Artigos Farmácia Distribuição
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LABORATóRIO DE IDEIAS
Miguel Paté
Rúben Alves
Luís Bento
Pedro Pita Barros
Jorge Lima
José Bancaleiro
Carlos Dias da Silva
Adelino Baptista CruzDiscussãoConsidera positiva a criação de um banco de medicamentos em final de prazo de validade para os cidadãos carenciados?
Respondem:
Amílcar Falcão *
«Embora eu seja muito sensível às questões sociais, uma resposta objectiva à questão colocada depende de duas premissas essenciais: (1) qual o conceito de “medicamentos em final de prazo de validade”; (2) quem são os “cidadãos carenciados”. Relativamente ao ponto 1, existem questões éticas, logísticas e comerciais que poderão ser intransponíveis caso o tempo de vida útil do medicamento seja muito curto (assumindo que somos um país cujo funcionamento obedece
aos requisitos europeus). A classificação do ponto 2 parece me ainda mais complexa num país onde estudantes universitários com apoio social vão de carro para as aulas. Objectivamente parece me uma medida “terceiro mundista”, profundamente populista e demagógica: quem vai beneficiar dela (e em que condições) e quem a vai suportar financeiramente?»
* Farmacêutico, Professor Catedrático Facul-dade de Farmácia da Universidade
de Coimbra
Eunice Neta *
«Não sei se deva dizer que os tempos estão difíceis (o que implicaria uma melhoria a breve trecho) ou se os tempos são difíceis, mas neste cenário de crise económica, sobreendividamento, desemprego e precariedade laboral, os dados são claros quanto ao número crescente de cidadãos e mesmo famílias inteiras carenciadas ou no limiar da carência financeira. Não são raros os casos de famílias com filhos em que, em prol da saúde das crianças, os pais abdicam dos cuidados farmacológicos de que necessitam. A sociedade portuguesa actual encontra se num processo de mudança que poderá ter resultados positivos se soubermos transformar a falta
de recursos na multiplicação de oportunidades, sobretudo através da aplicação de princípios ecológicos como a redução do desperdício, o reaproveitamento de recursos disponíveis e a reciclagem de processos. Estas medidas aplicadas à saúde e aos medicamentos seriam de extrema utilidade para todos. Permitiriam, por um lado, uma maior consciência social e de cidadania, através da entrega dos medicamentos que tantas vezes já não necessitamos e que apenas aguardam serenamente pelo final do prazo de validade. Por outro, garantiriam o acesso das populações mais necessitadas a um bem tão precioso como é o da saúde».
* Psicoterapeuta, Terapeuta Familiar
Luís Bento *
«A criação de um banco de medicamentos em final de prazo de validade para os cidadãos cadenciados é, sem sombra de dúvida, uma excelente medida, pois fará chegar o medicamento a quem dele necessita e não tem posses para o adquirir.É necessário, todavia, respeitar as condições de armazenamento nomeadamente calor e
luz bem como as formas de acesso.O fornecimento de medicamentos nestas condições não pode iludir, de forma alguma, as regras de prescrição médica.Penso também que poderá ajudar a combater o excessivo armazenamento de medicamentos por parte das famílias, estimulando a doação a quem mais precisa».
* CEO Neoclip, administrador EPUL
Eunice Neta
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josé bancaleiro
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Discussão
concorda com a posição que defende o internamento compulsivo de portadores de doenças infecciosas?Respondem:
Eunice neta*
«Creio que nestes casos se deve aplicar a velha máxima: a minha liberdade termina onde come‑ça a do outro. Se o internamento compulsivo é uma medida válida para os casos de doença psi‑quiátrica, em que o sujeito coloca em risco a sua integridade ou a dos outros, também o deverá ser nos casos em que o portador de doença in‑fecciosa põe em causa a sua saúde física e a de terceiros. Obviamente que esta medida não pode ser aplicável a todas as doenças infecciosas, mas unicamente a situações em que o contágio pode
ocorrer sem qualquer comportamento de risco, como é o caso da tuberculose. No entanto, há três pontos essenciais: a lei terá de ser clara, não deixando espaço a ambiguidades; a sua aplicação só deverá ocorrer em situações ex‑tremas, onde o doente, após receber informação e sensibilização, recuse tratamento e medidas de restrição adequadas, sendo que a decisão judicial terá de ser mais célere; por último, será necessário que haja estruturas físicas e humanas adequadas à aplicação da medida».
*Psicoterapeuta, terapeuta Familiar
jorge lima*
«Sim, concordo com o internamento compulsivo de portadores de doenças infecciosas sempre que esteja em perigo a Saúde Pública. A questão foi recentemente relembrada com um caso de gripe A, mas não podemos esquecer que a maioria dos casos de tuberculose multi ‑resistente resulta de
má adesão à terapêutica, colocando em risco to‑dos os que contactam com esses doentes. Estou certo que os juristas, em conjunto com os peritos e profissionais de saúde, irão solucionar esse “va‑zio” legal».
*Médico Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
Maria de belém Roseira*
«Depende. Há circunstâncias em que, verificando‑‑se perigo para a Saúde Pública e não cumprimen‑to das regras que o evitem, por parte do infecta‑do, deve poder haver uma determinação judicial
que imponha o internamento compulsivo. Essas circunstâncias devem ser cuidadosamente deli‑mitadas, para que nunca seja posto em causa o princípio da proporcionalidade».
*Deputada da assembleia da República
Eunice neta
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DiscussãoEm duas frases, o que considera ter sido, no âmbito da Saúde em Portugal, o melhor e o pior no período contemplado no ano móvel a terminar em Outubro de 2010.
Respondem:
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Eunice Neta*
«Em termos da saúde familiar, e obvia‑mente colocando ‑me no papel de tera‑peuta familiar, considero que o que de melhor aconteceu neste âmbito foi a nova lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Em termos do pior, e embora possa ser redundante, considero a morosidade dos processos de adopção, bem como o preconceito ainda instalado face à adopção por famílias «diferentes», fa‑mílias monoparentais e casais do mes‑mo sexo».
*Psicoterapeuta, Terapeuta Familiar
Adelino BaptistaCruz*
«O melhor foi a consciência quase geral de que a gripe H1N1 e a vacina eram uma burla.O pior foi a figura de um Governo que enterrou milhões numa burla denun‑ciada por muitas e credíveis vozes.Em síntese, este ano só não foi o pior dos anos porque o pior ainda está para vir».
*Psicólogo
Ruben Alves*
«O melhor: sei que não é geral, mas destaco todo o cuidado e apoio que re‑cebemos no hospital CUF Descobertas no recente nascimento do meu filho, que foi, de facto, extraordinário.O pior: as horas que se continuam a perder nos centros de saúde à espera de uma consulta.Em suma, continua a notar ‑se um de‑sequilíbrio grande em termos de qua‑lidade de atendimento entre o público e o privado».
*Músico, PianistaCarlos Diasda Silva*
«O pior: o caso dos doentes oftalmoló‑gicos em Santa Maria... Uma pena acon‑tecerem situações daquelas.O melhor (vou ter de personalizar, peço desculpa, mas é justo!): o Professor Rui Moreno e a sua equipa no serviço de cuidados intensivos do Hospital dos Capuchos, em Lisboa. Salvaram o meu irmão de uma morte estúpida aos 48 anos, enfrentando, com todas as forças, as consequências de uma leucemia que o rasteirou repentinamente».
*Jornalista, Colunista na Imprensa Escrita, Apresentador de Eventos
Amílcar Falcão*
«O pior: o desnorte das iniciativas go‑vernamentais na área da saúde.O melhor: o equívoco da OMS em re‑lação ao impacto da gripe A na Saúde Pública».
*Farmacêutico, Professor Catedrático e director da Faculdade
de Farmácia da Universidade de Coimbra
José Bancaleiro*
«Pior: é difícil escolher... Talvez a insta‑bilidade criada pela ameaça / altera‑ções sucessivas no preço dos medica‑mentos.Melhor: não me recordo de nada que mereça realce».
*Managing Partner, Stanton Chase International ‑ Portugal
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Luís Bento*
«O melhor de 2010 na Saúde em Por‑tugal: a resistência do Serviço Nacional de Saúde às tentativas de desmantela‑mento.O pior de 2010 na Saúde em Portugal: a saída massiva ‑ para a aposentação e reforma ‑ de profissionais altamen‑te qualificados, sem que tenham sido substituídos por profissionais com ex‑periência equivalente».
*CEO Neoclip, administrador EPUL
Maria de BelémRoseira*
«O melhor: a melhoria contínua e sus‑tentada dos indicadores de Saúde.O pior: o impacto da crise financeira no volume de recursos a afectar ao exercí‑cio do direito à saúde».
*Deputada
Jorge Lima*
«O melhor: competência e desempe‑nho dos profissionais de saúde.O pior: acesso dos utentes à Saúde, no‑meadamente o tempo de espera para tratamento».
*Médico Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
Miguel Paté*
«O melhor da Saúde em Portugal no último ano foi a redução do preço dos medicamentos.O pior da Saúde (e do Ensino) em Por‑tugal no último ano (e na última déca‑da) é a falta de médicos».
*Formado em Publicidadee Marketing, Director Criativo
Pedro PittaBarros*
«O pior: as dúvidas sobre a criação das USF ir até ao fi m e cobrir toda a população.O melhor: a continuidade da melhoria nas listas de espera».
*Professor Catedrático, Faculdadede Economia da Universidade Nova
de Lisboa
Mário Beja Santos*
«O melhor na Saúde em Portugal: redução de preços em medicamentos de grande consumo. Faz ‑se justiça a anos sucessivos de encargos onerosos que recaiam injusti‑fi cadamente na bolsa do consumidor, tudo a pretexto de um esquema de formação de preços de valor duvidoso. Pena é que muitos medicamentos não prescritos, in‑dispensáveis para a qualidade de vida dos doentes, tenham visto disparar o seu preço de forma exorbitante. O pior na Saúde em Portugal: a incapaci‑dade de estancar a circulação de medica‑mentos contrafeitos. Não se está a falar no
mercado digital, mas sim pela circulação pelas vias normais. De há muito que o INFARMED se devia ter obrigado a actuar dentro das suas possibilidades. Veja ‑se a circulação impune de produtos que têm composição farmacológica e que fazem publicidade sem restrições».
*Direcção ‑Geral do Consumidor
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Mário beja Santos
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DiscussãoQue individualidade ou projecto na área da Saúde gostaria de distinguir com um Prémio almofariz? Respondem:
Eunice neta*
A saúde física está intimamente ligada à saúde psicológica, numa relação ainda hoje estuda‑da como fenómeno que não nos é inteiramen‑te lógico e claro. Se a doença nos traz abalos psicológicos en‑quanto adultos, na infância é muitas das vezes um verdadeiro terramoto, não só para a saúde mental da criança, mas sobretudo para os pais e outros familiares que a acompanham.Nesse sentido, existe um projecto meritório de grande louvor, pela intervenção realizada nos
serviços pediátricos dos hospitais portugueses junto das crianças, estendendo‑se igualmente aos seus familiares e profissionais de saúde: a Operação Nariz Vermelho. De uma forma simples, os "Doutores Palhaços" aliviam a dor, a angústia e o desgaste de todos os que enfrentam situações terríveis, abrindo o ambiente hospitalar aos sorrisos e risos, ale‑grias e brincadeiras. Porque com a saúde men‑tal, pode sempre brincar‑se um bocadinho!
*Psicoterapeuta, terapeuta Familiar
jorge Lima*
Eu distinguiria os trabalhos de Bhattacharya e colaboradores (Aberdeen, Escócia) sobre a predisposição hereditária do parto pré‑termo, apresentado recentemente à comunidade cien‑tífica. O parto pré‑termo é a principal causa de mor‑bilidade e mortalidade perinatal nos países de‑senvolvidos, com um enorme impacto econó‑mico na saúde, sendo responsável por 60% das mortes nos bebés e por complicações graves após o nascimento, como a paralisia cerebral. Define‑se parto pré‑termo espontâneo como aquele que ocorre entre as 24 e as 37 semanas de gestação na ausência de indução do traba‑lho de parto ou de parto por cesariana electiva. A sua incidência aumentou a partir de 1981 e, desde então, apesar dos múltiplos esforços, continua a ocorrer em cerca de 12% de todos os nascimentos.
As estratégias actuais para predizer e prevenir o parto pré‑termo espontâneo têm sido afec‑tadas pelo facto de ainda hoje não compreen‑dermos a etiopatogenia desta entidade. No en‑tanto, algumas causas estão identificadas, tais como a infecção e a gravidez múltipla. Estes investigadores demonstraram que mu‑lheres cujas mães tiveram partos pré‑termos espontâneos têm um maior risco, nas suas pró‑prias gravidezes, de ter um parto pré‑termo. A contribuição surpreendente deste grupo de investigação vem revolucionar esta temática, passando o parto pré‑termo a ser considera‑do uma doença complexa, resultante da inte‑racção não só de factores ambientais, sociais, comportamentais, mas também de factores genéticos.
*Médico Especialista
em Ginecologia e Obstetrícia
Eunice neta
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Marca ou genérico? existe informação disponível suficiente para a população ou esta é uma decisão deixada nas mãos dos médicos? Ou do farmacêutico?
respondem:
CONVIDADOOrlando monteiro da silva* Confrontam ‑se o benefício do doente versus a liberdade de prescrição. Há que achar o equilíbrio sem afectar dois direi‑tos essenciais. Radicalizar é descurar a especificidade de cada caso, isto não é su‑perável na Medicina. A OMD não dispõe de dados sobre as opções dos médicos
dentistas. Não há limite à prescrição do médico dentista, mas alguns fármacos, como antibióticos, analgésicos e anti‑‑inflamatórios, são prescritos frequente‑mente. Pesam, legitimamente, os factores “preço” e as políticas de contenção de cus‑tos, mas sabe ‑se que alguns medicamen‑tos de marca foram pioneiros em certas curas, e o factor “familiaridade” do doente merece o respeito do seu médico. Os ge‑néricos são uma opção dos profissionais
e da po‑pulação. É capital, defender a decisão informa‑da que converge nos superiores interes‑ses dos doentes.
*Bastonário da Ordem dos médicos dentistas
eunice neta
mário Beja santos
eunice neta*
Para o utente, esta questão das marcas e dos genéricos é uma falsa questão. Em tempos de crise económica, a escolha torna ‑se premente, primeiro porque é na área da saúde que normalmente as famílias fazem os primeiros cortes no orçamento doméstico e, em segundo lu‑gar, porque não é clara a diferença entre uns e outros. Quase que nos faz lembrar a diferença entre outro tipo de artigos de
marca e de imitação, sem a ilegalidade... Perdoem ‑me a comparação, mas a ideia geral apreendida é a de que, na essência, o medicamento genérico é precisamente o mesmo, mas é produzido com menos custos, logo com um melhor preço final. O poder de decisão deveria ser do uten‑te, quando devidamente informado, com clareza, pelo seu médico e/ou farmacêu‑tico, das vantagens e desvantagens da sua escolha. No entanto, e na prática, a decisão está nas mãos do médico, o único
que pode ou não autorizar a substituição pelo genérico. Apesar das inúmeras cam‑panhas, é efectivamente o farmacêutico que tem neste cenário um papel prepon‑derante na passagem de informação e que pode apoiar o utente numa decisão informada. Creio, contudo, que a infor‑mação disponível é umas vezes escassa, outras demasiado complexa, mas não se pode resumir apenas ao “é o mesmo, mas mais barato”.
*Psicoterapeuta, terapeuta familiar
mário Beja santos*
Convém recordar que há medicamentos que não têm, não podem ter, genéricos. Depois, para aqueles que têm estudos de biodisponibilidade e bioequivalência que confirmam que são iguais aos de marca, há toda a vantagem em utilizar genéricos, os quais devem ser encarados como um dos instrumentos da acessibilidade ao medicamento (princípio da equidade).
O INFARMED avalia a biodisponibilida‑de e a bioequivalência dos candidatos a genéricos, e confio plenamente nas suas decisões. Até hoje, têm ‑se revelado irre‑preensíveis. A educação do público faz ‑se através do INFARMED, médicos de família, centros de saúde, associações de doentes, de promo‑tores de saúde e de consumidores. Recorde ‑se que os genéricos de mar‑ca trouxeram o caos, situação que só
poderá ser ultrapassada pela dispensa por DCI (estou descrente, os médicos irão fazer todo o possível para estarem coniventes com os laboratórios). Cabe aos farmacêuticos explicar aos seus doentes a equivalência terapêutica e os benefícios económicos na dispensa de genéricos (ganhos em saúde, mais acessibilidade, menos gastos para o doente).
*direcção ‑Geral do consumidor
miguel Paté*
Foram realizadas diversas campanhas de incentivo ao consumo de genéricos, que comunicam à população que estes são menos dispendiosos, que têm mesmos princípios activos, que oferecem toda a segurança, que são medicamentos como os outros, mas sem marca.Estas campanhas, que “desmistificam” esta relativa novidade, são comple‑mentadas por um verdadeiro mar de informação disponível sobre medica‑mentos. É que para além da dirigida ao público em geral, é fácil encontrar na Net informação para médicos e profissionais de saúde, desde o pron‑tuário terapêutico à publicação de
estudos laboratoriais sobre os efeitos de medicamentos.Para a população, a muita informação existente deveria estar melhor indexada e contextualizada, tanto a nível da área terapêutica, respectiva sintomatologia e outras dimensões da relação dos medica‑mentos com as terapias a que podem ser aplicados. No entanto, e mesmo disponibilizando toda a informação possível de uma forma organizada para a consulta do público em geral, a decisão deve continuar a ser deixada a médicos e farmacêuticos. Por muita quantidade e qualidade de infor‑mação que haja, e que deve haver para a população, essa decisão não deve sair das mãos dos especialistas. Um cidadão
comum sem formação específica nunca saberá, por exemplo, como fazer devida‑mente um diagnóstico ou, por exemplo, evitar uma interacção medicamentosa perigosa.Em suma, respondendo à segunda pergunta, para a população ainda não existe informação suficientemente bem organizada sobre esta matéria. E em res‑posta à primeira pergunta, a prescrição e o aconselhamento dados por médicos e farmacêuticos continuam a ser indis‑pensáveis para a escolha entre marca ou genérico. O saber é fundamental para todos, mas só quem sabe o que fazer com ele deve ter o poder de decisão.
*formado em Publicidade e marketing, director criativo
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