Artigo - Numeral - Pronome
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ARTIGO
É a palavra que se antepõe a um substantivo
para determiná-lo ou indeterminá-lo e, ao
mesmo tempo, indicar-lhe o gênero e o
número.
Os artigos são: o, a, os, as, um, uma, uns,
umas.
ARTIGO DEFINIDO
São os que determinam o substantivo de modo particular
e preciso , um ser já conhecido do leitor ou ouvinte, indica
seres determinados, individualizados. São: o, a, os, as.
Exemplo:
ERRO DE PORTUGUÊS
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido o português
(Oswald de Andrade)
ARTIGO INDEFINIDO
São os que determinam o substantivo de modo vago, geral. São eles: um, umas, uns, umas.
Exemplo:
CIDADEZINHA QUALQUER
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham
Eta vida besta, meu Deus.
(Carlos Drummond de Andrade)
O artigo sempre se antepõem a um substantivo. Mas
não necessariamente imediato.
Ex.: Os seus dois lindos filhos de colo são gêmeos.
Os artigos podem combinar-se com preposições,
resultando nas formas ao, do, nos, num, numa, etc.
Quanto à fusão da preposição a com os artigos a(s),
graficamente representada pelo acento grave:
a + a (s) = à(s), temos um caso especial da crase.
EMPREGO DO ARTIGO DEFINIDO
1- O artigo definido, no singular, pode determinar toda uma espécie.
Ex.: O homem é mortal.
As pessoas precisam se alimentar.
2-Alguns nomes próprios indicativos de lugar admitem o artigo, outros não:
EX.: o Rio de Janeiro, a Bahia, Roma, Paris.
3-O uso do artigo antes de nomes próprios personativos é facultativo. Quando usados dá ideia de familiaridade ou afetividade:
Ex: O Gustavo é meu irmão caçula.
Namoro Samuel há muito tempo.
4-Nomes próprios personativos são determinados por artigo quando estão no plural
Ex.: os Maias, os Gusmões, os Oliveiras.
EMPREGO DO ARTIGO
5 - É obrigatório o emprego do artigo depois do vocábulo ambos:
Ex.: Acertei ambos os exercícios.
6 - Depois do pronome indefinido “todo” usa-se artigo para dar a idéia de totalidade; sem artigo o pronome assume a noção de “qualquer”:
Ex.: Toda a cidade comemorou a vitória do jogador. (a cidade inteira)
Toda cidade possui administradores bons e ruins. (qualquer cidade)
- No plural, “todos” e “todas”, deverão ser seguidos de artigo, exceto se houver outro determinante, ou numeral desacompanhado de substantivo.
Ex.: Todos os atletas deverão usar uniformes.
Todos esses vinte atletas deverão usar uniformes
Todos vinte deverão usar uniformes.
7- É facultativo o uso do artigo antes dos pronomes possessivos.
Ex.: Vou vestir a minha blusa.
Vou vestir minha blusa.
8- Emprega-se o artigo para substantivar palavras de outras classes gramaticais.
Ex.: Esse é o porquê da questão
O sim da noiva era certo.
9 - Pode-se variar a posição do artigo com adjetivos no grau superlativo. Neste caso, repetir o artigo constitui um vício de linguagem chamado galacismo.
Ex.: Visitei as cidades mais lindas da Itália.
Visitei as cidades as mais lindas da Itália.
EMPREGO DO ARTIGO INDEFINIDO
1- O artigo indefinido pode dar força expressiva a um substantivo.
Ex.: Aquele goleiro engoliu um frango!
2- Pode indicar idéia de aproximação numérica.
Ex.: A professora deve ter uns 30 anos.
3- Deve ser evitado antes dos pronomes indefinidos “certo”, “outro” e “qualquer”.
Ex.: Não se deve falar isso em qualquer lugar.
OMISSÃO DO ARTIGO
Antes de pronomes de tratamento, com exceção de senhor (a),
senhorita e madame:
Ex.: Houve muito comentários sobre Vossa Senhoria.
Após o pronome cujo (e variações):
Ex.: O livro, cujo autor faleceu, é um sucesso.
Antes da palavra terra empregada em oposição a bordo.
Ex: Os turistas desembarcaram em terra para fazer compras.
No início de provérbios:
Ex.: Em casa de ferreiro, espeto é de pau.
Não se combina com preposição o artigo que integra o nome de jornais, revistas, obras literárias, etc.
Ex.: Vi essa notícia no “Fantástico”. (ERRADO)
Vi essa notícia em “O Fantástico”.
NUMERAL
NUMERAL
É a palavra que exprime ideia de quantidade, ordem,
fração ou multiplicação dos seres. Assim, os numerais podem ser:
Cardinais: indicam uma quantidade exata de seres: um, dois,
três, etc.
Ordinais: indicam a ordem numérica em que se localizam os seres numa série: primeiro, segundo, terceiro, etc.
Fracionários: indicam o número de vezes em que os seres são divididos: meio ou metade, um terço, um quarto, etc.
Multiplicativos: indicam o número de vezes em que os seres são multiplicados: dobro ou duplo, triplo, quádruplo, etc.
OBSERVAÇÕES
Alguns numerais apresentam mais de uma forma, embora pouco usadas atualmente:
quatorze ou catorze
décimo primeiro, undécimo ou onzeno
décimo segundo, duodécimo ou dozeno
décimo terceiro, tredécimo, trezeno ou tércio-décimo.
Os numerais que designam um conjunto determinado de seres recebem o nome de numerais coletivos:
Bíduo – período de dois dias
Bimestre – período de dois meses
Bienal – que ocorre de dois em dois anos
Biênio – período de dois anos
Centena, dúzia, grosa (12 dúzias), mês, milênio, novena (9 dias), quarentena, semana, quinzena, etc.
Alguns coletivos indicam uma quantidade determinada:
par, casal, dezena, dúzia, etc.
centena, dúzia, grosa (12 dúzias), mês, milênio, novena (9 dias), quarentena, semana, quinzena, etc.
Ambos (as) – numeral dual, já que sempre se refere a dois seres, podendo ser empregado, com reservas, de maneira enfática: ambos os dois.
Ex: “O certo é que ambos os dois monges caminhavam juntos.”
(Alexandre Herculano).
Na designação de séculos, papas, reis, príncipes,
imperadores, capítulos, utiliza-se números romanos, na leitura
utiliza-se os ordinais até o décimo, e depois, utiliza-se os
cardinais.
Por exemplo:
João Paulo II (segundo)
D.Pedro I (primeiro)
Bento XVI (dezesseis)
Século XXI (vinte e um)
Se o numeral anteceder um substantivo será lido sempre
como ordinal.
Por exemplo:
Capítulo IX (nono) / Nono capítulo
Capítulo XVII (dezessete) / Décimo sétimo capítulo
Na designação de leis, decretos e portarias utilizam-se o ordinal até
nono e o cardinal de dez em diante.
Por exemplo:
Artigo 3.º (terceiro)
Artigo 13 (treze)
Artigo 7. (sétimo)
Artigo 32 (trinta e dois)
Na designação dos dias utilizam-se os cardinais, exceto na
indicação do primeiro dia, que é tradicionalmente feita pelo ordinal:
Por exemplo:
Dia primeiro de outubro
Dia doze de setembro
PRONOMES PESSOAIS
PRONOME É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo,
relacionando-o às três pessoas do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala).
De acordo com essas duas características distintas, temos:
Pronome substantivo: substitui ou representa o substantivo. Aparece isolados na frase.
Ex: É justo que todos sejam pagos para trabalhar.
Enquanto você trabalha, ele viaja pelo mundo.
Pronome adjetivo: acompanha o substantivo. Emprega-se sempre junto de um substantivo.
Ex: Vivi alguns anos naquela região.
O meu ganho é maior que as minhas despesas.
HÁ SEIS TIPOS DE PRONOMES:
Pessoais;
Possessivos;
Demonstrativos;
Indefinidos;
Interrogativos; e
Relativos.
PRONOMES PESSOAIS Denotam diretamente uma das três pessoas do discurso.
Retos:
1ª pessoa - quem fala: eu, nós
2ª pessoa - com quem se fala: tu, vós
3ª pessoa - de quem se fala: ele, eles
Oblíquos átonos: me, te, se, o (s), a (s), lhe (s), nos, vos.
Oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco.
OBS1: Como sempre figuram no lugar de um substantivo, são pronomes substantivos.
OBS2: Os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós são pronomes oblíquos tônicos quando aparecem regidos de preposição.
Ex: a ele(s), com ela(s), por nós, sobre vós.
PRONOMES PESSOAIS RETOS
Geralmente exercem a função de sujeito na oração:
Ex: Eu e ela somos apenas bons amigos.
Podem funcionar como predicativo do sujeito
Ex.: Comprovadamente o culpado é ele.
Tu e vós podem figurar como vocativos. “Vós” também é empregado em textos muito formais ou religiosos.
Ex.: “Ó vós, que, no silêncio e no recolhimento...”
Os pronomes eu e tu NUNCA podem ser regidos de preposição. Devemos substituí-los pelos pronomes mim e ti.
Ex.: Nunca houve nada entre mim e ela.
Sempre confiei em ti.
OBSERVAÇÃO
Em frases do tipo:
“ O professor pediu para eu ler alguns poemas”,
note que a preposição “para” não rege o
pronome “eu”, e sim o verbo “ler”.
Sintaticamente, a frase corresponde a: “Pediu
para ler”, e não: “Pediu para eu”.
PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS
Aparecem de duas formas.
Átonos: empregados sem preposição:
Ex: Deram-me uma nova oportunidade.
Perguntei-lhe se estava tudo bem.
Tônicos: obrigatoriamente regidos de preposição.
Ex.: Deram uma nova oportunidade a mim.
Perguntei a ele se estava tudo bem.