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Emergência NOVEMBRO / 2006 52 ARTIGO TÉCNICO da vítima. Com este protocolo, o Samu de Araras, nos últimos três anos, salvou muitas vidas na cidade, dentre eles, três ferimentos cardíacos com alta hospitalar. FASES A entrega (delivery) é a fase do atendi- mento onde há maior inter-relacionamen- to das equipes. Sem dúvida, é a mais im- portante pela necessidade de passagem de todos os dados para correlacionar a cena com possíveis lesões nos casos de trauma, ou até mesmo dados do exame físico no local, que durante o transporte podem ser alterados. Deve ser passada a cinemática com o mecanismo do trauma do veículo envolvido com as deformida- des encontradas, uso ou não de equipa- mentos de segurança (cinto de seguran- ça, Air Bags, capacete), descrição da posi- ção que a vítima ocupava no veículo e como se encontrava no local (deambu- lando, ejetada ou presa no interior do veí- culo). Ultimamente, os serviços de APH têm utilizado fotos digitais que podem ser vistas pela equipe do PS, valorizando assim, a cinemática e procurando lesões correlacionadas com as deformidades. O histórico e os antecedentes da víti- ma, fornecidos por familiares ou mesmo pela vítima, devem ser anotados e passa- dos, pois pode haver perda de consciên- cia durante o transporte e a equipe de APH ser a única a ter conversado com a vítima antes da perda de consciência. O exame clínico com sinais vitais e ex- posição da vítima também deve ser valo- rizado pelas equipes, pois pode determi- nar um atendimento mais ágil e dirigido, além de ser uma ferramenta útil nos ca- sos de dúvidas geradas durante o atendi- mento do ponto de vista médico legal. Lembramos que nos casos clínicos, po- derão ocorrer detalhes importantes que devem ser passados e anotados entre as equipes. Como, por exemplo, um aten- dimento de uma parada cárdio-respirató- ria – se foi presenciada ou não, tempo do acionamento e da chegada, emprego de manobras de ressuscitação até a che- gada da equipe, ritmo inicial e o tempo de parada, antecedentes patológicos e uso de medicamentos. Todos estes da- dos fornecidos de forma correta poderão ajudar em decisões importantes pela equi- pe que recebe a vítima. RECUPERAÇÃO Na fase de recuperação de materiais e retorno da equipe de APH alguns aspec- tos são muito importantes, pois uma am- bulância fica impossibilitada de prestar novos atendimentos sem seu equipamen- to básico como, por exemplo, a maca, monitores, respiradores e pranchas de imobilização. Todo o esforço da equipe de PS deverá direcionar para agilizar e reduzir o tempo da equipe de APH na emergência. Lembramos que algumas medidas podem ser tomadas como dei- xar pranchas reserva para substituição e deixar macas reservadas só para os servi- ços de APH, pois já há um parecer do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, classificando como falta ética o ato de “Prender Maca” do serviço de APH. Outro dado importante é que a fami- liariedade dos equipamentos do APH pelos membros da equipe da emergên- cia podem evitar problemas como, por exemplo, cortar tirantes de uma prancha ou de um KED (Colete de imobilização da coluna para retirada de vítimas na po- sição sentada), trazendo prejuízos enor- mes e desgaste do relacionamento en- tre equipes. Uma vez que o equipamento foi libera- do, a equipe de APH deve agilizar sua saída, pois também é freqüente, após aproximação da equipe, haver um certo retardo e tempo perdido na emergência. Tanto o chefe de equipe do PS quanto o médico regulador devem estar atentos para os abusos. O inter-relacionamento das equipes de PS e APH é fundamental para um bom atendimento. A equipe de PS deve co- nhecer as normas, os tipos de ambulância e as equipes, pois, desta forma, entende- rá as limitações e também poderá exigir quando as normas não forem cumpridas. O papel do médico regulador, que é o elo de ligação entre os dois serviços e, por meio dele, devem ser comunicados eventuais problemas ou intercorrências nos atendimentos. A importância do en- tendimento de todas as fases do atendi- mento, dando ênfase à comunicação que é a principal ferramenta para atingirmos o objetivo final que é de um atendimen- to rápido, eficaz e seguro e sem desgas- te desnecessário para nenhuma das equi- pes. BIBLIOGRAFIA Manual do Curso Advanced Pré-Life Suport -4º Edição Portaria n.º 2048/Gabinete do Ministro de 5 de novembro de 2002

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Emergência NOVEMBRO / 200652

ARTIGO TÉCNICO

da vítima. Com este protocolo, o Samude Araras, nos últimos três anos, salvoumuitas vidas na cidade, dentre eles, trêsferimentos cardíacos com alta hospitalar.

FASESA entrega (delivery) é a fase do atendi-

mento onde há maior inter-relacionamen-to das equipes. Sem dúvida, é a mais im-portante pela necessidade de passagemde todos os dados para correlacionar acena com possíveis lesões nos casos detrauma, ou até mesmo dados do examefísico no local, que durante o transportepodem ser alterados. Deve ser passada acinemática com o mecanismo do traumado veículo envolvido com as deformida-des encontradas, uso ou não de equipa-mentos de segurança (cinto de seguran-ça, Air Bags, capacete), descrição da posi-ção que a vítima ocupava no veículo ecomo se encontrava no local (deambu-lando, ejetada ou presa no interior do veí-culo). Ultimamente, os serviços de APHtêm utilizado fotos digitais que podemser vistas pela equipe do PS, valorizandoassim, a cinemática e procurando lesõescorrelacionadas com as deformidades.

O histórico e os antecedentes da víti-ma, fornecidos por familiares ou mesmopela vítima, devem ser anotados e passa-dos, pois pode haver perda de consciên-cia durante o transporte e a equipe deAPH ser a única a ter conversado com avítima antes da perda de consciência.

O exame clínico com sinais vitais e ex-posição da vítima também deve ser valo-rizado pelas equipes, pois pode determi-nar um atendimento mais ágil e dirigido,além de ser uma ferramenta útil nos ca-sos de dúvidas geradas durante o atendi-mento do ponto de vista médico legal.Lembramos que nos casos clínicos, po-derão ocorrer detalhes importantes quedevem ser passados e anotados entre asequipes. Como, por exemplo, um aten-dimento de uma parada cárdio-respirató-ria – se foi presenciada ou não, tempodo acionamento e da chegada, empregode manobras de ressuscitação até a che-gada da equipe, ritmo inicial e o tempode parada, antecedentes patológicos euso de medicamentos. Todos estes da-dos fornecidos de forma correta poderãoajudar em decisões importantes pela equi-pe que recebe a vítima.

RECUPERAÇÃONa fase de recuperação de materiais e

retorno da equipe de APH alguns aspec-tos são muito importantes, pois uma am-bulância fica impossibilitada de prestarnovos atendimentos sem seu equipamen-to básico como, por exemplo, a maca,monitores, respiradores e pranchas deimobilização. Todo o esforço da equipede PS deverá direcionar para agilizar ereduzir o tempo da equipe de APH naemergência. Lembramos que algumasmedidas podem ser tomadas como dei-xar pranchas reserva para substituição edeixar macas reservadas só para os servi-ços de APH, pois já há um parecer doConselho Regional de Medicina de SãoPaulo, classificando como falta ética o atode “Prender Maca” do serviço de APH.

Outro dado importante é que a fami-liariedade dos equipamentos do APHpelos membros da equipe da emergên-cia podem evitar problemas como, porexemplo, cortar tirantes de uma pranchaou de um KED (Colete de imobilizaçãoda coluna para retirada de vítimas na po-sição sentada), trazendo prejuízos enor-mes e desgaste do relacionamento en-tre equipes.

Uma vez que o equipamento foi libera-do, a equipe de APH deve agilizar suasaída, pois também é freqüente, apósaproximação da equipe, haver um certoretardo e tempo perdido na emergência.Tanto o chefe de equipe do PS quanto omédico regulador devem estar atentospara os abusos.

O inter-relacionamento das equipes dePS e APH é fundamental para um bomatendimento. A equipe de PS deve co-nhecer as normas, os tipos de ambulânciae as equipes, pois, desta forma, entende-rá as limitações e também poderá exigirquando as normas não forem cumpridas.O papel do médico regulador, que é oelo de ligação entre os dois serviços e,por meio dele, devem ser comunicadoseventuais problemas ou intercorrênciasnos atendimentos. A importância do en-tendimento de todas as fases do atendi-mento, dando ênfase à comunicação queé a principal ferramenta para atingirmoso objetivo final que é de um atendimen-to rápido, eficaz e seguro e sem desgas-te desnecessário para nenhuma das equi-pes.

BIBLIOGRAFIA

Manual do Curso Advanced Pré-Life Suport -4º EdiçãoPortaria n.º 2048/Gabinete do Ministro de 5 de novembro de 2002

Emergência 53NOVEMBRO / 2006

Marcos de Oliveira -Ten Cel BM Diretorde Ensino do Corpode BombeirosMilitares de SC

novo termo dinâmica do fogo -do inglês fire dynamics - tem si-do escolhido para descrever osO

assuntos relacionados com o comporta-mento do fogo em incêndios interiores.No entanto, é comum encontrarmos tam-bém expressões como química do fogo,ciência do fogo, entre outros. SegundoDrysdale, “Como um processo, o fogopode assumir muitas formas, que envol-vem reações químicas entre substânciascombustíveis e o oxigênio do ar. O fogo,quando aproveitado corretamente, forne-ce grandes benefícios que podem suprirnossas necessidades industriais e domés-ticas, mas, quando descontrolado, podecausar danos materiais e sofrimento hu-mano”.

A partir da década passada, diversos es-tudos e pesquisas científicas internacio-nais, criaram uma compreensão mais am-pla dos vários fenômenos associados coma dinâmica do fogo, especialmente, naparte relacionada com o comportamentodos incêndios em ambientes interiores.Estes estudos permitiram aos bombeirosuma maior consciência de como o fogoproduz gases inflamáveis dentro das es-truturas envolvidas e a dinâmica dessesincêndios, o que gerou uma melhor apre-ciação do potencial de risco dessas situa-ções.

De forma geral, podemos dizer que obombeiro do século XXI, a partir de agora,deve ser treinado mais para um dimen-sionamento de riscos e a identificação dediferentes opções táticas que lhe assegu-rem uma aproximação segura até o in-cêndio, bem como para o uso de combi-nações seguras e eficientes das várias téc-nicas e métodos de supressão do fogo.Entretanto, antes de dimensionar o risco

e de selecionar a melhoropção tática a seguir, é

essencial que o bombei-ro aprenda sobre a di-

ARTIGO TÉCNICO

◗Bombeiros devem ser treinados para diferentes opções táticasde aproximação e combate nos incêndios interiores

Compreendendo a dinâmica do fogo

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BIBLIOGRAFIA:BLESA, José Miguel Basset. Flashover: Desarrollo y control. 2002.DRYSDALE, Dougal. An introduction to fire dynamics. 2nd ed. England:Wiley, 1998.GRIMWOOD, Paul e DESMET, Koen. Tactical Firefighting. 2003.KLAENE, Bernard J. e SANDRES, Russel E. Structural Fire Fighting.Quincy: National Fire Protection Association, 2000.OLIVEIRA, Marcos de. Manual de Estratégias, táticas e técnicas de com-bate a icêndios estruturais. Florianópolis: Editora Editograf, 2005, 136 p.

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ETAPAS SEQÜENCIAIS

FASE DA IGNIÇÃO SÚBITA GENE-RALIZADA - É uma etapa de transição

entre a fase do crescimento e o desenvolvi-mento completo do incêndio. Poderá desen-volver-se, normalmente, mediante um cresci-mento gradual ou manifestar-se por dois fe-nômenos distintos, variando conforme o nívelde oxigenação do ambiente. Havendo umaoxigenação adequada com semelhante eleva-ção de temperatura, o incêndio poderá progre-dir para uma ignição súbita generalizada, sedo contrário, a oxigenação é inadequada (in-cêndio controlado pela falta de ventilação) e atemperatura permanece em elevação, pode-remos progredir para uma ignição explosiva.

Se a oxigenação é adequada, as condições

nâmica (comportamento) do fogo demodo que as implicações operacionais deusar diferentes e variadas táticas sejamcompreendidas integralmente.

INTERIORESSe um incêndio ocorrer em área ocupa-

da por pessoas, há grandes chances deque ele seja logo descoberto e a situaçãomais facilmente resolvida. Mas se ocorrerquando a edificação estiver deserta oufechada, o fogo continuará crescendo atéganhar grandes proporções. O incêndiointerior (aquele que se desenvolve emambiente confinado) é sempre mais com-plexo que um incêndio em ambienteaberto (incêndio exterior). Neste contex-to, o termo Incêndio Interior ou Incêndioem Compartimento se define como umincêndio que se produz dentro de umdeterminado espaço fechado de umaedificação (sala, cômodo, etc.).

Até pouco tempo atrás, as fases do in-cêndio eram estudadas a partir de trêsetapas: a fase inicial, a fase da queimalivre e a fase da queima lenta. Atualmen-te, a maioria das organizações de bombei-ros e programas de treinamento está so-frendo alterações e passando a estudaresse processo a partir de cinco fases dis-tintas, a saber: ignição, crescimento, igni-ção súbita generalizada, desenvolvimen-to completo e diminuição (ver Etapasseqüenciais).

No entanto, convém observar que a ig-nição e o desenvolvimento de um incên-dio interior é algo complexo, que depen-de de uma série de numerosas variáveis.Por isso, pode ser que nem todos os in-cêndios se desenvolvam seguindo cadauma das fases descritas a seguir, porém,poderão ser mais entendidos se estudar-mos esse modelo de seqüência em fases.

Todos os incêndios fornecem uma sé-rie de sinais que podem ajudar os bom-beiros combatentes a determinar em quemomento do desenvolvimento (fase)se encontra o incêndio, e o mais importan-te, as mudanças que podem vir a ocorrerlogo em seguida. Essa habilidade para in-terpretar estes sinais é essencial para asse-gurar uma correta aproximação e a extin-ção do fogo. Ser capaz de ler o incêndioé uma marca de todo bom profissionalbombeiro, especialmente, daqueles quetomam decisões baseadas em seus co-nhecimentos e suas habilidades e não nasorte ou na suposição de que algo irá a-contecer.

elementos do tetraedro do fogo se juntam ese inicia a combustão. Neste ponto, o incêndioé pequeno e, geralmente, se restringe ao ma-terial que se incendiou primeiro. A ignição dofogo é o princípio de qualquer incêndio, quan-do por atuação de um agente ígneo é alcan-çado o ponto de inflamação ou ignição de umcombustível presente, fazendo-o entrar emprocesso de combustão viva.

FASE DA IGNIÇÃO - A ignição do fogodescreve o período em que os quatro

FASE D0 CRESCIMENTO - Pouco de-pois da ignição, o calor gerado no foco

inicial se propaga, determinando o aquecimen-to gradual de todo o ambiente e se inicia aformação de uma coluna de gases aquecidos(pluma) sobre o combustível que queima. En-quanto essa coluna se desenvolve e sobe, co-meça a atrair e arrastar o ar ambiente doespaço em volta para dentro dela. Logo emseguida, essa coluna de ar e gases aquecidosse vê afetada pelo teto e pelas paredes doespaço. À medida que os gases aquecidos seelevam, começam a se propagar para os ladosquando tocam o teto da edificação até chega-rem às paredes do compartimento. Então, aprofundidade da capa de gás começa a cres-cer, ou seja, os gases aquecidos espalham-sepreenchendo o ambiente de cima para baixo.

Nesta fase de crescimento, o oxigênio con-tido no ar está relativamente normalizado e ofogo está produzindo vapor d’água (H

2O), dió-

xido de carbono (CO2), monóxido de carbono

(CO) e outros gases. Grande parte do calorestá sendo consumido no próprio aquecimentodos combustíveis presentes e, neste estágio, atemperatura do ambiente está pouco acimado normal. À medida que o incêndio cresce, atemperatura geral do ambiente aumenta, damesma forma que a temperatura da camadade gases aquecidos no nível do teto.

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do ambiente alteram-se muito rapidamente àmedida que o calor irradiado atinge todas assuperfícies combustíveis expostas. Isso acon-tece porque a camada de gases aquecidosque se cria no teto da edificação durante afase de crescimento irradia calor para os ma-teriais situados longe da origem do fogo. Essecalor irradiado produz a pirólise dos materiaiscombustíveis do ambiente e gera um fenômenodenominado de ignição súbita generalizada.

Se, ao contrário, a oxigenação é inadequa-da, a queima se torna mais lenta e a combus-tão incompleta porque não há oxigênio sufici-ente para sustentar o fogo. Grandes quanti-dades de calor e gases pirolizados não quei-mados podem se acumular nos espaços nãoventilados e, na presença de ar fresco, esteambiente explodirá. A essa explosão chama-mos ignição explosiva.

completo do incêndio, todos os materiais com-bustíveis do ambiente são envolvidos pelo fogoe as chamas enchem todo o compartimento.A Taxa de Liberação do Calor (TLC) atingiráseu ponto máximo, produzindo altas tem-peraturas - tipicamente, essas temperaturaspoderão atingir 1.100oC ou mais em determi-nadas circunstâncias especiais. O calor libera-do e os gases da combustão que se produ-zem dependem da carga de fogo, do númeroe do tamanho das aberturas de ventilação doambiente incendiado.

FASE DO DESENVOLVIMENTO COM-PLETO - Na fase do desenvolvimento

veis disponíveis do ambiente, a taxa de libera-ção de calor começa a diminuir. Uma vez maiso incêndio se converte em um incêndio con-trolado, agora, por falta de material combustí-vel. A quantidade de fogo diminui e as tempe-raturas do ambiente começam a reduzir, en-tretanto, as brasas podem manter tempera-turas ainda elevadas durante algum tempo.Esta fase representa a decadência do fogo,ou seja, a redução progressiva das chamasaté o seu completo desaparecimento. A faseda diminuição do incêndio é freqüentementeidentificada como o estágio no qual o fogo temsua temperatura média caindo cerca de 80%abaixo do seu valor máximo.

FASE DA DIMINUIÇÃO - À medida queo incêndio consome todos os combustí-

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As perguntas para o Emergência Responde podem ser remetidas por carta, fax e e-mail ou site www.revistaemergencia.com.br, contendo nome, profissão e cidade. Não prestamos informaçõesdiretamente aos leitores a título de consultoria. Para facilitar a troca de informações entre os profissionais, Emergência também publica o endereço eletrônico dos participantes.

NOVEMBRO / 2006

Normas de incêndio

Gostaria de saber quais asnormas de segurança dosequipamentos de combate aincêndio e quais os tipos deextintores.

Linderson Francisco Silva Cunha

Alagoinhas/BA

[email protected]

Existem várias normas daABNT (Associação Brasileirade Normas Técnicas) a res-peito e a NR-23 (NormaRegulamentadora) do Minis-tério do Trabalho. Nos Esta-dos (nem todos) existe legis-lação própria dos Corpos deBombeiros. O combate a in-cêndios nos dias de hoje éatividade bastante diversifi-cada e deve ser de acordocom o risco e ocupação daárea a se proteger, comopor exemplo: uma fábrica,um prédio residencial, umaplataforma de extração depetróleo, uma área de reflo-restamento, um museu, umshopping center, etc. Mes-mo no interior dessas áreashá ainda riscos específicos,onde o combate a incêndiotem que levar em conta co-mo os agentes extintoresirão reagir, como por exem-plo: laboratórios, materiaisradioativos, central de tele-fonia e de computação, tan-ques com produtos tóxicos,etc. Para fazer frente aos ris-cos cada vez maiores, origi-nados do desenvolvimentotecnológico, novos agentesextintores e novas técnicasde emprego dos agentesexistentes são inventados, eos técnicos têm que estarconstantemente estudandoe se atualizando.

Para responder de modosimples os agentes extinto-res mais comuns e, conse-qüentemente, mais utiliza-dos (aonde você for no seudia-a-dia: escola, shopping, ci-

Brigada em destilaria

Em uma destilaria de álcool com 250 colaboradores e grau de risco 3,quantos membros são necessários para montar uma brigada de incên-dio?

Ana Lucia Braz - Conceição da Barra/[email protected]

Conforme anexo “A” da norma Norma Brasileira 14276 (Brigada deIncêndio), este tipo de empreendimento industrial pertence ao grupo “J”,divisão j-4, em que toda população fixa faz parte da brigada. Porém, se aplanta possuir posto de bombeiros interno com efetivo mínimo de cincobombeiros por turno de 24 horas e viatura de combate a incêndio equipadanos parâmetros da NBR 14096, poderá ser solicitada isenção da brigada deincêndio. Ver item 5.10.6 da NBR 14276. (Sérgio Ceccarelli)

nema, supermercado, escritó-rio, etc, você vai ver um) são:água, espuma, pó químico se-co e gás carbônico. Esses a-gentes estão nos extintoresportáteis (colocados na pare-de) e nos extintores sobre ro-das, popularmente chamados“carretas”, mais comuns em fá-bricas e grandes lojas. (Luiz

Roberto Carchedi)

Extintores de incêndio

Os extintores de incêndiodevem ser colocados bem pró-ximos da área onde está o focodo incêndio, por exemplo,bem próximo ao tanque decombustível, ou onde seriaacessível às pessoas que po-deriam usá-lo?

técnica, norma ou regula-mento que trate de substân-cias neutralizantes de produ-tos químicos e se em um va-zamento de ácido sulfúricopodemos neutralizá-lo comcal.

Ragnaroc Magno Costa Fiuza

Técnico em Segurança do Trabalho

Salvador/BA

[email protected]

Em uma emergência quí-mica em que ocorre um im-pacto ambiental, há dois ti-pos de procedimentos: adescontaminação de equipa-mentos e materiais e aneutralização da substânciaquímica.

Na descontaminação deroupas de proteção químicae equipamentos podem-seobedecer as seguintes con-siderações, para produtosincluídos nas dez classes derisco:

SOLUÇÃO A: 5% de Car-bonato de Cálcio e 5% deFosfato Trissódico

SOLUÇÃO B: Soluçãocontendo 10% de Hipoclo-rito de Cálcio

SOLUÇÃO C: Soluçãocontendo 5% de Fosfato Tris-sódico. Pode ser usado paraenxágüe geral.

SOLUÇÃO D: Solução di-luída de Ácido Clorídrico.

SOLUÇÃO E: Solução con-centrada de água e detergen-te.

Deve-se utilizar a lista abai-xo como guia para selecio-nar os degradantes químicosmais adequados para o tipode risco identificado:

1- Ácidos inorgânicos, re-síduos metálicos: Solução A

2- Metais pesados (mercú-rio, chumbo, cádmio, etc...):Solução B

Franciele Maria KosloskiTrês de Maio/RS

[email protected]

O extintor de incêndio de-verá ser instalado próximo dorisco de incêndio que irá com-bater, mas, conforme item23.17.1 letra “c” da NR-23 emlocal “onde haja menor pro-babilidade de o fogo bloque-ar o seu acesso”. Na normaABNT NBR 12693/1993, oitem 5.1.3.3 determina que oextintor seja instalado “a) ondehaja menor probabilidade deo fogo bloquear seu acesso;b) seja visível...; d) não fiqueobstruído...; e) esteja junto aoacesso dos riscos...”. Portanto,coloque o extintor em local vi-sível e acessível, mas em po-sição que dê segurança aooperador, lembrando que oextintor de pó químico utili-zado para proteger depósitosde combustíveis líquidos egases inflamáveis tem alcan-ce de jato acima de quatrometros. (Cláudio Hanssen)

Substâncias neutralizantes

Em uma emergência quími-ca, temos uma diversidade desubstâncias que, devido à con-centração e intensidade, sãoprejudiciais à saúde e ao meioambiente. Gostaria de saberse existe alguma literatura

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EMERGÊNCIA RESPONDE

EMERGÊNCIA RESPONDE

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3- Pesticidas, organoclora-dos, dioxinas: Solução B

4- Cianetos, amoníaco eoutros resíduos inorgânicosnão ácidos: Solução B

5- Solventes e compostosorgânicos: Solução A ou C

6- Bifenílicos policlorados(Ex. ascarel): Solução A ou C

7- Resíduos oleosos e gra-xosos não especificados: So-lução C

8- Bases inorgânicas, resí-duos alcalinos e cáusticos:Solução D

9- Materiais radioativos:Solução E

10- Materiais etológicos:Solução A e B.

No caso de vazamentosde pouca intensidade, assubstâncias são neutraliza-das e/ou absorvidas, utilizan-do, para isso, absorventesquímicos em pó, floculados,etc. Quanto à neutralizaçãoda substância no meio am-biente, há de se respeitarprotocolos de desconta-minação de solo e águas e-manados pelos órgãos deresposta especializados,uma vez que estes proces-sos são demorados. (Márcio

Montenegro)

Infecções hospitalares

Quando um acidentadoem uma via pública é trans-portado da ambulância parao setor de emergência, elefica exposto a bactérias dasruas que são diferentes dasbactérias de hospital. Elepode contrair possíveis infec-ções tanto na rua quanto nohospital?

Lucas Eduardo Rios Ramos

São José dos Campos/SP

[email protected]

Primeiro, devemos lembrarque todo paciente que é a-tendido por equipe de emer-gência profissional será sub-

metido a protocolos que inclu-em biossegurança. Estes pro-tocolos definem os processosde cuidados relacionados àproliferação de infecçõesoportunistas ao paciente.

O socorrista deve atentarpara medidas de assepsia,antiassepsia, esterilização edescontaminação. Ou seja,deve limpar e manter os fe-rimentos abertos protegidos,adotar precaução padrão (usode luvas, máscaras, avental eóculos), ter cuidados com con-taminação cruzada - não utili-zar equipamentos em pacien-te que não esteja esterilizadoou descontaminado - e, apóscada atendimento, desconta-minar todos os equipamentosque estiveram em contatocom o paciente, além de des-cartá-los em locais adequados.

Quanto ao item de conta-minação hospitalar, devemosressaltar que a porta de en-trada de qualquer paciente épela sala de emergência.Neste local, o paciente é ava-liado, triado e suas lesões sãoestabilizadas por equipe mé-dica que estabelece qual tra-tamento será indicado aocaso: intervenção cirúrgica, ra-diografia, ultrasonografia,tomografia ou suturas de fe-ridas, etc. Assim, para cada lo-cal que o paciente for transfe-rido serão adotas as medidasde profilaxia para evitar con-taminação hospitalar. Os hos-pitais adotam, também, proto-colos de biossegurança. A salade emergência recebe cuida-dos estipulados nos protoco-los de biossegurança, evitan-do, com isso, as contamina-ções cruzadas.

O ideal é que equipes deAtendimento Pré-Hospitalarsejam compostas por compo-nentes da CIPA (Comissão In-terna de Prevenção de Aci-dentes), brigadistas, bombei-ros, socorristas ou equipes deprofissionais da saúde, queadotem protocolos de bios-segurança, evitando a conta-

minação do paciente no am-biente extra-hospitalar. (João

Castro de Souza)

Cobras

Quando se está longe da ci-dade, e é picado por cobra,qual o soro que poderia seraplicado até que ocorra o aten-dimento médico, pois sei queexiste um soro específico paracada espécie.

Itaira Pereira Menezes

Rio Branco/AC

Técnica em Enfermagem

[email protected]

Primeiramente, falaremossobre as medidas básicas desocorro de urgência, comoacalmar e confortar a vítima,deixar a vítima deitada emdecúbito dorsal, calma eaquecida, não permitindoque ela se esforce ou se mo-vimente, tentando, desta for-ma, reduzir a velocidade dadisseminação do veneno noorganismo. Retirar anéis seo dedo for atingido, pois oedema pode tornar-se inten-so e produzir garroteamento.Providenciar a lavagem doferimento e realizar a anti-sepsia local, se possível, poiso ferimento também podeser contaminado por bacté-rias. Fornecer suporte ven-tilatório, quando necessário,

e providenciar o rápidotransporte da vítima para ohospital, pois este tipo deacidente é uma emergên-cia médica e, como tal, de-ve ser tratada.

Não é recomendado a suc-ção do “veneno/sangue” fei-ta com a boca nem fazer in-cisões ou cortes no local dapicada, já que alguns vene-nos provocam hemorragias eos cortes favorecem as infec-ções, e também não forne-cer bebidas alcoólicas à víti-ma. Não permitir que se fa-ça torniquete/garrote, poisos mesmos podem provocarnecroses graves ou até mes-mo gangrena. Se já tiver de-corrido mais de 30 minutosdesde o momento da pica-da, as medidas locais de pri-meiros socorros serão menoseficazes, mas devemos man-ter os cuidados gerais bási-cos (repouso, apoio psico-lógico, prevenção do estadode choque, verificação dossinais vitais) e devemos pro-videnciar o rápido transpor-te da vítima para o serviçode emergência médica maispróximo.

O uso de soro antiofídicono Atendimento Pré-Hospi-talar não é prática comum,sendo o ideal o rápido trans-porte para o meio hospita-lar. Em alguns locais, pela dis-tância ou dificuldade deacesso torna-se demorado otransporte até o meio hospi-talar, sendo disponibilizadosoro antiofídico, sendo, cla-ro, através de prescrição mé-dica e contando com profis-sional de saúde para a corre-ta administração.

Existem vários grupos decobras/serpentes, mas osmais comuns são: o botrópi-co (bothrops) que fazem par-te a caiçara, a jararaca, a ja-raracuçu e urutu, o crotálio(crotalus) sendo a mais co-nhecida deste grupo a cas-cavel, o grupo elapidico(micurus),\ sendo a coral ver-

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As perguntas para o Emergência Responde podem ser remetidas por carta, fax e e-mail ou site www.revistaemergencia.com.br, contendo nome, profissão e cidade. Não prestamos informaçõesdiretamente aos leitores a título de consultoria. Para facilitar a troca de informações entre os profissionais, Emergência também publica o endereço eletrônico dos participantes.

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dadeira a mais conhecida eo iaquético (lachesis) fazen-do parte deste grupo asurucucu, a surucutinga e asurucucu-pico-de-jaca. Para al-guns grupos existem sorosespecíficos, o grande proble-ma é a correta identificaçãoda cobra/serpente para a ad-ministração do soro corres-pondente, por isso, o maiscomum é a aplicação do soroantiofídico que é um soro ge-nérico. (Marco Aurélio Rocha)

Desfibrilador

Gostaria de saber se exis-te alguma lei, norma ou por-taria que exija o uso doDesfibrilador Externo Auto-mático em locais públicos.

Valério Duarte da Cruz

Macaé/RJ

valé[email protected]

Existe uma lei federal emtrâmite, em Brasília, propos-

ta pelo Senador Tião Viana.Mas existem também leismunicipais, com algumas va-riações, para o DEA (Desfi-brilador Externo Automático)para acesso público, comonas cidades de Londrina noParaná e na cidade de SãoPaulo, que regulamenta quelocais públicos com freqüên-cia de mais de 1.500 pesso-as ao dia devem ter umdesfibrilador disponível epelo menos 30% das pessoasque trabalham tem que sertreinadas em BLS (Basic LifeSupport) por instituição cre-denciada pelas sociedadesmédicas.

Quanto ao uso do Desfi-brilador Externo Automáticopor profissionais de saúde, se-guem as orientações e pare-ceres favoráveis do ConselhoFederal de Medicina, que de-termina que os profissionaissejam treinados em BLS –Heart Save DEA. O Desfibrila-dor Externo Automático é se-guro e salva vidas, mas, sem

dúvida, o treinamento em Su-porte Básico de Vida é funda-mental. (Agnaldo Pispico)

Alarme de incêndio

Que profissional é respon-sável pela manutenção dosequipamentos de alarme deincêndio? O engenheiro pro-jeta e idealiza, enquanto oCorpo de Bombeiros inspecio-na, mas a manutenção preci-sa é responsabilidade de qualprofissional?

Mauricio Campos

São Paulo/SP

[email protected]

Infelizmente ainda nãoexiste uma definição legal aeste respeito. Normalmente,este tipo de serviço é presta-do por empresas especiali-zadas em atividades como es-sa, porém o perfil do profissi-onal é variado. (Alexandre Rava

de Campos)

Agnaldo Pispico é médico e diretor do Cen-tro de Treinamento de Emergências daSOCESP (Sociedade de Cardiologia do Es-tado de São Paulo).

Alexandre Rava de Campos é engenheirode Segurança do Trabalho, presidente daASTEC – Associação Técnica Sul Brasilei-ra de Proteção Contra Incêndio e diretor se-cretário do CB-24 da ABNT (Associação Bra-sileira de Normas Técnicas).

Claudio Hanssen é Químico Industrial, en-genheiro de Segurança do Trabalho e Especia-lista em Proteção contra Incêndio.

João Castro de Souza é enfermeiro e Sar-gento do Corpo de Bombeiros de São Pau-lo.

Luiz Roberto Carchedi é ex-comandantedo Corpo de Bombeiros de São Paulo, es-pecializado em Atendimento Pré-Hospita-lar, técnico em Emergências Médicas, ins-trutor de reanimação cardiopulmonar, deprimeiros socorros e resgate em espaçosconfinados.

Márcio Montenegro é capitão do Grupamen-to de Operações com Produtos Perigosos doCorpo de Bombeiros Militares do Estado doRio de Janeiro, licenciado em química.

Marco Aurélio Rocha é técnico do Sesi Pe-lotas, no Rio Grande do Sul, bombeiro profis-sional civil e membro do PAM (Plano de Au-xílio Mútuo) de Rio Grande.

Sérgio Ceccarelli é diretor do CB-24 (Comitêde Segurança contra Incêndio) da ABNT (As-sociação Brasileira de Normas Técnicas).

Emergência NOVEMBRO / 200658

Criandoidentidade

Major Aroldo MedinaTécnico da Defesa Civil [email protected] CIVIL

portância de começarmos a pensar em adotarum uniforme de Defesa Civil no Brasil. O primei-ro passo nesta direção foi dado pela Defesa Civildo Estado do Rio Grande do Sul que adotou umuniforme formal. O uniforme foi concebido a par-tir da necessidade de criar uma identidade vi-sual corporativa de Defesa Civil no Estado e fa-cilitar a identificação da pessoa engajada na ati-vidade pela população.

No exercício de nossas atividades diárias, sen-timos a necessidade de facilitar a identificaçãopor parte da população gaúcha que íamos socor-rer na hora do desastre natural, ou mesmo nosacidentes químicos provocados pelo homem.Quem trabalha em Defesa Civil sabe que o cená-rio, muitas vezes, é de guerra: pessoas desabri-gadas, casas destruídas, árvores e postes caí-dos, vias obstruídas, abastecimento de água in-terrompido, plantações arrasadas, etc. As vítimasdesesperadas, atônitas, não sabem direito o quefazer. É neste ambiente que atuamos e quandochegamos nele, temos que levar a segurança doEstado nestas horas difíceis, para ajudar a recu-perar a moral da população abalada pelo desas-tre e restabelecer a ordem.

Existe a cultura de uso de um “jaleco” ou “co-lete”, combinado com um “boné” cinza ou laranja,com a inscrição Defesa Civil para identificar ainstituição. Saindo desta rotina de identificaçãoprecária, criamos um uniforme para que assimque chegássemos na comunidade atingida pelodesastre, fôssemos facilmente reconhecidos e lo-calizados pelas pessoas necessitadas, assimcomo as próprias autoridades locais.

O modelo do uniforme foi concebido a partirde pesquisa de campo, levando em conta as ne-cessidades operacionais do efetivo empregadonas atividades de Defesa Civil e considerandoseu largo espectro de atuação que engloba eta-pas que vão desde a prevenção e coordenaçãoem desastres, até o socorro das vítimas e re-cuperação de locais atingidos, assim como ava-liações de danos através de vistorias. Assim,criou-se um uniforme funcional que garantia boavisibilidade no campo operacional, em funçãoda sua cor amarelo ouro.

O uniforme também visava despertar maiscredibilidade junto à comunidade pela excelen-te apresentação pessoal do agente da DefesaCivil que passou a vestir uma roupa de linhas

os serviços de emergência usam uniformes. Bom-beiros, policiais militares, enfermeiros e médicosnos hospitais, entre outros. Estas pessoas tam-bém usam veículos identificados por cores e lo-gotipos consagrados junto aos olhos de todas aspessoas que enxergam os serviços de emergên-cia trabalhando. Se isto nos parece óbvio, por-que um dos principais serviços de emergênciado Brasil não usa uniforme então? A Defesa Civilno Brasil, a despeito de sua importância ins-titucional e operacional, não usa uniforme. “Elausa um colete”. Lembrarão aqueles que já viramalguns de seus agentes usando esta modestapeça de vestuário para identificar sua função, numlocal de emergência. Mas um colete, defi-nitivamente, não é um uniforme.

Um uniforme para existir precisa vestir maisde uma pessoa, de maneira igual, da cabeça aospés. Num cenário de desastre, vamos encontraros agentes de Defesa Civil usando, na melhordas hipóteses, um colete igual. Mas as pessoasdeste órgão vestem roupas diferentes por baixodele. Logo, não existe uniforme. Isto pode pare-cer um preciosismo, da maneira como estou es-crevendo. Bem, então pergunto: porque nos pre-ocuparmos em vestir igual bombeiros, policiaismilitares, médicos e enfermeiros? A resposta pa-rece óbvia. O uniforme representa uma segundapele, algo que nos torna iguais, mostra organiza-ção e inspira credibilidade. Um uniforme lembrahierarquia, disciplina, autoridade, responsabilida-de técnica e conhecimento. Não lembro de umcolete estimular as pessoas a pensarem em tudoisto. Ainda que possa parecer subjetivo, estão noinconsciente das pessoas as associações lem-bradas anteriormente, por cultura,ou mesmo portradição.

REFLEXÃOEmbora esta abordagempossa parecer um pouco

irreverente, deve nos le-var, nomínimo,

a uma reflexãosobre a im-

suaves e corte moderno.

CORA cor amarelo ouro do uniforme foi escolhida

para distinguir as equipes de Defesa Civil queatuam num cenário de desastre ao lado de equi-pes do Corpo de Bombeiros que usam, tradicio-nalmente, uniforme de cor laranja. Laranja é u-ma cor muito difundida, adotada por algumas em-presas distribuidoras de gás, equipes de limpe-za urbana e de manutenção de vias públicas. Oamarelo, menos popular em nosso país, permiteassim uma fácil identificação e distinção do efe-tivo de Defesa Civil empregado no terreno, nor-malmente, engajado em atividades de coorde-nação. Digno de nota também é que a cor ama-rela é percebida à longa distância e exerce umainfluência de multiplicação de seus usuários doponto de vista de quem os observa. Em outraspalavras, pessoas de amarelo são percebidas noterreno com muito mais facilidade e número doque qualquer outra cor.

Num sobrevôo, por exemplo, buscando umavisão macro do desastre enfrentado, podemosidentificar com segurança o pessoal de DefesaCivil usando o amarelo e realizar uma coordena-ção ar-terra, melhorando o desempenho destasequipes. O amarelo ouro também foi escolhidopela Defesa Civil gaúcha porque lembra a cor dosol nascente, cuja luz fulgurante tem a vocaçãopara aquecer e despertar a alegria do homem,segundo psicologia de cores. É uma cor que cul-turalmente tem o caráter de chamar nossa aten-ção, como o amarelo das sinaleiras.

Por fim, há de se ressaltar os diversos teste-munhos positivos dos integrantes da Defesa Ci-vil do Estado do RS que tiveram a oportunidadede atuar uniformizados em locais de desastre.Todos são unânimes em afirmar que foram reco-nhecidos, com muito mais facilidade por todosos órgãos envolvidos no evento e pela própriapopulação, agilizando seu trabalho. Sua funçãode coordenação foi igualmente facilitada.

Por estas razões práticas, ousamos propor umgrande salto de qualidade na prestação dos ser-viços brasileiros de Defesa Civil, através da ado-ção de um uniforme institucional, em âmbito na-cional, sendo a cor amarelo ouro a padrão desteuniforme. Igualmente, recomendamos o uso deviaturas estereotipadas, para melhor organizaçãoe desempenho da Defesa Civil no Brasil.

Maiores detalhes sobre a adoção deste uni-forme podem ser colhidos no Decreto Estadualnº 42.446, de 18 de setembro de 2003, disponí-vel em www.defesacivil.rs.gov.br, clicando sobreo ícone Sobre a Defesa Civil, no item LegislaçãoEstadual.

DIV

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Emergência58

O s serviços de emergência usam uniformes.Melhor dizendo: as pessoas que prestam

EVENTOS

Emergência NOVEMBRO / 200660

Mexico Fire & Safety15 a 17 de novembro – Cidade do Méxi-co/MéxicoRealização: NFPAInformações: +1 617 [email protected]

Gerência de Segurançacontra Incêndios16 e 17 de novembro – Bogotá/ColômbiaRealização: OPCIInformações: 6110981 – [email protected]

QualiFire Curitiba - Brigada de Incêndio17 de novembro – Curitiba/PRRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442www.protecao.com.br

Primeiros Socorros, RCP e AED17 a 19 de novembro – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)[email protected]

Curso de Primeiros Socorros18 e 19 de novembro – Camaçari/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

Curso de Emergências Pré-Hospitalares18 e 19 de novembro – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Resgate Urbano em Altura18 e 19 de novembro – Novo Hamburgo/RSRealização: Fundação LiberatoInformações: (51) 3595-8000

Simpósio EMS Virginia18 a 21 de novembro – Virgínia/EstadosUnidosInformações: www.ems.stryker.com

Primeiros Socorros Básico18 e 25 de novembro – São Paulo/SPRealização: Cruz Vermelha Brasileira - Fili-al do Estado de São PauloInformações: (11)5055-3522www.cvb.org.br

Conferência EMS do Texas19 a 21 de novembro – Texas/Estados UnidosRealização: EMSInformações: www.texasemsconferen-ce.com

Resgate Técnico Vertical20 a 23 de novembro – Salvador/BARealização: Soluções Tecnologia em Emer-gênciaInformações: (71) [email protected]

Curso de Primeiros Socorros20 a 25 de novembro – Salvador/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

Primeiros Socorros22 de novembro – São Paulo/SPRealização: Socesp – Sociedade deCardiologia do Estado de São PauloInformações: (11)[email protected]

3º Fórum Nacional de Defesa Civil23 e 24 de novembro – Cariacica/ESRealização: Coordenadoria Estadual

de Defesa Civil do Espírito SantoInformações: www.defesacivil.es.gov.br

Curso de Primeiros Socorros23 e 24 de novembro – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

VI Campeonato e V SimpósioBrasileiro de Salvamento Aquáticoe III Sul-Americano – 1ª Feira de Artigosde Salvamento e Esportes Aquáticos23 a 26 de novembro – Guarujá/SPRealização: SobrasaInformações: (21)9737-3578www.sobrasa.org

Curso de Primeiros Socorros23 e 24 de novembro – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71) 9609-5410www.amigosdavida.org.br

QualiFire Vitória - Brigada de Incêndio24 de novembro – Vitória/ESRealização: Proteção EventosInformações: (51) 2131-0442www.protecao.com.br

ERCEC 2006 – Prehospital Reserch24 a 26 de novembro – Truro/Nova Scotia/CanadáRealização: Emergency Health ServicesInformações: www.gov.ns.ca/health/ehs/research.htm

Poluição das Águas25 de novembro a 09 de dezembro – SãoPaulo/SPRealização: Senac São PauloInformações: (11)3323-1532

ACLS – Suporte Avançado à Vida25 e 26 de novembro – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044www.socesp.org.br

Curso de Operações Verticais – Instalação25 e 26 de novembro – Sorocaba/SPRealização: Task ServiceInformações: (15)[email protected]

Primeiros Socorros e RCP25 e 26 de novembro – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

Resgate Urbano em Altura25 a 26 de novembro – Novo Hamburgo/RSRealização: Fundação LiberatoInformações: (51) 3595-8000

Basic Life Suport (BLS) –RCP/DEA/Primeiros Socorros25 a 26 de novembro – Rio de Janeiro/RJRealização: GREInformações: (21)2556-2277

Curso de Primeiros Socorros27 e 28 de novembro – Lauro de Freitas/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

VI Congresso Rede Brasileira deCooperação em Emergências – RBCE28 de novembro a 1º de dezembro –Niterói/RJRealização: RBCE – Rede Brasileira de Co-operação em EmergênciasInformações: (21) 9986-3755www.rbce.org.br

APH (Primeiros Socorros)

28 de novembro – Salvador/BARealização: Soluções Tecnologia em Emer-gênciaInformações: (71) 8838-0089soluçõ[email protected]

IV Fórum de Pesquisa Cardiovascular1 e 2 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044www.socesp.org.br

Curso Heartsaver DEA2 de dezembro – Porto Alegre/RSRealização: Resgate & AventuraInformações: (51)8121-8711www.resgateaventura.com.br

RCP e AED2 e 3 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

Primeiros Socorros Básico2 e 9 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Cruz Vermelha Brasileira –Filial do Estado de São PauloInformações: (11)5055-3522www.cvb.org.br

APH (Primeiros Socorros)5 de dezembro – Salvador/BARealização: Soluções Tecnologia em Emer-gênciaInformações: (71) 8838-0089soluçõ[email protected]

Suporte Básico à Vida6 e 7 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Socesp – Sociedade deCardiologia do Estado de São PauloInformações: (11)[email protected]

6º Curso Internacional de Rescate,Materiales Peligrossos yUnidades Tácticas6 a 10 de dezembro – San Antonio deAreco/ArgentinaRealização: Bombeiros Voluntários de SanAntonio de ArecoInformações: [email protected]

Resgate em Matas8 a 10 de dezembro – Canela/RSRealização: Resgate & AventuraInformações: (51)8121-8711www.resgateaventura.com.br

Primeiros Socorros, RCP e AED8 a 10 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Ellu SaúdeInformações: (11)[email protected]

ACLS – Suporte Avançado à Vida9 e 10 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044www.socesp.org.br

Curso de Operações de Resgate –Auto-Resgate9 e 10 de dezembro – Sorocaba/SPRealização: Task ServiceInformações: (15)[email protected]

Curso de Primeiros Socorros9 e 10 de dezembro – Camaçari/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410

Cooperação

Urgências em destaqueDe 28 de novembro a 1ºde dezembro acontece oVI Congresso da Rede Bra-sileira de Cooperação emEmergências. Na mesma o-casião será realizado tam-bém o I Encontro Brasileiroda Associação Latinoameri-cana de Cooperação em E-mergências e Desastres.Os eventos ocorrem emNiterói/RJ. A iniciativa é daRede Brasileira de Coope-ração em Emergências. Asdiscussões dos eventos de-vem girar em torno do te-ma central: “Implantandoas Redes de Atenção Inte-gral às Urgências do Siste-ma Único, Regionalizado eDescentralizado de Saúdedo Brasil”. Na programação,consta, ainda, a realizaçãode oito fóruns temáticos eseis cursos de capacitaçãopós-eventos. Mais detalhessobre os eventos no sitewww. rbce.org.br.

Encontro

PAM em 2007O 3º Encontro Nacional dePAMs está programadopara ocorrer no último tri-mestre de 2007, no Vale doParaíba, em São Paulo. Oobjetivo é fomentar a dis-cussão entre os Planos doBrasil, focada na troca deinformação e experiênciaem cada estado. Outro ob-jetivo é ajudar as localida-des onde não existemPAMs formados, que seformem mediante as expe-riências dos Planos presen-tes. “O evento não é sópara localidades que possu-em PAMs, mas para quemnão tem e quer ter”, avisao coordenador do PAM an-fitrião do Encontro, o Ri-nem (Rede Integrada deEmergência do Vale doParaíba), Márcio Vicentedos Santos. Informações nowww. rinem. com.br

DEZEMBRO

NOVEMBRO

Emergência 61NOVEMBRO / 2006

www.amigosdavida.org.br

Formação de Brigadas de Incêndio9 a 10 de dezembro – Novo Hamburgo/RSRealização: Fundação LiberatoInformações: (51) 3595-8000

Curso de Primeiros Socorros11 a 16 de dezembro – Salvador/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

Resgate Técnico Vertical11 a 20 de dezembro – Salvador/BARealização: Soluções Tecnologia em Emer-gênciaInformações: (71) 8838-0089soluçõ[email protected]

Proteção Contra Incêndios e Explosõesem Subestações Elétricas de Geração,Transmissão e Distribuição: Aspectosdas Novas Normas Brasileiras12 de dezembro - Rio de Janeiro/RJInformações: (21) 2465-3689www.cognitor.com.br

Curso de Primeiros Socorros14 e 15 de dezembro – Simões Filho/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

Como Elaborar uma Brigada deIncêndio e Plano de Escape,Conforme as Normas15 de dezembro - Rio de Janeiro/RJInformações: (21) [email protected]

BLS – Suporte Básico à Vida16 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Sociedade de Cardiologia doEstado de São PauloInformações: (11)3179-0044

www.socesp.org.br

Operações de Resgate –Auto-Resgate16 e 17 de dezembro – Sorocaba/SPRealização: Task ServiceInformações: (15)[email protected]

Primeiros Socorros e RCP16 e 17 de dezembro – São Paulo/SPRealização: Star LifeInformações: (11)[email protected]

Operações de Resgate – Auto-Resgate16 e 17 de dezembro – Sorocaba/SPRealização: Task ServiceInformações: (15) [email protected]

Curso de Primeiros Socorros18 e 19 de dezembro – Lauro de Freitas/BARealização: Amigos da VidaInformações: (71)9609-5410www.amigosdavida.org.br

Trabalho em Altura19 e 20 de dezembro – Salvador/BARealização: Soluções Tecnologia em Emer-gênciaInformações: (71) [email protected]

Fire-Rescue EAST 200727 a 28 de janeiro – Jacksonville/FLInformações: www.ems.stryker.com/events.jsp

Emergências Pré-Hospitalares27 e 28 de janeiro – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Firehouse World25 de fevereiro a 1 de março – San Diego/CalifórniaInformações: www.publicsafetyevents.com

EMS Today6 a 10 de março – Baltimore/MarylandInformações: 866-774-9648/856-256-2300www.jems.com/emstoday

Emergências Pré-Hospitalares17 e 18 de março – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Curso Primeiros SocorrosAvançado – First ResponderAAOS RTI3 de março a 25 de novembro – BragançaPaulista/SPRealização: RTIInformações: (11)[email protected]

Resgate Técnico Vertical21 e 22 de abril – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Congreso Internacionalde ProteccionContra Incendios24 a 27 de abril – Bogotá/ColômbiaRealização: OPCIInformações: (57-1)[email protected]

Emergências Pré-Hospitalares19 e 20 de maio – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Resgate Técnico Vertical16 e 17 de junho – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Bombeiro Profissional Civil9 a 28 de julho – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Firehouse Expo24 a 27 de julho – Baltimore/MarylandInformações: www.publicsafetye-vents.com

Resgate em Áreas Remotas20 a 26 de agosto – Rio de Janeiro/RJRealização: Brasil ResgateInformações: (21)2552-0004www.brasilresgate.com.br

Expo Emergência - Feira de Resgate,Atendimento Pré-Hospitalar,Combate a Incêndio eEmergências Químicas29 a 31 de agosto – São Paulo/SPRealização: Proteção EventosInformações: (51)[email protected]

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

Emergência NOVEMBRO / 200662

DICAS DE EMERGÊNCIA

Queimaduras são lesões causadas por agentes diversos e podem deixar cicatrizes e deformações. Otratamento, geralmente, é longo e doloroso. Existem vários tipos de queimaduras. A térmica é uma delas, cujacausa está relacionada ao calor do fogo, como a chama do fogão, as fogueiras e os incêndios. Outro tipo sãoas elétricas, causadas por fios elétricos, tomadas de luz ou eletrodomésticos. E as químicas, causadas por umasérie de produtos químicos como ácidos, produtos de limpeza fortes e remédios. Abaixo, estão dicas básicaspara agir em caso de emergência.

Atenção às queimaduras

Fonte: Instituto Pró-Queimados

Pasta de dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo decozinha ou qualquer outro ingrediente, pois eles

podem complicar a queimadura e dificultaro preciso diagnóstico.

NUNCAUSE

QUEIMADURAS TÉRMICAS

Caso a roupa grude na pele, nãoremova. Corte e retire a parte que nãogrudou.4

Remova anéis, cintos,sapatos e roupas antesque o corpo inche.3

Cubra a queimadura com uma faixaesterilizada ou pano limpo.2

Esfrie a queimadura comágua fria. Não use gelo.1

Queimaduras no rosto, mãos e pésdevem ser sempre consideradas sériase receber imediata atenção médica.5

Todas as lesões elétricasnecessitam de atençãomédica.2

Não toque na vítima. Desligue a correnteelétrica.1

QUEIMADURAS ELÉTRICAS

QUEIMADURAS QUÍMICAS

Observe a respiração da vítima, pare osangue e cubra a queimadura com umafaixa esterilizada ou um pano limpo.4

Se os olhos forem afetados,enxágüe em água corrente atéque chegue ajuda médica.3

Remova a roupa contaminada e eviteque o produto químico se espalhe poroutras áreas.2

Enxágüe a pele por, pelomenos, 20 minutos emágua corrente.1

Emergência NOVEMBRO / 200664

PRODUTOS SERVIÇOS&

APH

SOS Sinos ofereceserviços de enfermagem

A Sociedade Cooperativa SOS Sinos é umaprestadora de serviços de enfermagem há qua-tro anos no mercado. Sua sede fica na cidade

de Novo Hamburgo/RS. A empresatem por finalidade o atendimen-to na área pré-hospitalar e seussegmentos. Atualmente, tercei-riza serviços as Unimed Cen-

tro-Sul, Porto Alegre, Vale do Caí,Vale do Sinos e UNIAIR, na Re-

gião Metropolitana de Porto Alegre.Conta com mais de 100 cooperados no seuquadro. Funciona, disponibilizando TécnicosAuxiliares de Regulação Médica (TARM), rádiooperadores, condutores, técnicos em enferma-gem e enfermeiros, para atuação em eventoscom ambulâncias próprias, treinamento em SBV(Suporte Básico de Vida) e APH e consultoria eauditoria em pré-hospitalar. Para outras infor-mações, entre em contato pelo telefone (51)3524-6525, e-mail [email protected] ou acesse osite www.sos.coop.br.

TREINAMENTO

Consultoria e treinamentode emergência

A Cadenas Consultoria e Treinamentos é umaempresa constituída para uma atuação efetiva ecom qualidade diferenciada na gestão empresa-rial. Atua nas áreas de treinamento, consultoria,avaliações, perícias e desenvolvimento humano.Oferece elaboração de planos de emergência eevacuação, emergências ambientais, brigada deemergência, formação de socorrista, direção de-fensiva, técnicas verticais, entre outros serviços.Sua filosofia parte do princípio de que cada em-presa possui sua própria personalidade, mesmoque atuantes no mesmo ramo de atividade e deporte semelhante. Como conseqüência, cada umapossui necessidades diferenciadas que, assim,devem ser tratadas, de acordo com sua culturaorganizacional. Diante desta visão estratégica,participa do crescimento da empresa com a custo-mização de serviços com excelência técnica, pro-porcionando a maximização da eficiência compersonalidade própria. Mais informações pelo te-lefone (41)3078-8123, ou no site www.cade-nas.com.br.

RESGATE

Dräger apresentaimobilizadores

A Dräger Safe-ty, empresa ale-mã de equipa-mentos de prote-ção para indús-tria e defesa civil,lança no Brasil osprodutos da nor-

te-americana Res-Q-Jack, distribuídos com exclu-sividade. A linha é composta por imobilizadoresque estabilizam veículos, caminhões, elevado-res e até aviões, de modo a garantir a seguran-ça das vítimas na hora do resgate, bem comono escoramento de edificações comprometidas.A linha Res-Q-Jack passa a integrar a soluçãocompleta para resgates da Dräger Safety, in-cluindo almofadas pneumáticas para levanta-mento de automóveis, tesouras e separadoresmecânicos. Presente em mais de 100 países, aDräger Safety oferece produtos, serviços e so-luções integradas. Informações no (11)4689-4903.

Emergência 65NOVEMBRO / 2006

QUEIMADURAS

Soluções paraqueimaduras químicas

A Globaltek apresenta os descontaminantesDiphoterine e Hexafluorine para queimadurasquímicas. Diphoterine é um produto para primei-ros socorros emergenciais empregado na des-contaminação de pele e olhos em acidentes comagentes químicos agressivos, tais como ácidos ebases concentrados. Contém uma substância ati-va não-tóxica e não-irritante dissolvida em águaque atua com eficácia imediata sobre tais agres-sores, interrompendo seu avanço, aliviando a dore evitando que ocorra queimadura química. Hexa-fluorine é a versão específica para agir em pro-jeções de ácido hidrofluorídrico. A molécula doHexafluorine tem sítios ativos potencializados paraagir na captura dos ânions fluoreto (tóxicos), quecompetem o cálcio do organismo. É, aproximada-mente, 100 vezes mais ativo para fluoretos doque o gluconato de cálcio, mas é limitado na açãopara álcalis. Diphoterine e Hexafluorine não sãomedicamentos, porém, seu uso supera os métodosconvencionais de primeiro socorros e tratamentode acidentados. Informações (71)3334-5556.

MONITORAMENTO

Desfibrilador portátilautomático chega ao mercado

A Nova Resgate acaba de anunciar o lança-mento do PowerHeart G3, primeiro desfibriladorportátil totalmente automático vendido no Brasil.O produto chega ao mercado graças a uma par-ceria entre a empresa nacional e a norte-america-na Cardiac Science, líder global em monitora-mento cardíaco avançado e pro-dutos para desfibrilação externa.Além da conformidade com me-lhores práticas internacio-nais, a tecnologia embu-tida nos produtos daCardiac Science é umfator preponderante pa-ra a adoção do produto no Brasil. Depois que oseletrodos são fixados no paciente, um softwaremede o ritmo de batimentos cardíacos e, se hou-ver ameaça, ele dá o aviso de choque. Cincosegundos depois o aparelho envia um choque dedesfibrilação. Se o paciente não for reanimado,ele recebe mais um ou dois choque, com cargasmaiores. Contato no (11)5071-9721.

INCÊNDIO

FireService controlabrigadas via internet

A consultoria de informática Movie Corp de-senvolveu uma ferramenta para ajudar as em-presas a inspecionar os equi-pamentos da brigada de incên-dio com mais rapidez, preci-são e segurança. O FireServi-ce, como é chamado, é um ser-viço on-line, disponível no sitewww.fireservice.srv.br, em queos brigadistas realizam inspe-ções periódicas completas nosequipamentos e identificam, por meio de rela-tórios gerenciais, aqueles que apresentam pro-blemas. Qualquer empresa ou indústria - sejaela de pequeno, médio ou grande porte - podeusufruir deste produto, desde que possua umpalm top, um computador com acesso à Internete uma impressora térmica. Quem quiser podesolicitar um usuário e senha para uma demons-tração gratuita. Outras informações pelo telefo-ne (11) 4123-2702, ou pelo e-mail [email protected].

Emergência NOVEMBRO / 200666

CORAÇÃO - A Or-ganização Mundial daSaúde promoveu, no dia25/9, o Dia Mundial doCoração, para conscien-tizar a população sobre asdoenças que atingem osistema cardiovascular eque são responsáveis porquase um terço das mor-tes no mundo por ano.

NATURAIS - Umgrupo de 11 países, en-tre os quais o Brasil, querimplantar até 2016 umaespécie de “Big Brother”planetário, cuja meta é vi-giar a Terra em busca desinais de desastres natu-rais como tsunamis, fu-racões e enchentes. Oprojeto foi batizado deGeoss (Sistema Global deSistemas de Observaçãoda Terra).

PAN - A Defesa Ci-

vil Estadual do Rio de Ja-neiro assinou um convê-nio para a instalação doCentro de Controle deEmergência. O Centroque visa, especialmente,os Jogos Pan-America-nos de 2007, reunirá 50órgãos e deverá ajudar aimplementar um sistemamais integrado de respos-ta a sinistros.

QUÍMICA - A Indús-tr ias Químicas Taubaté(IQT) realizou, no dia 2/6,o 6º Simulado de Emer-gência Química. O exercí-cio foi direcionado à simu-lação de vazamento e in-cêndio do produto quími-co butadieno. Cerca de120 funcionários da em-

presa participaram destesimulado, além do Corpode Bombeiros, Polícia Mili-tar e ambulâncias da Re-gião.

PERIGOSOS - A Re-gião metropolitana doRecife conta com o Pla-no de Emergência paraTransporte de ProdutosPerigosos, o PREVINE,para proteger a populaçãoe o meio ambiente emcaso de acidentes.

FOGÕES - O Inme-tro determinou que as in-dústrias brasileiras insta-lem uma válvula de segu-rança em todos os mode-los de fogões domésticos,para evitar acidentes, es-pecialmente com crianças.Os novos fogões devemchegar às lojas na medidaem que os estoques anti-gos forem sendo vendidos.

...HISTÓRIA

Desastre ambiental no Sul

Um desastre ecológico no Rio dos Sinos, no dia 7 de outubroúltimo, chocou pescadores e habitantes ribeirinhos dosmunicípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul/RS, com amortandade de toneladas de peixes. Foram montadas barreirasde contenção para evitar que os peixes mortos chegassem àcaptação de água. Técnicos da Defesa Civil coletaram animaispara análise e monitoraram as coletas de água realizadas. Aorigem do desastre foi no Arroio Portão, que deságua no Riodos Sinos, local onde há grande concentração de curtumes.Além de multar as empresas, a Fepam (Fundação Estadual deProteção ao Meio Ambiente) irá intimar todos os municípiosda Região para apresentarem planos de tratamento de esgotocloacal.

Que a profissão de enfermei-ro, hoje regularizada, nasceuvoluntária? Dentre as enfermei-ras voluntárias brasileiras desta-cou-se Ana Néri (1814-1880)

que, pelos socor-ros prestadosdurante aGuerra doP a r a g u a i ,passou a serconsideradasímbolo da

enfermagemnacional.

VOCÊ SABIA?

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Em 1795, a ambulância voado-ra - uma carruagem puxada porcavalos compessoal mé-dico treina-do -, foi idea-lizada peloBarão Larrey para Napoleão. Osconflitos militares, após, mostra-ram a eficácia do APH. Porém,foi somente em meados da déca-da de 60 que estas lições foramaplicadas à população geral,quando J.D. Deke Farrington eoutros desenvolveram o primei-ro programa para civis.

ATENTADO

Marcas do11 de setembro

Membros das equipes de res-gate que participaram da buscade corpos e da remoção de es-combros após os atentados doWorld Trade Center, em Nova York,em 2001, estão sofrendo proble-mas pulmonares, segundo umapesquisa divulgada pelo siteHealthDay. Os problemas, que co-meçaram a ser detectados umano depois dos atentados, con-sistem numa redução da funçãopulmonar equivalente a 12 anosde envelhecimento normal.

FURACÃO

Um ano depois,críticas pelo Katrina

A passagem do furacão Katrina,nos Estados Unidos, completouum ano no dia 29/08 último. Opresidente George W. Bush reco-nheceu que a passagem do fura-cão expôs a pobreza e falta deprontidão para se lidar com a cri-se. “Infelizmente, o Katrina mos-trou que os governos federal, es-tadual e local estavam desprepa-rados para responder a um desas-tre tão fora do comum”, afirmou.

AVIÃO

Porta de aviãocai durante vôo

A porta da frente de um aviãoFokker 100 da TAM que caiu, nodia 8 de agosto, após decolar deCongonhas/SP não dei-xou feridos.A porta caiuem um su-permercado,nas proximi-dades doMuseu do Ipiranga, na Zona Sul.

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76,19%dos 378 internautas quevotaram no site da RevistaEmergência acham que oDesfibrilador ExternoAutomático deveria serobrigatório em qualquerlocal, inclusive em viaspúblicas e estabelecimentosfechados.

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SAÍDA DE EMERGÊNCIA▼ ▼ ▼ NOVO PRESIDENTE - A ABVESC (Associação

de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina)tem novo presidente, é Adolar Jark.

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