Arvores de Frutos

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F F F F F olha olha olha olha olha Viva Viva Viva Viva Viva Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe . Floresta conVida Número 25 Ano VI Outubro/Dezembro 2003 Fomos á procura de diferentes espécies de árvores de fruto ... (cont.)

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FFFFFolhaolhaolhaolhaolhaVivaVivaVivaVivaVivaJornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe . Floresta conVida

Número 25 • Ano VI • Outubro/Dezembro 2003

Fomos á procura de diferentes espéciesde árvores de fruto ... (cont.)

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Propriedade: NICIF – Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais, Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo – 3200 - 395 Lousã, Tel.: 239 992251 / 239 996126– Fax: 239 992302 • Director: Luciano Lourenço • Equipa de redacção: Graça Lourenço, Adriano Nave, AnaCarvalho • Fotografias: Membros dos Clubes da Floresta, Adriano Nave • Design e Composição: Adriano Nave• Impressão: Ediliber, Lda. • Tiragem: 1000 exemplares • Periodicidade: Trimestral • Distribuição Gratuita •Depósito Legal: 117549/97.

Sumário

Eles fizeram... Nós contamos...

Natal

Click...24

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São Martinho

Editorial

Editorial2Árvores de Fruto (cont.)

FolhaVivaJornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta conVida

Número 25 • Ano VI • Outubro/Dezembro 2003

F I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C AF I C H A T É C N I C A

FOLHA VIVA2

Depois de um longo período sem editoriais, o Folha Viva

retoma este espaço para, no início de um novo ciclo trienal “A

Floresta conVida”, dar conta à rede dos Clubes da Floresta de

como desejamos “(Re)Nascer com Sementes de Esperança”, o

lema escolhido para este ano lectivo de 2003/04.

Com efeito, após um ano experimental (1993/4), já algo

distante, em que percebemos como “A Floresta é imprescindível

à Vida. Vamos defendê-la do Fogo”, logo sentimos a necessidade

de dar continuidade a esse projecto experimental, envolvendo as

Escolas de uma maneira mais próxima e, paulatinamente, mais

numerosa, pelo que, nos anos seguintes, desenvolvemos um

primeiro ciclo trienal (1994/95 a 1996/97) assente na convicção

de que “Escola sensibilizada é Floresta protegida”.

Fortemente motivados pela onda de crescimento que,

entretanto, se gerou e pelos apoios e incentivos recebidos,

decidimos dar maior dinamismo ao Prosepe, conferindo-lhe uma

dimensão verdadeiramente nacional, com o envolvimento das

Escolas dos dezoito distritos do Continente e das duas Regiões

Autónomas (Açores e Madeira), pois todos estávamos e

continuamos conscientes de que “A Floresta não tem olhos.

Vamos todos olhar por ela”.

No entanto, como é sabido, para que estas acções possam

dar resultados palpáveis, mormente quando visam contribuir para

a mudança de mentalidades muito arraigadas, assentes em

hábitos e comportamentos que se pretendem alterar, estes

projectos pedagógicos necessitam de muito tempo para serem

desenvolvidos e consolidados, o que não se coaduna muito com

alguns objectivos políticos, de carácter mais imediato. Mas só a

persistência, assente numa acção continuada, pode dar os

resultados pretendidos para a floresta portuguesa.

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FOLHA VIVA 3

Por isso, depois desse primeiro ciclo, propusemos às Escolas um programa mais longo, para ser

desenvolvido durante nove anos, nas condições acordadas com o poder político vigente, ou seja, em ciclos

trienais, durantes os quais seria enaltecida a Vida que a floresta contém. Por isso, o primeiro deles (1997/98

a 1999/2000) foi dedicado à “Floresta Viva” e, o seguinte (2000/01 a 2002/03), à “Floresta com Vida”.

Contudo, os promotores estavam bem longe de imaginar as dificuldades com que se iriam deparar

para levar por diante os seus objectivos. Infelizmente, durante esse período de tempo, ocorreram várias

mudanças nos detentores dos cargos públicos que conduziram os destinos do nosso país alguns dos quais

apenas se preocuparam em cuidar da sua imagem, quando deveriam ter apostado num trabalho de excelência,

que contribuisse para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, nomeadamente da população que vive e

cuida dos espaços florestais, de cujo benefício todos usufruimos. Como, para alguns deles, só conta o que

passa na televisão ou o que se lê nos jornais, é óbvio que a aposta em projectos pedagógicos de pouca

visisbilidade mediática, não surte o efeito imediato desejado e, muito menos, lhes dá a visibilidade e o

protagonismo pretendidos, pelo que preferiram gastar recursos públicos em acções de outra natureza,

porventura com mais visibilidade, mas de resultados bem mais incertos.

No entanto, não só porque acreditamos nas potencialidades do Prosepe, como sucede com a

generalidade dos muitos Professores e dos demais membros que constituem os Clubes da Floresta, mas

também, e sobretudo, porque deles recebemos um incentivo ímpar no final do ano lectivo passado, quando,

por falta de apoio financeiro, já tínhamos

decidido suspender o Projecto no termo

do ciclo “Floresta com Vida” e, ainda,

porque o ano de 2003 demonstrou à

sociedade que o problema dos incêndios

florestais está para durar e que a sua

solução passa pela prevenção — para a

qual é fundamental a mudança de

mentalidades, de atitudes e de

comportamentos em relação à floresta,

pelo que é necessário o envolvimento das

Escolas — decidimos, em reunião de

Coordenadores Distritais, desenvolver o

último dos ciclos trienais, o da “Floresta

conVida” (2003/04 a 2005/06), em moldes

semelhantes aos inicialmente previstos,

com a realização de algumas actividades

pendente dos apoios financeiros que se

possam vir a obter.

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O Prosepe tem sido e continuará a ser, antes de mais, um Programa de Educação Cívica e de Educação

para a Cidadania, mas, depois, também tem sido, e como tal é efectivamente reconhecido, um Projecto de

Educação Ambiental, embora a sua especificidade neste domínio resida no facto de sempre se ter assumido,

e nesse aspecto é inovador e único, como um verdadeiro Programa de Educação Florestal, por se desenvolver

num Ambiente específico, a Floresta.

Embora, nos últimos tempos (só agora?), alguns pareçam ter descoberto aquilo que nós não só

defendemos há anos, mas também temos levado à prática, tanto através da sensibilização da população

escolar e, por meio dela, da população em geral, como, fundamentalmente, pela responsabilização dos

cidadãos membros dos Clubes da Floresta, na dupla qualidade de futuros proprietários florestais e de

fruidores dos espaços florestais, temos dúvidas de que esses sejam capazes de promover, a curto prazo,

algo de válido que possa substituir o Prosepe, pelo que, também por isso, se torna necessário dar-lhe ainda

continuidade.

Mas, como “mais vale tarde do que nunca!”, oxalá que aqueles que só agora descobriram a solução

para o problema consigam “passar da teoria à prática”. Contudo, como já cá andamos há alguns anos, a

prudência aconselha-nos a manter um certo cepticismo, alguma reserva, pois a experiência tem demonstrado

que para eles é politicamente mais correcto, diria antes, mais cómodo, ficar pelas intenções, pelas palavras…

e deixar tudo na mesma ou quase na mesma. Neste caso, tem sido quase sempre para pior.

O Prosepe tem contrariado esta atitude passiva e por isso se tornou incómodo para muitos, ao ponto

de alguns deles terem promovido ou tentado promover iniciativas similares, em que não era difícil notar

certas formas de pelágio, e, mais grave do que isso, de até terem desenvolvido, deliberadamente, tentativas

para pôr termo ao Prosepe.

Fomos resistindo, sobretudo para demonstrar que, quando há empenho, dedicação, amor à camisola,

carolice,… é difícil destruir qualquer coisa que se alicerce nestes valores. Contudo, o trabalho desenvolvido

nestas condições, em acumulação com as actividades normais, produz um grande desgaste e é difícil

prolongá-lo por tempo indeterminado.

FOLHA VIVA4

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FOLHA VIVA 5

Vamos desenvolvê-lo por mais três anos, tempo que

consideramos mais do que suficiente para os responsáveis do nosso

país decidirem se pretendem dar-lhe continuidade e, nesse caso,

apoiá-lo em tempo oportuno, financeiramente mas não só, ou se,

porventura, pretendem reformulá-lo, entregá-lo a outra entidade,

substituí-lo ou, simplesmente, será o mais fácil, deixar extingui-lo e,

daqui a uns anos, virem lamentar-se por não lhe ter sido dada

continuidade, por não se terem aproveitado as sinergias entretanto

criadas, por não se terem apoiado as equipas que, nas Escolas,

desenvolvem um trabalho de qualidade e que, não temos qualquer

dúvida, ficará para a história da educação neste país. Será a última

oportunidade para agarrar este Programa. Como sempre, estaremos

disponíveis para ajudar a olhar pela floresta, mas não podemos ser

os únicos olhos vigilantes, e, muito menos, os substitutos de quem

tem essa efectiva responsabilidade.

Ao iniciarmos este terceiro ciclo em torno da vida na floresta,

queremos aceitar o apelo que nos faz para com ela estabelecermos

uma maior empatia. Com efeito, a “Floresta conVida”-nos.

Por isso, o Prosepe deseja que o lema escolhido para este

ano “(Re)nascer com Sementes de Esperança” se concretize e

permita dar novo ânimo ao Programa para que volte a ser aquilo

que todos ambicionamos e em que estamos empenhados, a defesa

da floresta contra incêndios, através de acções concretas de

prevenção e de protecção, a desenvolver de forma continuada e

sustentada ao longo de todo o ano lectivo.

Parabéns aos Clubes da Floresta que, mesmo nestas

circunstâncias difíceis, continuam a acreditar e a dar continuidade à

sua nobre missão de ajudar a preservar a floresta, para que as

gerações vindouras também dela possam ainda usufruir.

O Coordenador Nacional

Luciano Fernandes Lourenço

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6. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE ÁRVORES DE FRUTO EXISTENTES EM PORTUGAL

6.1 ÁRVORES DE FRUTOS SECOS

ALFARROBEIRA (Ceratonia siliqua)

A alfarrobeira, pertence à Familia das Leguminosas e Sub-Família das Cesalpinoideas. É uma árvore

que atinge uma idade muito avançada, de 500 anos ou mais, com um grande porte – 5 a 15m de altura, 10 a

25m de diâmetro de copa e 4 a 9m de perímetro de tronco a 1,30m do solo. As suas folhas são perenes,

alternas, compostas de 6 pares de folíolos (partes em que se divide o limbo de uma folha), de tom castanho ou

esverdeado. As flores têm um cálice1 caduco, com uma vagem 10-25cm, comprida, pendente, verde de início,

violeta acastanhada na maturidade, com polpa mais ou menos doce e semente preta.

Esta espécie é típica da flora mediterrânica, de áreas secas e ensolaradas, cultivada essencialmente

pelos seus frutos. Estes à mercê dos avanços da industrialização e biotecnologia, são objecto crescente e

bem cotada procura comercial. Esta espécie é espontânea em Marrocos, Argélia, Tunísia, sul da Sicilia, sul da

Grécia, Chipre, Turquia,…, e sub-espontânea em Portugal, Espanha, sul de França, sul de Itália, Juguslávia e

parte da Grécia. Em Espanha e Portugal a sua introdução deu-se através dos árabes no século VIII.

Árvores de Fruto (cont.)Por Ana Carvalho

1 CÁLICE– parte que, numa flor representa o seu invólucro externo e é constituido pelas sépalas ou folhas modificadas.

Alfarrobeira, Ceratonia siliqua

Foto: Clube da Floresta “O Camaleão”, E.B. 2/3 Drº. António de Sousa

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A área da alfarrobeira em Portugal, compreende os povoamentos extremes ou consociados com a

amendoeira, figueira e oliveira e concentra-se essencialmente no Algarve, na zona correspondente ao Barrocal

(solos calcários) e também na faixa litoral em terrenos arenosos derivados dos arenitos. É de salientar que a

área de barrocal tem vindo a diminuir, devido à conversão dos terrenos em amendoais, vinhas e regadios.

No entanto nos últimos tempos houve uma grande valorização da alfarroba, já que dela se extraem

inúmeros produtos comerciáveis e também por ocupar terrenos muito pobres, onde a cultura florestal

dificilmente poderia subsistir ( o barrocal e Serra do Sotavento Algarvio).

Das sementes de alfarroba obtêm-se gomas com diversas aplicações: sopas, gelados, enchidos,

queijos,… Na indústria textil é utilizada nas operações de estampagem, acabamentos de tecidos,…Por sua

vez aumentam a resistência à tracção do papel e facilitam a dobragem das folhas. Graças às suas

propriedades adesivas, viscosidade, a alfarroba poderá constituir um auxiliar conveniente na fabriação de

comprimidos, pastas para a pele, pastas dentrificas, suspensões e emulsões.

Não obstante, a maior parte da alfarroba consumida no nosso país destina-se à indústria alimentar

(produtos dietéticos) e o farinado à incorporação para rações de animais. Da semente o principal produto

obtido é fundamentalmente destinado ao fabrico de gomas para a indústria alimentar.

A alfarroba amadurece em Agosto/ Setembro, e é nesta altura que é feita a colheita, utilizando-se para

esse fim o “varejo”, em que as alfarrobas são derrubadas por meio de longas varas de castanho.

Alfarrobeira, Ceratonia siliqua

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FOLHA VIVA8

2 ESTAMES - folha floral, fértil, altamente diferenciada, que produz os grânulos de pólen (Do lat. stamine, “fio”).

AMENDOEIRA (Prunus amygdalus)

A amendoeira pertence á família das Rosáceas e pode considerar-se como originária da Ásia Ocidental

(região situada entre a Arménia e o Noroeste do Irão, assim como do Norte do Afeganistão e Sul do Tajiquistão).

A sua cultura remonta à mais alta Antiguidade, em que os Babilónios faziam uma distinção entre as amêndoas

doces e amargas; na Grécia , a cultura existe desde 4000 a 3000 a. C.; e foi importada para a Itália cerca de

300 a. C.

As sua folhas são dentadas, sem estames2 na página superior, sendo a mais precoce de todas as árvores

de fruto. O tronco e ramos têm uma estrutura torcida e apresenta um sistema radicular poderoso. As sementes,

cobertas com uma casca, são as amêndoas.

Vive em média 50 anos, embora se encontrem exemplares centenários. Exige solos muito permeáveis

com a presença indispensável de calcário (mínimo de 5% a 10%), é a mais calcificada das árvores de fruto.

Segundo a utilização, a colheita é praticada em duas épocas: a colheita em verde, em que as amêndoas

se destinam ao consumo em fresco (tem lugar em Julho, desde que a amêndoa esteja bem formada e firme), e

a colheita em seco, efectua-se à mão ou com varas, no final do Verão, quando os invólucros se abrem e alguns

frutos começam a cair naturalmente (Setembro e Outubro).

A colheita manual é morosa e dispendiosa, o que tem originado o uso cada vez mais generalizado da

colheita mecânica (sacudidores). As amêndoas secas e descortiçadas são as mais procuradas no mercado,

já que são comercializadas industrialmente, sob a forma de amêndoas descascadas, inteiras, picadas e raladas

sendo utilizadas em, biscoitaria, chocolataria e confeitaria.

A amendoeira tem como principais regiões de cultivo Trás-os-Montes, Algarve, e Beira Litoral. Na área de

mercado do Douro, a amêndoa é um produto bastante afamado, proveniente de amendoais em grande parte

espontâneos. No Algarve esta cultura encontra-se dispersa por toda a região, mas a sua maior concentração

situa-se no Barrocal e na Serra, em pomares ou em consociação com outras espécies, nomeadamente com a

figueira, a alfarrobeira e a oliveira.

Amendoeira, Prunus amygdalus

Foto: Clube da Floresta “O Camaleão”, E.B. 2/3 Drº. António de Sousa

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FOLHA VIVA 9

AVELEIRA (Coryllus avellana)

A Coryllus avellana (aveleira) pertence á familia das Fagaceas, e é uma cultura tradicionalmente bem

adaptada às condições edafoclimáticas de Trás-os-Montes e da Beira Litoral. É um arbusto ou árvore pequena

com ramos erectos e em que as suas folhas são quase circulares e os frutos têm um invólucro verde, com

bordos sem dentes.

Esta espécie é, em geral, considerada uma cultura menos importante devido ao recente abandono de

uma parte substancial dos pomares portugueses, os baixos preços pagos à produção; a forte dispersão dos

avelanais (situados em zonas de bordadura), custos de produção elevados devido à ausência de mecanização,

falta de mão-de-obra, a dificuldade em colocar o produto no mercado (devido à dificuldade em concentrar as

produções); a forte concorrência dos mercados externos com preços mais competitivos, etc.

É um fruto pouco perecível, com facilidade ao nível da conservação e resistente ao transporte.

Por outro lado, é um produto que deverá fazer parte das dietas alimentares e quem sabe até do emagrecimento,

pois está provado que apresenta na constituição dos seus óleos elevadas quantidades de ácido oleíco, que

obriga a um abaixamento dos níveis de colesterol e aumentos na protecção contra a arteriosclerose.

As principais zonas de produção em Portugal, são a área de Viseu até Moimenta da Beira, Guarda,

Covilhã e concelho do Crato (Alentejo). Apresenta grandes perspectivas de exploração nacional, porque em

primeiro lugar todos os países ricos são importadores deste fruto e por outro lado sendo raras no mundo as

zonas de alta aptidão, o nosso país dispõe de significativas potencialidades, cuja dimensão permite uma

autónoma capacidade produtiva para comércio e laborações de concorrência internacional. Efectivamente,

nos sítios ideais é considerada a cultura mais rica e prometedora dos solos pobres. Dispõe de vastas

possibilidades de consumos requintados em natureza e de transformações em preciosos produtos edíveis,

como confeitaria, chocolataria, aperitivos, iogurtes, gelados, etc.

Aveleira, Corylus avellana

Aveleira, Corylus avellana

Foto

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Nogueira, Juglans regia

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Nogueira, Juglans regia

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NOGUEIRA-COMUM (Juglans regia)

A Nogueira que pertence à família das Juglandeas, é uma árvore de 10 a 20m de altura, de tronco

grosso, com muitas ramificações principais e de folhagem densa. No nosso País, existem nogueiras de porte

excepcional, algumas consideradas de interesse público. As suas folhas são caducas e grandes exalando em

toda a parte verde da árvore, um odor especial. Os frutos estão reunidos, de 1 a 4 no mesmo pedúnculo curto,

delgado e verde, enegrecendo ao amadurecer, com forma esférica e textura lisa, contendo uma noz rugosa. A

semente é precisamente a noz comestível. Floresce em Abril-Maio e os frutos amadurecem em Outubro.

A sua área natural estende-se pelo Sudeste da Europa e Oeste da Àsia, aparecendo nas montanhas da

antiga Jugoslóvia, Albânia, Grécia, Bulgária, Turquia, Arménia até aos Himalaias. É cultivada desde a antiguidade

nas regiões temperadas da Europa, Ásia e Norte de África. Em Portugal a sua cultura encontra-se praticamente

difundida por quase todo o País, sobretudo nos terrenos férteis dos vales, constituíndo pequenos núcleos ou

árvores isoladas e por esse facto a área global ocupada por esta espécie é pouco significativa. Mais

concretamente podemos encontrar esta espécie em pomares ordenados nas regiões do Alentejo (Portalegre,

Marvão,…), Trás-os-Montes (Bragança e Mirandela), Beira Litoral( Condeixa, Penela e Miranda do Corvo) e

Ribatejo e Oeste.

Seria então importante apostarmos na produção deste fruto, aproveitando as boas condições edafo-

climáticas, bem como na utilização da sua madeira. Aliás a madeira da nogueira é de elevada qualidade,

sendo procurada para mobiliário e contraplacados, no entanto escasseia bastante no mercado.

Nota: A sequência deste artigo sobre as Árvores de Fruto exigiria uma referência ao Castanheiro (Castanea

sativa), que pode ser consultada em exclusivo no Jornal Folha Viva nº16

FOLHA VIVA10

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6.2 OUTRAS ÁRVORES DE FRUTO

AMEIXIEIRA (Prunus domestica)

A ameixieira pertence à família das

Rosáceas. Os seu braços grossos têm uma

casca fissurada, enquanto os braços jovens têm

a epiderme lisa. Os rebentos, assim como os

botões florais, são solitários, mas dispostos aos

pares. O fruto é carnudo, com forma variável, e

epiderme delgada, estalando frequentemente na

maturação, e de tonalidade variável: amarela,

amarelo-esverdeada, avermelhada, azul-

violácea. A polpa é mais ou menos densa,

sumarenta e açucarada. No caroço encerra-se

uma amêndoa com sabor amargo em virtude da

presença de ácido ciavídico (ácido prússico).

Pela sua grande variedade em termos de

calibre, colorido, aspecto, paladar e até quanto

ao período de maturação, os seus frutos

penetram facilmente nos mercados, quer para

consumo em fresco, competindo com nectarinas,

pêssegos e outros frutos sumarentos da época

pela precocidade e diversificação, quer para

enlatamento, secagem e obtenção de “passas”.

Admite-se que em dez anos consecutivos uma ameixeira pode produzir, em média, 30-50kg/árvore/

ano. No entanto, é um fruto de fraco consumo, em grande parte devido ao tempo limitado em que pode consumir-

se. A produção, comercialização e consumo começam em fins de Junho, situando-se o óptimo em Agosto e

terminando a estação em príncipio de Outubro.

Este fruto encontra-se distribuído no Ribatejo e Oeste, e em menor percentagem no Alentejo e região

Algarvia. A ameixa de Elvas, é um exemplo de um produto com Denominação de Origem, o que obriga a que

esta seja produzida perante um conjunto de especificações, que incluem as condições de produção, a colheita

dos frutos, a ostentação da marca de certificação, etc.

Foto: Adriano Nave

Ameixieira, Prunus domestica

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Page 12: Arvores de Frutos

FOLHA VIVA12

CEREJEIRA (Prunus avium )

Com o nome botânico de Prunus avium,

pertence á familia das Rosáceas, sub-familia

Prunoideas e género Prunus. É uma espécie de grande

interesse florestal, produzindo madeira de excepcional

qualidade, sendo bastante rústica e de rápido

crescimento. O tronco é direito, de casca lisa, cinzenta

acastanhada, destacando-se em anéis transversais.

A copa é ampla e formada por ramos divergentes, as

suas folhas são simples, caducas e as flores brancas

e aromáticas, formam longos colares pendentes. Os

frutos são pequenos, globosos, carnosos, negros e

com suco anegrado.

A sua área natural estende-se por quase toda

a europa, excepto na parte mais Setentrional, Ásia

Menor, Arménia e Cáucaso. Em Portugal concentra-

se essencialmente no Minho e Beiras, até à altitude

de 800m, em clima de acentuada influência Atlântica,

muitas vezes associada ao Carvalhal da zona

continental seca e fria. É pouco exigente quanto ao tipo

de solo, no entanto prefere os terrenos leves e frescos.

A colheita dos frutos faz-se após a maturação, tirando

a polpa, ficando apenas o caroço para evitar

fermentações.

Fonte: http://www.arborium.net

Cerejeira, Prunus avium

Cerejeira, Prunus avium

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É um símbolo da Cova da Beira, região que

tem tido bons resultados na exploração das várias

vertentes oferecidas pelo cultivo das variedades

domésticas fruto.

Efectivamente a cerejeira, cultura bastante

enraizada na tradição regional possui aqui condições

edafo-climáticas favoráveis pelo tipo de solo, altitude,

relevo acidentado e distância em relação ao mar. A

cereja é vendida para o mercado nacional tendo as

grandes superfícies a preferência do produto. É

efectivamente, um produto de cariz regional, com

grande impacto na economia local, podendo atingir

cotações de mercados elevadas.

A cerejeira brava, por vezes é atacada por

algumas pragas (insectos), sendo a mais vulgar a

Misus cerasi Fab (piolho negro da cerejeira,

provocando o enrolamento das folhas), e por outros

insectos na sua maior parte comuns a outras espécies

florestais. No que respeita a doenças a mais vulgar é

sem dúvida a gomose, principalmete em árvores mais

idosas.

Page 13: Arvores de Frutos

GINJEIRA (Prunus cerasus)

A ginjeira, pertence à família das Rosáceas, de folhas caducas, ovóides a elípticas, de margens

denticuladas (guarnecidas de saliências em forma de dentes) e lustrosas por cima, por vezes ligeiramente

pubescentes (com penugem) na página inferior, quando jovens. As flores apresentam-se em umbelas ( os

pedúnculos nascem todos á mesma altura) brancas, com frutos subglobosos, de vermelho-brilhantes a negro.

Pode atingir uma altura até 8m e devenvolve-se plenamente em solos compactos. Com origem na Ásia, a sua

floração ocorre entre Abril e Maio, sendo muitas vezes plantada como ornamental.

A ginjeira é sobretudo valorizada pela produção do reconhecido licor de ginja. É um produto típico da

região Oeste ( nomeadamente entre Óbidos e Alcobaça), com muita procura mas que actualmente escasseia

no mercado.

O licor “Oppidum”, como é designado em Óbidos, é cada vez mais procurado, sobretudo por estrangeiros

que visitam esta vila histórica. A falta de regularidade e a floração precoce, podem levar a que o frio deteriore

os frutos, contexto que afasta os agricultores de apostarem na produção de ginja.

Efectivamente a ginjeira era um arbusto comum na bordadura dos terrenos agrícolas, mas a remoção foi a

opção de grande parte dos agricultores, com a chegada dos tractores, estando actualmente a rarear os núcleos

de ginjeira existentes na região de Óbidos, e são aproveitadas sobretudo as ginjas bravas que nascem

espontaneamente em campos totalmente ao abandono.

A aposta no futuro é a criação de uma região demarcada, em Óbidos, bem como a produção de outros

produtos complementares como compotas ou conservas.

Fonte: http://www.mntca.org/images

Gingeira, Prunus cerasus

Fonte: www.fmnh.helsinki.fi

Gingeira, Prunus cerasus

FOLHA VIVA 13

Page 14: Arvores de Frutos

FIGUEIRA (Ficus carica)

Com o nome botânico de Ficus carica, a figueira, pertence à família das Moráceas e é uma árvore de

folha caduca com grande resistência à secura, ao vento e boa adaptação ao calcário, já que o tipo de solo

preferencial é com humidade média e também pobre em húmus. Distibui-se por todo o país excepto nas zonas

alpinas, com maior predominância no Algarve, mais precisamente na zona do Barrocal, fazendo parte integrante

do pomar de sequeiro tradicional, constituindo alternativa ás culturas produzidas no Litoral; Ribatejo e Oeste e

Alentejo, com origem mais generalizada no Sudoeste da Ásia, Penínsulas Ibérica e Balcânica

Podendo atingir uma altura de 8m, esta espécie apresenta frutos grandes (o figo), suculentos, em forma

de pêra, solitários e verdes. É uma árvore que tem raminhos com um líquido leitoso e as suas folhas são verde-

escuras, com 3 a 7 lóbulus (recortes) circulares e profundos. As flores masculinas e femininas aparecem em

receptáculos3 côncavos separado ( a floração ocorre em Maio).

Pela sua elevada riqueza em açucares, os seus frutos têm sido destinados, essencialmente, à produção

de álcool, secagem natural para “passas” e, só em escala reduzida, para consumo em fresco.

3 RECEPTÁCULOS – parte terminal, mais ou menos alargada do eixo floral, onde se inserem as peças florais ou flores.

Figueira, Ficus carica

Foto: Adriano NaveFoto: Ana Carvalho

Figueira, Ficus carica

FOLHA VIVA14

Page 15: Arvores de Frutos

MEDRONHEIRO (Arbutus unedo)

O medronheiro apresenta frutos comestíves de

grande beleza, já que amadurecem ao mesmo tempo que

a planta floresce em Novembro. É uma árvore de folha

persistente que pertence à família das Ericáceas.

Apresenta um tronco que pode atingir 8m de altura, de

casca pardo-avermelhada e delgada. A sua copa é oval,

de ramos grossos, e as flores medíocres, com cálice curto,

esverdeadas estando reunidas em cachos compostos,

terminais e pendentes.

Os frutos são baciformes (em forma de baga),

globosos, avermelhados quando maduros e com

sementes pequenas de cor castanha e angulares. Floresce

no Outono ou príncipio do Inverno. Os frutos amadurecem

no Outono seguinte, o que torna este arbusto de rara

beleza devido ao conjunto de folhas verdes, flores brancas

e frutos desde o amarelo (quando não maduros) ao

vermelho. O sabor é um pouco desagradável daí que o

nome científico “unedo” indique que o fruto deve ser comido

“ um e mais nenhum”.

É uma espécie com uma vasta zona geográfica em

torno da orla mediterrânea, ocupando nomeadamente

matos perenes, orlas de bosque e encostas secas.

Associa-se naturalmente com várias espécies de

Quercíneas, nomeadamente com o sobreiro e a azinheira,

e desenvolve-se em solos pobres em húmus, de textura e

humidade médias. Em Portugal é de destacar as

importantes manchas desta espécie nas Serras de

Monchique e do Caldeirão, parte explorada na produção

destes frutos para obtenção de aguardente ( que ganhou

cada vez mais adeptos pela possibilidade de renovação

dos medronheiros, através da mecanização, mas que pode

arrastar algo das camadas superficiais do solo,

ocasionando assim o seu empobrecimento). O medronho

é destilado em alambique, sendo necessário em média

100Kg de medronho para produzir 15 litros de aguardente.

Foto

: Adr

iano

Nav

e

Medronheiro, Arbutus unedo

FOLHA VIVA 15

Medronheiro, Arbutus unedo Foto

: Adr

iano

Nav

e

Page 16: Arvores de Frutos

OLIVEIRA (Olea europaea)

Árvore de folha persistente, resistente à secura

e ao calcário. Os frutos (azeitonas) são comestíveis,

carnudos e oleosos, primeiro verdes, mas que se

tornam negros no decurso do ano seguinte. A árvore é

de grande porte e nodosa (até 15m), com folhas

opostas e flores barncas, aromáticas e em cadeia nas

axilas4 das folhas. Predomina nos solos secos e

rochosos. Tem uma grande longevidade, com copa

larga e tronco grosso, frequentemente muito curto e

nodoso, com rebentos por vezes dividindo-se em

vários troncos, apresentando frequentemente

numerosas cavidades. Com flores numerosas,

bissexuais, odoríferas. A floração é em Julho-Agosto,

sendo a frutificação em Setembro-Outubro.

Cresce em bosques abertos e matos de zonas

secas e rochosas da região mediterrânea, Portugal e

Crimeia. É uma importante fonte de óleo alimentar e

por isso largamente cultivada.

Dentre as culturas arbóreas, avulta a

importância da oliveira, que conheceu, até aos anos

60, uma forte expansão em todo o País, chegando, no

período de maior pressão demográfica, a cobrir

completamente vertentes escarpadas de xisto e de

quartzito. A nítida predominância do Ribatejo liga-se à

proximidade do grande centro de comercialização da

capital.

O destino dos frutos é sem dúvida a produção

de azeite, que embora excedentário na UE, tem um

elevado valor dietético e é por isso a melhor alternativa

cultural para muitas regiões cálidas e continentais do

interior, onde aquela gordura vegetal atinge a mais alta

qualidade e onde as espécies arbóreas imprimirão aí,

com certeza, a fruticultura lenhosa mais rentável. As

atractivas azeitonas de conserva, com ou sem

recheios, tem também um importante papel neste

4 AXILAS – ângulo superior formado por uma folha com o eixo no qual seinsere, ou por dois ramos entre si.

âmbito. No entanto, no final do século XX a produção,

do azeite caiu brutalmente para quantidades próximas

das do princípio do século, por ter faltado de repente a

mão-de-obra barata que permitia produzir a um preço

acessível a gordura tradicionalmente usada na cozinha

portuguesa.

A produção está hoje em crescimento, já que

mesmo depois de forte aumento do preço do azeite,

continua iguaria apreciada e reconhecida pelas suas

propriedades alimentares, após um período em que

foi substituído na cozinha diária por gorduras vegetais

de síntese.

Consagrada a Júpiter e a Minerva, a oliveira é

o símbolo da paz, tendo o seu ramo uma conotação

cívica e familiar. É também símbolo da misericórdia,

bondade e providência.

Foto: Adriano Nave

Oliveira, Olea europaea

FOLHA VIVA16

Page 17: Arvores de Frutos

MACIEIRA (Malus domestica)

A família das macieiras (Malus) inclui cerca de

50 espécies. Os pomares de macieira encontram-se

dispersos por todo o país, apesar de tradicionalmente

as zonas de produção serem Ribatejo e Oeste, Trás-

os-Montes, Beira Interior e Beira Litoral.

É uma árvore de pequeno ou médio porte até

15m, com raminhos tomentosos. As suas folhas são

ovado-elípticas, geralmente arredondadas na base e

de margens serradas. Vulgarmente as flores são de

cor branca ou matizada de rosa e os seus frutos

(maçãs) grandes, invariavelmente com mais de 5cm

de diâmetro, com depressão na base, cor variável, são

doces ou ácidos. A floração ocorre entre Maio e Junho.

Prefere os solos arenosos, profundos e frescos

com pH ente 5 e 8, podendo sofrer de clorose em solos

com pH superior a 8. É sensível ao encharcamento

quando não enxertada em franco.

Adapta-se ao clima temperado, suporta bem o

frio, podendo ser plantada até à altitude de 1000 m. É

muito resistente às temperaturas baixas no repouso

vegetativo, sendo exigente em horas de frio, já que é

sensível à humidade em excesso.

Existem variedades tradicionais portuguesas

que apesar da sua pequena produção mantêm grande

fidelidade junto do consumidor donde se destacam a

maçã Riscadinha (de Palmela), Casa Nova (de

Alcobaça) e Bravo de Esmolfe. A campanha de

produção de acordo com as diferentes variedades e

regiões do país vai de Julho a Outubro e a campanha

de comercialização poderá prolongar-se até Julho do

ano seguinte.

A madeira da macieira é dura e pesada, rija,

flexível, forte e densa, mas não muito elástica. Tem sido

extensivamente usada na indústria da talha e em

tornearia. Dela se fazem também pranchas, cabos de

ferramentas e uma variedade de artigos decorativos.

Foto: Adriano Nave

Macieira, Malus domestica

Foto: Adriano Nave

Pereira, Pyrus communis

FOLHA VIVA 17

Page 18: Arvores de Frutos

PEREIRA (Pyrus communis)

A família da pereira (Pyrus) inclui cerca de 25

espécies. Em condições favoráveis, a pereira (Pyrus

communis) pode tornar-se uma árvore de 15 a 20

metros de altura. Cresce em todos os tipos de habitat,

mas prefere os solos ácidos e gosta de luz directa.

Pode viver até aos 200 anos. Possui ramos

ascendentes em árvores jovens, patentes em árvores

adultas, podendo surgir espinescentes. Variáveis na

forma, as suas folhas de 5-8 cm são geralmente ovadas

a elípticas, por vezes com indumento quando jovens,

já glabras e verde lustrosas quando maduras. As flores

vão abrindo antes da emergência completa das folhas.

Os seus frutos de 4-12 cm são piriformes ou

globosos, de polpa doce e com pedícelo delgado.

A sua madeira é de peso médio, dura, flexível e

forte. Dá um excelente folheado e emprega-se também

no fabrico de painéis, mobiliário, em tornearia e

marcenaria, obras de arte, instrumentos musicais – em

especial de sopro – e inúmeros artigos utilitários e

decorativos.

A “pêra Rocha”, uma variedade genuinamente

portuguesa, é originária da região de Sintra. As árvores

foram pela primeira vez identificadas em 1836, na

propriedade de António Rocha, cujo nome baptizou o

fruto. O cultivo desta variedade depressa se alastrou

por toda a região do Oeste (Cadaval, Bombarral,

Malveira, Óbidos, Torres Vedras e Lourinhã), que

exporta actualmente 40% da sua produção

nomeadamente para países como Espanha, França,

Reino Unido, Brasil e Canadá.

A pêra rocha do Oeste é actualmente um

produto DOP – Denominação de Origem Protegida e

cerca de 90% da sua produção é obtida através de

técnicas de protecção e produção integradas.

BIBLIOGRAFIA- Anuário 2000/2001 Hortofrutícola e Culturas Arvenses, Azeitee Tabaco; Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural ePescas (Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar –GPPAA);- Anuário 2003 Vegetal; Ministério da Agricultura, DesenvolvimentoRural e Pescas (Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar – GPPAA);- BRETAUDEAU, J e FAURÉ, Y, (1991), Cultura de Árvores deFruto;- BRETAUDEAU, J e FAURÉ, Y, (1991), Cultura de Árvores deFruto, Volume III;- CABRAL, F e TELLES, G (1999), A Árvore em Portugal; Lisboa;- COUTO, A. (1986), Resumo histórico-crítico da fruticulturanacional das últimas décadas., Estação Nacional de FruticulturaVieira Natividade,Lisboa;- DAVEAU, Suzanne (1995) – Portugal Geográfico, Lisboa- Dicionário da Língua Portuguesa (1998), 8ª edição, Porto Editora;- GOES, Ernesto (1991), A Floresta Portuguesa – sua importânciae descrição das espécies de maior interesse, Portucel, Lisboa;- GUERRINHA, J.(1988) “ Perspectiva Histórica, Económica eSocial do Castanheiro “ - Jornadas sobre o Castanheiro, ServiçoNacional de Parques reservas e conservação da Natureza, p. 5-10;- HUMPHRIES, C., SUTTON, J. (1996), Árvores de Portugal eEuropa, edição Portuguesa Guia Fapas – Fundo para a Protecçãodos Animais Selvagens – e pela Câmara Municipal do Porto,Porto;- SARAIVA, I (1992), Fruticultura: Tecnologias Competitivas.Alcobaça.- SARAIVA, I. (1985), Potencialidades Frutícolas em PortugalContinental – Diagnóstico e quantificação, Estação Nacional deFruticultura Vieira Natividade, Lisboa;Volume I.

Recursos www:www.ine.pt, www.ciênciaviva.pt, www.arborium.net .

Pereira, Pyrus communis

Foto: Adriano Nave

FOLHA VIVA18

Page 19: Arvores de Frutos

O Clube da Floresta “Vamos dar aMão à Natureza” do A.T.L., do Centro Sociale Cultural de São Pedro de Bairro, organizoua “Festa da Castanhada” para toda aComunidade do centro. Foram todos colhercastanhas a uma quinta, depois organizaramuma exposição informativa sobre aimportância da castanha e colocaramcartazes nas lojas comerciais a convidar acomunidade para partilhar com eles a festado magusto.

Os nossos amigos “OsOuricinhos” da Escola Secundáriacom Terceiro Ciclo de Mogadouroorganizaram para toda a comunidadeescolar um magusto muito divertido,com jogos tradicionais, como porexemplo o tiro ao alvo, a corrida deequilíbrio, tracção da corda e o jogodo lenço. No fim das actividadesforam todos comer castanhas!!

O São MartinhO São MartinhO São MartinhO São MartinhO São Martinho o o o o nas nossas nas nossas nas nossas nas nossas nas nossas EEEEEscolasscolasscolasscolasscolas . . .. . .. . .. . .. . .

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Page 20: Arvores de Frutos

A celebrar o S. Martinho...

BOLO DE CASTANHAS

Ingredientes: 500gr de Castanhas100gr de Margarina250gr de Açúcar 2 Colheres de chá de fermento em pó5 ovos

Modo de Preparação:Cozer as castanhas e fazer um puré. Baterbem o açúcar, a manteiga e depois asgemas. Acrescentar o puré de castanhas, ofermento e, por fim, as claras batidas emcastelo. Levar ao forno em forma untada commanteiga e farinha e retirar o bolo quandoestiver húmido.

Sugestão:decorar com passas, pinhões e castanhas.

Clube da Floresta“Os pulmões do Mundo”

E.B. 2,3 do Viso

“No dia 11 de Novembro decorreu na nossaescola um magusto promovido pelo Clube daFloresta “Floresta Rei”. A organização solicitouajuda e os alunos corresponderam: cada um trouxe20 castanhas e a respectiva caruma.

Cada turma acendeu a sua fogueira, assouas castanhas e, claro, devorou-as num instante! Asbebidas também não faltaram – groselha de limãoe muita água. Parece que para os professores haviachá…

Como magusto sem caras farruscadas nãoé magusto, as pessoas brancas, num piscar de olhosficaram pretas. Nem os professores escaparam à

festa.”

Adivinha:Tenho camisa e casacoSem remendo nem buraco;Estoiro como um fogueteSe alguém no lume me mete.

Clube da Floresta “Floresta e Aventura”E.B. 2,3 de Manteigas

Quadra:Já chegou o S. MartinhoHá castanhas na fogueiraNo PROSEPE não há vinhoVamos lá p’ra brincadeira

1.º Prémio – Luciana SilvaClube da Floresta “Hedera helix”

Com castanhas quentinhasE com a ajuda do PolenixVamos fazer uma festaNo Clube Hedera helix

2.º Prémio – Vanessa PereiraClube da Floresta “ Hedera helix”

FOLHA VIVA20

Page 21: Arvores de Frutos

Encontro dos Clubes da Floresta

I ENCONTRO DISTRITAL DECLUBES DA FLORESTA DE

ÉVORA E PORTALEGRE

No dia 12 de Novembro de 2003realizou-se o I Encontro Distrital de Clubesda Floresta de Évora e Portalegre na escolasede do Agrupamento de Escolas de VilaViçosa, envolvendo Clubes da Floresta dodistrito de Évora, bem como os alunos doPrograma do Desporto Escolar e o Clube dafloresta “O Azeitoninha”, do Distrito dePortalegre.

O Encontro integrado nasComemorações do Dia de S. Martinho, tevecomo principal actividade a realização deuma prova intitulada “Vamos Conhecer oCastanheiro” que incluía uma prova deorientação com um percurso obrigatório euma prova teórica, sustentada por umdesdobrável informativo do encontro.

Como iniciativas complementaresdestaca-se a realização do concurso dequadras alusivas ao S. Martinho e umaexposição relativa ao mesmo tema.

Eles fizeram… Nós contamos... Eles fizeram… Nós contamos... Eles fizeram… Nós contamos…

ACTIVIDADES DISTRITAIS

FOLHA VIVA 21

Page 22: Arvores de Frutos

A EB 2,3 de Real assinalou, no passado dia 26 de Novembro, o Diada Floresta Autóctone. A festa contou com a presença do CoordenadorDistrital dos Clubes da Floresta, Dr. Jorge Lage. A iniciativa foi promovidapelo Clube de Floresta “Mãe Floresta”, que no âmbito do seu projecto anualde actividades conta com diversas acções que visam sensibilizar a populaçãoescolar e a comunidade em geral para este bem de todos.

No evento, foram apresentadas várias espécies vegetais que seencontram nas nossas florestas, algumas delas em vias de extinção, e foifeita sensibilização junto dos mais novos para a sua conservação e protecção.

Os fogos florestais e a devastação por eles causada são o tema cen-tral das iniciativas deste ano, que chamam particularmente a atenção para anecessidade de reflorestação planificada, ordenada e, acima de tudo, emque prevaleça a defesa de um património natural que é a floresta autóctone,por vezes, tão mal tratada face a outros interesses que aparecem associadosá floresta.

Aconteceu!!!EB 2,3 DE REAL, BRAGA, ASSINALA

DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE!

O aproveitamento de materiais, foi omote que levou os professores da EB 2,3do Viso a participarem, no passado dia 19 e26 de Novembro, numa acção de formaçãona LIPOR, Gondomar, intitulada “Venha fazermúsica com a Lipor”, com vista à construçãode Instrumentos Musicais a partir de materiaisreutilizáveis.

Sem dúvida um trabalho muitointeressante e que aliado a muito esforço,permitiu descobrir uma nova forma de aliarmúsica e ambiente!

OS PROFESSORESOS PROFESSORESOS PROFESSORESOS PROFESSORESOS PROFESSORESA DAR MÚSICA...A DAR MÚSICA...A DAR MÚSICA...A DAR MÚSICA...A DAR MÚSICA...

FOLHA VIVA22

Eles fizeram… Nós contamos... Eles fizeram… Nós contamos... Eles fizeram… Nós contamos…

Page 23: Arvores de Frutos

NATALNATALNATALNATALNATALO Natal foi o mote para

a protecção, já que os alunosdo Clube da Floresta “OsPulmões do Mundo”,apostaram na reutilização demateriais para fazerembelissimos trabalhos!

Assim, entre outrostrabalhos destaca-se a árvorede Natal de 2 metros,tridimensional, ondereutilizaram cartões e papelde jornal.

Também, o Clube daFloresta “ O Camaleão” da EB2,3 Dr. António de SousaAgostinho, de Almancil, realizoudurante este primeiro periodo,um conjunto de postais de Natalcom materiais recicláveis. Ospostais foram executados comcartão canelado de embalagense recortes de revistas velhas.

Postais de NatalE.B. 2/3 do Mundão, Clube da Floresta “O Ouriço”

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Page 24: Arvores de Frutos

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