As Muitas Vozes

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FAMÍLIA NO ALTAR AS MUITAS VOZES – Gênesis 3:1-24 As relações no início eram de aprendizado mútuo. Tanto o homem quanto a mulher caminhavam lado a lado e aprendiam juntos aquilo que o Senhor lhes ensinava. Na viração do dia, ao entardecer, Deus se aproximava do homem e da mulher para falar com eles e construir uma relação devocional intima e completa. Porém outras vozes interferiram nessa relação do homem com sua mulher e de ambos com Deus. Eva deu ouvidos à voz da serpente e começou a mudar a maneira como via aquilo que sempre existiu diante dos seus olhos. Quantos relacionamentos começam bem, com alegria e intimidade e acabam mal, com brigas e desentendimento. De quem é a culpa? Como um bom relacionamento deteriorou-se de repente? Parece que, como Eva, o ser humano ao longo da vida, começa a dar ouvido a outras vozes e essas vozes vão aos poucos transformando a relação do casal. A intimidade entre marido e mulher vai se esvaindo aos poucos e o resultado é dois estranhos que não conseguem mais se entender. Muitos casais depois que acaba o período doce do casamento percebem que estão com algumas dificuldades. Antes de se relacionarem com qualquer pessoa tanto homem quanto mulher tinham dentro de si algumas expectativas quanto àquilo que é o ideal para uma relação a dois. Criam expectativas de quais atitudes são desejáveis no cônjuge e quais são reprováveis. É aí que se inicia o problema de ambos. Aquelas características do outro que antes era percebida com charme e bom humor passa a irritar e ser algo insuportável. Ambos tem boas intenções e não desejam deixar de amar ou respeitar o outro e vão se aconselhar sobre como manter a relação conforme a expectativa que criaram. Depois que entrou o pecado no mundo, o coração do ser humano se tornou volátil e enganoso sendo incapaz de agir com sensatez e sabedoria para resolver qualquer questão que possa aparecer. Existe sempre aqueles que se autonomeiam especialistas em relacionamento, no entanto são desastrosos ao dar conselhos para qualquer pessoa. Essas vozes não ajudam antes criam mais chamas onde o incêndio está estabelecido. Jogam mais combustível no que já está problemático.

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FAMÍLIA NO ALTAR

AS MUITAS VOZES – Gênesis 3:1-24

As relações no início eram de aprendizado mútuo. Tanto o homem quanto a mulher caminhavam lado a lado e aprendiam juntos aquilo que o Senhor lhes ensinava. Na viração do dia, ao entardecer, Deus se aproximava do homem e da mulher para falar com eles e construir uma relação devocional intima e completa.

Porém outras vozes interferiram nessa relação do homem com sua mulher e de ambos com Deus. Eva deu ouvidos à voz da serpente e começou a mudar a maneira como via aquilo que sempre existiu diante dos seus olhos. Quantos relacionamentos começam bem, com alegria e intimidade e acabam mal, com brigas e desentendimento. De quem é a culpa? Como um bom relacionamento deteriorou-se de repente?

Parece que, como Eva, o ser humano ao longo da vida, começa a dar ouvido a outras vozes e essas vozes vão aos poucos transformando a relação do casal. A intimidade entre marido e mulher vai se esvaindo aos poucos e o resultado é dois estranhos que não conseguem mais se entender.

Muitos casais depois que acaba o período doce do casamento percebem que estão com algumas dificuldades. Antes de se relacionarem com qualquer pessoa tanto homem quanto mulher tinham dentro de si algumas expectativas quanto àquilo que é o ideal para uma relação a dois.

Criam expectativas de quais atitudes são desejáveis no cônjuge e quais são reprováveis. É aí que se inicia o problema de ambos. Aquelas características do outro que antes era percebida com charme e bom humor passa a irritar e ser algo insuportável. Ambos tem boas intenções e não desejam deixar de amar ou respeitar o outro e vão se aconselhar sobre como manter a relação conforme a expectativa que criaram.

Depois que entrou o pecado no mundo, o coração do ser humano se tornou volátil e enganoso sendo incapaz de agir com sensatez e sabedoria para resolver qualquer questão que possa aparecer. Existe sempre aqueles que se autonomeiam especialistas em relacionamento, no entanto são desastrosos ao dar conselhos para qualquer pessoa. Essas vozes não ajudam antes criam mais chamas onde o incêndio está estabelecido. Jogam mais combustível no que já está problemático.

Deus criou o homem diferente da mulher. Cada um com habilidades específicas para complementar o outro. Essa complementariedade, ao contrário da crendice popular, não nos torna inferiores ou incompletos, mas tem o objetivo de alimentar a intimidade entre o casal.

O homem não foi criado incapaz de cumprir suas obrigações sozinho. Tem força, inteligência e habilidade para fazer tudo que lhe cair na mão. E quando faz alguma coisa, faz bem feito. Mas Deus criou também a mulher, igualmente dotada de força, inteligência e habilidade, para fazer tudo que lhe for proposto. Porém quando duas forças, duas inteligências e duas habilidades se unem, as diferentes formas de enxergar o mundo, de exprimir sua força, de empregar sua inteligência e usar suas habilidades, completam a tarefa que ambos desenvolverão de forma ainda mais perfeita.

Quantas vezes vemos um casal onde a mulher é detalhista e o homem vê o quadro geral, e quando utilizam suas habilidades de visão acabam realizando um maravilhoso trabalho? Mas

existem algumas vozes que falam que ambos deveriam competir entre si para ver qual o melhor. Daí essa competição divide o casal em vez de uni-los. Deus não criou homem e mulher de formas diferentes para que competissem entre si. Mas para que sua unidade pudesse leva-los a construir sua história e realizarem aquilo para o qual foram criados.

Não devemos dar ouvidos às vozes externas que nos empurram para a competição sobre quem pode mais ou quem é o melhor. Ambos são iguais em capacidade e importância, e foram criados diferentes para poderem complementar a tarefa que um e outro realizam.

Para que a competição e as diferenças deixem de existir precisamos voltar a aprender como viver de maneira complementar. Homem e mulher devem abandonar as muitas vozes que os separam e lhes cegam o entendimento para reaprenderem um com o outro o que é o melhor para o casal. Aquilo que poderá completar a vida de ambos para que, ao caminharem trabalhando juntos possam realizar um ao outro em família.