Artigo NCEP: Relato de Experiências em Comunicação Popular

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NCEP UFPR: RELATO DE EXPERIÊNCIAS EM COMUNICAÇÃO POPULAR Dayane Farinacio 1 Douglas Maia Rodrigues 2 Amanda Pupo 3 Bruna Letícia Junskowski 4 Carlos Henrique Baldo 5 Heloisa Nichele 6 Luiza Guimaraes 7 Maria Isabel Miqueletto 8 Milena Alves 9 Plínio Luís Pereira Lopes 10 1 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . Bolsista Proec. 2 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . Bolsista Proec. 3 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . Bolsista Proec. 4 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . Bolsista Probem. 5 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . Bolsista Proec. 6 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . 7 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] . 8 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected] .

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Artigo apresentado no ENPECOM.

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NCEP UFPR: RELATO DE EXPERIÊNCIAS EM COMUNICAÇÃO POPULAR

Dayane Farinacio1 Douglas Maia Rodrigues2

Amanda Pupo3

Bruna Letícia Junskowski4

Carlos Henrique Baldo5

Heloisa Nichele6

Luiza Guimaraes7

Maria Isabel Miqueletto8

Milena Alves9

Plínio Luís Pereira Lopes10

1 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected]. Bolsista Proec.

2 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected]. Bolsista Proec.

3 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected]. Bolsista Proec.

4 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected]. Bolsista Probem.

5 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected]. Bolsista Proec.

6 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

7 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

8 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

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Valsui Júnior11

Victoria Tuler12

Vinicius Do Prado13

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar o Núcleo de Comunicação e Educação Popular(NCEP) e os resultados que vem sendo alcançados pela equipe e parceiros do projeto, bemcomo fornecer breves relatos de experiência das atividades em que a gestão do Núcleo estáenvolvida. O NCEP é um projeto de extensão vinculado ao curso de Comunicação Social daUniversidade Federal do Paraná e foi criado em 2003, com o objetivo de estimular a discussãosobre comunicação popular e assessorar movimentos sociais a fim de promover ademocratização dos meios de comunicação. A gestão 2013/2014 do NCEP conta com vinte eum membros, entre bolsistas e voluntários da graduação das três habilitações do curso deComunicação Social (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas), sob aorientação e coordenação do Profº Drº Guilherme Carvalho. Os alunos de graduaçãoenvolvidos auxiliam os parceiros do Núcleo em projetos específicos. Atualmente, o NCEPconta com quatro parcerias, sendo elas o Colégio Estadual Manoel Ribas, a Escola EstadualHerbert de Souza, o Centro de Socioeducação (Cense) do município de Fazenda Rio Grande eo Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), em que os integrantes do Núcleodesenvolvem oficinas de redação e produção em rádio e em jornal impresso.

Palavras-chave: Extensão; Comunicação Popular; Democratização, Educomunicação.

9 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

10 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

11 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

12 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail:

[email protected].

13 Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. E-mail: [email protected].

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1. INTRODUÇÃO

O Núcleo de Comunicação e Educação Popular (NCEP) da Universidade Federal do

Paraná foi criado em fevereiro de 2003 por um grupo de alunos do curso de Comunicação

Social. Identificados com diversas organizações estudantis e sociais, os estudantes buscavam

uma maneira diferente de atuar na sociedade enquanto profissionais. A ideia inicial era a de

explorar outras possibilidades de inserção do profissional da comunicação, indo além da

relação estabelecida entre o profissional dos meios de comunicação de massa e a sociedade.

O NCEP veio a suprir a ausência no curso de Comunicação Social de uma atividade

de extensão que pusesse em prática o conceito de uma universidade pública atuante e

comprometida com a realidade local e global. Com a proposta de envolver os alunos na

assessoria de comunicação a movimentos sociais e na orientação para utilização dos meios de

comunicação, o Núcleo busca parcerias com movimentos sociais e instituições públicas que

estejam abertas à possibilidade de tomar os meios de comunicação como forma de expressão e

integração com a sociedade. Outro objetivo do projeto de extensão é fornecer aos alunos

desenvolvimento teórico e uma experiência prática em comunicação popular, através dos

movimentos que a vivenciam, contribuindo tanto para a formação acadêmica e profissional do

aluno, quanto para uma nova visão do contexto social do cidadão.

Neste artigo, apresenta-se um relato das experiências obtidas pelos participantes do

projeto nas várias frentes desenvolvidas pelo grupo em Curitiba e região metropolitan, tendo

tem a Educomunicação como principal orientação metodológica. São elas o Jornal A Lage, a

Rádio Cense, a Rádio Manecão World (Colégio Manoel Ribas) e a Rádio Geração Z (Colégio

Estadual Herbert de Souza.

O Núcleo conta, atualmente, com cerca de 15 alunos participantes, sendo que a

maioria conta com bolsa de estudos da Pró-reitoria de extensão e cultura (Proec) da UFPR, da

Pró-reitoria de assuntos estudantis (Probem) e da Fundação Araucária. No momento as

orientações estão a cargo dos professores Mário Messagi Jr e Guilherme Carvalho, que

substitui temporariamente o professor Toni André Scharlau.

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2. LINHAS DE ATUAÇÃO

O Núcleo estabelece três linhas de atuação em seus projetos: A educomunicação ou

educação para os meios de comunicação; assessoria na produção de materiais de

comunicação; e pesquisa na área de comunicação popular.

2.1 EDUCOMUNICAÇÃO OU EDUCAÇÃO PARA OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

A educomunicação surgiu no Brasil na década de 1970, mas o conceito só foi

sistematizado a partir dos anos 1990. O termo já era usado antes pela Unesco, mas com o

trabalho de pesquisa realizado nos anos 1990 ele foi ressemantizado.

Denise Cogo (2001), assim como Ismar de Oliveira Soares (2011), caracteriza a

Educomunicação como um campo de intervenção social que tem quatro áreas de intervenção:

a educação para a comunicação, a mediação tecnológica na educação, a gestão da

comunicação no espaço educativo e a da reflexão epistemológica sobre a inter-relação. A

primeira se constituiu pelas reflexões sobre a relação entre produtores de conteúdo, processo

de produção e recepção das mensagens, além da realização de programas para a formação de

um público consciente e crítico dos meios. A mediação tecnológica é o esforço para

compreender a discussão em torno da presença e usos das tecnologias de informação na

educação, enquanto que a gestão da comunicação no espaço educativo se relaciona com o

planejamento, execução e realização de projetos que articulem comunicação, cultura e

educação. A reflexão epistemológica se realiza nas pesquisas em academias ou universidades

sobre as práticas de Educomunicação.

Cogo (2001) ainda destaca que não se trata apenas de usar os meios de comunicação e

as novas tecnologias como ferramentas dentro da sala de aula, opinião também presente no

livro Infância e Comunicação - Referências para o Marco Legal e as Políticas Públicas

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Brasileiras (2011). Segundo a publicação, educomunicação é diferente de uso instrumental das

tecnologias de informação, que habilita a manipular softwares e hardwares e não a refletir

criticamente.

A equipe do Núcleo toma o cuidado de adquirir tais conceitos em seus trabalhos,

considerando que a educomunicação surge dentro e fora do âmbito escolar como uma

ferramenta de exercício de uma necessidade básica do ser humano como ser social: a

comunicação e a transmissão/compartilhamento de conhecimento e experiências.

A partir dessa compreensão, o Núcleo atua nas parcerias com o Colégio Estadual

Manoel Ribas, em Curitiba, na Escola Estadual Herbert de Souza, em São José dos Pinhais e

no Centro de Socioeducação (Cense) de Fazenda Rio Grande. Esses projetos têm o caráter de

oficinas e se concluem quando os alunos conseguem atingir a autonomia na produção e

veiculação do conteúdo.

Baseados nisso, o NCEP acredita que, ao criar espaços de comunicação abertos e

democráticos dentro dos espaços educativos, o processo educomunicativo permite aos

indivíduos encontrar e desempenhar seu papel social e auxiliar na criação de uma ideia do

indivíduo como membro de uma comunidade.

De acordo com Paulo Freire (1996) é justamente na juventude que isto se faz mais

necessário, uma vez que o jovem está em pleno processo de autoconhecimento e de ajuste e

descoberta social. O desenvolvimento de tais espaços de comunicação diminui na criança ou

adolescente a noção de inferioridade de sua voz diante das vozes dos adultos, muito

disseminada nos espaços de educação formal, em que o aluno é apenas receptor e não

partilhador ou produtor de conhecimento.

Tornando o jovem mais ciente de seu espaço na sociedade e demonstrando seu

próprio poder de transformação social, a educomunicação o instiga a se sensibilizar com as

questões que afetam sua comunidade e a discutir ações que tornem melhor a vida em

sociedade.

Mais do que ajudar na expressão pessoal e coletiva e ensinar um modo diferente de

se relacionar com os meios de comunicação, o processo forma jovens mais cientes de sua

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coletividade e proativos em relação ao seu contexto social.

2.2 ASSESSORIA NA PRODUÇÃO DE MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO

Essa linha de atuação tem como objetivo auxiliar movimentos sociais na produção e

veiculação de conteúdo para meios de comunicação.

O NCEP, em parceria com o Colégio Estadual Manoel Ribas, produz a rádio escola

“Manecão World”, com alunos de 12 a 14 anos, assim como no Colégio Estadual Herbet de

Souza. São ofertadas oficinas de texto, locução, edição e reportagem em rádio, além da

produção de uma rádio-novela roteirizada pelos próprios alunos a partir das demandas da

escola.

Recentemente, o Núcleo firmou uma parceria com o Centro de Socioeducação

(Cense) do município de Fazenda Rio Grande, no Paraná. A ideia do projeto é desenvolver

programas de rádio para serem veiculados dentro da unidade para todos os jovens que

cumprem pena no Cense.

No Colégio Estadual Manoel Ribas, a dificuldade em proporcionar a autonomia está

na falta de aparelhos para as produções radiofônicas e a rotatividade anual de alunos. A escola

dispõe de uma mesa de som que não possui conserto, o que impede que os alunos possam usá-

la em suas produções. Outro fator determinante que impede o desligamento do Núcleo com o

projeto é o egresso anual de diferentes alunos, o que torna necessário o retorno do grupo à

escola.

2.3 PESQUISA NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO POPULAR

O Núcleo possui uma equipe designada para a pesquisa de material referente à

comunicação popular, como textos de pensadores e estudiosos da comunicação e filmes

relacionados ao tema. Eventualmente são organizadas discussões e debates entre os

integrantes do Núcleo, a fim de melhor prepará-los, também no âmbito teórico, para a atuação

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nos projetos. Também são debatidas questões metodológicas, como o foco e o conteúdo das

oficinas ministradas.

Além destes projetos, o NCEP, em parceria com o Movimento Nacional da

População de Rua, produz o jornal A Laje. Cujo objetivo é a publicação de informações

referentes à população em situação de rua e a divulgação das demandas e reivindicações da

classe.

A assessoria é baseada no princípio de promover a autonomia dos envolvidos. O

objetivo do NCEP é assegurar que estes movimentos e instituições sejam capazes de fazer as

produções sozinhos a partir das oficinas ministradas pelo núcleo. Entretanto a equipe vem

enfrentando certas dificuldades neste sentido.

3. CRITÉRIO DE INGRESSO E FUNCIONAMENTO GERAL

Os membros do NCEP apresentam sua proposta e projetos aos calouros em palestra

durante a ''Semana do Calouro''. No início do primeiro semestre são feitas seletivas, que

compreendem entrega de um trabalho e entrevista com membros antigos do Núcleo. As

seletivas são direcionadas por cargos, sendo eles: Extensão: os integrantes da equipe de

extensão vão até os parceiros do NCEP desenvolver, na prática, as atividades. Ministram

oficinas com os alunos e os auxiliam na produção de conteúdo.

Produção de material gráfico: desenvolvem os flyers e demais materiais de divulgação

online ou in loco para o NCEP e seus parceiros.

Social Media: fazem a manutenção das páginas dos projetos em redes sociais publicando

conteúdos produzidos pelas equipes de material gráfico e extensão, além de outros

conteúdos que tenham relação com a linha de trabalho do NCEP.

Pesquisa: a equipe de pesquisa coordena a formação dos membros do NCEP através das

discussões de textos, organiza datas e os textos e/ou filmes a serem discutidos. Além da

produção dos materiais que resultam dessas discussões, como artigos e relatos de

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experiência.

As vagas para entrada de novos integrantes dependem do número de parcerias

firmadas para o ano. Os novos membros passam por uma semana de adaptação, em que são

convidados a visitar os parceiros do NCEP e conhecer os projetos realizados pelas equipes,

além de discussões envolvendo os membros mais antigos do Núcleo para que possam escolher

os projetos que se encaixem melhor nos seus objetivos individuais e carga horária.

São realizadas reuniões semanais (às quintas-feiras) com os membros do Núcleo,

mediados pelo professor coordenador do projeto de extensão, nas quais é discutida a

organização interna do NCEP e são feitos os informes dos projetos. Além disso, a equipe de

pesquisa organiza discussões com profissionais envolvidos com comunicação popular e

selecionam textos e filmes para serem debatidos durante as reuniões. As equipes de cada

projeto têm a responsabilidade de realizar uma reunião semanal à parte com seus membros,

para que sejam definidos os trabalhos realizados com os parceiros e o método de abordagem.

4. RELATOS DE EXPERIÊNCIA

4.1 JORNAL A LAJE

O jornal A Laje é um projeto do NCEP em parceria com o Movimento Nacional de

População de Rua (MNPR) e sua proposta é ser um veículo de comunicação produzido para e

sobre a população em situação de rua, com pautas que atendam aos interesses e necessidades

da classe.

O projeto é desenvolvido com reuniões semanais às terças-feiras na sede do MNPR,

que atualmente situa-se na Rua 21 de Abril, número 119, no bairro Alto da Glória. É neste

momento que as pautas são discutidas, informações são apuradas, distribuídas tarefas e

divulgados eventos relevantes. Participam das reuniões membros do NCEP e alguns

representantes do MNPR. Eventualmente, os membros do projeto saem a campo para fazer

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matérias com pessoas em situação de rua. A redação da maior parcela do conteúdo, a revisão e

a diagramação do veículo é de responsabilidade do NCEP. A impressão fica a cargo de

sindicatos que se revezam para imprimir a tiragem atual de mil exemplares por edição.

A parceria teve início em setembro de 2010 e a primeira edição d'A Laje foi lançada

no dia 12 de novembro do mesmo ano, durante o Encontro sobre a Saúde da População em

Situação de Rua. Até agora foram publicadas mais de vinte edições. O projeto foi idealizado

pelo coordenador nacional do MNPR e ex-morador de rua Leonildo Monteiro Filho.

Até a edição número 14 o jornal era impresso em formato A4, frente e verso.

Posteriormente passou a ser impresso em papel A3, dobrado ao meio, com um total de quatro

páginas e assim é feito até as edições mais recentes. Uma reforma gráfica está sendo

planejada, com o objetivo de aprimorar a identidade visual e imprimir edições futuras a cores

e em outro tipo de papel.

O projeto conta ainda com um blog desde setembro de 2011, em que divulga as

versões digitais do veículo, além de outras informações e matérias relacionadas com a

proposta d'A Laje. Há também uma página no Facebook, criada em maio de 2012, na qual são

divulgadas as atividades do projeto.

A Laje tem por objetivo ser um meio de luta para reivindicar os direitos da

população em situação de rua. Para isso, tem acompanhado, divulgado e feito a cobertura de

eventos, campanhas e ações com foco na população de rua, como o Dia de Lutas, a Campanha

do Agasalho e o Consultório na Rua. Quando necessário, o jornal também denuncia casos de

injustiça e descaso contra a classe. Além destas pautas, há também as colunas ''Entendendo(o)

Direito'', com explicações e orientações jurídicas; ''Se Liga Aí, Meu Irmão'', que é escrita por

um representante do MNPR com algum recado para os que vivem em situação de rua; ''Perfil'',

contando a história e ações de pessoas e entidades envolvidas na causa; e o ''Perfil Das Ruas'',

que conta histórias de quem vive a realidade de não ter endereço e desconstruindo estereótipos

presentes na sociedade.

Entre os projetos desenvolvidos pelo NCEP, A Laje tem especificidades que a tornam

diferente dos demais, em que, depois que os envolvidos aprendem a lidar com as ferramentas

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de comunicação, o Núcleo se retira e o veículo de comunicação segue de forma autônoma.

Essa particularidade se dá, principalmente, devido à grande rotatividade dos membros do

MNPR. Por estar em recuperação de dependência química e/ou alcoólica, existe a dificuldade

em um membro do movimento assumir e se manter na liderança do jornal, impedindo a

conquista de autonomia e gerando a necessidade da presença constante do NCEP para que o

projeto perdure.

Quaisquer que sejam as dificuldades encontradas, A Laje segue como instrumento de

militância a favor dos direitos e de divulgação das demandas e conquistas deste grupo

marginalizado.

4.2 RÁDIO NO CENSE DE FAZENDA RIO GRANDE

O programa desenvolvido no Centro de Socioeducação (Cense) do município de

Fazenda Rio Grande, no Paraná, em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação

Popular (NCEP) acontece desde o início de agosto de 2014, mas as negociações para a

formação da parceria ocorreram desde o final de 2013, mediadas pelo então professor

coordenador do NCEP Profº Dr. Toni Andre Scharlau Vieira.

O programa acontece dentro das dependências do Cense Fazenda Rio Grande, às

quartas-feiras, com adolescentes privados de liberdade e que estejam em situação de pré-

externa, quando recebem “conquistas”, ou seja, atividades oferecidas de acordo com o bom

comportamento ao adolescente que está há mais tempo na unidade. Esse critério foi

desenvolvido pela diretoria do Cense em parceria com os membros do NCEP, de modo a

respeitar o funcionamento do Centro de Socioeducação e a facilitar o trabalho dos membros

do projeto.

A proposta da parceria é desenvolver um programa de rádio para ser transmitido

através do sistema de som instalado dentro da unidade do Cense Fazenda Rio Grande. Para

isso, o NCEP desenvolveu um cronograma básico que contempla oficinas para o contato e

capacitação dos adolescentes para produção de programas radiofônicos. As oficinas

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geralmente contam com um momento teórico em que a equipe do NCEP responsável pelo

programa dá as primeiras noções sobre o tema a ser trabalhado no dia, com posterior atividade

prática realizada pelos adolescentes com auxílio dos membros do Núcleo.

O programa tem como objetivo possibilitar o contato dos menores privados de

liberdade com os meios de comunicação nas diferentes instâncias: reflexão, produção, edição

e conscientização sobre os meios. Tanto para a formação como cidadãos quanto para mostrar

um possível caminho profissional e/ou de expressão, assim como as outras atividades

oferecidas no Cense Fazenda Rio Grande objetivam. Além disso, o NCEP também visa

mostrar aos participantes que a comunicação não se restringe a grandes conglomerados, mas

que também pode ser feita por pequenos grupos. Todas as atividades desenvolvidas no

programa são pensadas e trabalhadas de modo a adequar os interesses e preferências dos

adolescentes com as convenções e regras básicas da produção radiofônica, procurando

fomentar o diálogo igualitário e democrático entre as partes envolvidas.

Por ser um programa recente, ainda é difícil mensurar as dificuldades e resultados,

porém, alguns deles já podem ser percebidos. As principais dificuldades ocorreram durante as

negociações sobre quais adolescentes participariam das atividades, visto que foi necessário um

período de adaptação dos membros e diretores do Cense para adequar a grade horária dos

adolescentes, o que atrasou o início dos trabalhos. Outra dificuldade que já pôde ser percebida

foi a dificuldade dos menores com a leitura e interpretação de textos, que demanda mais

atenção e auxílio dos membros do NCEP e dificulta a independência deles na produção dos

textos usados para a gravação. O grande nível de distração dos adolescentes também dificulta

o andamento das oficinas.

Entretanto, avanços já puderam ser percebidos. Com o início das atividades mais

práticas, como a oficina de voz - em que os menores leram pequenas notas, posteriormente

gravadas e puderam escutar suas próprias vozes - e as oficinas acontecendo no estúdio de

rádio montado dentro da unidade do Cense, o interesse dos adolescentes pelas atividades e a

vontade de ver o resultado dos trabalhos aumentaram muito. Além disso, os próprios

adolescentes perceberam dificuldades de leitura e que precisavam investir mais nesse aspecto

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antes de produzir um programa de forma independente. Os menores também se interessaram

pelos diversos programas de edição e montagem de programas de rádio. O objetivo principal

do programa aos poucos também vai sendo conquistado, uma vez que os adolescentes, a cada

oficina e atividade auxiliados pelos membros do NCEP, tomam conhecimento sobre um

aspecto novo da comunicação ou das discussões que perpassam a área.

Com a ajuda dos educadores do Cense, que estão presentes durante as atividades, o

diálogo e os acordos sobre os rumos de cada pequeno projeto programado dentro da parceria

também se tornam possíveis.

4.3 RÁDIO MANECÃO WORLD: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL RIBAS

Localizada na Vila das Torres, exatamente após a cerca que representa a última

barreira entre uma renomada faculdade particular e o mais antigo território favelizado de

Curitiba, a Escola Estadual Manoel Ribas é parceira do NCEP desde julho de 2011. Na

instituição, o Núcleo atende adolescentes na faixa dos 11 aos 15 anos, matriculados, de

maneira geral, nos últimos anos do ensino fundamental (6º ao 9º ano).

O contexto social do ambiente em que o colégio está inserido leva a algumas

particularidades na dinâmica da implantação da rádio. Devido ao histórico de violência na

região e aos altos índices de evasão escolar na capital paranaense (segundo um levantamento

feito pelos conselhos tutelares da cidade em 2009, a escola pública curitibana perde 12 alunos

diariamente), a escola é uma das poucas instituições de ensino mantidas pelo governo que

contam com ensino integral. As crianças e adolescentes passam o dia na sala de aula, das 8:30

às 17:00. No período da manhã, a grade horária é composta pelas matérias obrigatórias

regulares, como português, ciências e matemática. Após o almoço, os estudantes frequentam

aulas especiais que envolvem, principalmente, os universos dos esportes e das artes. Essas

atividades extracurriculares são optativas, ou seja, escolhidas pelos próprios adolescentes. O

papel do NCEP é assessorar os jovens matriculados na matéria de Mídias, que engloba

técnicas de criação de conteúdo para blogs e, de maneira mais forte, a produção radiofônica.

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Num primeiro momento, a dinâmica das oficinas de rádio parecia apresentar diversos

percalços. Apesar de os 15 estudantes inicialmente matriculados em Mídias estarem cursando

a matéria por vontade própria, os adolescentes tendiam a começar as atividades relativamente

dispersos. Com a democratização da internet e, consequentemente, das novas mídias digitais,

o formato radiofônico parecia distante e arcaico para eles. Nos dois anos em que a equipe

realizou o trabalho na escola, a mesma pergunta era feita logo na primeira aula: ''Quem tem o

costume de escutar programas de rádio, sejam eles de música ou notícias?''. Em ambas as

turmas, a grande maioria havia sintonizado uma estação de rádio apenas em raras ocasiões.

Por se tratarem de classes mistas, com alunos de várias séries e contextos diferentes,

as turmas também foram marcadas por discrepâncias relevantes de qualidade de formação

entre os estudantes. Enquanto alguns adolescentes possuíam desenvoltura e textos com

cadência e coesão, outros tinham dificuldades para escrever uma redação coloquial de quatro

ou cinco linhas. Essa diferença assumiu um caráter de obstáculo no início dos trabalhos.

Entretanto, no decorrer do ano letivo, esse percalço foi transformado em um motor para

fortalecer a união da turma e o trabalho em equipe, já que motivou os jovens com mais

facilidade a ajudarem os outros colegas a formularem seus textos e ideias, para que todos

participassem da produção da rádio.

Por fim, as dificuldades técnicas representaram um problema considerável. A escola

contava com uma modesta mesa de som que, após um longo período sem ser utilizada, já não

funcionava adequadamente. Após várias tentativas de conserto, o equipamento continuava

precário, sem condições de proporcionar a estrutura mínima necessária para a divulgação da

rádio dentro do colégio e da comunidade Vila das Torres, de acordo com as intenções iniciais

do projeto. A solução encontrada foi postar as produções no blog da turma de Mídias 16 , que

atendia pelo nome de Manecão Online em 2013 e, no ano seguinte, foi rebatizado como

Manecão World. A integração das plataformas virtual e radiofônica foi tão forte que os dois

títulos dados ao blog se tornaram os nomes da rádio (Manecão Online em 2013; Manecão

World em 2014). Além disso, essa característica transmídia aproximou os estudantes do

formato de rádio, já que a dinâmica de postagem do material na internet era algo mais

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próximo da realidade deles e que possui um alcance maior, podendo ganhar territórios que vão

além dos muros da escola.

A equipe do NCEP frequenta a escola uma vez por semana, sempre ocupando o tempo

correspondente a uma aula (cerca de 50 minutos). Em geral, para a produção das reportagens,

os estudantes se dividem em duplas, sobretudo pela falta de computadores e gravadores para

todos.

As oficinas mesclam teoria, debate e prática, sempre com metodologia lúdica e

dinâmica, seguindo a premissa de aproximar a produção jornalística dos alunos através de uma

abordagem simples e direta. A execução de reportagens tradicionais é intercalada com

formatos mais criativos, como a radionovela anual, programas temáticos especiais e cobertura

de eventos internos, como feiras de ciências, campeonatos de esportes e semanas culturais.

Também são agendadas duas visitas por ano ao estúdio de rádio da UFPR, localizado no

campus de Comunicação Social onde os alunos podem conhecer as instalações, conversar com

um profissional da universidade sobre questões mais técnicas do equipamento, produzir e

editar as vinhetas de seus programas de rádio e gravar parte do material.

Ao fim do ano letivo, é evidente o papel que a produção radiofônica tem nos contextos

pedagógicos e sociais dentro da comunidade escolar, impactando profundamente a visão dos

alunos sobre si mesmos e a sociedade em que estão inseridos. Com a produção midiática, os

jovens descobrem um canal para denunciar, opinar, levantar sua voz ou simplesmente criar

algo. A rádio treina o olhar do adolescente para problemas que estão a sua volta e, muitas

vezes, assumem ares de invisibilidade para as autoridades. Esse novo horizonte os inclina no

sentido de questionar e reivindicar seu espaço como cidadãos que devem e merecem ser

ouvidos, transformando-se, assim, em agentes sociais de mudança.

Os alunos também desenvolvem uma relação mais crítica com as informações que

chegam até eles através das grandes empresas de comunicação, levantando questionamentos,

buscando diversas fontes e sentindo-se livres para, inclusive, discordar do que está sendo

retratado em uma matéria de um grande jornal, por exemplo. Os estudantes que já se

envolveram na produção de reportagens, por conhecerem o processo e saberem como

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funciona, são promovidos a integrantes ativos no processo comunicacional, desenvolvendo

uma relação de mão dupla com o emissor.

Além de evoluções no âmbito social, os jovens envolvidos no projeto também

costumam concluir as atividades com mudanças na esfera individual. Os alunos tendem a se

interessar mais por leitura e produção de textos, apresentando melhoras significativas quanto

a gramática, coesão textual e, mais importante, avanços quanto ao gosto por livros, jornais e

revistas. Outra tendência é que os adolescentes encerrem sua participação na matéria de

Mídias mais desenvoltos e menos tímidos, com progressos também quanto à dicção, já que a

prática radiofônica exige alguns exercícios vocais importantes.

Em 2013, o caso de uma aluna em particular chamou atenção da equipe envolvida no

projeto. A adolescente de 14 anos, estudante de escola pública desde o início de sua formação,

começou o ano letivo preocupada pois no ano seguinte, assim que entrasse no ensino médio,

queria começar a trabalhar para ajudar a família nas despesas. A garota acabou se destacando

como uma das melhores em todas as produções radiofônicas orientadas pelo NCEP. Ao fim da

experiência, em seu feedback aos bolsistas do Núcleo, afirmou que batalharia para conquistar

uma vaga na universidade e cursar jornalismo. Essa, talvez, seja uma das vitórias mais

significativas do trabalho de educomunicação naquela instituição.

4.4 RÁDIO GERAÇÃO Z: COLÉGIO ESTADUAL HERBERT DE SOUZA

No ano de 2012 a professora Paula Alexandra Reis Bueno entrou em contato com a

equipe do NCEP para estabelecer uma parceria em um projeto de rádio escola que estava se

iniciando na Escola Estadual Herbert de Souza, localizada no município de São José dos

Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. No mês de abril do mesmo ano, teve início o

trabalho na Escola.

Ao longo do projeto, houve a presença do professor Lizandro Gorski, responsável por

acompanhar as oficinas e assumir o projeto no momento de saída do núcleo. A proposta era

capacitar alunos e professores com oficinas sobre comunicação, produção em rádio e fornecer

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auxílio na execução e implantação da rádio.

A rádio foi chamada de “Geração Z”, uma referência encontrada pelos estudantes

para denominar a geração que usa a tecnologia como ferramenta para domínio da linguagem e,

além disso, a discute de maneira crítica. Ao fim de 2012, a rádio já possuía frequência de

produção e os alunos já tinham conhecimento e domínio do processo.

Em 2013 o projeto continuou a comparecer no local para capacitar os novos alunos,

em um trabalho de 10 encontros que foi proposto para durar três meses. Foram feitas uma

série de oficinas, que incluíam os principais temas relacionados à comunicação através do

rádio, como gêneros e formatos radiofônicos, história do rádio, texto e voz em rádio,

produções de pauta e reportagem. Os alunos foram convidados para fazer uma visita nos

estúdios de áudio do campus de Comunicação da UFPR, onde tiveram a oportunidade de

gravar vinhetas e entrar em contato com a produção dos programas.

Ao final do processo de implantação do projeto, em 2013, os alunos produziam três

programas semanais de 15 minutos cada, com material produzido pelos próprios estudantes,

sem ser necessária a intervenção da equipe do NCEP. Os alunos já possuíam autonomia para

produzir o programa sem a necessidade de acompanhamento.

Em 2014, o professor Lizandro Gorski, contatou novamente a equipe do NCEP. De

acordo com Gorski, o projeto contava com 15 alunos interessados em levar adiante a iniciativa

e que, para isso, achava necessária a ajuda do Núcleo em questões mais técnicas como

produção de pauta e reportagem e preparação para entrevistas e enquetes no rádio. Neste

contexto, os participantes do NCEP voltaram a levar oficinas para o colégio em abril de 2014.

Nos primeiros três encontros foram analisadas debilidades no processo de produção

dos programas, uma vez que os alunos já não possuíam a mesma constância na produção de

pautas e apenas transmitiam músicas durante o intervalo de aulas. Viu-se necessário um

acompanhamento para que fosse possível trazer de volta a periodicidade na produção de

pautas, além de um melhor embasamento aos novos alunos que entraram no projeto durante o

período em que o NCEP deixou de acompanhá-lo.

A equipe promoveu uma oficina sobre pautas, explicando o que são e para quê

Page 17: Artigo NCEP: Relato de Experiências em Comunicação Popular

servem. Foram escolhidos dois temas que poderiam agradar aos adolescentes e os 10 alunos

do projeto foram divididos em dois grupos para produzirem as pautas, junto com o Núcleo.

Posteriormente, os grupos trocaram as pautas e ficaram responsáveis por produzi-las durante

as férias de junho, entretanto, no retorno às aulas, a equipe notou que nenhuma equipe havia

produzido.

Infelizmente, ainda não é possível para o Núcleo se desligar do projeto, visto que os

alunos, por enquanto, apenas tocam músicas no intervalo das aulas, não possuem

conhecimento relacionado à pauta ou produções de notas e reportagens em rádio. Nos últimos

encontros, a equipe tem tomado o cuidado em explicar a linguagem no rádio e comentar os

diversos gêneros que podem ser veiculados e que a rádio da escola não precisava ser feita

apenas de música. Os alunos passaram a se preocupar com questões noticiosas no rádio e

produziram duas notas para serem passadas durante o programa, sem deixar de lado a música

que exprime os gostos plurais da escola.

As produções têm melhorado gradativamente e a equipe do NCEP tem notado maior

e melhor participação dos alunos. Os estudantes têm se mostrado mais dedicados em suas

produções, buscando notas em sites de notícias e assuntos que são de interesse da comunidade

escolar.

5. CONCLUSÃO

O trabalho do NCEP evidencia que o desafio na formação profissional de um

comunicador não está só no desenvolvimento de habilidades específicas e na familiarização

com os meios de comunicação. O comunicador deve ser pensado também como um agente

capaz de criar estratégias para a democratização do acesso à informação e ao conhecimento e

também como um mediador entre as demandas populares e o espaço público.

Como instituição pública, a universidade deve contar com um trabalho de extensão

que perceba a importância da comunicação para a formação de uma sociedade mais justa e

Page 18: Artigo NCEP: Relato de Experiências em Comunicação Popular

igualitária e contribua de forma concreta com a construção dessa sociedade.

O Núcleo de Comunicação e Educação Popular da Universidade Federal do Paraná

acredita na construção de uma sociedade em que a informação transparente e a expressão de

ideias seja um direito de todos e forma comunicadores comprometidos com esse ideal e

sensíveis às demandas daqueles que foram historicamente privados de voz.

6. REFERÊNCIAS

SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. Paulinas, 2011.

COGO, Denise. Leitura crítica dos meios à educomunicação: convergências possíveis entre comunicação e educação. In: Tendências da Comunicação n. 4, Porto Alegre: L&PM Editores, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Infância e comunicação: referências para o marco legal e as políticas públicas Brasileiras, Brasília: ANDI, 2011. Disponível em: http://www.andi.org.br/sites/default/files/infancia%20e%20comunicacao.pdf