As Melhores Redações do ENEM

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1) Bola e Circo A Copa do Mundo de Futebol de 2014 se aproxima e o cidadão brasileiro se depara com uma importante questão: será viável e positivo para o país sediar um evento de tamanho porte? Se a situação que ocorreu com o Pan-Americano sediado por nós se repetir, a tendência será de mais um investimento público mal aproveitado. Organizar o maior evento esportivo do mundo pode gerar empregos diretos e indiretos, fomentar o turismo no país e exaltar o espírito nacionalista do povo. O custo disso, porém, é alto - as cifras estão em torno de 20 bilhões de reais, se não houver superfaturamento. Nesse contexto de orçamentos astronômicos, questões de ordem social, como o precário sistema de saúde e a alta criminalidade podem não estar recebendo a devida atenção. Todavia, pode-se argumentar que as obras advindas desses investimentos viabilizarão uma qualidade de vida maior à população, que passará a contar com melhores espaços urbanos. Esse seria um argumento de força, não fosse um mau exemplo recente, quando o país foi sede dos jogos Pan-Americanos. Recorrentes foram as denúncias de abandono dos complexos esportivos e dos espaços relativos aos jogos após o término do evento. Essa falta de manutenção antecipa o que pode vir a acontecer com a infra-estrutura da Copa. Sendo assim, não é difícil constatarmos, mesmo nos dias de hoje, uma política próxima à prática de tempos romanos, denominada "Panis et circensis" (Pão e Circo). É fundamental que o cidadão não esqueça dos problemas sociais e políticos que existem no país e tenha ciência de que os aspectos negativos desse evento podem se sobrepor às vantagens se não houver uma constante fiscalização por parte da população que viabilize a permanência da qualidade dessas obras, fazendo jus ao elevado capital movimentado. 2)Só cotas? As cotas para universidades são uma forma válida de inserção social e racial, porém não resolvem completamente o problema das minorias brasileiras, apenas disfarçam a real situação da rede pública de ensino e a diferença na qualidade da formação intelectual dos estudantes de diferentes classes sociais, não importando sua raça. Se por um lado a raça e a divisão social não influenciam em nada na capacidade intelectual de um indivíduo, por outro lado a qualidade do ensino recebida nos níveis fundamental e médio atuam como fator decisivo na hora de competir por uma vaga no ensino superior. Dessa forma, um verdadeiro mecanismo de apoio às classes sociais desfavorecidas deveria também equiparar o ensino público ao particular. Outro fator importante a se pesar é que o ingresso nas universidades e institutos federais de alunos menos favorecidos não garante a sua permanência nos cursos. Surge, então, a necessidade de uma política de amparo para que se evite a evasão dos cursos e a repetência, em especial desses alunos, mostrando mais uma vez que o uso de cotas por si só é insuficiente para colocar as várias camadas da sociedade brasileira no mesmo patamar educacional.

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Coleção de redações para estudar para o ENEM.

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1) Bola e Circo

1) Bola e Circo

A Copa do Mundo de Futebol de 2014 se aproxima e o cidado brasileiro se depara com uma importante questo: ser vivel e positivo para o pas sediar um evento de tamanho porte? Se a situao que ocorreu com o Pan-Americano sediado por ns se repetir, a tendncia ser de mais um investimento pblico mal aproveitado.

Organizar o maior evento esportivo do mundo pode gerar empregos diretos e indiretos, fomentar o turismo no pas e exaltar o esprito nacionalista do povo. O custo disso, porm, alto - as cifras esto em torno de 20 bilhes de reais, se no houver superfaturamento. Nesse contexto de oramentos astronmicos, questes de ordem social, como o precrio sistema de sade e a alta criminalidade podem no estar recebendo a devida ateno.

Todavia, pode-se argumentar que as obras advindas desses investimentos viabilizaro uma qualidade de vida maior populao, que passar a contar com melhores espaos urbanos. Esse seria um argumento de fora, no fosse um mau exemplo recente, quando o pas foi sede dos jogos Pan-Americanos. Recorrentes foram as denncias de abandono dos complexos esportivos e dos espaos relativos aos jogos aps o trmino do evento. Essa falta de manuteno antecipa o que pode vir a acontecer com a infra-estrutura da Copa.

Sendo assim, no difcil constatarmos, mesmo nos dias de hoje, uma poltica prxima prtica de tempos romanos, denominada "Panis et circensis" (Po e Circo). fundamental que o cidado no esquea dos problemas sociais e polticos que existem no pas e tenha cincia de que os aspectos negativos desse evento podem se sobrepor s vantagens se no houver uma constante fiscalizao por parte da populao que viabilize a permanncia da qualidade dessas obras, fazendo jus ao elevado capital movimentado.

2)S cotas?

As cotas para universidades so uma forma vlida de insero social e racial, porm no resolvem completamente o problema das minorias brasileiras, apenas disfaram a real situao da rede pblica de ensino e a diferena na qualidade da formao intelectual dos estudantes de diferentes classes sociais, no importando sua raa.

Se por um lado a raa e a diviso social no influenciam em nada na capacidade intelectual de um indivduo, por outro lado a qualidade do ensino recebida nos nveis fundamental e mdio atuam como fator decisivo na hora de competir por uma vaga no ensino superior.Dessaforma, um verdadeiro mecanismo de apoio s classes sociais desfavorecidas deveria tambm equiparar o ensino pblico ao particular.

Outro fator importante a se pesar que o ingressonas universidades e institutos federaisdealunos menos favorecidos nogarantea sua permanncia noscursos. Surge, ento, a necessidade de uma poltica de amparo para que se evite a evaso dos cursos e a repetncia, em especial dessesalunos, mostrando mais uma vez que o uso de cotas por si s insuficiente para colocar as vrias camadas da sociedade brasileira no mesmo patamar educacional.

Sendo assim, juntamente com as cotas para universidades, dever-se-ia investir intensamente na educao bsica gratuita e polticas de apoioaalunosoriundos dessas minoriasque j fazem curso superior, fazendo com que um dia no seja mais necessrio o uso das cotas como mecanismo de insero social e racial.

3) Estamos nos escondendo?

Falar bem, sorrir, calar, vestir-se, gesticular e, por que no, mentir. Tudo faz parte do modo de vida de um ser bastante peculiar, o homem. No aconchego de seu lar, sentado, bem acomodado, o homem relaciona-se com quem quiser, da maneira que acha adequada. E nem precisa mostrar o rosto, falar o prprio nome, dizer onde mora. Parece incrvel, mas este tipo de relacionamento "as escuras", no mero modismo; mostra muito mais uma tendncia que veio para ficar do que mero vicio de usurios da Internet.

H, de um lado, aqueles que se utilizam das facilidades proporciondas pela Internet como entretenimento, como forma de diverso; no esto ali teclando e gastando tempo apenas para se esconderem, mentirem ou, pior, com mas intenes. Buscam muito mais uma forma abrangente de relacionamento que, desejam, termine em encontros reais, ao vivo. Para estes, a forma mais simples de conhecer algum no mais em um bar, em um restaurante, cinemas, festas; hoje, bastam alguns poucos momentos para saber se valera a pena conhecer o amigo "virtual". Se no, um simples comando ao computador evita toda uma serie de transtornos.

Por outro lado, ha os insatisfeitos, aqueles que, na convivncia do dia-dia, no conseguem se relacionar de maneira adequada; acreditam menos em si mesmos do que na opinio de quem os vem. Preferem o mito; acham normal mentir para agradar. Assim, a Internet torna-se um escape, um ponto no imaginrio onde quem comanda ele; um lugar onde tudo pode ser feito.

As antigas cartas de namorados agora so substitudas pelo email; as trocas de beijos so ouvidas como meros estalos nas caixas de som; as flores so figuras digitais. Acreditam que estas so as formas mais adequadas de interatividade. Mentir sua realidade.

A primeira forma de relacionamento mera extenso da comunicao humana. O "mundo virtual" visto como ferramenta, como facilitador do conhecimento. Mentir no uma opo que traga benefcios. Para pais e educadores, esta forma traz vantagens e desvantagens: por um lado, aumenta mais a segurana, j que agora o jovem noo precisa passar noites fora de casa, e descarta quem acha que no lhes seja interessante; por outro, podem ser facilmente suscetveis aos mal-intencionados; aqueles que, com boa conversa, conseguem iludir. Os que esto no segundo grupo situam-se em uma zona de perigo. Ao perder o contato com a realidade, o indivduo deixa de saber como se relacionar, como aceitar crticas; acaba por no conhecer os trejeitos, os detalhes da interao humana; so facilmente magoados e desapontados.

Educados desde cedo, homens e mulheres devem ser encorajados a relacionarem-se de maneira adequada. Bem ou mal, desapontamentos, mgoas, tristezas, tudo faz parte de nosso modo de vida. A Internet deve ser entendida como facilitador, no meio nico de comunicao ou, pior ainda, como instrumento real de relacionamento.

4) Belo Monte

Durante dcadas, discutiu-se sobre a construo da Usina de Belo Monte. Houve conflitos diretos com os ndios que habitam ao redor do rio Xingu. A repercusso foi mundial, tendo recebido crticas de organizaes internacionais e nacionais que se posicionaram contra a criao da hidreltrica.

Devido ao crescimento econmico brasileiro, cogitou-se a construo de Belo Monte. O Brasil alcanou altos ndices de desenvolvimento que geraram o sexto maior produto interno bruto do mundo. Antes no se pensava em possveis estudos sobre a construo, que era proibida por lei. Esse projeto tem grandes interesses polticos, mas enfrenta oposio de diversos setores.

A Belo Monte ser a terceira maior hidreltrica do mundo, mas s produzir em mdia 40% da sua capacidade total. O impacto que causar ao meio ambiente agressivo. O rio Xingu alagar uma rea de aproximadamente 500 km, dificultando a sobrevivncia dos povos que ali vivem. Os ndios clamam por guerra, a populao ribeirinha faz protestos por no terem os seus direitos respeitados, pois os orgos competentes no os ouvem.

A discusso perdurar por muito tempo. preciso reaver as decises tomadas, e no somente construir a usina sem ter uma atitude mais viabilizada para todos a quem interessa. Existem outras fontes de energias renovveis como a elica e solar, podendo haver investimentos nesses setores, poque no adianta a energia ser "limpa" e sujar a Amaznia.

5)A necessidade de superao do problema do lixo

Nas ltimas dcadas, a sociedade contempornea presencia um aumento gradativo na escala da produo industrial somado a uma renovao na dinmica dos hbitos de consumo. notrio que a modernizao desses hbitos trouxe, em muitos sentidos, mais comodidade e praticidade ao dia-a-dia. A grande variabilidade dos produtos disponveis ao consumidor, proporcionada em grande parte pelos avanos tecnolgicos, elevou o nvel de consumo a patamares inimaginveis em pocas passadas. Todavia, diante dessa realidade, nos deparamos com a primordial questo: como lidar com a quantidade excessiva de lixo gerada atualmente, tendo em vista a ameaa aos ecossistemas nos quais esses lixos se encontram?

Sob forma orgnica ou sinttica, o lixo produzido nos grandes aglomerados urbanos no encontra, na maioria das vezes, a destinao necessria para que o bem-estar da sociedade e a preservao ambiental sejam assegurados. Os chamados aterros sanitrios esto cada vez mais saturados, e as medidas de reaproveitamento do lixo ocorrem de forma paliativa ou em baixa escala.

Outro problema recorrente nos dias de hoje a produo desenfreada do lixo altamente txico proveniente de aparelhos eletrnicos, que quando descartados diretamente na natureza podem contaminar lenis freticos e causar srios danos sade humana.

Apesar da existncia de projetos como a coleta seletiva e a reduo da produo de materiais base de polietileno (como as sacolas plsticas), deve-se ressaltar que uma melhoria efetiva nesse contexto s viabilizada por meio da macia conscientizao social unida a medidas criteriosas por parte do poder pblico.

Dessa forma, o financiamento, por parte do governo, de pesquisas em universidades que visem criao de formas eficientes de reciclagem uma das alternativas para que os males causados pela produo de lixo sejam atenuados. Ademais, necessria a valorizao social das medidas que levem ao desenvolvimento sustentvel, dentre elas: a compra de novos aparelhos eletrnicos somente quando preciso, reaproveitamento de materiais domsticos e a preferncia pela utilizao de materiais biodegradveis.

6)Humanos e animais: seres de um mesmo reino

Desde os tempos remotos, os seres humanos estabelecem relaes com os animais, sejam elas econmicas, culturais ou afetivas. Isso repercutiu durante toda a histria da humanidade, sendo que, nas ltimas dcadas, cresceu o nmero de pessoas que possuem animais de estimao, relacionando-se com eles de diversas maneiras.

O relacionamento entre seres humanos e animais de estimao deve ser amigvel e equilibrado, para que possa trazer benefcios a ambas as partes. Atravs de respeito, conseguem-se bons resultados, como os obtidos com o uso de cachorros no tratamento de pacientes que tenham depresso e/ou cncer. Nesse caso, os animais ajudam a elevar e qualificar a autoestima da pessoa, ajudando-a a enfrentar o tratamento com mais alegria e, em troca, recebem carinho e ateno.

Todavia, h alguns absurdos, muitos deles divulgados pela mdia: maus tratos, agresses covardes aos animais, prticas ilcitas como rinha de galo, excesso de mimos e cuidados, fatos esses que causam, na maioria da populao, revolta e indignao, alm de poder trazer como consequncias atitudes inesperadas por parte de animais de estimao, comportamento agressivo, fobias.

O necessrio reprimir os excessos e mostrar s pessoas a maneira mais adequada de relacionar-se com seu respectivo bicho de estimao, um convvio que, como tudo na vida, deve estar embasado no respeito mtuo e estar inserido dentro de certos limites de comportamento e de zelo, para que se torne uma interao prazerosa e que traga felicidade.

7)A sobrevivncia do preconceito

O fato de muitos negros hoje ocuparem lugares de destaque no indica que o preconceito racial est chegando ao fim, demonstra apenas que o mundo est abandonando a imagem do negro como pessoa incapaz de atingir um objetivo. So pessoas que conseguiram aproveitar as oportunidades e alcanaram o sucesso, porm, jamais chegariam aonde esto se no tivessem algum respaldo financeiro.

A escolha dos americanos para presidente da Repblica mostra que o preconceito existe at nos dias atuais, pois foi uma eleio que jamais causaria tanto impacto se o mundo estivesse realmente amadurecido quanto a questo racial. Foi um espetculo miditico, que transformou um candidato comum em um arauto dos novos tempos, fazendo com que parecesse mais um duelo de raas do que um embate de propostas polticas em uma nao que depois de tanto controlar o mundo comeou a ter seu brilho apagado.

Barack Obama no teve a infncia que um negro pobre teria, cursou universidades prestigiadas e teve como carto de acesso ao mundo dos brancos o fato de sua me e avs maternos serem desta raa. O grande mrito de Obama foi ter aproveitado as oportunidades que tinha e conseguir trilhar uma trajetria poltica que fizesse com que merecesse uma vaga na disputa pela Casa Branca.

Quanto aos artistas negros que fazem tanto sucesso em Hollywood e que parecem servir de amostra que o preconceito est acabando, leva a um silogismo onde as pessoas acreditam que o fato deles estarem l significa a derrubada do muro da intolerncia e o fim da imagem do branco como superior. Como existem personagens negros, obviamente existiro atores negros, algo que to natural que se torna bizarro que tais atores sejam utilizados como smbolos dos novos tempos.

O preconceito racial sobrevive e somente com investimentos na rea de educao e a punio para atos discriminatrios podem diminuir cada vez mais a ideologia racista predominante. No o sucesso de alguns negros que vai abrir o caminho para os outros, da mesma maneira que no reservando cotas em faculdades, mas sim a melhoria do ensino pblico que podem diminuir a diferena entre a mdia da populao de qualquer raa que consiga atingir o ensino superior.

8) A poltica e a falta de interesse dos jovens

O nmero de jovens entre 16 e 17 anos que votam tem diminudo gradativamente com o tempo. Essa falta de interesse gerada pela descrena predominante, no somente entre os jovens, mas em toda populao, quando o assunto poltica.

Essa descrena se deve, principalmente, s vrias "propinas" entre os polticos. O dinheiro do povo est sendo desviado, escondido em meias, malas e os mais inimaginveis lugares. E, dessa forma, a corrupo se mostra cada vez mais "cmica" e vergonhosa para toda a populao brasileira. Sendo assim, por que os jovens se dariam ao trabalho de tirar o ttulo de eleitor? Para trocar os "corruptos"? Por isso, enquanto no so obrigados, eles se isentam de se envolver em toda essa vergonha que se tornou a poltica brasileira.

A corrupo um tema de discusso complexo, afinal, a conscincia individual, a honestidade e o respeito tambm. Trs caractersticas importantes que faltam aos polticos brasileiros. Mas, quando o assunto o interesse do jovem em relao poltica e s eleies, o que deve ser feito respeitar a deciso de cada um deles. Afinal, se o dinheiro do povo brasileiro no respeitado, ao menos sejam as suas decises e escolhas, ou, nesse caso, a falta delas.

9)Cdigo do qu?

Em 1934, foi institudo o cdigo florestal, um conjunto de leis que regulamentava a retirada da vegetao das chamadas APPs (encostas, reas prximas de rios e reas de morro), para serem utilizadas para fins agrcolas alm de estipular uma porcentagem da rea privada que deveria ser preservada. Porm, como o Estado no tinha condies de fiscalizar e cobrar o cumprimento dessas leis, os agricultores contiruaram a utilizar reas sob proteo ambiental para o cultivo de seus plantios.

Este ano, a cmara de deputados aprovou a mudana no cdigo florestal que isentaria os pequenos agricultores

das multas altigas, pelo no cumprimento do antigo cdigo, e de ter que reflorestar as reas sob

proteo da lei. Tambm, tal mudana permite que determinadas atividades possam ser realizadas nas APPs.

Ambientalistas foram contra, pois essa mudana motivaria o aumento no desmatamento no pas. J os agricultores so a favor de tais mudanas, pois as antigas leis iriam atrasar a produo da prtica econmica mais importante do pas, alm de tornar invivel o cumprimento dessa lei por parte dos pequenos agricultores.

Talvez a melhor soluo seria realizar estudos mais precisos para se analisar as consequncias de determinadas mudanas no cdigo, melhorar as tcnicas na agricultura para o melhor aproveitamento e menor degradao do sol, alm de manter uma fiscalizao mais rigorosa, podendo, assim, manter a produtividade agrcola e diminuir o desmatamento.

10)Agressividade entre jovens

Um dos maiores problemas atuais, intrnseco ao mbito juvenil, o "bullying", isto , comportamento violento assumido por algumas pessoas, que discriminam, humilham e chegam a agredir fisicamente outras, causando-lhes perda de autoestima e diminuindo a produtividade destas.

Nos diversos centros de ensino do Brasil, estabelece-se supostamente uma hierarquia, em que estudantes de m conduta ficam num patamar superior a qualquer outro, por instigarem constantemente indivduos ou grupos com pensamentos, aparncias ou gostos anlogos aos seus.

Segundo pediatras e psiquiatras, os agressores recebem influncias principalmente de seus familiares. Em alguns casos a falta de afeto, a comunicao falha e as discusses dirias que incitam os jovens a perpetuarem o "bullying", reproduzindo os acontecimentos de seus lares em novos lugares. No entanto, o excesso de ateno e a falta de correo pelos pais tambm podem causar o mesmo mal, j que os jovens asseguram-se na proteo exacerbada que recebem e deixam de temer punies, geralmente frouxas.

Outro fator que ainda contribui para a continuao dessa tirania a falta de desvelo das escolas com o problema. Essas, por sua vez, preferem omitir a existncia dos conflitos entre alunos, em vez de deixar claro que no aceitaro tais prticas, incitando professores e coordenadores superviso ampla e constante de qualquer forma de intimidao.

Se houvesse um acompanhamento mais eficaz dos estudantes, por pais e educadores, essa violncia poderia cessar. Mas, na verdade, o que ocorre a sua expanso para a internet, originando o "cyberbullying", em que ameaas ou xingamentos so lanados, podendo ser annimos.

No demorar e veremos outros ambientes se tornando suporte para a prtica do "bullying". Portanto, essencial que existam campanhas envolvendo educadores, profissionais da rea da sade mental e famlias para promover uma convivncia mais saudvel entre os jovens.

11)O Fim do Eurocentrismo

O sculo XX representou para a humanidade, entre outras coisas, um momento de desfazimento da caracterizao eurocntrica das relaes entre as diferentes regies do mundo. Aps sculos de domnio europeu sobre colnias e hegemonia sobre todos os recantos do planeta, as sucessivas revolues sociais, polticas e econmicas vieram confirmar o que muitos j sabiam: a Europa e sempre foi muito menos importante para o mundo do que faziam supor as suas influncias sociais e culturais.

A Europa, especialmente a Ocidental, na atualidade se encontra frente a um dilema: como superar o caos econmico representado pela crise do Euro sem a ajuda (ou devamos dizer explorao) das suas ex-colnias? Seria isso um problema que venha a preocupar os pases mais pobres? Evidentemente que no muito. Afinal, esses pases tm menos o que perder pois suas economias, embora ainda dependentes da exportao de produtos agrcolas e importao de tecnologia, viro a se beneficiar em breve com relaes econmicas mais justas, garantidas pela ao incisiva de seus novos lderes (as naes emergentes, como Brasil, frica do Sul, ndia, China...). Os pases de economia perifrica, de uma maneira geral, vm experimentando um maior dinamismo em suas economias, o estabelecimento de um aparato tecnolgico mnimo que possam garantir um maior equilbrio frente crise da Europa.

O Brasil, em especial, pode passar a ter uma importncia no cenrio mundial acima das melhores expectativas, j tendo inclusive ultrapassado o tamanho da economia britnica recentemente. Nosso pas vem demonstrando excelente desenvoltura na defesa de questes importantes para o mundo subdesenvolvido, como o fim dos subsdios oferecidos pelos pases ricos aos seus produtores rurais.

Haja vista o que foi exposto, podemos concluir que o momento histrico atual de extrema significncia para o mundo, pois, interligados pelas novas tecnologias miditicas, os pases perifricos certamente daro um rpido e significativo salto no seu desenvolvimento, livres das amarras das polticas eurocntricas e caminhando para um mundo de relaes mais justas e equnimes e menor explorao.

12)Liberdade autodestrutiva

Uma discusso antiga, mas que, vez por outra, volta aos debates, diz respeito legalizao ou no do uso da maconha. Mas, afinal, por que ainda discutimos sobre o tema e que dvidas ainda temos sobre os benefcios ou malefcios de uma tal legalizao? Que vantagens e desvantagens a sociedade e os indivduos teriam com uma possvel legalizao?

Sob o ponto de vista da sociedade, talvez, a legalizao do uso nos beneficiasse com um crime a menos no cdigo penal, liberasse a polcia para aes mais relevantes, facilitasse a arrecadao de impostos sobre um novo produto e atrasse turistas para "recreativamente" consumir nossos baseados moda brasileira.

Porm, no que diz respeito a ns, enquanto indivduos, usurios ou no: crianas, jovens e adultos, muitas vezes, submetidos s angstias das nossas crises existncias, bem como da necessidade humana de nos tornarmos pertencente a um grupo; a legalizao do uso nos deixaria expostos aos apelos da propaganda de uma sociedade cada vez mais consumista e aos encantos de uma droga que, comprovadamente, cria dependencia fsica e psquica, alm das marcas negativas, tanto na autoimagem como na autoestima, daqueles que se tornam vtimas da drogadico.

Assim sendo, no podemos ser ingnuos, apenas pensando que a legalizao do uso recreativo da maconha diminuir os ndices de violncia causados pelo trfico, facilitar a arrecadao de impostos, disponibilizar um produto para teraputica mdica, com o qual poderemos preencher o vazio de nossas crises afetivas, familiares e de busca de sentido pelo o contrrio, a legalizao apenas nos oferece um paliativo autodestrutivo para escravizar os nossos reais anseios de liberdade.

13) Guerra das Malvinas

As ilhas Malvinas, situadas no Atlntico Sul, so territrios do Reino Unido desde o sculo XVII. Ilhas estas, consideradas neutras e com pouco papel em mbito mundial. Contudo, durante o sculo XX, aps a crise da poltica populista, sobretudo na Amrica do Sul, vrios pases viraram ditaduras, inclusive a Argentina, a qual provocaria a Guerra das Malvinas. Tal guerra foi uma estratgia fracassada da Argentina de afastar os problemas internos deste pas.

Destruio, misria, raiva, crises econmicas, fome, tristeza; so algumas das caractersticas de uma guerra. No entanto, no caso das Guerras das Malvinas, esses pontos no se manifestaram de uma forma exacerbada, uma vez que a guerra durou apenas 74 dias, tendo um saldo de pouqussimos mortos aproximadamente mil, entre argentinos, britnicos e moradores da ilha. Fica claro que esta guerra foi umas das mais desnecessrias que aconteceram durante o sculo XX.

Ironicamente, o objetivo lanado pela ditadura Argentina, foi completamente contraditrio ao resultado final. Esse pas, assim como todos os pases ditatoriais, passava por srios problemas: inflao alta, crise interna, pobreza, impopularidade por parte da ditadura. Fica evidente que foi lanada uma estratgia cujos valores morais e ticos foram desrespeitados. O resultado da guerra teve uma dualidade. O Reino Unido acabou ganhando a guerra e fortalecendo o seu governo que tambm estava em crise enquanto na Argentina, a ditadura acaba.

Portanto, percebe-se que uma guerra no a maneira correta de resolver problemas, sejam econmicos, sejam sociais. Pessoas que no tm nenhuma relao com os acontecimentos so as mais prejudicadas, causando muito sofrimento e isso algo terrvel. Deve existir uma conscientizao por parte das naes sobre vrias outras maneiras de resolver os problemas, tal como investimentos na economia, educao, industrializao, obras pblicas, amenizando, assim, os problemas internos e externos. Somente assim haver melhora na economia, evitando guerras desnecessrias como as Guerras das Malvinas.

14)JORGE AMADO

REGIONALISMO

Toda a obra romanesca de Jorge Amado reflete a poca inicial de sua produo, a dcada de 1930, em que predomina o Regionalismo que, em sntese, caracteriza-se como uma literatura de carter realista que quer retratar a realidade caracterstica de determinada regio do Brasil.

LITERATURA ENGAJADA

Denncia dos problemas sociais brasileiros, que so analisados a partir de uma perspectiva marxista que v a luta de classes como chave para a compreenso desses problemas. Em Jorge Amado, essa perspectiva beira o maniquesmo: os ricos so o mal e os pobres o bem.

NACIONALISMO PITORESCO

Os romances apresentam personagens que so smbolos do homem/mulher brasileiros. Sobre a anlise ideolgica da fase anterior, predominam a narrativa de histrias tpicas da Bahia.

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