguir, mesmo nos momentos de desânimo.

É com agradecimento que digo: "Até aqui nos ajudou o Se-nhor" (I Samuel 7:12), e é também neste espírito que "esque-cendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo" (Filipenses 3:13).

Para 2014, será a cidade do Porto a receber a II Convenção “Geração Adventista em Missão”,

de 28 de fevereiro a 4 de março.

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Fotografia: Justus

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Fábio GarcêsQuando fui convidado em novembro de 2010 pela ASI Portu-

gal para ir ao GYC em Baltimore (EUA) eu não imaginava nem um pouco do que se tratava este evento. A minha missão era a de observar e conhecer o conceito de uma convenção GYC de forma a poder ser posteriormente aplicada no nosso país. Eu não estava preparado para o que iria encontrar, de forma que assim que lá cheguei senti-me como se estivesse a dar os meus primeiros passos na fé adventista... Tudo parecia novo e apaixonante para mim.

As mensagens eram de uma espiritualidade elevadíssima e os louvores de uma excelência e adoração fiéis aos princípios adventistas. Uma das imagens que mais me marcou foi a de ver milhares de jovens Adventistas verdadeiramente compro-metidos e fiéis à palavra de Deus, ao Espírito de Profecia e à Identidade Adventista do Sétimo dia... Era indescritível a emo-ção de ver milhares de jovens a circular por aqueles imensos corredores trazendo sempre a sua Bíblia na mão e ver imensos grupos reunidos espontaneamente para orarem ou louvarem o nome de Deus em todos os cantos daquele imenso centro de congressos.

Ao olhar para tudo isto um sentimento ocupava cada vez mais o meu coração: "Os meus irmãos em Portugal têm de viver esta mesma experiência espiritual que eu estou a viver. Que bênção seria se outros pudessem usufruir dos mesmos privilégios que eu estou a ter".

Quando regressei a Portugal em janeiro de 2011 mal podia imaginar que pouco mais de um ano depois já iríamos ter a primeira convenção "Geração Adventista em Missão" em Por-tugal (fevereiro de 2012 em Aveiro). Milagre é a palavra certa para descrever o que se passou desde essa altura até ao dia de hoje. Em poucos meses Deus nos ajudou a erguer um projeto

que sinto que já está a fazer história na vida espiritual Adventista em Portugal.

A II Convenção “Geração” veio ainda mais reafirmar essa minha certeza. Este projeto não é nosso mas sim do Senhor nosso Deus, porque se fosse nosso ele tão pouco teria começado, tais são as dificuldades com que nos temos deparado, muitas vezes relacionadas connosco mesmo, Suas ferramentas.

Em 35 anos de adventista encontrei um fiel propósito para servir a Igreja de Deus nesta terra. O “Geração” não tem sido unicamente uma ferramenta do Senhor para levar jovens e jovens adultos a um novo compromisso de fidelidade com Deus e a Sua Igreja, tem sido também para mim uma oportunidade de servir o meu Deus e a Sua Igreja que eu tanto amo. Cansei-me de desejar apenas me entreter com as coisas da Igreja. Hoje sinto a voz do Espírito Santo a dizer-me que é chegada a hora da missão e de nos entregarmos totalmente a Deus e completarmos a obra que o Senhor nos confiou.

Ellen G. White afirma que "Deus chama jovens de cora-ção puro, fortes e valorosos, e determinados a combater corajosamente na luta que se acha diante deles, a fim de glorificarem a Deus e beneficiarem a humanidade" (Mensagens aos Jovens, pág. 21).

Estes são os jovens que o "Geração" quer juntar, motivar e preparar para a missão que Deus nos deixou. E estou certo que pelo amor de Deus o Pai, pela graça do amado Filho e pelo poder do Espírito Santo estamos e vamos continuar a fazê-lo até que o Senhor assim o deseje.

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“Esta é a geração daqueles que buscam a Tua face...”

Salmos 24:6

www.geracao.orgwww.facebook.com/GeracaoAdventistaMissao

Existe, hoje, um exército de jovens dedicados na Igreja Adventista do Sétimo Dia que anseiam demonstrar a liderança de Neemias, a integridade de Daniel, a humildade de Maria, a paixão de Paulo pelo evangelismo e o amor de Cristo por Deus e pela humanidade.

O objetivo do “Geração” e dos seus membros é procurarem e galvanizarem tais jovens. Almejamos mobilizar os ministérios de jovens e jovens adultos que estão totalmente com-prometidos com a distinta mensagem e missão da Igreja Adventista na proclamação das mensagens dos três anjos.

III CONVENÇÃO

PORTO 28 DE FEVEREIRO A 4 DE MARÇO DE 2014EXPONOR | MATOSINHOS

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ANGEL DUO “ESTE É O TEMPO DA GRANDE PROCLAMAÇÃO”

Angel Duo, empresário adventista espanhol, é o presidente da ASI Europa. Tem acompanhado desde sempre a ASI Portugal, apoiou o seu nascimento enquanto ainda era presidente da ASI Espanha e nunca falhou uma convenção portuguesa. Aqui explica-nos como é da responsabilidade dos leigos a pregação do evangelho e o papel da ASI nessa Missão.

De 3 a 6 de Julho realiza-se no Porto a convenção ASI Europa. Há alguma razão para que esta convenção se realize em Portu-gal?Sim. A ASI Portugal, apesar de ser ainda uma organização jo-vem na Europa, entendeu muito bem o espírito deste ministé-rio e está não apenas a crescer em número de membros como também a desenvolver um grande trabalho de motivação e capacitação dos leigos em Portugal através das suas conven-ções anuais e de outros programas.

Quem são os oradores presentes?O nosso orador principal é o pastor Mark Finley, conhecido por todos, mas temos ainda o pastor John Bradshaw, director do ministério It Is Written (Está escrito) que apresentará as medi-tações matinais e um seminário. Depois temos o irmão Milton Afonso que dará o seu testemunho de empresário ao serviço do Senhor e uma larga lista de outros oradores que farão semi-nários e sobre os quais daremos mais informações mais tarde.

Porque é que foi escolhido este tema, “É tempo de acordar a Europa com a mensagem dos três anjos”Porque realmente sentimos que este é o momento para a grande proclamação final. Há uns dias lia no Espírito de Profe-

cia, no livro Evangelismo pág. 120: “As mais solenes verdades já confiadas a mortais foram-nos dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra. O mundo precisa ser advertido, e o povo de Deus deve ser fiel ao legado que se lhe confiou.”

Dê-me três razões para assistir a esta convenção.Para nos alimentarmos espiritualmente.Para nos motivarmos a cumprir a nossa missão. Para receber ferramentas para desenvolver essa missão

Há quantos anos existe a ASI EUROPA?A ASI Europa formou-se a 30 de Abril de 1998. Fazemos agora 15 anos.

Como começou?A ASI estava activa em Inglaterra desde 1983 e depois esten-deu-se à Alemanha, França, Suíça, República Checa e Itália. Em 1996 convocou-se uma convenção em Roma de profissionais, empresários e ministérios Adventistas em que esteve presente o presidente da Conferência Geral e dois presidentes das di-visões Europeias. O encontro foi muito inspirador e aí nasceu a organização europeia que se constituiu oficialmente dois anos depois em Paris.

Justifica-se a existência da ASI EUROPA, havendo ASI nos dife-rentes países? A nossa organização é 100% Igreja Adventista e temos uma estrutura parecida. Se as ASI nacionais estão vinculadas às suas

“Tenho visto vidas transformadas dentro da Igreja”

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uniões ou conferências e é com eles com quem devem acordar a forma em que podem apoiar a missão e desenvolver as suas actividades, também a ASI Europa desenvolve essa mesma função mas ao nível das divisões e Conferência Geral. Neste sentido tentamos completar a relação com os diferentes níveis da estrutura dentro da organização mundial da nossa amada Igreja e isto com o único fim de apoiar ao máximo o evange-lismo para que o trabalho de proclamar a mensagem dos três anjos esteja em breve terminado.

Qual tem sido a evolução da ASI Europa?Temos tido um crescimento sustentado, baseado na organiza-ção de novas ASI em diferentes países. A ASI Europa tem tido um papel chave nesse trabalho de promoção.

Quantos membros tem? Neste momento ultrapassámos os mil membros na Europa.

Em quantos países europeus existe a ASI?Em 20, o último onde se constituiu a ASI foi a Sérvia.

Quais são os principais projectos da ASI EUROPA?Nos últimos anos temos trabalhado muito com os jovens através dos programas de Jovens para Jesus e a formação dos

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”Mateus 28.19

leigos para o trabalho de evangelização em grupos pequenos usando a ferramenta em DVD New Beginnings (Mensagem de Esperança).

Quais são as maiores dificuldades? A secularização e o relativismo que impregna rambém a nossa igreja e, por vezes, a incompreensão e, inclusive, a rejeição dos nossos próprios irmãos e dirigentes.

Lembra-se de um milagre (ou mais) que tenha sentido na vida da ASI Europa?Tenho visto vidas transformadas dentro da nossa igreja. Irmãos e irmãs que apesar de há muitos anos serem membros de Igreja não tinham tomado a sua decisão real e definitiva por Cristo. Para mim, o maior milagre continua a ser a conversão.

A ASI Europa tem sido conotada com uma facção mais conser-vadora da igreja na Europa e nos Estados Unidos da América. Concorda? Vivemos num mundo que tende a etiquetar e arquivar tudo mas, se por conservador se entende um grupo de pessoas con-scientes do papel profético que cumpre à Igreja Adventista do Sétimo Dia, com uma mensagem distintiva para este tempo e que mantém as suas raízes na Palavra de Deus reflectida nas 28

“Uma Igreja com uma liderança focada no discipulado que ensina, forma, motiva e equipa de ferramentas adequadas os seus membros e vai cumprir com essa missão. A ASI quer ser parte activa desse movimento.”

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Doutrinas Fundamentais que pregamos e vivemos, então não tenho qualquer problema em que me chamem conser-vador. De qualquer maneira, dentro da nossa Igreja e na Europa, há uma grande diversidade de sensibilidades que decor-rem também das diferenças culturais e sociais de cada país e que há que recon-hecer e respeitar.

Sendo um movimento autónomo dentro da Igreja, a ASI levanta algumas resistên-cias por parte dos pastores e dos dirigen-tes europeus? Se sim, porquê? Há muitos anos que, dentro da nossa Igreja, existem os Ministérios de Susten-to Próprio. Estes ministérios trabalham com recursos humanos e financeiros próprios e têm como objectivo o mesmo que a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), e por essa razão, é que há alguns anos se passaram a denominar Ministé-rios de Apoio. A irmã White fala bastante nos seus escritos sobre esta actividade animando os irmãos e irmãs leigas a desenvolver os seus ministérios. Há que reconhecer que na Europa não há uma grande tradição no que respeita a ministérios de apoio como acontece nos Estados Unidos e, além disso, houve, no passado, algumas experiências negati-vas que causaram bastantes problemas. Essas situações, e o facto de nós, leigos na Europa, termos sido tradicionalmente passivos, deixando nas mãos dos “profis-

sionais” a responsabilidade do evange-lismo, fazem com que, efectivamente, encontremos por vezes algum receio por parte de alguns pastores, dirigentes da Igreja e até de leigos.

Como vencer essas dúvidas?Considero que o diálogo e a confiança mútua são a única forma de o fazer. A minha experiência diz-me que naquelas uniões ou associações onde existe uma relação fluída entre os líderes da Igreja e da ASI acontecem muitas coisas positi-vas na pregação do evangelho através de leigos motivados e equipados para a missão.

Afinal, o que é que a ASI faz que as igre-jas não podem fazer?Ao ser um ministério de sustento próprio, uma vez decidido o trabalho a realizar, tem uma agilidade na execução que as estruturas mais burocratiza-das, sendo elas necessárias, demoram mais a implementar. A IASD sempre se definiu como um movimento, um corpo dinâmico em que cada membro tem a sua função mas com um propósito claro e definido como se apresenta em Mateus 28:19,20. Uma Igreja com uma liderança focada no discipulado que ensina, forma, motiva e equipa de ferramentas adequa-das os seus membros e que vai cumprir essa missão. A ASI quer ser parte activa desse movimento.

Qual é o maior desafio para a ASI Eu-ropa?Conseguir através do nosso trabalho, fi-delidade e compromisso com o Senhor e seus princípios vencer as dúvidas que possam existir para que unidos possa-mos despertar a Europa e que a segun-da vinda de Cristo seja uma realidade muito em breve. Dulce Neto

Texto escrito segundo o Acordo Ortográfico ainda em vigor.

Quem é Angel Duo?

Empresário espanhol, nascido em Bilbao em 1962, felizmente casado com Gema e pai de duas filhas, Eider e Iraia. Actualmente presidente da ASI Europa, é director da Rádio Adventista de Elche, cidade onde mora, e membro do conselho directivo da publicadora adventista, Safeliz. Membro fundador da ASI Espanha, foi o seu primeiro secretário e depois presidente durante vários anos. É ainda ancião da Igreja e um apaixonado pelo evangelismo, desenvolvendo campanhas em vários lugares.

“A irmã White fala bastante nos seus escritos sobre esta actividade, animando os leigos a desenvolver os seus ministérios.”

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Encontrando pontos comuns...

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crescimento e enriquecimento conjunto. Espero que após esta reflexão este objectivo possa ser, ainda mais, cumprido!

Mas… porquê uma personagem? Bom, por vezes temos dificuldade em compreender, ou

explicar algumas ideias, e quando apresentamos uma per-sonagem que, achamos, se identifica com o que estamos a

tentar dizer, tudo fica mais fácil.

Vejamos por exemplo o que se passa na Bíblia, com todos os homens e mulheres aí descritos - Deus sabe que a mel-hor forma de nós assimilarmos alguns conceitos, é obser-vando esses exemplos, a forma como agiam, pensavam, e o seu trajeto de vida (este foi dos aspectos mais focados nas nossas reflexões internas, na direção ASI) . Esta foi a ferramenta pedagógica que Ele achou melhor para nós. Para que através da história dessas grandes e pequenas figuras nós compreendêssemos o que o Senhor nos pretendia transmitir.

Há uns meses atrás propusémo-nos fazer uma reflexão sobre a personagem bíblica com a qual nos identificamos como membros da ASI, aquela que para nós traduz melhor o que entendemos ser o espírito ASI.E, queridos amigos, é chegada a hora de conclusões… Em primeiro lugar quero dizer que me sinto honrado por per-tencer à ASI: o seu espírito é elevado e para mim inspirador. Possa Deus continuar a ser a vossa luz e possam as suas bên-çãos ser derramadas sobre vós, direção e membros.Tenho como convicção forte que para podermos “interiori-zar” o que somos como associação, devemos refletir sobre o que ela representa e como nos identificamos com ela. E que, após uma reflexão conjunta, partamos para o “exte-rior” com uma voz única, forte e cheia de convicção! Pelo que somos, pelo que representamos e com o que nos identifi-camos.O mais importante e aquilo que eu quis promover foi uma reflexão pessoal que, depois de partilhada entre todos, nos ajudasse a compreender a visão de cada um. Encontrar pon-tos comuns, e partilhar outros diferentes no sentido de um

Espírito ASI? O que é?

ASIE A BÍBLIA

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Isaac Cadaxa

Jacó era imperfeito como nós (troca da primogenitura – Gén. 25:29 a 34, teve a bênção de primogénito (Gén. 27:1 a 40), dedicado ao seu empregador, “trabalhou por amor” (Gén. 29:20, 26), era criativo como empresário (Gén. 30:29 a 43), e tinha um pacto com DEUS (Gén. 28:21, 22)

José Colaço

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Em primeiro lugar todos são cristãos: sem esta cara-cterística tudo cai pela base!

Em segundo lugar são adventistas: crêem na segunda vinda de Jesus e na promessa da vida eterna!

Em terceiro lugar: são “self-supported”!

Tudo tem um propósito...?E qual personagem?

“ Ah, bom o espírito ASI é transmitir Cristo no local de trabalho”,

“ Ah, é uma associação de empresários e pro-fissionais liberais, que disponibiliza os seus talentos para o cumprimento da obra”…

O meu herói é… Daniel: porque do mais baixo status social do governo da Babilónia (escravo intelectual) chegou ao mais alto status social do mesmo (primeiro-ministro), sem comprometer a sua fé e mantendo-se fiel ao longo de várias presidências (mudam os governos, mas ele não!), e partilhando o espírito que o animava desde a manhã até à tarde: esperança em Deus!

Características ASI?Pode surgir a pergunta: - “Mas como cristãos isso já deveria ser assim! Para que serve o ministério ASI?”Bom, vejamos as nossas personagens e encontremos pontos em comum e pontos que os distinguem como membros ASI:

Ah pois! Aqui começou a reflexão pura e dura, isto obrigou--nos a pensar primeiro no que representa o espírito ASI, e depois a procurar alguém que se enquadrava nessa definição. Não fomos nós já questionados sobre o que é isso da ASI? Como explicar? Alguns dirão:

Hum, como? Explica lá isso.Pois... Nem sempre é uma tarefa fácil!

Mas se perguntarmos ao João Miguel, ele agora dirá: - “Olha, sabes, são homens e mulheres que Deus colocou num sítio específico, homens com iniciativa, dedicação, e que usam da posição em que Deus os coloca para partilhar Cristo. Não somos os primeiros, lembras-te de Josafat?”Ou se perguntarmos ao Colaço: - “Amigo, são homens e mulheres que têm um pacto com Deus, e isso nota-se na sua criatividade, na sua dedicação, homens e mulheres empenhados, não diferentes dos outros, mas que Deus os colocou numa posição diferente, com alcance e visão diferente. E que com humildade se propõem a ser ferramentas na mão de Deus, lembras-te de Jacó? Tenho a certeza que se vivesse hoje, ele seria um membro ativo da ASI!

Relembro aquilo que o pastor David Asscherick dizia durante a convenção 2011, sobre o propósito de Deus para cada um de nós:

“Deus tem uma função específica para cada um de nós, e Ele coloca-nos em certos locais e posições para que pos-samos influenciar outros através das nossas palavras e

atitudes...”

Quando ele disse estas palavras, para mim, foi como se surgisse luz na escuridão! Compreendi que me encontro hoje neste lugar, não por acidente, mas por Sua vontade Ele me conduziu até aqui. E se tivesse compreendido isto mais cedo, talvez estivesse noutro lugar! E os resultados das minhas atitudes teriam tido muito mais impacto, não só na vida dos outros, mas também na minha!Estamos nós dispostos a colocar os nossos dons ao seu cui-dado? Dispostos a trabalhar na sua obra?

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Eu avançaria com Salomão, porque com sabedoria pediu mais sabedoria. Deus sabia que este homem no sítio certo poderia causar grande impacto, porque estava disposto a colocar os seus dons nas mãos Dele. E o que aconteceu foi que muitas na-ções à sua volta reconheciam a grandeza do nosso Deus!

Daniel Lopes

Neemias tem várias características ASI: Compromisso: havia uma obra a ser feita e não virou a cara Oração: pediu ao Senhor que lhe mostrasse como a realizar Foco: aproveitou a oportunidade e usou a sua influência junto do rei. Preparação: orou e planeou antes de agir. Acção: envolveu-se na missão. Testemunho no trabalho: anunciou a palavra enquanto trabalhou. Motivação: chamou outros a envolver-se e a prover recursos. Confiança em Deus: de-positou tudo nas mãos do Senhor quando lhe falharam os meios Resiliência: resistiu às adversidades externas e internas.Equipa: trabalhou com todos, cooperou com Esdras. Neemias foi sempre parte da solução.

Dulce Neto

Para mim existe uma personagem que define bem o espírito ASI: José. Este homem teve 3 atributos fantásticos que definem bem o membro da ASI: -Lealdade a Deus em todos os momentos de provação a que foi sujeito, a escravidão, a prisão, etc. -Rectidão em lugares de chefia; apesar de ter sido nomeado para altos cargos manteve sempre uma grande rectidão nas suas decisões e gestão, nunca se afastando do propósito do seu criador - é um grande exemplo para todos os membros da ASI

que lideram hoje as suas empresas ou ocupam altos cargos.A sua lealdade e rectidão foram premiadas com um alto grau de sabedoria dada por Deus, que lhe permitiu prosperar em todos os cargos que ocupou, tendo desempenhado o segundo posto mais elevado do maior reino conhecido de então.Estes factores conjugados permitiram que Deus trabalhasse nos corações dos que trabalhavam com ele, tendo muitos deixado a idolatria e seguido esse Deus de José.

Carlos Antunes

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Juntos como uma equipa...De mãos dadas com a igrejaPara além de serem cristãos e “adventistas”, Deus os colocou numa posição, que lhes permitiu dinamizar, através das suas características empreendedoras, a propagação do evangelho.Sabemos que temos de lutar contra certos estigmas, mas não temos de nos envergonhar daquilo que Deus fez de nós! Também não nos devemos engrandecer, porque o objectivo não é nosso, a obra não é nossa. E nas mãos de Deus quere-mos depositar tudo o que ele tem investido em nós!

Nós queremos!

O ministério ASI, não faz sentido sem a Igreja! A ASI existe como um ministério de apoio, de sustento próprio, para aju-dar na grande missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia.Os homens, esses, nem sempre estão abertos à mudança. Isso não nos fará desistir ou desanimar.

Somos a equipa todo-o-terreno, uma equipa mais pequena, sem a máquina da administração das

grandes estruturas e por isso vamos mais rápido, sem perder a ligação com a igreja e com Cristo!

Com estes personagens podemos ver que o espírito ASI não é novo, já existe desde há muito tempo, e sempre fez parte do plano de Deus.

Então eu quero ser como José, com o seu carácter aperfeiçoado pelas dificuldades e obstáculos!

Eu quero ser como Daniel, fiel aos meus princípios, nem que tenha de desafiar a maior nação do mundo! Ser como Salomão, cheio da sabedoria que vem do

alto e disposto a liderar!

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Ruben Dias

Na minha opinião, um personagem bíblico que encarna bem o espírito da ASI é o rei Josafat. Se leres o texto de II Cróni-cas 17:1-9, vais ver que ele era um profissional com grandes responsabilidades na organização mais importante do planeta (o povo judeu), era um homem de iniciativa e muito trabalho, e usava a sua influência para levar Deus aos outros. É um personagem de que gosto muito e que é uma grande inspira-ção para mim. Os capítulos seguintes a este, mostram bem o calibre de Josafat. No entanto, esta introdução descreve bem quem ele era.

João Miguel

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Ellen White e a ASI!

Ser como Jesus...

Daniel e José porque ambos começaram a sua vida adulta num ambiente totalmente hostil à sua fé , estrangeiro e a partir do mais baixo extracto da sociedade - escravos. Pela sua entrega total a Deus e por terem feito a sua parte, Não só tiveram êxito na sua vida profissional como foram grandes testemunhas do Senhor no meio de incrédulos. Parte essa que identifico como empreendedorismo. Seguiram a lei de Deus , foram extrema-mente abençoados, nunca tiveram receio em partilhar a sua fé e ambos foram usados para transformar a sociedade em que viveram. Ambas as vidas são inspiração da essência ASI: -Talentos-Consagração-Execução

Eu quero ser como Jesus, o maior exemplo de todos, com o maior tesouro do mundo, o Amor. Treinou um punhado de homens, para que cada um de nós, hoje,

pudesse reconhecer nele o Líder, o Salvador!

Então temos uma responsabilidade. Anunciar a vinda do Sen-hor. Como? Levando a cabo todos os esforços, empenhando todas as nossas forças, dobrando os nossos joelhos, para que cada ser criado possa ter acesso à salvação.Isto é o que nos move! Isto é o que nos une! SOMOS ASI!Ámen! Daniel Lopes

Eu escolheria Enoque.Esta personagem tem inspirado muitos ministérios de sus-tento próprio e ele foi inspiração para a OCI. A OCI é uma organização adventista que apoia e representa os “self-supporting” (ministério de sustento próprio) na Igre-ja Adventista do Sétimo Dia. São cerca de 80 ministérios em todo o mundo. Muitos deles financiados pela ASI. A ASI e OCI trabalham muito de perto. Enoque, diz-nos Ellen White, era uma homem completo, tra-balhador, pai de família, envolvido na sociedade e no seu ambiente profissional testemunhava de Deus. Revelava hu-mildade e personalidade forte. Consciente dos problemas e

desafios do mundo corrupto, conhecia o plano de redenção e já tinha os olhos focados na segunda vinda de Jesus. Deus deu-lhe uma mensagem de esperança para levar ao mundo – Jesus Cristo e a forma como a morte e o pecado foram vencidos. Era um homem instruído sobre o fim dos tempos e sobre segunda vinda de Jesus. Viu os tempos finais, a se-gunda vinda, o juízo, a coroa dada aos justos e a destruição dos ímpios. Homem muito ocupado, mas quanto mais trab-alho tinha, mais orava. Revelava dependência de Deus. Não estava neste mundo por causa do dinheiro ou das riquezas. Sabia que o melhor ainda estava para vir. Enoque era amigo de Deus a tal ponto que Deus o tomou para Si.

as inclinações próprias, mas para agradar a Deus ...Daniel, ao mesmo tempo em que era primeiro-ministro do reino de Babilónia, era profeta de Deus e recebia a luz da inspiração divina…o Senhor deseja ter a Seu serviço homens inteli-gentes, qualificados para os vários ramos da obra. Há neces-sidade de homens de negócios que entreteçam em todas as transações os grandes princípios da verdade. E seus talen-tos devem ser aperfeiçoados pelo mais completo estudo e prática. Se os homens em qualquer ramo de trabalho pre-cisam aproveitar as oportunidades para se tornarem sábios e eficientes, tanto mais aqueles que empregam sua perícia em edificar o reino de Deus no mundo. De Daniel sabe-mos que em todas as suas transações comerciais, quando submetidas ao exame mais severo, não se podia encontrar uma falta ou erro. Era um modelo de como devem ser todos os homens de negócios. Sua história mostra o que pode ser conseguido por alguém que consagra ao serviço de Deus toda a energia do cérebro, ossos e músculos, do coração e da vida.” – E.W. Parábolas de Jesus, Pags. 350 e 351

“O Senhor fez de Daniel e José administradores capazes. Po-dia por meio deles atuar porque não viviam para satisfazer

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A SAÚDE DOAMOR

Ainda que eu fizesse excelentes palestras sobre saúde, sem amor, seria como o som do metal batido ou como o sino que toca.

Ainda que eu curasse as doenças mais graves, ou fosse o mais prestigiado investigador nas ciências médicas; ainda que eu viajasse pelo mundo, ajudando multidões a muda-rem os seus hábitos de vida, se não tivesse amor, todo o sucesso de nada me valeria.Ainda que eu fosse vegetariano a 100%, praticasse exercício físico todos os dias, bebesse 2 litros de água por dia (fora das refeições!), dormisse 8 horas por noite, não fumasse, não bebesse álcool, apanhasse sol diariamente, vivesse no campo a respirar ar puro e confiasse em Deus em todas as situações, sem amor, nada disso me aproveitaria.O amor é paciente e torna-nos mansos e bondosos. O amor não é crítico quando alguém escolhe comer o que não é mais saudável. O amor não tem inveja quando outros têm melhor saúde do que nós; não se orgulha a pensar que é o melhor cumpridor dos princípios de saúde.O amor é sensível aos sentimentos dos outros, não é rude, não procura os seus próprios interesses e não fica irritado quando alguém resiste a mudar os seus hábitos de vida. O amor não fica magoado quando outros falam mal de nós, criticando-nos por querermos viver uma vida saudável.O amor não fica contente quando alguém que não quis deixar de fumar, de beber ou de comer desregradamente,

“Agora, pois, permancecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior destes é o amor.”

I Coríntios 13:3

fica doente, como resultado das suas más escolhas. Pelo contrário, o amor chora com os que choram e alegra-se com o arrependimento e o perdão. O amor tudo sofre; continua a acreditar nas pessoas, faz sempre o bem, tudo espera e está sempre pronto para ajudar.O amor jamais acaba; no entanto, toda a ciência será ultra-passada; as excelentes palestras perderão o seu valor; por-que o nosso conhecimento é muito limitado e imperfeito. Quando, porém, vier o que é perfeito, o que é incompleto e imperfeito deixará de ter valor. Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança, pensava como criança; porém, quando cheguei a ser homem, deixei de ver o mundo da maneira própria de uma criança.Porque, agora, vemos como alguém que se vê a um espelho. Mas, nesse dia veremos cara a cara. Agora, o meu conheci-mento é muito limitado; mas nessa altura, conhecerei tal como também sou conhecido pelo meu Criador.Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior destes é o amor.

Dr. Viriato FerreiraParáfrase de I Corintios 13