As Evidênvias Da Ressurreição de Jesus

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  • 7/26/2019 As Evidnvias Da Ressurreio de Jesus

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    AS EVIDNVIAS DA RESSURREIO DE JESUS

    INTRODUO

    A ressurreio de Jesus parece ser a mais importante de todas as obras de Deus na

    economia da salvao, pois o apstolo Paulo chega a dizer claramente que se Cristo no

    ressuscitou, v a nossa pregao, e v, a vossa f1 (! e ainda permaneceis nos vossos

    pecados"#Desse modo colocada a questo, $ necess%rio agora perguntar pelas evid&ncias da

    ressurreio de Jesus Ao se 'alar em evid&ncias da ressurreio de Jesus temse uma

    a'irmao histrica e 'actual de que a ressurreio $ um dado da histria e pass)vel de

    comprovao, de atestao, e que isso no depende da '$ do pesquisador ou dos seus

    pressupostos, mas $ um dado ob*etivo que pode ser analisado e comprovado por qualquer

    pesquisador honesto+

    -o ./#-o .0+Ao se 'alar de evid&ncias, assumese, logo a priori, que h% provas incontest%veis da ressurreio de Jesus Adiscuss1a teolgica sobre o tema, no entanto, no $ to pac)'ica como se poderia esperar De um lado, h% aquelesque assumem que a ressurreio de Jesus $ um 'ato histrico incontest%vel, como e2emplo pode ser citado,

    3cD45677, JEVIDNCIAS !E E"I#E$ !$ VE%EDI&'( Evid)ncias *ist+ricas da f crist8 vol , p9:::, -ap)tulo ; A ressurreio < 'raude ou histria= 6sta seo muito bem documentada apresenta aabordagem histrica correta da ressurreio, as prova positivas da ressurreioe uma re'utao de cada teoriaque procura re*eitar o milare do a!o"te!ime"to #ist$ri!o da ressurreio de %risto", (o gri'o $ meu! e ainda

    p%g #+.8 A ressurreio de -risto $ um evento ocorrido na histria, onde Deus agiu numa dimenso tempoespao espec)'ica" >odas as cem p%ginas re'erentes a esse assunto no seu ensaio de apolog$tica $ para provarque a ressurreio de Jesus $ um 'ato histrico real Do outro lado, temos aqueles que *ulgam ser imposs)velchegar ao cerne do 'ato histrico da ressurreio, pois ela $ em si mesma um milagre, e sendo um milagre no h%como ter essa certeza incontest%vel do ponto de vista histrico, e ainda mais porque esse milagre chegou at$ nsem 'orma de relato, de te2to, no sendo mais possivel acessar o 'ato histrico e2ceto pelo te2to Dessa 'orma $que ?ultmann 'ala em '$ na ressurreio", ou se*a, o que $ poss)vel se constatar historicamente $ que osdiscipulos creram na ressurreio, e, para ele, $ a '$ na ressurreio que leva @ e2peri&ncia com o ressuscitado eno o contr%rio, a e2peri&ncia com o ressuscitado que leva @ '$ na ressurreio8 A verdade da ressurreio de

    Cristono pode ser compreendida antes da '$ que reconhece o ressuscitado como enhor 4 'ato da ressurreiono pode ser comprovado ou evidenciado como 'ato ob*etivamente constatado < apesar de -o .+B , baseadono qual se pode crer" ?C7>3A, E &E''#IA D' N'V' &ES&A$EN&', p%g +0# Dessa 'orma aquesto, nos estudos teolgicos, continua a ser aberta e muito debatida

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    4 tema da ressurreio de Jesus ocupa um lugar de destaque tanto nos estudos b)blicos,/como

    tamb$m nos ensaios de teologias dogm%ticas,.e ainda $ tema da apolog$ticaFPraticamente

    todos os ramos dos estudos b)blicos neotestament%rios de alguma 'orma tocam no tema da

    ressurreio de Jesus, pois esse tema ocupa todo o ovo >estamentoG desde os 6vangelhos,

    que contam a sua histria, morte e ressurreio, passa pelos Atos dos Apstolos, que mostram

    a e2panso do cristianismo nascente, alcana as 6p)stolas e a vida das igre*as do per)odo

    neotestament%rio, e 'inalmente chega ao Apocalipse, com o enhor e2altado revelando a sua

    vitria 'inal sobre as 'oras inimigasG em tudo isso est% presente o tema da ressurreio de

    -risto

    Halar das evid&ncias da ressurreio de Jesus $ uma tare'a muito ampla, comple2a e ultra

    abrangente, tornandose uma empreitada quase imposs)vel de ser cumprida em um trabalhomonogr%'ico disciplinar de um curso de ?acharel em >eologia Por isso o trabalho se

    restringir% ao estudo resumido de tr&s aspectos re'erentes @ ressurreio8 A >EAD:I6

    3A: A>:KA DA E6CEE6:IL4G # 4 6PC7-E4 MAN:4G + 4 AK6>6 DA

    E6CEE6:IL4

    &' AS TRADI(ES )AIS ANTI*AS DA RESSURREIO + &%o &,'&-. e At /-,

    o dois tipos distintos de tradi1es que transmitem o evento pascal ou a ressurreiode Jesus, quais se*am os relatos pascais dos evangelhos e dos Atos dos Apstolos e

    a'irma1es semelhantes a 'rmulas, p e2 -o .+B"0O% um concenso ho*e de que essas

    / Memos esses e2emplos nos ensaios de teologias b)blicas do ovo >estamento, como as deK4PP67>, 7 &E''#IA D' N'V' &ES&A$EN&', vol , p%gs #+F#./G ?C7>3A,E op cit, p%gs B0F, #0+.B+0+, e ainda nos estudos de cr)tica b)blica como -E4A,J D ' -ES!S .IS&/%IC'8 a vida de um *udeu campon&s do 3editerrQneo, p%gs /+#/./,

    para dar apenas alguns e2emplos. Memos esses e2emplos nos ensaios de teologia dogm%tica de ?6ERO4H, 7 &E''#IASIS&E$0&ICA, p%gs +/0+.FG ?EAA>6, - 6 S J64, E 5 6ds,D'#$0&ICAC%IS&, vol , p%gs, +.#+.G PA63?6EK, 5 &E''#IA SIS&E$0&ICA, vol #, p%gs,/B/.;G 3cKEA>O, A &E''#IA SIS&E$0&ICA, .IS&/%ICA E 2I'S/2ICA( umaintroduo 3 teo4ogia crist, p%gs, /../F/G KECD63, 5 &E''#IA SIS&E$0&ICA,

    p%gs, .;.##G O4DK6, - &E''#IA SIS&E$0&ICA, p%gs, .F;G >E4K, A O&E''#IA SIS&E$0&ICA, vol #, p%gs, +F.+0;G -C7M6E, E D &E''#IA

    SIS&E$0&ICA, 565ICA E .IS&/%ICA, p%gs, 0FB#+G 6E:-R4, 3 J C.%IS&IAN&.E''#7, p%gs, 00F00, para dar apenas alguns e2emplosF 3cD45677, J op cit, vol , p%gs ##0+#B0 K4PP67>, 7 op cit, p%gs #+Bs

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    'rmulas so a parte da tradio mais antiga que os relatos dos evangelhos BPaulo lembra @

    comunidade qual 'oi a sua pregao e a'irma que est% transmitindo o que tamb$m recebeu8

    :rmos, venho lembrarvos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda

    perseveraisG # por ele tamb$m sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vola preguei, amenos que tenhais crido em vo + A"tes de tudo0 vos e"treuei o 1ue tam23m re!e2i8 8ue Cristo morreu pe4os nossos pecados, segundo as Escrituras, 9 e 8ue foi sepu4tado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: ; E apareceu a Cefas e, depois, aos doiago, mais tarde, portodos os apstolos B e, a'inal, depois de todos, 'oi visto tamb$m por mim, como por umnascido 'ora de tempo"

    Paulo coloca um peso na e2presso8 Antes de tudo, vos entreguei o que tambm

    recebi", que sugere ir muito al$m da autoridade prpria da sua pregao -om essa e2presso

    Paulo quer dizer que esta 'rmula $ muito mais antiga que a sua pregao e 'az parte do cerne

    do querigma cristo primitivo A primitiva pregao crist era uma a'irmao do tipo de

    'rmula encontrada em -o . e tamb$m em Atos #.8

    o entanto, o 1ue !o"reava os #ome"s "as !omu"idades0 desde os tempos mais remotos04oi e5!lusivame"te o 1uerima pas!al 6sse 'ato bem como o conteTdo do querigma podemder deduzidos de duas tradi1es independentes 6m -o .. Paulo lem2ra 6 !omu"idade ame"saem 6 1ual ela deve a sua e5ist7"!ia Eesume isso numa 'rmula que *% havia recebidocomo tradio 'i2a U o seguinte o teor da 'rmula con'essional, no seu trecho mais antigo, nosversos +.8

    %risto morreu por "ossos pe!ados0seu"do as Es!rituras0 e 4oi sepultado0

    ele 4oi ressus!itado0 "o ter!eiro dia0 seu"do as Es!rituras0e apare!eu a %e4as0 ap$s aos do8e"

    Ao conteTdo dessa 'rmula corresponde, essencialmente, uma segunda tradio8 o esquema daspr$dicas de Pedro em Atos #. 6ssa correspond&ncia *% evidencia a antiguidade da tradiodesse esquema, mesmo que, por outro lado, as pr$dicas como tais tenham sido 'ormuladas por7ucas 6sse esquema diz, como chamado mission%rio, a :srael8 V$s matastes a Jesus9 Deus0por3m0 o ressus!itou para vossa salvao' Isso su!edeu seu"do a Es!ritura9 disso somostestemu"#as A concordQncia entre as a'irma1es das duas 'rmulas $ evidenteG a di'erenadecorre especialmente do 'ato de que a Tltima $ querigma mission%rio, enquanto que a primeira$ querigma catequ$tico;

    B :bidem, p%g #+ a verdade essas 'rmulas esto presentes em dois tipos distintos de'rmulas, uma delas a *% citada em -o . e a outra nos discursos de Pedro em Atos dosApstolos #. 6 tamb$m PA63?6EK, 5, op cit, /08 6m sua 'orma mais antiga, atradio das apari1es se encontra em Paulo -o .+0" -o .B 4s gri'os so meus

    ; K4PP67>, 7 op cit, p%g /B 4 negrito $ meu Koppelt e2plica ainda as di'erenas entreas duas tradi1es8 o entanto, temos que ver, ao mesmo tempo, que h% uma dup4a diferena8

    -o . silencia a respeito da atividade terrena de Jesus, enquanto que o querigma daspr$dicas de Pedro aponta e2pressamente para ela8 ###G ++s Por outro lado, -o . 'ala deum signi'icado salv)'ico da morte de Jesus, enquanto que o esquema silencia a esse respeitoAs di'erenas t&m sua origem na inteno querigm%tica8 4 esquema de Atos chama,

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    -om isso podese a'irmar que toda a pregao crist primitiva 'oi um anTncio da morte e da

    ressurreio de Jesus Ao anTncio da morte de Jesus seguese imediatamente o anTncio de que

    ele tamb$m ressuscitou, con'orme se observa em Atos ;+/; Pedro e todos os demais

    apstolos utilizaram esse cerne querigm%tico

    4 que Paulo pregou em -orinto, ou em todas as comunidades crists que iniciou= A

    resposta a essa pergunta encontrase no cerne desse querigma 6le a'irma em -o ## que8

    Eu, irmos, 8uando fui ter convosco, anunciando=vos o testemun*o de Deus, no o fi< com

    ostentao de 4inguagem ou de sa>edoria: ?or8ue decidi nada sa>er entre v+s, seno a -esus

    Cristo e este crucificado", mas o que 'ora cruci'icado no 'icou na morte, mas ressuscitou

    com poder, de modo que se Cristo no ressuscitou, v a nossa pregao, e v, a vossa f

    (! e ainda permaneceis nos vossos pecados"G (-o ./,0! e 'inalmente ele a'irmacategoricamente8 $as, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo e4e as prim@cias

    dos 8ue dormem" (-o .#;! A comunidade de -orinto, como de resto todas as outras

    comunidade crists primitivas espalhadas pelo mundo antigo 'oram 'ormadas com esse cerne

    querigm%tico pascal

    A 'ormulao mais antiga dessa tradio devem ser os versos -o .+b.8

    -risto morreu por nossos pecados segundo as 6scrituras,e 'oi sepultado,

    e 'oi ressuscitado ao terceiro dia segundo as 6scrituras,e apareceu a -e'as e depois aos doze"

    6ssa 'rmula precede a pregao de Paulo e parece ter sido adotada por todos os

    apstolos antes de Paulo, porque em -o . Paulo a'irma que ele mesmo $ concordante

    nessa pregao com os demais apstolos, e $ claro, eles *% pregavam muito antes de Paulo

    iniciar seu minist$rio, sendo que eles mesmos o autorizaram e reconheceram o seu apostolado

    (Kl #! Portanto, a pregao crist primitiva 'oi o anTncio do querigma pascal8 -risto

    morreu e ressuscitou dentre os mortos

    /' O SE:U;%RO VA

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    do sepulcro vazio, o que no ser% analisado aqui, a narrativa do sepulcro vazio tem uma

    grande probabilidade de historicidade

    A narrativa de 3arcos tem um estilo lend%rio, mas no geral tendente @ historicidade8

    a narrativa de 3arcos (FB! 'oi escrita no estilo de lenda (! e, no entanto, observarmos

    os elementos b%sicos dessa tradio, muitos pontos so 'avor%veis @ sua historicidade" #4s

    argumentos a 'avor da historicidade da tradio do sepulcro vazio so os seguintes8 primeiro,

    se a narrativa tivesse sido inventada por motivos dogm%ticoapolog$ticos, di'icilmente se

    teria citado apenas uma ou tr&s mulheresG"+ segundo, o sepultamento de Jesus tem duas

    tradi1es independentes entre si que concordam no 'ato de que ele 'oi, de 'ato, sepultado,

    segundo -o ./ e 3c ./#/0G/terceiro, de que a tradio do culto cristo 'oi trans'erido

    do s%bado para o primeiro dia da semana (-o F#!, e que isso no $ e2plicado por nenhumadas aparari1es do ressuscitado, sendo que a tradio mais antiga *% citava a ressurreio

    como tendo ocorrida no terceiro diaG.e quarto, a pol&mica *udaica no nega que o tTmulo

    este*a vazio, mas procura achar outras *usti'icativas para que ele este*a vazio, como os

    disc)pulos terem roubado o seu corpo (3t #B.! ou o *ardineiro o teria escondido (Jo

    #;.!,Fo que leva @ concluso de que

    Provavelmente se mostrava, desde muito cedo, na comunidade de Jerusal$m, um sepulcro

    vazio de JesusAo que tudo indica, $ *istoricamente provve4que mulheres do grupo de Jesus encontraramseu sepulcro, ou o sepulcro que *ulgavam ser seu, vazio 6sse acontecimento $ a origem datradio apresentada em estilo de lenda, na narrativa do sepulcro0

    # K4PP67>, 7 op cit, p%g #. Deveser di'erenciar o que $ uma lenda" de o relato estarem 'rmula de lenda" Para ?utltmann, A estria da tumba vazia $ completamentesecund%ria (! A histria $ uma lenda apolog$tica, como 3c F claramente mostra (!

    $otivos dogmticos e apo4ogticostem tamb$m a'etado vitalmente as estrias pascais"?C7>3A, E &.E .IS&'%7 '2 &.E S7N'?&IC &%ADI&I'N, p%g #; A traduo $minha A sua argumentao tenta provar que estas tradi1es no esto em cone2o com astradi1es de 3arcos e dos demais evangelhos e que 4oram !riadas para !riar provasmateriais da ressurreio Para Koppelt, as tradi1es tem 'orte probabilidade de seremhistoricamente reais, embora em 'orma de lenda Para PA63?6EK, 5, op cit p%gs,.;;.;, o sepulcro vazio $ uma tradio com 'orte apelo histrico, e no podem serclassi'icadas como lenda" ou mesmo em 'rmula de lenda"+ K4PP67>, 7 op cit, p%g #./ :bidem. :bidemF :bidem0 :bidem a histria geral h% o princ)pio de que uma in'ormao pode ser consideradahistrica quando h% a mTltipla atestao de 'onte", que $ quando uma in'ormao histrica $

    atestada por duas ou mais 'ontes independentes que concordem entre si :sto pode seridenti'icado no caso do sepulcro vazio, nas in'orma1es de 3c FB e Jo #;+ Koppeltdiz8 4 Tnico trecho comum aos sin+ticos$ a narrativa do sepulcro vazio U uma tradio de3arcos (FB!, adotada e redigida por 3ateus (#B0! e 7ucas (#/!, Joo (#;+!

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    A historicidade do sepulcro vazio ainda precisa ser considerada sob outro aspecto8

    como seria poss)vel que a pregao crist primitiva tinha como cerne a ressurreio de Jesus e

    anunciava que seu sepulcro estava vazio, se 'osse poss)vel constatar a 'alsidade dessa

    assertiva=

    A 'ormulao histrica de um *u)zo deve levar em considerao, al$m da an%lise de 3c FB,tamb$m a situao do anTncio pascal cristoprimitivo em Jerusal$m, no s)tio da e2ecuo e dosepultamento de Jesus e 'or correto que, de acordo com a compreenso *udaica de ento, anot)cia da ressurreio de um morto implicava que seu tTmulo 'icava vazio, ento $ di')cilimaginar que a mensagem crist da ressurreio de Jesus pode espalharse *ustamente emJerusal$m, se aquela condio com vistas ao tTmulo de Jesus no estava con'irmadaB

    Dessa 'orma, de um lado, $ muito prov%vel que realmente o tTmulo de Jesus estivesse vazio

    em Jerusal$m, e tamb$m, do outro lado, $ muito improv%vel que todos estivessem enganados

    quanto @ identi'icao correta do sepulcro no qual Jesus 'ora colocado >udo isso leva a

    concluso de que a teologia crist no tem motivo para retroceder diante do desa'io dado

    com a a'irmao da historicidade da ressurreio de Jesus na relao com a histria secular"

    =' O A*ENTE DA RESSURREIO

    4 agente da ressurreio $ um tema 'undamental para a compreenso da ressurreio de Jesus,

    pois mostra o papel con*unto da ant)ssima >rindade no evento mais importante do

    cristianismo, que $ o 'ato (no apenas da '$, mas tamb$m da histria! de que Jesus ressuscitou

    dos mortos -omo agente da ressurreio temse uma obra con*unta da >rindade, ou melhor,

    apresenta uma tradio prpria que lhes corresponde quanto ao conteTdo" :bidem p%g #/.B PA63?6EK, 5, op cit, p%g .;# 6le ainda cita na nota de rodap$ ;0, p%g .;#, J3C7>3A,Der Beg -esu C*risti, B, p #//8 A mensagem da ressurreio relatada

    pelos disc)pulos que haviam retornado a Jerusal$m no teria resistido por uma hora sequer setivesse sido poss)vel comprovar a presena do corpo de Jesus na sepultura" :bidem, p%g .; ?6ERH4O, 7, op cit, p%g +.; comenta8 U indubit%vel que aressurreio tem suportes doutrin%rios No podemos "ear a ressurreio 4>si!a de %ristosem impu"ar a vera!idade dos es!ritores da Es!ritura0 visto 1ue0 sem d?vida0 eles ades!revem !omo um 4ato Wuer dizer que a'eta a nossa crena na 'idedignidade da 6scrituraAl$m disso, a ressurreio de -risto $ descrita como tendo valor de prova" 4 gri'o $ meuMale a pena ouvir a argumentao de ?EAA>6 - 6 S J64, E 5 op cit, p%g .++8>odas as modernas di'erenas eruditas acerca do problema histrico da ressurreio no

    deveriam obscurecer o concenso e2eg$tico prevalecente no sentido de que, do ponto de vistade todo o ovo >estamento, a ressurreio de -risto 'oi um evento que realmente aconteceuno tempo e no espao, de que testemunhas oculares estavam dispostas a atest%la, e de quecristos primitivos a consideravam uma verdade 'irmemente estabelecida"

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    ela se re'ere @ obra divina no sentido de opera ad etra, que so, em Tltima an%lise, obras do

    trino Deus

    ='&' JESUS %O)O A*ENTE DA SUA :R@:RIA RESSURREIO

    U correto a'irmar que Jesus se ressuscitou a si mesmo8 6m distino dos outros que

    ressuscitaram dos mortos, -risto ressurgiu por seu prprio poder"#;6m Jo #. ele 'alou de

    si mesmo como a ressurreio e a vida, em Jo ;B ele a'irmou ter poder para entregar a sua

    vida e retom%la, e 'iguradamente 'alou da sua ressurreio como da reconstruo do >emplo,

    em Jo ##, e a lembrana dos disc)pulos das suas palavras e a interpretao que deram ao

    'ato (Jo ##;!, mostra que Jesus 'alava, de 'ato, da sua autoressurreio 4utros te2tos

    tamb$m 'alam de 'orma velada de -risto como o su*eito"# da ressurreio o v%rias

    'rmulas di'erentes, mas todas a'irmam a ressurreio de Jesus e por no indicar um autore2pl)cito, no te2to, dei2am subtendido que, nestes casos, Jesus 'oi o autor da ressurreio8 3t

    #B8F, #08F/, 3c F8F, 7c #/8+/, Eo /8#., F8, 08/, /8, B8+/, -o .8#, +, /, F, 0, #;,

    #-o .8.G >s /8/, #>m #8B

    ='/' DEUS0 O :AI0 %O)O A*ENTE DA RESSURREIO DE JESUS

    4 Antigo >estamento tem v%rias tradi1es que apontavam para Deus como aquele que vivi'ica

    os mortos, Dt +#+, m #F, #Es .0, e no ovo >estamento encontrase a clara re'er&ncia a

    essa concepo em #-o e Ob X luz disso, 4 Pai aparece como o su*eito daressurreio de Jesus em At #8#/, +#, +8#F, .8+;, Em /8#/, F8/, ;8, B8, -o F8/,FG

    .., #-o /8/, Kl 8, 6' 8#;, -l #8#, >s 8;, Pe ,+,###

    ='=' O ES:RITO SANTO %O)O A*ENTE DA RESSURREIO DE

    JESUS

    4 6sp)rito anto tamb$m $ considerado autor da ressurreio de Jesus porque se a

    ressurreio pode ser chamada obra de Deus, seguese que o 6sp)rito anto tamb$m agiu nela,

    pois todas as opera ad etraso obras do trino Deus#+

    Por isso Em B a'irma que o 6sp)ritode Deus que agiu na ressurreio de -risto tamb$m nos ressuscitar% a'inal Al$m dessas h%

    ainda as re'er&ncias de Em /, Pe +B e >m +F que podem ser interpretadas como sendo

    o 6spirito anto o agente da ressurreio#/

    #; ?6ERO4H, 7, op cit, p%g +/0# Assim indicado por K4PP67>, 7 op cit p%g #+, 'azendo re'er&ncia a uma abordagemde Rramer >odos os te2tos citados aqui bem como a sugesto de que -rsito $ o autor da sua

    prpria ressurreio $ tirada da re'er&ncia 'eita a Rramer por Koppelt

    ## >e2tos tomados de K4PP67>, 7 op cit p%g #+, 'azendo re'er&ncia a uma abordagem deRramer e tamb$m de ?6ERO4H, 7, op cit, p%g +/0#+ ?6ERO4H, 7, op cit, p%gs +/0+/B#/ -omo indica J 347>3A, &%INDADE E %EIN' DE DE!S, p%g ;;

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    %ON%;USO

    Ao se tratar do tema da ressurreio de Jesus o pesquisador est% num campo delicado

    entre '$ e histria, entre tradio crist catequ$tica, cultual e mission%ria que e2pressam a '$

    na ressurreio e a possibilidade da realidade da ressurreio no mundo material unca

    haver% uma resposta de'initiva a essa questo#.

    Aqueles que cr&em diro que Jesus de 'ato ressuscitou, e aqueles que no cr&em continuaro

    a'irmando a impossibilidade de um milagre to e2traordin%rio ter ocorrido na histria A

    questo no se resume ao 'ato de que h% relatos independentes e concordantes sobre a

    ressurreio, ou sobre 'rmulas de con'iss1es que adotam a realidade da ressurreio, pelo

    contr%rio, essas realidades abrem a discusso para muito al$m dos horizontes da '$, eprincipalmente da '$ na ressurreio#F

    6nquanto no e2istem respostas satis'atrias para ambos os lados, que tornem a questo da

    ressurreio de Jesus inequ)voca para os que cr&em e os que no cr&em, a igre*a segue

    pregando que Jesus ressuscitou dos mortos e os 'ieis seguem crendo nessa declarao de '$G

    ao passo que os cr)ticos seguem argumentando sobre a impossibilidade desta realidade De

    um lado, $ imposs)vel provar que Jesus ressuscitou com base nos documentos cristos que

    chegou at$ ns, embora o te2to traga boas evid&ncias dessa ressurreio Do outro lado, nose pode assumir que algo no pode acontecer, s porque contraria leis ')sicas e naturais

    #. As pressuposi1es de um historiador podem determinar para ele que a ressurreio noaconteceu realmente porque uma coisa assim no poderia acontecer 3as quem sabe deantemo os limites do que $ historicamente poss)vel= e o que $ Yhumanamente poss)velZconstitui a medida do que $ historicamente poss)vel, a ressurreio de Jesus deve serconsiderada imposs)vel a perspectiva da ?)blia, o que $ historicamente poss)vel $ sempree2aminado dentro de um horizonte de um mundo sempre aberto para a atividade do Deusvivo A natureza e a histria no esto con'inadas em suas prprias possibilidades inerentesHace a negao a priorida ressurreio de Jesus, $ neces%rio que a teologia adote uma atitudecr)tica em relao @ cr)tica, liberte a mente e prepare o caminho para ouvir as testemunhassem preconceito" ?EAA>6 - 6 S J64, E 5 op cit, p%g .++#F -ontudo, independentemente de quo positivos possam ser os resultados da pesquisahistrica para veri'icar os mais antigos testemunhos da ressurreio de Jesus, *amais podemos

    prescindir do papel da '$ ao reagir @ mensagem pascal A pregao do -risto ressurretocontinua no conte2to da celebrao da sua presena real por parte da :gre*a 6ssa pregao e a'$ que ela gera no podem tomar o lugar do e2ame histricocr)tico dos te2tos Por outro lado,nenhum historiador pode converter in'orma1es histricas, com seus graus de probabilidade

    maiores ou menores, numa deciso pessoal de '$ em Jesus como enhor vivo 4 *u)zo dohistoriador provavelmente s se inclinar% em 'avor da con'iabilidade histrica dos relatos daressurreio se *% aborda os relatos com a pr$concepo da '$ de que Jesus de 'atoressuscitou" :bidem, p%gs, .++.+/

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    conhecidas ho*e, ou melhor, de um 'ato < a ressurreio de Jesus < que transcende o mundo

    ')sico e as suas leis que conhecemos ho*e#0

    Por enquanto esse assunto continua no ambiente da '$, e nesse ambiente $ crida e pregada

    (no necessariamente nessa ordem, porque para crer $ preciso ter ouvido a pregao, mas

    ningu$m prega sem ter crido antes! a ressurreio de Jesus

    #0 A '$ no 'echa os olhos da razoG pode abrilos para ver coisas que parecem contradizertodas as analogias e2tra)das da e2peri&ncia humana ordin%ria 4 relato de que um homemmorto 'oi ressuscitado do seu tTmulo e vive uma nova vida para al$m do alcance da morte notem analogias na histria 6le $sui generis< at$ agora, o Tnico acontecimento dessa esp$ciePortanto, no h% aqui con'lito com a ci&ncia natural, como 'requentemente se presumiu surge con'lito com a ci&ncia natural se a ressurreio acarreta a suspenso das assimchamadas leis da natureza Por$m esse no $ o caso, visto que tais leis 'uncionam no mundo

    natural at$ a morte A morte de Jesus no 'oi e2ceo Provar ou invalidar que para al$m damorte h% uma outra esp$cie de estria a ser contada na linguagem do mito e do s)mbolo ou dalenda e da met%'ora $ algo que no est% na es'era de ao das ci&ncias naturais" :bidem, p%g.+/