aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

10
 FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA Fabio Eich 1  Resumo O mito é um relato que oferece uma explicação definitiva; o mito não precisa de  justificativa. Ao contrário, é o mito que justifica uma sociedade, uma cultura, um costume, como vimos acima. Da maneira como é elaborado, o mito não é para ser criticado ou discutido. Da mesma forma, ele não precisa ser apresentado através de argumentações   ele simplesmente é comunicado à comunidade por aqueles que se consideram os arautos das Musas ou dos Deuses. Vale aqui lembrar que quando uma religião se apropria do mito; este fica sujeito à crítica e precisa apresentar justificati vas. Como exemplo perfeito disto tome-se o mito da Criação e de Adão e Eva. O relato é mais antigo do que o judaísmo. Daí foi incorporado na religião e desde então precisa  justificarse, já que faz parte de um "plano" efetivo de Deus para com a humanidade , segundo o discurso religioso.  A filosofia é uma narrativa que não oferece uma explicação definitiva, que a discussão é própria da filosofia. Existem sistemas filosóficos que se pretendiam definitivos; que pretendiam oferecer uma explicação definitiva da realidade. Talvez seja por isso que quase se transformaram em seitas. Outro aspecto é que a filosofia sempre precisa se justificar. O próprio ato de filosofar já implica a apresentação de uma justificativa daquilo que vai ser dito. Por ser um  processo baseado na experiênci a e/ou no raciocínio lógico, a filosofia sempre está sujeita a criticas. Palavras chave: Filosofia, mito. 1. Introdução 1  Cristhian Allan Cansi, aluno do curso de Engenharia Mecânica da Fahor (Faculdade de Horizontina) nº 09, e-mail [email protected].

Transcript of aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

Page 1: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 1/10

 

FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA

Fabio Eich1 

Resumo

O mito é um relato que oferece uma explicação definitiva; o mito não precisa de

 justificativa. Ao contrário, é o mito que justifica uma sociedade, uma cultura, um

costume, como vimos acima.

Da maneira como é elaborado, o mito não é para ser criticado ou discutido. Da mesma

forma, ele não precisa ser apresentado através de argumentações  – ele simplesmente

é comunicado à comunidade por aqueles que se consideram os arautos das Musas ou

dos Deuses. Vale aqui lembrar que quando uma religião se apropria do mito; este fica

sujeito à crítica e precisa apresentar justificativas.

Como exemplo perfeito disto tome-se o mito da Criação e de Adão e Eva. O relato é

mais antigo do que o judaísmo. Daí foi incorporado na religião e desde então precisa

 justificarse, já que faz parte de um "plano" efetivo de Deus para com a humanidade,

segundo o discurso religioso.

 A filosofia é uma narrativa que não oferece uma explicação definitiva, já que a

discussão é própria da filosofia. Existem sistemas filosóficos que se pretendiam

definitivos; que pretendiam oferecer uma explicação definitiva da realidade. Talvez

seja por isso que quase se transformaram em seitas.

Outro aspecto é que a filosofia sempre precisa se justificar. O próprio ato de filosofar já

implica a apresentação de uma justificativa daquilo que vai ser dito. Por ser um

 processo baseado na experiência e/ou no raciocínio lógico, a filosofia sempre estásujeita a criticas.

Palavras chave: Filosofia, mito.

1. Introdução

1 Cristhian Allan Cansi, aluno do curso de Engenharia Mecânica da Fahor (Faculdade de Horizontina) nº

09, e-mail [email protected].

Page 2: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 2/10

 A palavra filosofia tem origem grega. O termo philia significa amizade e sophia,

sabedoria. Temos assim a “amizade pela sabedoria”, o desejo de estar próximo do

saber, do conhecimento verdadeiro.

Se pensarmos que a filosofia é a ação de refletir sobre tudo, que é a

investigação curiosa para descobrir a verdade das coisas, então a filosofia surgiu com

o primeiro homem racional. Porém, a curiosidade alicerçada em uma forma de pensar

lógica e racional só surgiu muito tempo depois.

 A filosofia, como a entendemos hoje, tem seu início no século VI a.C., na

Grécia Antiga. Poderia ter surgido em qualquer lugar, mas naquele momento da

história diversas coisas ocorriam para que ali fosse seu começo.

 A Grécia Antiga vivia um momento de auge de sua cultura. O comércio com

outros povos trouxe conhecimento. A produção artística era muito ativa. Havia os

 jogos olímpicos. A linguagem, moeda e tecnologia (de arquitetura e militar) também

marcaram esse período.

Entretanto, naquele momento, iniciou-se uma nova tentativa de responder os

questionamentos sobre a existência. Se, para alguns, as narrações fantásticas da

mitologia serviam para explicar o mundo, suas catástrofes, seu clima, sua

organização, sua origem; outras pessoas começaram a procurar respostas fora dos

mitos.

Tales de Mileto (624-5  –  556-8 a.C.) é considerado o primeiro filósofo. Os

fragmentos que restaram de seus escritos nos mostram a tentativa dele em explicar

sobre o que forma o mundo. Para ele, existe um elemento material que forma todas as

coisas, a água. Podemos encontrar água em todos os locais. Ao furar o solo, se nos

cortamos, dentro do tronco das árvores, nas rochas das nascentes dos rios. Se a água

está em tudo, é porque ela forma tudo. Esta maneira de explicar o mundo, usando a

razão, é que irá diferenciar a filosofia da mitologia.

Porém, Tales nunca se chamou filósofo. A palavra “filósofo” apareceu anos

mais tarde, com um homem chamado Pitágoras (570-1  – 496-7 a.C.). Ele, famoso hojepelo teorema matemático que leva o seu nome, é que se considerou um “amigo da

sabedoria”.

2. Etimologia

 A palavra Filosofia tem origem na língua grega antiga.

Philía: amor, amizade;

Phílos: amigo;

Sophía: sabedoria, conhecimento, saber;

Page 3: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 3/10

Sophós: sábio;

Philos + Sophía = Filosofia = Amigo da Sabedoria

3. FilosofiaNa Grécia Antiga, o filósofo era amigo ou amante da sabedoria; a filosofia

significava amor ao saber. Para os gregos antigos, o espanto e a admiração em

relação à vida e a realidade levavam os homens a filosofar. Podemos dizer que a

filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações

racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas. Racionais porque significa,

argumentado debatido e compreendido.

4. Atitude Crítica

 A atitude filosófica é uma atividade crítica porque preenche ao significado da

palavra crítica. Em geral julgamos que a palavra crítica significa ser contra, dizer que

tudo vai mal, tudo esta errado, que tudo é feio e desagradável. Porem esta palavra

significa:

•  Capacidade de julgar, discernir e decidir corretamente

•  Atitude crítica é formada pela face negativa e positiva.

 A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não

aos, pré-conceitos, pré-juizo, aos fatos e idéias da experiência cotidiana, ao que todo

mundo diz ou pensa, ao estabelecido.É uma forma de colocar entre parênteses

nossas crenças para poder interrogar quais são suas causas e qual é seu sentido.

 A segunda característica é positiva, uma interrogação sobre o que são as

coisas as idéias os fatos as situações os comportamentos, os valores e nós mesmos.

É também uma interrogação sobre o porquê e como disso tudo:

O que é/ Por que é/ Como é;

Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica. A filosofia começa

dizendo não as crenças e aos preconceitos, para que possa ser avaliado racional e

criticamente.Como dizia Sócrates, começamos a buscar o conhecimento quando

somos capazes de dize:

“Só sei que nada sei”  Como dizia Platão discípulo de Sócrates, e Aristóteles discípulo de Platão:

 Admiração e espanto significam que reconhecemos nossa ignorância e exatamente

por isso podemos superá-la.

Page 4: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 4/10

Para que a filosofia? Geralmente essa pergunta recebe uma resposta irônica

conhecida dos estudantes de filosofia: “A filosofia é uma ciência com a qual e sem a

qual o mundo permanece tal e qual”. 

Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma

coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, Para que Serve? Por

que ninguém pergunta “Pra que a Ciência”, pois imaginamos uma utilidade.  

Pensamento racional, procedimentos especiais para conhecer fatos, aplicação

prática de conhecimento teóricos, correção e acúmulo de saberes: esses propósitos

das ciências não são científicos, são filosóficos e dependem de questões filosóficas.

O cientista parte deles como questões já respondidas, mas é a filosofia que as formula

e busca respostas para elas.

Reflexão: é o retorno ao ponto de partida que é conservado quando a palavra é

usada na filosofia para significar o movimento de volta sobre si mesmo ou de retorno a

si. É o movimento pelo qual o pensamento, examinado o que é pensado por ele, volta-

se para si mesmo como fonte de pensamento. Se dirige ao pensamento á linguagem e

a ação, são perguntas sobre capacidade e finalidade de conhecer, falar e agir = a

realidade interior aos seres humanos.

 A filosofia e o pensamento sistemático. É sistemático porque não se contenta

em obter respostas para as questões, mas exige que as questões sejam válidas e que

as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam umas as

outras. A filosofia não é feito de “achismos”. As indagações filosóficas se realizam de

forma sistemática.A filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos,

encontrados de forma de forma racional. “EU PENSO QUE” e não “eu acho que”. 

5. Para que Filosofia?

É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por

exemplo, para que matemática ou física, para que geografia ou geologia, para que

história ou sociologia, para que biologia ou psicologia, para que astronomia ouquímica, para que pintura, literatura, música ou dança? Mas todo mundo "acha" muito

natural perguntar: para que filosofia? Em geral, essa pergunta costuma receber uma

resposta irônica, conhecida dos estudantes de filosofia: "a filosofia é uma ciência com

a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". Ou seja, a filosofia não serve para

nada. Por isso, costuma-se chamar de "filósofo" alguém sempre distraído, com a

cabeça no mundo da Lua, pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que são

perfeitamente inúteis. Essa pergunta: "para que filosofia?", tem a sua razão de ser.

Page 5: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 5/10

Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma

coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de

utilidade imediata.

Por isso, ninguém pergunta para que as ciências, pois todo mundo imagina ver

a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação científica à

realidade.

Todo mundo também imagina ver a utilidade das artes, tanto por causa da

compra e venda das obras de arte quanto porque nossa cultura vê os artistas como

gênios que merecem ser valorizados para o elogio da humanidade. Ninguém, todavia,

consegue ver para que serviria a filosofia, donde dizer-se: não serve para nada.

Parece, porém, que o senso comum não percebe algo que os cientistas sabem

muito bem. As ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, obtidos graças a

procedimentos rigorosos de pensamento; pretendem agir sobre a realidade, através de

instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer progressos nos conhecimentos,

corrigindo-os e aumentando-os.

Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na

existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento, na

tecnologia como aplicação prática de teorias, na racionalidade dos conhecimentos,

porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.

Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação

entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são

questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a

filosofia que formula e busca respostas para elas.

 Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da

filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como apenas os

cientistas e filósofos sabem disso, o senso comum continua afirmando que a filosofia

não serve para nada. Para dar alguma utilidade à filosofia, muitos consideram que, de

fato, a filosofia não serviria para nada se "servir" fosse entendido como a possibilidadede fazer usos teóricos dos produtos filosóficos ou darlhes utilidade econômica,

obtendo lucros com eles; consideram também que a filosofia nada teria a ver com a

ciência e a técnica.

Para quem pensa dessa forma, o principal para a filosofia não seriam os

conhecimentos (que ficam por conta da ciência) nem as aplicações de teorias (que

ficam por conta da tecnologia), mas o ensinamento moral e ético. A filosofia seria a

arte do bem-viver. Estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a

vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossosdesejos e paixões, ensinando-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos

Page 6: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 6/10

outros seres humanos, a filosofia teria como finalidade ensinar-nos a virtude, que é o

princípio do bem-viver.

Essa definição da filosofia, porém, não nos ajuda muito. De fato, mesmo para

ser uma arte moral ou ética, ou uma arte do bem-viver, a filosofia continua fazendo

suas perguntas desconcertantes e embaraçosas: o que é o homem? o que é a

vontade? o que é a paixão? o que é a razão? o que é o vício? o que é a virtude? o que

é a liberdade? como nos tornamos livres, racionais e virtuosos? por que a liberdade e

a virtude são valores para os seres humanos? o que é um valor? por que avaliamos os

sentimentos e ações humanas?

 Assim, mesmo se disséssemos que o objeto da filosofia não é o conhecimento

da realidade, nem o conhecimento da nossa capacidade para conhecer, mesmo se

disséssemos que o objeto da filosofia é apenas a vida moral ou ética, ainda assim o

estilo filosófico e a atitude filosófica permaneceriam os mesmos, pois as perguntas

filosóficas - o que, por que e como - permanecem.

6. Mitologia

 A palavra Mitologia designa dois conceitos:

•  O conjunto de mitos e lendas que um povo imaginou;

•  O estudo dos mesmos.

Dentro da narrativa mítica esconde-se um aspecto, um núcleo, que encerra

uma verdade. A fábula, pelo contrário, refere-se a acontecimentos realmente

imaginados e que não modificam a condição humana como tal.

O mito relata uma “história verdadeira”, na medida em que toca profundamente

o homem  –  ser mortal, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar pata viver,

submetido a acontecimentos e imprevistos que independem de sua vontade. Dizer que

sob uma forma fabulada ou imaginária, a mitologia narra uma história do homem

através de milênios, não seria afastar-se da verdade.

É a história da criação do mundo,do homem, de múltiplos eventos, cujamemória cronológica se perdeu, mas que se preservaram em uma memória “mítica”. 

Para a consciência mítica, tudo deve ter tido a sua origem num mistério; isto

não significa que não pode ser recuperada pela imaginação. A realidade das coisas

está aí a demonstrar a repetição das origens nos ciclos da vida.

7. Mitologia Grega

Os gregos antigos enxergavam a vida em quase tudo que os cercavam, e

buscavam explicações para tudo.

Page 7: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 7/10

Para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os

gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginária, que eram transmitidas,

principalmente, através da literatura oral.

Os gregos consultavam seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam

acontecendo e também sobre o futuro. Bastava ler os sinais da natureza, para

conseguir atingir seus objetivos ou agradar uma divindade para atingir bons resultados

na vida material.

8. Os Mitos

Mitos são as histórias dos deuses e dos heróis divinos. Contam o começo e o

final, criação e destruição, vida e morte. Explicam o como e o porque da vida.

Quando um mito é criado, as pessoas acreditam nele com o coração e a alma.

Por isso, os mitos são mais do que histórias: cada mito é uma mina de verdade

humana. O mito de alguém é a crença religiosa de outro; a verdade de um é a ficção

do outro.

9. Tipos de Mitos

Mitos Cosmogônicos: tenta explicar a origem da humanidade e do mundo que

habita, geralmente ilustrado pela figura de um criador que, por ato próprio e autônomo,

estabeleceu ou fundou o mundo em sua forma atual. Mitos Escatológicos: preocupa-se

com a morte individual, associada ao temor da extinção de todo o povo e mesmo do

desaparecimento do universo inteiro.

10. Nascimento dos Deuses

No princípio, narravam os gregos, havia apenas o Caos, não exatamente um

deus, mas somente o princípio do universo, sem formato algum, que representava a

escuridão e um espaço sem fim. Dotado, porém, de uma incrível energia, Caos gerou

Géia (terra), Tártaro (as profundezas) e Eros (o amor).De Géia, por ser mulher - e mãe -, nasceram todos os seres, as águas, os

minerais e os vegetais. Géia também criou o céu, chamado de Urano, e da união entre

eles surgiu a primeira geração dos deuses gregos. Eram os selvagens titãs e os

ciclopes, uma raça de gigantes de um olhos só, além dos monstros conhecidos como

hecatonquiros. Horrorizado com a prole, Urano mandou-os para o Tártaro. Os titãos,

no entanto resolveram se vingar castrando o pai. Um dos titãs, Crono, acabou por

tomar o poder e, temendo perdê-lo, jogou os irmãos de volta às profundezas da Terra.

Crono casou-se com sua irmã Réia, e dessa união nasceu a segunda geraçãodos deuses, formada por Héstia (deusa do lar), Hera (protetora das mulheres e das

Page 8: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 8/10

mães), Deméter (da fertilidade da terra), Hades (dos mortos), Poseidon (do mar) e, por

fim, Zeus. Crono, entretanto, temendo ser destronado pelos filhos, engolia-os assim

que nasciam. Por isso, quando estava grávida de Zeus, Réia se refugiou na Ilha de

Creta e lá, secretamente, deu à luz o futuro deus. Ao se tornar adulto, Zeus vingou-se

do pai envenenando-o, fazendo com que vomitasse seus cinco irmãos. Juntos,

venceram Crono, e Zeus, então, começou a colocar ordem naquele mundo caótico.

 Aos seus irmãos se juntaram outros deuses - todos filhos de Zeus -, que se

formaram a elite do Olimpo. Ao poucos, doze deles se tornaram os mais importantes

no panteão grego: Zeus, Hera, Poseidon, Atena (deusa da sabedoria), Hermes

(mensageiros dos deuses), Apolo (deus do sol e da música), Ares (da guerra), Artemis

(da caça), Hefesto (do fogo), Afrodite (do amor), Deméter e Dionísio (do vinho e do

teatro).

11. Os Deuses Gregos

De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo,

principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as

relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais,

porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência

também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se

por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais

surgiam os heróis.

12. O Mito na Atualidade

Tradicionalmente, a criação de mitos olha para o passado para tentar fazer

com que o presente tenha sentido, mas alguns mitos modernos olham pra o futuro.

O homem moderno, tanto quanto o antigo, não é só razão, mas também

afetividade e emoção. Hoje em dia, os meios de comunicação de massa trabalham em

cima dos desejos e anseios que existem na nossa natureza inconsciente e primitiva.Os mitos modernos não envolvem mais a totalidade do real como ocorria nos

mitos gregos. Os super-heróis dos desenhos animados e dos quadrinhos, por

exemplo, passam a encarnar o bem e a justiça, assumindo a nossa proteção

imaginária.

Um dos nossos problemas hoje em dia, é que não estamos familiarizados com

a literatura do espírito. Estamos interessados nas notícias do dia e nos problemas

práticos do momento. As literaturas e a bíblia costumavam fazer parte da educação de

toda gente, mas tem sido suprimidas, em prol de uma educação que concorde com

Page 9: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 9/10

uma sociedade industrial, onde toda uma tradição de informação mitológica do

ocidente se perdeu e não possuímos nada pra colocar no lugar.

Essas informações construíram civilizações e formaram religiões através dos

séculos e se você não souber o que dizem os sinais deixados por outros ao longo do

caminho, terá de produzi-los por conta própria.

 A ausência da grande narrativa e das funções no mito moderno ocorre porque

na modernidade existem outras formas de explicar os fenômenos e justificar

comportamentos. Esse papel cabe à ciência, que dá as respostas aos fenômenos

naturais, rejeitando as explicações fantasiosas e fabulosas construídas no imaginário,

como é próprio de toda narrativa, notadamente as míticas.

 Além disso, os saberes, atualmente, não estão mais concentrados em um só

campo: houve uma segmentação dos saberes, e vários campos são capazes de dar

respostas para um mesmo fato. Os comportamentos têm várias origens e podem ser

explicados de maneiras diversas. Assim, na modernidade, as atitudes baseiam-se em

modelos fornecidos pela igreja, pela família, pela mídia, etc.

 A forma diferenciada de construção dos mitos também acontece por causa de

uma mudança de “interesse” da sociedade. Antes, as pessoas se interessavam em

saber  –  em construir um conhecimento. Agora, a sociedade é a do ter e do ser, na

maioria das vezes do parecer ter e ser. As relações são baseadas no “mostrar”, na

exposição: a eleição de modelos que são oferecidos ao público, para consumo, é

fundamental nesse processo, pois o que as pessoas mostram tem de ser considerado

bom e correto pela maioria.

Uma característica dos mitos modernos é que se referem a temas específicos,

como, o corpo saudável, a sensualidade, a juventude, o poder, etc. São utilizados

ainda para dar uma explicação de coisas que a ciência ainda não explica e para suprir

o vazio que as diversas teorias religiosas existentes hoje deixam em determinados

aspectos.

13. CONCLUSÃO

Os gregos questionam o sentido da vida, surgindo assim a mitologia grega.

 A mitologia grega, é uma espécie de crença dos gregos, que acreditam em

mitos,lendas,deuses,entidades divinas,que representam a imagem do sucesso e glória

que todos almejam.

Todo mito é dotado de uma força diferenciada, que a ciência, não pode

explicar. Mitos são histórias, ficcionais ou fábulas que explicam o surgimento da

humanidade. Os gregos são os descobridores dos pensamentos ciêntificos.14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 10: aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

7/22/2019 aRTIGO FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA.docx

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-filosofia-e-mitologia-gregadocx 10/10

Iniciação á Filosofia, Marilena Chaui – Volume Único – 2011

Introdução á Filosofia, João Mattar - 2010

Mitologia – Volume primeiro de Victor Civita

O Livro Ilustrado dos Mitos de Nilesh Mistry

www.rosanevolpatto.trd.br/deusas 

www.revistaepoca.globo.com 

www.geocities.com