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FILOSOFIA E MITOLOGIA GREGA
Fabio Eich1
Resumo
O mito é um relato que oferece uma explicação definitiva; o mito não precisa de
justificativa. Ao contrário, é o mito que justifica uma sociedade, uma cultura, um
costume, como vimos acima.
Da maneira como é elaborado, o mito não é para ser criticado ou discutido. Da mesma
forma, ele não precisa ser apresentado através de argumentações – ele simplesmente
é comunicado à comunidade por aqueles que se consideram os arautos das Musas ou
dos Deuses. Vale aqui lembrar que quando uma religião se apropria do mito; este fica
sujeito à crítica e precisa apresentar justificativas.
Como exemplo perfeito disto tome-se o mito da Criação e de Adão e Eva. O relato é
mais antigo do que o judaísmo. Daí foi incorporado na religião e desde então precisa
justificarse, já que faz parte de um "plano" efetivo de Deus para com a humanidade,
segundo o discurso religioso.
A filosofia é uma narrativa que não oferece uma explicação definitiva, já que a
discussão é própria da filosofia. Existem sistemas filosóficos que se pretendiam
definitivos; que pretendiam oferecer uma explicação definitiva da realidade. Talvez
seja por isso que quase se transformaram em seitas.
Outro aspecto é que a filosofia sempre precisa se justificar. O próprio ato de filosofar já
implica a apresentação de uma justificativa daquilo que vai ser dito. Por ser um
processo baseado na experiência e/ou no raciocínio lógico, a filosofia sempre estásujeita a criticas.
Palavras chave: Filosofia, mito.
1. Introdução
1 Cristhian Allan Cansi, aluno do curso de Engenharia Mecânica da Fahor (Faculdade de Horizontina) nº
09, e-mail [email protected].
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A palavra filosofia tem origem grega. O termo philia significa amizade e sophia,
sabedoria. Temos assim a “amizade pela sabedoria”, o desejo de estar próximo do
saber, do conhecimento verdadeiro.
Se pensarmos que a filosofia é a ação de refletir sobre tudo, que é a
investigação curiosa para descobrir a verdade das coisas, então a filosofia surgiu com
o primeiro homem racional. Porém, a curiosidade alicerçada em uma forma de pensar
lógica e racional só surgiu muito tempo depois.
A filosofia, como a entendemos hoje, tem seu início no século VI a.C., na
Grécia Antiga. Poderia ter surgido em qualquer lugar, mas naquele momento da
história diversas coisas ocorriam para que ali fosse seu começo.
A Grécia Antiga vivia um momento de auge de sua cultura. O comércio com
outros povos trouxe conhecimento. A produção artística era muito ativa. Havia os
jogos olímpicos. A linguagem, moeda e tecnologia (de arquitetura e militar) também
marcaram esse período.
Entretanto, naquele momento, iniciou-se uma nova tentativa de responder os
questionamentos sobre a existência. Se, para alguns, as narrações fantásticas da
mitologia serviam para explicar o mundo, suas catástrofes, seu clima, sua
organização, sua origem; outras pessoas começaram a procurar respostas fora dos
mitos.
Tales de Mileto (624-5 – 556-8 a.C.) é considerado o primeiro filósofo. Os
fragmentos que restaram de seus escritos nos mostram a tentativa dele em explicar
sobre o que forma o mundo. Para ele, existe um elemento material que forma todas as
coisas, a água. Podemos encontrar água em todos os locais. Ao furar o solo, se nos
cortamos, dentro do tronco das árvores, nas rochas das nascentes dos rios. Se a água
está em tudo, é porque ela forma tudo. Esta maneira de explicar o mundo, usando a
razão, é que irá diferenciar a filosofia da mitologia.
Porém, Tales nunca se chamou filósofo. A palavra “filósofo” apareceu anos
mais tarde, com um homem chamado Pitágoras (570-1 – 496-7 a.C.). Ele, famoso hojepelo teorema matemático que leva o seu nome, é que se considerou um “amigo da
sabedoria”.
2. Etimologia
A palavra Filosofia tem origem na língua grega antiga.
Philía: amor, amizade;
Phílos: amigo;
Sophía: sabedoria, conhecimento, saber;
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Sophós: sábio;
Philos + Sophía = Filosofia = Amigo da Sabedoria
3. FilosofiaNa Grécia Antiga, o filósofo era amigo ou amante da sabedoria; a filosofia
significava amor ao saber. Para os gregos antigos, o espanto e a admiração em
relação à vida e a realidade levavam os homens a filosofar. Podemos dizer que a
filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações
racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas. Racionais porque significa,
argumentado debatido e compreendido.
4. Atitude Crítica
A atitude filosófica é uma atividade crítica porque preenche ao significado da
palavra crítica. Em geral julgamos que a palavra crítica significa ser contra, dizer que
tudo vai mal, tudo esta errado, que tudo é feio e desagradável. Porem esta palavra
significa:
• Capacidade de julgar, discernir e decidir corretamente
• Atitude crítica é formada pela face negativa e positiva.
A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não
aos, pré-conceitos, pré-juizo, aos fatos e idéias da experiência cotidiana, ao que todo
mundo diz ou pensa, ao estabelecido.É uma forma de colocar entre parênteses
nossas crenças para poder interrogar quais são suas causas e qual é seu sentido.
A segunda característica é positiva, uma interrogação sobre o que são as
coisas as idéias os fatos as situações os comportamentos, os valores e nós mesmos.
É também uma interrogação sobre o porquê e como disso tudo:
O que é/ Por que é/ Como é;
Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica. A filosofia começa
dizendo não as crenças e aos preconceitos, para que possa ser avaliado racional e
criticamente.Como dizia Sócrates, começamos a buscar o conhecimento quando
somos capazes de dize:
“Só sei que nada sei” Como dizia Platão discípulo de Sócrates, e Aristóteles discípulo de Platão:
Admiração e espanto significam que reconhecemos nossa ignorância e exatamente
por isso podemos superá-la.
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Para que a filosofia? Geralmente essa pergunta recebe uma resposta irônica
conhecida dos estudantes de filosofia: “A filosofia é uma ciência com a qual e sem a
qual o mundo permanece tal e qual”.
Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma
coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, Para que Serve? Por
que ninguém pergunta “Pra que a Ciência”, pois imaginamos uma utilidade.
Pensamento racional, procedimentos especiais para conhecer fatos, aplicação
prática de conhecimento teóricos, correção e acúmulo de saberes: esses propósitos
das ciências não são científicos, são filosóficos e dependem de questões filosóficas.
O cientista parte deles como questões já respondidas, mas é a filosofia que as formula
e busca respostas para elas.
Reflexão: é o retorno ao ponto de partida que é conservado quando a palavra é
usada na filosofia para significar o movimento de volta sobre si mesmo ou de retorno a
si. É o movimento pelo qual o pensamento, examinado o que é pensado por ele, volta-
se para si mesmo como fonte de pensamento. Se dirige ao pensamento á linguagem e
a ação, são perguntas sobre capacidade e finalidade de conhecer, falar e agir = a
realidade interior aos seres humanos.
A filosofia e o pensamento sistemático. É sistemático porque não se contenta
em obter respostas para as questões, mas exige que as questões sejam válidas e que
as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam umas as
outras. A filosofia não é feito de “achismos”. As indagações filosóficas se realizam de
forma sistemática.A filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos,
encontrados de forma de forma racional. “EU PENSO QUE” e não “eu acho que”.
5. Para que Filosofia?
É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por
exemplo, para que matemática ou física, para que geografia ou geologia, para que
história ou sociologia, para que biologia ou psicologia, para que astronomia ouquímica, para que pintura, literatura, música ou dança? Mas todo mundo "acha" muito
natural perguntar: para que filosofia? Em geral, essa pergunta costuma receber uma
resposta irônica, conhecida dos estudantes de filosofia: "a filosofia é uma ciência com
a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". Ou seja, a filosofia não serve para
nada. Por isso, costuma-se chamar de "filósofo" alguém sempre distraído, com a
cabeça no mundo da Lua, pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que são
perfeitamente inúteis. Essa pergunta: "para que filosofia?", tem a sua razão de ser.
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Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma
coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de
utilidade imediata.
Por isso, ninguém pergunta para que as ciências, pois todo mundo imagina ver
a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação científica à
realidade.
Todo mundo também imagina ver a utilidade das artes, tanto por causa da
compra e venda das obras de arte quanto porque nossa cultura vê os artistas como
gênios que merecem ser valorizados para o elogio da humanidade. Ninguém, todavia,
consegue ver para que serviria a filosofia, donde dizer-se: não serve para nada.
Parece, porém, que o senso comum não percebe algo que os cientistas sabem
muito bem. As ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, obtidos graças a
procedimentos rigorosos de pensamento; pretendem agir sobre a realidade, através de
instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer progressos nos conhecimentos,
corrigindo-os e aumentando-os.
Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na
existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento, na
tecnologia como aplicação prática de teorias, na racionalidade dos conhecimentos,
porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.
Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação
entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são
questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a
filosofia que formula e busca respostas para elas.
Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da
filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como apenas os
cientistas e filósofos sabem disso, o senso comum continua afirmando que a filosofia
não serve para nada. Para dar alguma utilidade à filosofia, muitos consideram que, de
fato, a filosofia não serviria para nada se "servir" fosse entendido como a possibilidadede fazer usos teóricos dos produtos filosóficos ou darlhes utilidade econômica,
obtendo lucros com eles; consideram também que a filosofia nada teria a ver com a
ciência e a técnica.
Para quem pensa dessa forma, o principal para a filosofia não seriam os
conhecimentos (que ficam por conta da ciência) nem as aplicações de teorias (que
ficam por conta da tecnologia), mas o ensinamento moral e ético. A filosofia seria a
arte do bem-viver. Estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a
vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossosdesejos e paixões, ensinando-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos
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outros seres humanos, a filosofia teria como finalidade ensinar-nos a virtude, que é o
princípio do bem-viver.
Essa definição da filosofia, porém, não nos ajuda muito. De fato, mesmo para
ser uma arte moral ou ética, ou uma arte do bem-viver, a filosofia continua fazendo
suas perguntas desconcertantes e embaraçosas: o que é o homem? o que é a
vontade? o que é a paixão? o que é a razão? o que é o vício? o que é a virtude? o que
é a liberdade? como nos tornamos livres, racionais e virtuosos? por que a liberdade e
a virtude são valores para os seres humanos? o que é um valor? por que avaliamos os
sentimentos e ações humanas?
Assim, mesmo se disséssemos que o objeto da filosofia não é o conhecimento
da realidade, nem o conhecimento da nossa capacidade para conhecer, mesmo se
disséssemos que o objeto da filosofia é apenas a vida moral ou ética, ainda assim o
estilo filosófico e a atitude filosófica permaneceriam os mesmos, pois as perguntas
filosóficas - o que, por que e como - permanecem.
6. Mitologia
A palavra Mitologia designa dois conceitos:
• O conjunto de mitos e lendas que um povo imaginou;
• O estudo dos mesmos.
Dentro da narrativa mítica esconde-se um aspecto, um núcleo, que encerra
uma verdade. A fábula, pelo contrário, refere-se a acontecimentos realmente
imaginados e que não modificam a condição humana como tal.
O mito relata uma “história verdadeira”, na medida em que toca profundamente
o homem – ser mortal, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar pata viver,
submetido a acontecimentos e imprevistos que independem de sua vontade. Dizer que
sob uma forma fabulada ou imaginária, a mitologia narra uma história do homem
através de milênios, não seria afastar-se da verdade.
É a história da criação do mundo,do homem, de múltiplos eventos, cujamemória cronológica se perdeu, mas que se preservaram em uma memória “mítica”.
Para a consciência mítica, tudo deve ter tido a sua origem num mistério; isto
não significa que não pode ser recuperada pela imaginação. A realidade das coisas
está aí a demonstrar a repetição das origens nos ciclos da vida.
7. Mitologia Grega
Os gregos antigos enxergavam a vida em quase tudo que os cercavam, e
buscavam explicações para tudo.
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Para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os
gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginária, que eram transmitidas,
principalmente, através da literatura oral.
Os gregos consultavam seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam
acontecendo e também sobre o futuro. Bastava ler os sinais da natureza, para
conseguir atingir seus objetivos ou agradar uma divindade para atingir bons resultados
na vida material.
8. Os Mitos
Mitos são as histórias dos deuses e dos heróis divinos. Contam o começo e o
final, criação e destruição, vida e morte. Explicam o como e o porque da vida.
Quando um mito é criado, as pessoas acreditam nele com o coração e a alma.
Por isso, os mitos são mais do que histórias: cada mito é uma mina de verdade
humana. O mito de alguém é a crença religiosa de outro; a verdade de um é a ficção
do outro.
9. Tipos de Mitos
Mitos Cosmogônicos: tenta explicar a origem da humanidade e do mundo que
habita, geralmente ilustrado pela figura de um criador que, por ato próprio e autônomo,
estabeleceu ou fundou o mundo em sua forma atual. Mitos Escatológicos: preocupa-se
com a morte individual, associada ao temor da extinção de todo o povo e mesmo do
desaparecimento do universo inteiro.
10. Nascimento dos Deuses
No princípio, narravam os gregos, havia apenas o Caos, não exatamente um
deus, mas somente o princípio do universo, sem formato algum, que representava a
escuridão e um espaço sem fim. Dotado, porém, de uma incrível energia, Caos gerou
Géia (terra), Tártaro (as profundezas) e Eros (o amor).De Géia, por ser mulher - e mãe -, nasceram todos os seres, as águas, os
minerais e os vegetais. Géia também criou o céu, chamado de Urano, e da união entre
eles surgiu a primeira geração dos deuses gregos. Eram os selvagens titãs e os
ciclopes, uma raça de gigantes de um olhos só, além dos monstros conhecidos como
hecatonquiros. Horrorizado com a prole, Urano mandou-os para o Tártaro. Os titãos,
no entanto resolveram se vingar castrando o pai. Um dos titãs, Crono, acabou por
tomar o poder e, temendo perdê-lo, jogou os irmãos de volta às profundezas da Terra.
Crono casou-se com sua irmã Réia, e dessa união nasceu a segunda geraçãodos deuses, formada por Héstia (deusa do lar), Hera (protetora das mulheres e das
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mães), Deméter (da fertilidade da terra), Hades (dos mortos), Poseidon (do mar) e, por
fim, Zeus. Crono, entretanto, temendo ser destronado pelos filhos, engolia-os assim
que nasciam. Por isso, quando estava grávida de Zeus, Réia se refugiou na Ilha de
Creta e lá, secretamente, deu à luz o futuro deus. Ao se tornar adulto, Zeus vingou-se
do pai envenenando-o, fazendo com que vomitasse seus cinco irmãos. Juntos,
venceram Crono, e Zeus, então, começou a colocar ordem naquele mundo caótico.
Aos seus irmãos se juntaram outros deuses - todos filhos de Zeus -, que se
formaram a elite do Olimpo. Ao poucos, doze deles se tornaram os mais importantes
no panteão grego: Zeus, Hera, Poseidon, Atena (deusa da sabedoria), Hermes
(mensageiros dos deuses), Apolo (deus do sol e da música), Ares (da guerra), Artemis
(da caça), Hefesto (do fogo), Afrodite (do amor), Deméter e Dionísio (do vinho e do
teatro).
11. Os Deuses Gregos
De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo,
principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as
relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais,
porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência
também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se
por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais
surgiam os heróis.
12. O Mito na Atualidade
Tradicionalmente, a criação de mitos olha para o passado para tentar fazer
com que o presente tenha sentido, mas alguns mitos modernos olham pra o futuro.
O homem moderno, tanto quanto o antigo, não é só razão, mas também
afetividade e emoção. Hoje em dia, os meios de comunicação de massa trabalham em
cima dos desejos e anseios que existem na nossa natureza inconsciente e primitiva.Os mitos modernos não envolvem mais a totalidade do real como ocorria nos
mitos gregos. Os super-heróis dos desenhos animados e dos quadrinhos, por
exemplo, passam a encarnar o bem e a justiça, assumindo a nossa proteção
imaginária.
Um dos nossos problemas hoje em dia, é que não estamos familiarizados com
a literatura do espírito. Estamos interessados nas notícias do dia e nos problemas
práticos do momento. As literaturas e a bíblia costumavam fazer parte da educação de
toda gente, mas tem sido suprimidas, em prol de uma educação que concorde com
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uma sociedade industrial, onde toda uma tradição de informação mitológica do
ocidente se perdeu e não possuímos nada pra colocar no lugar.
Essas informações construíram civilizações e formaram religiões através dos
séculos e se você não souber o que dizem os sinais deixados por outros ao longo do
caminho, terá de produzi-los por conta própria.
A ausência da grande narrativa e das funções no mito moderno ocorre porque
na modernidade existem outras formas de explicar os fenômenos e justificar
comportamentos. Esse papel cabe à ciência, que dá as respostas aos fenômenos
naturais, rejeitando as explicações fantasiosas e fabulosas construídas no imaginário,
como é próprio de toda narrativa, notadamente as míticas.
Além disso, os saberes, atualmente, não estão mais concentrados em um só
campo: houve uma segmentação dos saberes, e vários campos são capazes de dar
respostas para um mesmo fato. Os comportamentos têm várias origens e podem ser
explicados de maneiras diversas. Assim, na modernidade, as atitudes baseiam-se em
modelos fornecidos pela igreja, pela família, pela mídia, etc.
A forma diferenciada de construção dos mitos também acontece por causa de
uma mudança de “interesse” da sociedade. Antes, as pessoas se interessavam em
saber – em construir um conhecimento. Agora, a sociedade é a do ter e do ser, na
maioria das vezes do parecer ter e ser. As relações são baseadas no “mostrar”, na
exposição: a eleição de modelos que são oferecidos ao público, para consumo, é
fundamental nesse processo, pois o que as pessoas mostram tem de ser considerado
bom e correto pela maioria.
Uma característica dos mitos modernos é que se referem a temas específicos,
como, o corpo saudável, a sensualidade, a juventude, o poder, etc. São utilizados
ainda para dar uma explicação de coisas que a ciência ainda não explica e para suprir
o vazio que as diversas teorias religiosas existentes hoje deixam em determinados
aspectos.
13. CONCLUSÃO
Os gregos questionam o sentido da vida, surgindo assim a mitologia grega.
A mitologia grega, é uma espécie de crença dos gregos, que acreditam em
mitos,lendas,deuses,entidades divinas,que representam a imagem do sucesso e glória
que todos almejam.
Todo mito é dotado de uma força diferenciada, que a ciência, não pode
explicar. Mitos são histórias, ficcionais ou fábulas que explicam o surgimento da
humanidade. Os gregos são os descobridores dos pensamentos ciêntificos.14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Iniciação á Filosofia, Marilena Chaui – Volume Único – 2011
Introdução á Filosofia, João Mattar - 2010
Mitologia – Volume primeiro de Victor Civita
O Livro Ilustrado dos Mitos de Nilesh Mistry
www.rosanevolpatto.trd.br/deusas
www.revistaepoca.globo.com
www.geocities.com