As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
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A POPULAÇÃO PORTUGUESA: EVOLUÇÃO E DIFERENÇAS REGIONAIS
As estruturas e os comportamentos
sociodemográficos
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO PORTUGUESA
Fig. Estrutura etária da população portuguesa (1960-2011)
• ligeiro incremento
do grupo dos
adultos.
Evolução do peso relativo dos diferentes grupos etários nas últimas décadas:
• significativo aumento
da percentagem de
idosos;
• redução importante
da percentagem de
jovens;
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
Pirâmides etárias ou pirâmides
de idades.
• fácil leitura dos dados relativos
à estrutura etária;
• permitem, através da sua forma,
visualizar algumas das características
das populações que representam;
• revelam ainda alguns acontecimentos
passados e permitem fazer projeções
futuras.
• na tomada de decisões
estratégicas (ao nível do
emprego, da segurança
social, da habitação, etc.).
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
O conhecimento
da estrutura
etária de uma
população:
• no domínio dos
equipamentos coletivos
(escolas, hospitais, lares de
idosos, etc.) • é fundamental
em termos de
processo de
planeamento…
• permite-nos confirmar que o
envelhecimento demográfico no
nosso país tem vindo
progressivamente a acentuar-se.
quer pela base da pirâmide etária
(diminuição da população jovem) quer
pelo topo (aumento da população
idosa).
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
A existência de um evento que tenha condicionado a natalidade ou
a mortalidade num determinado ano faz-se sentir na pirâmide através
de uma alteração da sua forma.
• É comum, por exemplo, aparecerem classes ocas em anos
onde se registou uma diminuição da natalidade ou um
aumento inesperado da mortalidade (epidemias, situações
pontuais de fome, guerra, catástrofes naturais, etc.).
Fonte: INE (2012)
Fig. Pirâmides etárias da população portuguesa (1960-2011)
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
O processo de
envelhecimento demográfico
em Portugal acelerou-se a
partir da década de 1960.
Décadas
seguintes:
Pirâmide etária: base
relativamente larga e um vértice
reduzido – níveis elevados de
natalidade e de mortalidade.
Pirâmide Etária: estreitamento progressivo da base
– menor peso das camadas mais jovens; alargamento
do topo – percentagem crescente de idosos.
Fig. Evolução provável da estrutura etária da
população portuguesa (2021)
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Em 2021, espera-se:
• que apenas 13% da
população tenha menos
de 15 anos;
• o peso estimado da
população idosa atingirá
os 21%.
Fonte: INE
Fig. Índice de envelhecimento em Portugal, por sexo (1940-2011)
ÍNDICE DE
ENVELHECIMENTO
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
• O envelhecimento da população é um
dos fenómenos demográficos mais
preocupantes nas sociedades modernas.
• Em 2011 agravou-se
para 128 (por cada 100
jovens há 128 idosos).
• O fenómeno do envelhecimento é
mais acentuado nas mulheres, refletindo
a sua maior longevidade.
Fig. Índice de envelhecimento, por
NUTS III (2011)
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O agravamento do envelhecimento da
população tem vindo a ocorrer de forma
generalizada em todo o território:
• regiões autónomas
apresentam os
menores índices de
envelhecimento do país;
73 nos Açores e 91
na região autónoma da
Madeira.
• regiões do Alentejo e
do Centro são as mais
envelhecidas, com
índices de 178 e 163.
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À medida que aumenta a
proporção de população
dependente, aumenta o
esforço exigido à população
ativa.
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
em resultado da significativa
quebra da taxa de natalidade e
da rápida evolução da
esperança média de vida.
• tem várias implicações a
nível socioeconómico.
A profunda alteração na
estrutura etária da população
portuguesa, no sentido do
duplo envelhecimento…
Se o valor é baixo: o
nível de dependência é
reduzido.
ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA TOTAL
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
• estabelece a relação entre a população dependente
(em idade não ativa) e a população em idade ativa.
Se o valor é elevado:
existência de uma maior
dependência de jovens e/ou
idosos relativamente à população em idade ativa.
• Este comportamento resulta de dois
mecanismos: uma ligeira quebra no
índice de dependência de jovens e
um aumento evidente do índice de
dependência de idosos.
Fig. Índice de dependência de jovens, idosos e
total, em Portugal
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Em Portugal, o Índice de
Dependência Total tem vindo a
aumentar, passando de 48,6%
em 2005 para 51,3% em 2011.
Esta situação de dependência
de uma fatia significativa da
população portuguesa acaba por
colocar uma enorme pressão
do lado da população em
situação contributiva.
Quanto ao índice de dependência
de idosos, apenas o Norte e as
regiões autónomas possuíam
valores abaixo da média nacional.
Fig. Índice de dependência de jovens
e idosos, por NUTS II (2011)
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• Em 2011, os menores índices
de dependência de jovens
registam-se nas regiões Norte,
Centro e Alentejo.
Portugal tem, assim, o enorme desafio
de encontrar o mais rapidamente possível
um novo modelo de financiamento do
sistema de Segurança Social, procurando
garantir, de forma justa e equilibrada, os
respetivos direitos sociais (pensões,
subsídios, abonos, etc.).
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A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ATIVA
A população ativa constitui um importante recurso para o
desenvolvimento do país, na medida em que a mão de obra
representa um dos principais fatores disponíveis para a criação de
riqueza.
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• Portugal manteve, na
última década, uma taxa
superior à média da UE.
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Fig. Taxa de atividade em Portugal e na UE (2000-2010)
A taxa de atividade teve
uma evolução bastante
positiva ao longo da 2.ª
metade do século XX.
• Nos últimos anos a taxa de
atividade tem mantido
valores acima dos 70%.
• situação que poderá vir a alterar-se num futuro próximo, fruto da
crise global que atualmente se atravessa.
Esta evolução traduz
comportamentos distintos
relativamente à taxa de
atividade masculina e
feminina.
Fig. Estrutura etária da população ativa (2011)
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• O sexo masculino apresenta
habitualmente valores mais
elevados, embora nos últimos
anos a diferença tenha vindo progressivamente a esbater-se.
Fig. Estrutura da população ativa
portuguesa
(1960-2011)
estrutura profissional foi-se
alterando de forma progressiva:
setores secundário e terciário
foram aumentando o seu peso
relativo em detrimento do setor
primário.
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Estrutura profissional
da população: • desde a década de 1950, Portugal
sofreu uma enorme transformação.
quase metade da nossa população
trabalhava no setor primário, o que
evidenciava o fraco desenvolvimento
económico do país.
Fig. Ramo de atividade económica de
especialização regional (2011)
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Atualmente, a percentagem
de população ativa a trabalhar
no setor terciário representa
cerca de 63% do total.
ilustra bem
• progressiva terciarização
da sociedade portuguesa;
tendência que ocorre nos
restantes países da UE.
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Ao mesmo tempo que aumenta o peso relativo do setor terciário,
assistimos a uma contração progressiva da população dos setores
primário e secundário.
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
• quer com a crescente urbanização
quer com a evolução tecnológica dos
processos industriais
A progressiva
terciarização da sociedade
portuguesa está relacionada:
Fig. População empregada nos serviços (2000-2010)
• No nosso país, a taxa de desemprego tem registado, desde o
ano 2000, uma tendência crescente, embora se tenha acentuado
nos últimos anos, com o início da crise económica mundial.
Fig. População desempregada e taxa de desemprego (%) em Portugal (2000-2012)
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• existe um número cada vez mais
significativo de pessoas em
situação de desemprego.
Condição da
população ativa face ao
mercado de trabalho:
Em Portugal e no contexto da União
Europeia é considerado desempregado
quem não tem emprego e tenha feito
diligências para o arranjar nas últimas
quatro semanas anteriores à realização de
cada inquérito pelos organismos
competentes.
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Se, porventura, não fez tais diligências,
essa pessoa é considerada inativa,
juntando-se ao grupo dos reformados,
estudantes e domésticas.
• o desemprego no sexo feminino é
tradicionalmente mais alto do que o
masculino, o que acaba por revelar
a maior precariedade da mulher no
mercado de trabalho.
Fig. Taxa de desemprego por sexo, em Portugal (2000-2011)
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A Taxa de Desemprego
apresenta assinaláveis
contrastes quanto ao género,
à idade e à localização.
Em termos etários, a faixa dos 15 aos 24 anos apresentava, em 2011,
a maior taxa de desemprego. Seguiam-se os ativos com 25 a 54 anos e
os que tinham mais de 55 anos.
Fig. Taxa de desemprego por faixa etária, em Portugal
(1998-2011)
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Taxa de desemprego:
destacam-se as regiões de
Lisboa e o Algarve, seguidas
pelas regiões autónomas da
Madeira e dos Açores.
O Estado português vê-se obrigado a encontrar estratégias que
permitam, com os recursos financeiros disponíveis, manter os
apoios sociais a este contingente de população ativa sem emprego.
Fig. Taxas de desemprego por região
NUTS II (2011/2012)
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Regionalmente, assistimos também
a grandes contrastes na distribuição
do número de desempregados.
As regiões Norte e de Lisboa
apresentavam os valores totais
mais elevados.
Fonte: INE, Estatísticas de Emprego –
2.º trimestre de 2012
NÍVEL DE INSTRUÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Apesar dos enormes investimentos
feitos nas últimas décadas em
educação e formação, e da
significativa melhoria de condições
registadas, Portugal continua a
apresentar grandes debilidades ao
nível da qualificação profissional
da sua mão de obra.
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As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
• o futuro de Portugal depende cada vez mais do esforço realizado
ao nível da qualidade de formação da sua população.
À qualificação profissional
estão associados os baixos
níveis de instrução da
população…
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
• obstáculo ao desenvolvimento do
país, que deixou de poder basear a
sua competitividade nos baixos
custos da mão de obra.
Fig. Níveis de escolaridade completa da população ativa (1998-2011)
Razões deste atraso: desvalorização do papel da escola no modelo
económico; abandono precoce da escola e um contexto social e
cultural pouco exigente ao nível das competências individuais.
Atualmente assiste-se a uma
alteração notável do mercado de
trabalho e das exigências de
formação que se colocam aos
trabalhadores.
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
O baixo nível de instrução/formação
da população portuguesa coloca-nos
enormes dificuldades para acompanhar
o ritmo das transformações a que
atualmente assistimos e relega-nos
para uma situação de “atraso crónico”
relativamente aos restantes Estados
europeus.
Fonte: Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu
Fig. População com 15 ou mais anos sem
qualquer nível de escolaridade completo,
por NUTS III (2011)
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
A nível regional, as
disparidades são evidentes:
• concentração da população
com maiores graus de
instrução nas áreas urbanas
mais importantes;
• indicadores de qualificação
muito preocupantes nos
concelhos mais rurais.
Esta disparidade regional,
para além de socialmente
inaceitável, coloca em causa a
própria coesão nacional.
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• valores cada vez mais baixos da
taxa de analfabetismo;
• diminuição das situações de
abandono precoce de educação e
formação;
• aumento progressivo das taxas
reais de escolarização;
• aumento constante do número de
alunos a frequentar a educação pré-
escolar;
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
Houve, contudo, progressos
significativos nas últimas décadas,
dos quais poderemos destacar:
Fig. Alunos matriculados por nível de
ensino não-superior (1991/92-2009/10)
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
• aumento significativo de alunos a
frequentar formações pós-licenciatura
(mestrados e doutoramentos);
• maior peso do sexo feminino no total
de diplomados no ensino superior;
• enormes investimentos ao nível da
divulgação das TIC e da renovação do
parque escolar.
Houve, contudo, progressos
significativos nas últimas décadas,
dos quais poderemos destacar:
• aprendizagem ao longo da vida;
• frequência de ações de formação
profissional;
• crescente mobilidade dos
trabalhadores ao longo da vida ativa;
• necessidade de adaptação a
diferentes empregos e, dentro do
mesmo emprego, a diferentes
situações laborais.
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
Esforços a realizar nas
próximas décadas:
FIM DA
APRESENTAÇÃO