As Religiões de Matriz Africana e a Escola - Mãe Carmem Prisco

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    18/10/2013Religiosidade: As religiões de matriz africana e a escolaMãe Carmem Prisco

    As religiões de matriz africana foram incorporadas a c lt ra !rasileira desde "# m ito$ % ando os/as primeiros/as escra&izados/as desem!arcaram no pa's e encontraram em s a religiosidade ma forma

    de preser&ar s as tradi(ões$ idiomas$ con"ecimentos e &alores trazidos da )frica*+ assim como t do % e fazia parte deste ni&erso$ tais religiões , apesar de s a infl -ncia eimport.ncia na constr (ão da c lt ra nacional , tam! m foram perseg idas e$ em determinadosmomentos "ist ricos$ at proi!idas* At almente$ os ata% es mais e pressi&os s religiões de matrizafricana &-m das c"amadas religiões neopentecostais4$ % e com mente as rot lam de c lto aosdem5nios4$ crendices4 e feiti(arias4*

    6oda essa ignor.ncia com rela(ão a essas c lt ras gera m am!iente prop'cio para intoler.ncia$ proporcionando sofrimento aos praticantes e a todos/as a% eles/as % e fazem parte da pop la(ãonegra$ % e tem os se direito de perten(a e identidade racial m itas &ezes negado em f n(ão doracismo*

    A ministra religiosa e 7 aloris#$ Carmen Prisco$ defende % e para com!ater o racismo e aintoler.ncia religiosa o go&erno !rasileiro precisa recon"ecer a contri! i(ão dos africanos naconstr (ão da alma !rasileira e tom!ar o candom!l como Patrim5nio C lt ral 7ntang'&el da9 manidade*

    Patrim5nio ral e 7material da 9 manidade ma distin(ão criada em 1;;< pela rganiza(ãodas =a(ões >nidas para a +d ca(ão$ a Ci-ncia e a C lt ra para a prote(ão e o recon"ecimento do patrim5nio c lt ral imaterial$ a!rangendo as e pressões c lt rais e as tradi(ões % e m gr po deindi&'d os preser&a em respeito da s a ancestralidade$ para as gera(ões f t ras*

    ? candom!l representa o espa(o onde a c lt ra dos escra&izados % e &ieram para o @rasil est#g ardada$ est# sendo preser&ada e transmitida* e as leis m nicipais contin arem fec"andoterreiros$ não recon"ecendo o l gar do sagrado % e o nosso c lto poss i$ em B0 anos não teremosmais candom!l e as pessoas não &ão nem sa!er da "ist ria dos escra&izados no @rasil $ destacaCarmen*

    Para ela f n(ão dos/as ed cadores/as le&ar estes con"ecimentos para a sala de a la e contri! ir para perpet a(ão dos &alores ci&ilizat rios de tradi(ão africana* +la inicia esse resgate "ist ricodistig indo a origem e "ist ria dos ancestrais africanos % e &ieram na di#spora*

    s @ant s eram o gr po mais n meroso$ di&idiamDse em angolaDcongoleses e mo(am!i% es* aorigem esta&a ligada ao % e "oEe representa Angola$ Faire e Mo(am!i% e$ os principais destinosdeste gr po eram Maran"ão$ Par#$ Pernam! co$ Alagoas$ Rio de Ganeiro e ão Pa lo* +les foram o primeiros a c"egarem no @rasil e a f ndarem com os ind'genas o candom!l de ca!loco$ primeiramanifesta(ão religiosa com origem africana do pa's*

    G# os 7or !as o =ag5sD daneses eram formados por: ior !as$ EeEes e fantiDas"antis$ trazidos dos doeste do continente africano$ do % e "oEe representado pela =ig ria$ Haomei e Costa do ro$se destino geralmente era a @a"ia* +ntre eles tin"am os m l( manos$ % e de acordo com Carmen$eram os nãoDescra&izados e tam! m m itos g erreiros$ % e em s a maioria foram para os engen"os

    de canaDdeDa(Icar* =o final da Hi#spora$ a% i c"egaram os Jon$ c Ea maior e pressão "ist rica$ pol'tica e social se e presso no @enin$ atra& s do Reino do Ha"ome *

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    Carmen c"ama a aten(ão para como$ mesmo falando l'ng as diferentes e c lt ando se s pr priosde ses$ esses po&os rei&entaram s as origens$ niramDse e pela f são de s as c lt ras constr 'ramnossa religiosidade e con"ecimento* +la destaca alg mas manifesta(ões % e ti&eram origem nesta

    colagem4:

    Batuque , sediado no Rio Krande do l$ se estende para pa'ses &izin"os como >r g ai e

    Argentina* L fr to de religiões dos po&os da Costa da K in e da =ig ria$ como as na(ões GeEe$7Ee #$ $ Ca!inda e =ag5*

    Candomblé , Ho Cal nd colonial da @a"ia s rgem os primeiros terreiros de candom!l e comeles a organiza(ão politicoDsocialDreligiosa* =este ponto$ as irmandades não podem ser es% ecidas*+las t-m como origem a mist ra pro&eniente da c lt ra dos escra&izados com o catolicismo* A maisantiga a 7rmandade da @oa Morte$ % e no terreiro da Casa @ranca f ndo os alicerces para % e ademais casas de candom!l p dessem ser criadas e posteriormente$ se espal"arem pelo @rasil*

    Cabula , o nome pelo % al foi c"amada$ na @a"ia$ ma seita s rgida no final do s c lo 7 $ comcar#ter secreto e f ndo religioso* Al m do c n"o "erm tico$ a seita mantin"a forte infl -ncia dac lt ra afroD!rasileira$ so!ret do dos mal-s$ !antos com sincretismo pro&ocado pela dif são daHo trina +sp'rita nos Iltimos anos do s c lo 7 * A Ca! la classificada como candom!l deca!oclo$ considerada como prec rsora da >m!anda$ persiste ainda como forma de c lto nos estadosda @a"ia$ +sp'rito anto$ Minas Kerais e Rio de Ganeiro*

    Culto aos Egungun , ma das mais importantes instit i(ões$ tem por finalidade preser&ar easseg rar a contin idade do processo ci&ilizat rio africano no @rasil$ o c lto aos ancestraismasc linos$ origin#rio de o$ capital do imp rio =ag5$ % e foi implantado no @rasil no in'cio dos c lo 7 * c lto principal aos +g ng n praticado na 7l"a de 7taparica no +stado da @a"ia$ mase istem casas em o tros +stados*

    Catimbó D Conce!eDse como Catim! DG rema$ o simplesmente G rema$ a religião % e se tilizasessões de Catim! na &enera(ão da G rema sagrada e dos ri #s* Catim! DG rema m c lto"'!rido$ nascido dos contatos ocorridos entre as espirit alidades ind'gena$ e rop ia e africana$contatos esses % e se deram em solo !rasileiro$ a partir do s c lo N7$ com o ad&ento dacoloniza(ão*

    Umbanda , ma religião !rasileira % e sincretiza rios elementos$ incl si&e de o tras religiõescomo o catolicismo$ o espiritismo$ as religiões afroD!rasileiras e a religiosidade ind'gena* A pala&ra

    m!anda deri&a de m4!anda$ % e em % im! ndo Oidioma !anto significa ?sacerdote o?c randeiro *

    Quimbanda , ma ramifica(ão da m!anda desde a s a f nda(ão pelo m di m !rasileiro F lioJernandino de Morais$ E# % e o mesmo admiti ter m e como g ia por ordens de se s g ias*Assim como % al% er religião$ dentro da % im!anda$ e istem rias lin"as de desen&ol&imento$mas o princ'pio de tra!al"ar respeitando as leis da >m!anda f ndamental$ ma &ez % e estasentidades são comandadas pelas entidades da >m!anda$ % e s a matriz*

    Xambá D A =a(ão am!# ma religião afroD!rasileira ati&a em linda$ Pernam! co* Alg nsa tores afirmam % e este c lto est# praticamente e tinto no pa's*

    Omolocô , m c lto presente no Rio de Ganeiro$ mas &eio pela @a"ia e tam! m encontrado no

    Rio Krande do l$ caracterizado por s as pr#ticas rit ais e de c lto aos ri #s$ Ca!oclos$PretosD&el"os e demais Jalangeiros de ri #s da >m!anda* c lto moloc5 apontado porest diosos do ass nto e praticantes como m dos principais infl enciadores da forma(ão da

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    >m!anda africanizada$ ao lado do Candom!l de Ca!oclo$ do Ca! la e do pr prio Candom!l *6eria s rgido entre o po&o africano Q ndaD i5co*

    A ministra tam! m destaca % e a religiosidade africana para os/as escra&izados/as não se separa&adas demais dimensões da &ida e % e foi esta caracter'stica % e potencializo o poder de infl -nciadesta c lt ra em tantos setores da sociedade !rasileira ainda em se in'cio* +la recorda leis com o a

    do Hiret rio de 1 entre si o % e res lta na pala&ra J>QS* =este caso a pronIncia do R não tilizada por% e tam! m não se aplica nos idiomas ior !# e !anto $ e plica*

    A apropria(ão dos termos africanos aca!o se transformando em pr#tica cotidiana no ni&erso dac lin#ria !rasileira$ % e adoto o modo de preparar$ !em como os ingredientes sados pelas negras*

    A pop la(ão escra&izada E# "a&ia introd zido na cozin"a port g esa o leite de cocoDdaD@a"'a$ oazeite de dend-$ confirmo a prefer-ncia da pimenta malag eta so!re a do reino$ de ao @rasil ofeiEão preto$ o % ia!o$ ensino a fazer &atap#$ car r $ m ng nz#$ acaraE $ ang e pamon"a* +ltam! m modifico os pratos port g eses$ s !stit indo ingredientesT fez a mesma coisa com os pratos da terraT e finalmente crio a cozin"a !rasileira$ % e por meio dos/as escra&izados/as de

    gan"o foi respons#&el pela so!re&i&-ncia de m itos sen"ores de engen"o % e faliram com adecad-ncia da canaDdeDa(Icar no mercado e rope *

    Para con"ecer o tras infl -ncias pro&enientes da c lt ra das religiões africanas$ recomendamos % eacessem a apostila criada por Carmen Prisco e con"e(am o tros cen#rios como da mIsica$ das&estimentas e da organiza(ão social esta!elecida na religiosidade* @ons est dosU

    Jonte: A(ão +d cati&a

    "ttp://VVV*acordac lt ra*org*!r/artigos/18102013/religiosidadeDreligiWC3W@BesDdeDmatrizDafricanaDeDescola

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