Artigo - Avaliação Do Lucro Como Incremento de Riqueza Para as Empresas
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7/23/2019 Artigo - Avaliao Do Lucro Como Incremento de Riqueza Para as Empresas
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AVALIAO DO LUCRO COMO INCREMENTO DE RIQUEZA PARA ASEMPRESAS.
Delci Grapegia Dal Vesco (UNIVEL)
Marcelo Resquetti Tarifa(UEL)
Marins Taffarel (UNICENTRO)
Telma Regina Stroparo (UNICENTRO)
Willson Gerigk (UNICENTRO)
Resumo
Em tempos de desenvolvimento, crescem as preocupaes tanto dos profissionais como dos estudiosos darea contbil, quanto correta avaliao dos elementos que compem o patrimnio e os resultados geradospelas empresas, os quais podem ser tempestivamente quantificados de formas diferentes, dependendo dasformas como so avaliados os elementos que compem o ativo e as necessidades informacionais da entidade.Buscando contribuir nesse processo, o presente estudo, sob uma tica econmico-financeira, tem comoobjetivo, a partir do lucro contbil apresentado pelas empresas, analisar se o mesmo reflete-se como umincremento riqueza das empresas. A metodologia empregada neste trabalho ser explicativa, baseada emreviso de literatura. Para tanto, sero abordados os seguintes instrumentos relacionados avaliao dosresultados da empresa e a apurao de seu valor: Avaliao do Desempenho Operacional por meio do Retornosobre o Ativo e Retorno sobre o Patrimnio Lquido, Alavancagem Financeira, Valor Econmico Agregado eValor Agregado pelo Mercado. Espera-se que o presente estudo possa contribuir para a anlise do lucroapresentado nas empresas, avaliando seu desempenho e potencialidade de gerao de resultados lquidossuperiores as expectativas de retorno manifestadas pelos proprietrios de capital, ou seja, lucro com valor
agregado, criando assim riqueza para os empreendimentos.
Palavras-chave:Avaliao de resultados, lucro, criao de riqueza.
Introduo
Ao processo de desenvolvimento econmico, agregaram-se grandes desafios
contabilidade, dentre os quais, o de como avaliar corretamente o patrimnio das empresas e
os resultados por elas gerados.Os resultados obtidos nas empresas podem ser diferentemente quantificados,
dependendo da forma como so avaliados os elementos que compe o seu ativo, como por
exemplo: a avaliao pode ser realizada a valores histricos, correntes ou de potencialidade
futura, entre outros. Assim, diferentes formas de avaliao, geram valores diferentes de
lucros, no curto e mdio prazo, porm no longo prazo todos se convertem em um nico
valor.
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Conforme entendimento de Martins (2000, p. 28), o qual afirma que:
So vrias as formas de se medir o patrimnio e o lucro de uma empresa; desdeo Custo Histrico, com base nas transaes ocorridas, passando pelo CustoCorrente, considerando a reposio dos fatores de produo sendo consumidos,avaliando cada ativo e passivo pelo seu valor Lquido de Realizao e chegandoao valor presente dos Fluxos de Caixa Futuros. Nesse aspecto, todas elasconsideram, no fundo, um nico objeto: o caixa; o caixa acontecido, os prestes aacontecer, o que aconteceria se ativos e passivos fossem vendidos, o caixaesperado por transaes futuras, etc., cada uma das informaes vlidas parauma finalidade diferente.
Cabe salientar, que cada uma das formas de avaliao do patrimnio e
conseqentemente do resultado das empresas no so excludentes umas das outras,devendo ser tratadas como complementares, pois, cada uma gera informaes com
finalidades decisrias diferentes. Consoante com esse pensamento Hendriksen e Breda
(1999, p. 199) relatam que, (...) o conhecimento de medidas distintas de lucro lquido de
uma empresa pode ser til para finalidades diversas.
Martins (2001), relata que os nicos fatores que no longo prazo podem fazer
divergir a mensurao do lucro so: inflao e custo de oportunidade. Sendo que o no uso
desses dois fatores torna-se uma falha contnua dos contadores. Em sua concepo, para o
primeiro fator dispem-se de metodologias simplificadas e complexas, os quais seriam
respectivamente o modelo societrio de correo monetria e a correo monetria integral.
Porm, para o segundo, no se tm aplicado nem os juros sobre o capital prprio e quanto
menos a parcela relativa ao risco, o que evidencia que a situao mais complexa e exige
uma maior ateno dos estudiosos e profissionais da rea.
Assim, buscando analisar o resultado das empresas, o presente estudo busca
responder aos seguintes questionamentos: O Lucro evidenciado nos demonstrativos
contbeis de forma tradicional evidencia a parcela de riqueza criada a seus proprietrios decapital? E ainda: Quais instrumentos de avaliao do desempenho podem ser utilizados
para mensurar o lucro e seu valor agregado para as empresas?
Objetivo da Pesquisa
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O presente estudo tem por objetivo analisar, sob uma tica financeira, o resultado
apresentado pelas empresas, por meio da reflexo sobre as formas de sua mensurao,
utilizando para tanto conceitos de lucro, custo de oportunidade e valor. Para tanto, sero
abordados como instrumentos de avaliao do desempenho operacional de uma empresa o
Retorno sobre o Ativo e Patrimnio Lquido, Grau de Alavancagem Financeira, Valor
Econmico Agregado e Valor Agregado pelo Mercado. Buscando-se mensurar o lucro
como incremento de riqueza, agregando assim, valor ao empreendimento.
Procedimentos metodolgicos
A metodologia empregada neste trabalho explicativa, baseada em uma reviso de
literatura sobre o tema proposto, com o objetivo de refletir sobre os resultados lquidos das
empresas, apresentados de forma tradicional pelos demonstrativos contbeis e prticas mais
avanadas da administrao econmico-financeira. Tais prticas so imprescindveis para a
avaliao do desempenho e mensurao do lucro nas empresas e devem ser cada vez mais
utilizadas no dia-a-dia pelos profissionais da contabilidade.
Fundamentao terica
Conceitos de lucro e valor
Antes de qualquer abordagem sobre o que lucro e valor e os seus significados para
as empresas, se faz necessrio entender suas conceituaes e a complexidade das suas
abrangncias. Para Hessem apudMartins (2001, p.15), o conceito de valor: (...) pertence
ao nmero daqueles conceitos supremos, como os do ser, existncia etc, que no admitemdefinio. Tudo o que se pode fazer simplesmente tentar uma clarificao ou mostrao
do seu contedo.
Assim, entendendo que a concepo de valor individual, no presente estudo o
mesmo ser evidenciado do ponto de vista do acionista ou proprietrio da empresa, ou seja,
como um incremento a sua riqueza, levando em considerao o valor de seus ativos e os
futuros benefcios econmicos que uma empresa capaz de gerar.
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Nesse contexto, o sentido de valor abordado refere-se sob o prisma contbil e
econmico, buscando quantificar sua representao monetria, ou seja, a riqueza criada
pelas empresas a seus acionistas ou proprietrios.
Quanto ao conceito de lucro, existe um conceito que tem influenciado
significativamente os estudiosos da rea contbil, que a definio de lucro sustentada por
dois economistas, primeiramente por Adam Smith e posteriormente aprofundada por John
Hicks. Conforme Hendriksen e Breda (1999, p. 183), os quais relatam que:
(...) Adam Smith foi o primeiro a definir lucro como sendo o montante quepoderia ser consumido sem reduzir o capital (...) Hicks, aprofundou essa idiadizendo que o lucro o montante que uma pessoa pode gastar durante um
perodo, e ainda estar to bem ao final do perodo quanto no incio. Em outraspalavras, o lucro, de acordo com Smith e Hicks, o excedente aps amanuteno do bem-estar, mas antes do consumo.
No entendimento de Iudcibus (2000), no incio, os contadores interpretaram a
definio de lucro de Hicks de forma ingnua, os quais a destacavam apenas como um
conceito esttico de manuteno de capital. Segundo o autor, mesmo que a preocupao
com a permanncia do nvel do capital deva ser uma constante, necessrio definir antes
qual o tipo de capital se deseja manter: se a valores histricos, a valores correntes de
entrada ou sada, a custo histrico corrigido, a valor corrente corrigido, etc.Iudcibus (2000), descreve que aps a adaptao das necessidades de objetividade e
aos mecanismos de apurao da contabilidade, o lucro em Contabilidade o que se pode
distribuir durante um perodo, mantida intacta a potencialidade do Patrimnio Lquido da
empresa inicial.
No que concerne a definio de lucro lquido do ponto de vista dos acionistas ou
proprietrios de capital, Hendriksen e Breda (1999, 215) descrevem que (...) a verso mais
tradicional e aceita de lucro de que representa o retorno aos proprietrios da empresa.Sendo que para os autores, o fornecimento de uma medida de lucro como indicador do
desempenho de uma empresa a principal preocupao da moderna divulgao de
informaes financeiras.
Assim, a definio de lucro pode ser entendida, como o da preservao do capital
inicial, determinando que o excedente gerado pela empresa pode ser utilizado, desde que
essa utilizao no comprometa a potencialidade de quem o gerou, ou seja, o seu capital
inicial.
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Para Hendriksen e Breda (1999, p. 181) o conceito de lucro interpretado
contabilmente (...) o que se baseia no conceito de preservao de capital. Ou seja, o
lucro definido pelo montante que uma empresa poderia distribuir a seus acionistas e ficar,
no final do exerccio em situao idntica quela que se encontrava no incio. Para os
autores alm do conceito de preservao da riqueza, tambm, deve-se levar em conta outra
situao concreta, que o conceito de eficincia, caracterizada pela avaliao do
desempenho administrativo.
Segundo Guerreiro (1991), tanto a definio de lucro, quanto seu modelo de
mensurao tem sido alvo de inmeras discusses entre economistas e contadores. Em
termos econmicos o lucro visto como a quantia mxima que a empresa pode distribuircomo dividendos e ao final do perodo estar to bem quanto do incio. O lucro econmico
gerado assim que exista um aumento no Patrimnio Lquido, por outro lado, para se avaliar
o lucro como incremento do Patrimnio Lquido necessria a avaliao de todos os ativos
da empresa com base nos recebimentos lquidos futuros esperados.
Em termos contbeis Catelli e Guerreiro (2001) relatam que o lucro corresponde ao
resduo derivado do confronto entre a receita realizada e o custo consumido, porm, para o
processamento desse mecanismo necessria uma srie de regras que, em ltima anlise,
provm das crenas e valores dos indivduos que manipulam esses instrumentos. Esses
mesmos autores trazem uma definio de Canning referenciado por Chang onde (...) o
lucro ento mensurado simplesmente a figura que resulta, quando o contador termina o
procedimento que ele adota. (CATELLI e GERREIRO, 2001, p. 85).
Na concepo dos autores no existem incompatibilidades entre Teoria da Entidade
do Patrimnio Lquido e os enfoques mais modernos dos objetivos da contabilidade, que
so os de fornecer informaes adequadas aos modelos decisrios dos diversos tipos de
usurios. Existindo assim, um nico conceito relevante de lucro, para determinar aviabilidade de investimento e o desempenho do administrador: (...) o incremento do valor
presente da entidade. (CATELLI e GUERREIRO, 2001, p. 87).
Entende-se desta forma, que os critrios contbeis considerados tradicionais de
mensurao do lucro no evidenciam o valor criado pelo empreendimento, contudo aps
alguns ajustes, os demonstrativos contbeis se traduzem em um dos principais instrumentos
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de sua avaliao. Portanto, quanto mais completas forem s informaes prestadas pela
contabilidade, maior xito ser obtido na avaliao do seu desempenho.
Corroborando Assaf Neto (2005), descreve que o lucro contbil mensurado de
acordo com os princpios Fundamentais da Contabilidade, no representa o efetivo
desempenho da empresa, mas constitui-se num parmetro de medio desse desempenho.
Para o autor uma empresa avaliada pelo seu todo, por seu potencial de lucro, tecnologia
absorvida, qualidade de seus produtos, estratgias financeiras, preos, imagens,
participao de mercado, etc.
Nesse sentido, adotar-se-, para o desenvolvimento deste estudo, o conceito de lucro
econmico, a fim de mensurar a riqueza produzida pela empresa, ou seja, seu lucro comovalor agregado para os acionistas, entendendo que a preciso das decises, com relao s
polticas de investimentos e financiamentos do capital aplicado na empresa que
determinam a sua riqueza.
Custo de oportunidade e criao de valor.
Sempre que uma empresa ou pessoa se depara com duas ou mais alternativas
igualmente vlidas e de risco semelhantes para a aplicao de recursos, espera-se que a
deciso tomada traga um retorno maior do que a alternativa no aceita. Assim, sempre que
se estiver perante a esta situao, onde se pode optar por uma ou outra deciso de
investimento, estar presente nesse processo o conceito de custo de oportunidade.
Martins (2000, p. 33) comenta que, (...) o conceito de custo de oportunidade um
dos mais relevantes na economia e nas decises, no s do homem como de qualquer ser
vivo que decide. natural, instintivo, intuitivo. No que se refere s decises das empresas,
para Guerreiro (1999, p. 319), (...) em termos prticos, o custo de oportunidadecorresponde remunerao mnima exigida pelos acionistas sobre seu investimento na
empresa. Em outras palavras, o retorno mnimo desejado ao se aplicar recursos em
determinado investimento.
Assim, o custo de oportunidade evidencia quanto se sacrificou de remunerao, ao
se aplicar recursos em um determinado investimento. Por exemplo, se uma empresa, ao
fazer um planejamento de aplicao para seus recursos percebe que o benefcio gerado
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entre as possibilidades de investimento diferente, logo ir optar pela alternativa que lhe
proporcionar o melhor retorno.
Segundo Assaf Neto (2005), um aspecto fundamental a ser considerado na definio
do custo de oportunidade, a comparao de investimentos de riscos semelhantes. Para o
autor, no faz sentido comparar a taxa de retorno de uma deciso de risco com os ganhos
oferecidos por uma alternativa sem risco, como por exemplo: ttulos pblicos, rendimentos
de poupana. Em sua concepo, a diferena entre essas duas taxas mais bem entendida
como um prmio pelo risco incorrido, e no como um custo oportunidade.
O que deve ser ressaltado, que muito embora essa situao seja quase que a ideal,
nem sempre isso de fcil aplicao, pois as alternativas de investimentos nem sempre seconsolidam ao mesmo nvel de risco, o que acaba dificultando a avaliao do retorno desses
investimentos.
Quando o scio ou acionista aplica seu capital em determinada empresa, o que ele
espera que o benefcio gerado por esse investimento seja superior as suas expectativas
mnimas de retorno, face aos riscos assumidos e sejam maiores que as demais alternativas
de investimentos.
Cavalcante (2004 apudSchmidt 2006, p. 58), explica que (...) o acionista investe
seu capital espera de retorno, e que essa taxa de retorno denominada custo de capital.
Portanto o custo do capital prprio o retorno mnimo esperado pelos acionistas sobre o
seu capital prprio investido em determinado negcio. Para Schmidt (2006), no clculo do
retorno mnimo esperado deve-se levar em considerao dois elementos bsicos, sendo o
primeiro a remunerao esperada e o segundo a remunerao pelo risco.
No que concerne criao de valor, na viso de Assaf Neto (2005), uma empresa
considerada como criadora de valor quando for capaz de oferecer a seus proprietrios de
capital (credores e acionistas), uma remunerao acima de suas expectativas mnimas deganhos, ou seja, quando o resultado gerado pelos negcios superar a taxa de remunerao
exigida pelos credores ao financiarem parte dos ativos, e esperada pelos acionistas, em suas
decises de investimentos de risco.
Para Assaf Neto (2005, p.171), criao de valor entendida quando o preo de
mercado da empresa apresentar uma valorizao decorrente de sua capacidade em melhor
remunerar o custo oportunidade de seus proprietrios.
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Desta forma, com o intuito de analisar os resultados gerados por uma empresa, face
concepo de custo de oportunidade do capital prprio, sero abordadas medidas de
avaliao do lucro e criao de valor por uma empresa, utilizado no presente estudo, formas
de Avaliao de Desempenho do Operacional, Alavancagem Financeira, Valor Econmico
Agregado e Valor Agregado pelo Mercado.
Desempenho operacional e alavancagem financeira
Um aspecto importante da avaliao do desempenho operacional o de verificar o
efetivo resultado gerado pelos ativos de uma empresa, ou seja, seu lucro operacional. ParaAssaf Neto (2005, p. 145), (...) esse lucro formado antes da deduo dos encargos
financeiros (lucro antes dos juros), e reflete o efetivo valor gerado pelos ativos da
empresa. Ou seja, o resultado operacional o formado pelas atividades da empresa, o que
independe de quem financia essas operaes, se capital prprio ou capital de terceiros.
Conforme Hendriksen e Breda (1999, p.215) (...) as decises relativas s fontes de
capital (...) so questes financeiras, e no operacionais. Assim, a correta avaliao entre
as possibilidades de financiamento no afetar diretamente o desempenho operacional, pois
o custo do capital de terceiros no pertence ao objeto social da empresa, um custo da
disponibilidade do capital, e no da atividade.
Porm, de acordo do Assaf Neto (2005, p. 146):
(...) na legislao brasileira o lucro operacional calculado de forma equivocada,aps as despesas financeiras, sugerindo que os juros sobre o passivo sejamentendidos como despesas operacionais da empresa. Assim a correta apuraodo lucro operacional deve ser realizada antes dos encargos financeiros, refletindoefetivamente os desempenho das operaes da empresa.
Assim, quando se aborda lucro operacional, se faz referncia ao resultado gerado
pela atividade objeto social da empresa, em outras palavras, a capacidade que o ativo da
empresa, representado pelas aplicaes de recursos, tem de criar valor, para tanto, devem
ser excludos desse resultado as despesas financeiras, pois essas representam despesas
atreladas remunerao dos capitais de terceiros investidos na empresa. J o lucro lquido,
representa o retorno para o proprietrio ou acionista do capital investido e esse resultado
influenciado pelas polticas de financiamentos ou investimentos utilizados pela empresa.
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Para Schmidt (2006, p. 09), as organizaes de maneira geral necessitam
permanente aferir se o seu desempenho est compatvel com os objetivos estabelecidos.
Assim, destaca-se procedimentos capazes de auxiliar nesse processo de avaliao como:
Retorno sobre o Ativo (ROA), Retorno sobre o Patrimnio Lquido (ROE) e Grau de
Alavancagem Financeira.
Segundo Gitman (1984, p.232), o ROA, (...) determina a eficincia global da
administrao quanto a obteno de lucros com seus ativos disponveis. Esse indicador
evidencia o desempenho operacional, que gerado pela atividade da empresa. Para Assaf
Neto (2005), o ROA, obtido atravs da seguinte expresso:
ROA = Lucro OperacionalAtivo Total
J o ROE, mede o retorno gerado ao capital prprio investido na empresa. Martins
(2001, p. 243), comenta que (...) o ROE permite avaliar como est a gesto dos recursos
prprios e de terceiros em beneficio dos scios. O qual evidencia o ganho obtido pelos
proprietrios e o capital por eles aplicado na empresa. O autor utiliza a seguinte expresso
para o seu clculo:
ROE = Resultado do ExerccioPatrimnio Lquido
Como exemplo, desses dois indicadores de desempenho e utilizando-se da
metodologia aplicada em Assaf Neto (2005), ser desenvolvida a situao: Os proprietrios
de uma empresa recm constituda calculam que para iniciar determinada atividade so
necessrios 2 milhes de investimentos. O resultado projetado para a atividade dessa
empresa, desconsiderando o nus tributrio, representado da seguinte forma:
Receita de vendas 4.000.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (2.400.000,00)
(=) Lucro Bruto 1.600.000,00
(-) Despesas Administravas e com Vendas (1.280.000,00)
(=) Lucro 320.000,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto, 2005.
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Para esse exemplo, suponha-se que o custo de captao de recursos de terceiros seja
de 14% ao ano, caso os proprietrios no disponham de recursos prprios suficientes. Se aempresa for financiada somente por recursos prprios, ter o mesmo retorno tanto para o
ativo, quanto para o patrimnio lquido conforme segue:
ROA= ROE = 320.000,00 = 16%2.000.000
Caso seus proprietrios optem pelo emprstimo de 50% do capital necessrios para
financiar a atividade da empresa, obter-se-ia o seguinte resultado:
Receita de vendas 4.000.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (2.400.000,00)
(=) Lucro Bruto 1.600.000,00
(-) despesas Administravas e com Vendas (1.280.000,00)
(=) Lucro operacional 320.000,00
Despesas Financeiras:
(2 milhes x 50% x 14 %)
(140.000,00)
(=) Lucro Lquido 180.000,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto, 2005.
Nesse caso o ROA e ROE, seriam:
ROA= 320.000,00 = 16% ROE= 180.000,00 = 18%2.000.000,00 1.000.000,00
No clculo acima, o custo de captao do capital de terceiros no foi lanado no
resultado operacional, evidenciado o retorno gerado efetivamente pelas atividades, assim o
ROA continua sendo o mesmo. J o ROE, passou a ser de 18%, a variao de 2%, est
justamente na diferena gerada pelo retorno sobre o ativo que de 16% e o custo de
captao de capital de terceiros que de 14%, essa diferena, nesse caso positiva,
aumentando o retorno sobre o capital para seus proprietrios.
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Se os proprietrios resolvessem financiar 75%, dos investimentos necessrios com
capital de terceiros, a apurao do ROE seria:
(=) Lucro operacional 320.000,00
Despesas Financeiras:
(2 milhes x 75% x 14 %)
(210.000,00)
(=) Lucro Lquido 110.000,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto, 2005.
ROE= 110.000,00 = 22%500.000,00
Como o custo de captao de recursos inferior ao retorno proporcionado pelo
ativo, quanto maior for a participao de capital de terceiros na empresa, maior ser o
retorno gerado ao capital prprio. A diferena proporcionada do retorno sobre o ativo e o
custo de captao de recursos de terceiros, que pode ser para mais ou para menos, o que
pode ser denominado de Alavancagem Financeira.
Para Assaf Neto (2005, p. 149), Alavancagem Financeira, conceituada da seguinte
forma:
(...) o efeito de tomar, numa ponta, recursos de terceiros a determinado custo ,aplicando-se na outra ponta (nos ativos) a outra taxa de retorno: a diferena vaipara os proprietrios e altera seu retorno sobre o PL, para mais ou para menosdo que aquele que seria obtido casos todo o investimento fosse feito apenas comrecursos prprios.
Segundo o autor o Grau de Alavancagem Financeira (GAF), pode ser obtido na
seguinte expresso:
GAF = ROEROA
No exemplo apresentado anteriormente a alavancagem financeira seria positiva,
uma vez que recursos seriam captados a um custo de 14% e, quando aplicados na empresa,
proporcionariam um retorno de 16%. Assim teramos:
GAF = 22% = 1,3716
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O que significa que os proprietrios, ao tomarem um emprstimo com custo inferior
ao retorno proporcionado pelo investimento, estariam alavancando positivamente seu
capital e recebendo um rendimento de 37% a mais do que a taxa geradora dos ativos da
empresa.
Cabe ressaltar que muito embora a alta participao de capital de terceiros, como no
exemplo, apresenta-se positiva, nem sempre isso to favorvel. Deve-se levar em
considerao, que a alta dependncia de captao de recursos de terceiros aumenta os riscos
da empresa, o que muitas vezes acaba por elevar tambm, as taxas de emprstimo.
Assim, pode-se considerar que com relao anlise do desempenho operacional, o
lucro operacional evidencia a capacidade de gerar resultado pelas operaes da empresa,sua eficincia pode ser evidenciada pelo indicador ROA, o qual no alterado pelas formas
de financiamento da atividade da empresa.
J o lucro lquido, a parcela do resultado que pertence a seus proprietrios ou
acionistas, a anlise de seu retorno pode ser obtida pelo indicador ROE, nesse caso as
decises de investimento e financiamento do capital altera seu resultado.
Assaf Neto (2005, p.164) observa que:
Em termos de viabilidade econmica do empreendimento, duas empresas iguaisem tudo, menos na forma como so financiadas, so avaliadas igualmente,revelando mesma atratividade e valor. Denotam, em outras palavras, idnticopotencial econmico de lucro. No entanto, o que ir diferenciar o desempenhodas empresas a capacidade que suas estruturas de financiamento apresentam dealavancar seus resultados operacionais em termos de capital prprio investido.
(grifo nosso).
Ou seja, no basta apenas que uma empresa apresente resultados operacionais
positivos, necessrio avaliar corretamente sua poltica de captao de recursos para obter
um desempenho maior com relao ao capital prprio nela investido.
Valor Econmico Agregado (VEA)
O Valor Econmico Agregado (VEA), pode ser considerado como uma ferramenta
que analisa o resultado apresentado pela empresa e se ela est ou no criando valor, por
meio de tal resultado. A divulgao do seu clculo surgiu, atravs da denominao de
Economic Value Added (EVA), que uma marca registrada de propriedade da Sttern &
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Stewart. Para Martins (2001, p. 244) (...) podemos compreender EVA como uma
resposta necessidade de medidas de desempenho que expressem a adequada criao de
riqueza por um empreendimento. Em seu entendimento no se pode confundir o EVA
com a Demonstrao do Valor Adicionado, a qual tem outro objetivo.
Quanto aplicao do EVAEhrbar (1999, p.2) comenta que:
Como disse Peter Drucker em seu artigo naHarvard Business Reviewem 1995,EVA se baseia em algo que sabemos h muito tempo: Aquilo que chamamos delucro, o dinheiro que sobra para remunerar o capital, geralmente nem lucro.At que um negcio produza um lucro que seja maior do que seu custo decapital, estar operando com prejuzo. No importa que pague impostos como seobtivesse um lucro verdadeiro. O empreendimento ainda retorna menos
economia do que devora de recursos (...) At ento, no cria riqueza; a destri.
Percebe-se, portanto, que o EVA tem por objetivo avaliar se uma empresa est ou
no criando riquezas e que nem sempre um resultado positivo gerado pelo
empreendimento, pode ser considerado efetivamente de lucro.
Para Ehrbar (1999, p. 1) explica que, em seu nvel mais bsico, o EVAuma sigla
para o valor econmico agregado, uma medida de desempenho empresarial que difere da
maioria dos demais ao incluir uma cobrana sobre o lucro pelo custo de todo capital que
uma empresa utiliza.Assaf Neto (2005, p. 180) o Valor Econmico Agregado (VEA) pode ser
conceituado como (...) uma medida de criao de valor identificada no desempenho
operacional da prpria empresa, conforme retratado pelos prprios relatrios financeiros.
Embora a essncia dos clculos seja subsidiada pelos demonstrativos contbeis,
para o autor h a necessidade de se adaptar esses demonstrativos, evidenciando o resultado
operacional legtimo, segregando a parte, as despesas financeiras, o nus tributrio sobre o
resultado e os benefcios fiscais que so provenientes da utilizao de capital de terceiros.
Segundo Schmidt (2006, p. 43) o EVA entendido como (...) um sistema de
gesto financeira que mede o retorno que capitais prprios e de terceiros proporcionam aos
seus proprietrios. Ele mede a diferena entre o retorno sobre o capital de uma empresa e o
custo desse capital.
Dessa forma, entende-se que o VEA utilizado para analisar se uma empresa est
apresentando resultado suficientemente positivo a ponto de criar valor, em outras palavras,
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se o seu desempenho capaz de remunerar as expectativas mnimas de retorno dos
proprietrios de capital, quer seja ele prprio ou de terceiros.
A metodologia de clculo do VEA, utilizada por Assaf Neto (2005), apresentada
a seguir:
Lucro Operacional (lquido do IR).............................: XXX
(-) Custo total de Capital (WACC x Investimento)...: XXX
(=) Valor Econmico Agregado (VEA) .......................: XXX
onde:
WACC: = Custo Mdio Ponderado de capital (prprio e de terceiros)
Investimento: = capital total aplicado na empresa (fixo e de giro)
Assim para o clculo do VEA, se faz necessrio saber qual a proporo de
participao das duas fontes de recursos utilizadas pela empresa, capital prprio e de
terceiros, e qual o custo dessa captao no caso do capital de terceiros e o retorno mnimo
desejado para o capital prprio.
Shmidt (2005, p. 56) observa que:
essas duas fontes recursos, no so gratuitas. Elas tm um custo e esse precisaser mensurado (...) a forma mais simples de se conhecer esse custo verificandoa taxa estipulada para cada uma das fontes utilizadas e, na seqncia, calcular amdia ponderada das mesmas. Essa mdia denominada custo mdio ponderadode capital WACC (Weighted Average Cost of Capital).
Dessa forma, o WACC obtido atravs da mdia ponderada de participao do
capital. Para um melhor entendimento apresenta-se, de forma simplificada um exemplo de
clculo do VEA, conforme metodologia proposta por Assaf Neto (2005).
Imagina-se a uma situao, onde determinada empresa possui um ativo total de 2
milhes, os quais so financiados 45% por capital de terceiros e apresentam um custo de
captao de 11% ao ano, dos quais j esto subtrados os benefcios fiscais e 55 % so
financiados por seus proprietrios que esperam um retorno mnimo de 17% ao ano.
O Custo Mdio Ponderado do Capital (WACC) assim obtido:
WACC = (45% x 11 %) + (55% x 17%) = 14,30 %
Utilizando a expresso anterior, para o clculo do VEA tem-se:
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Lucro Operacional (Lquido dos Impostos) 320.000,00
(-) Custo Total de capital (WACC x Investimentos)
( 14,30 % x 2.000.000,00)
(286.000,00)
Valor Econmico Agregado ( VEA) 34.000,00
Fonte: Adaptado de Assaf Neto, 2005.
Conforme demonstrado, o custo total do capital aplicado nessa empresa R$
286.000,00, assim, para que essa empresa apresente lucro com valor agregado para os
proprietrios de capital necessrio um resultado superior a esse valor. Nesse exemplo, a
empresa est agregando valor ou criando riqueza, no montante de R$ 34.000,00 ao ano.
Caso essa empresa apresentasse um resultado positivo, porm, inferior a R$ 286.000,00,no estaria agregando nada a seu capital, e ao contrrio, estaria destruindo seu valor.
Neste contexto, o VEA pode ser considerado um instrumento de avaliao do
resultado pelas empresas e verificao de criao de riqueza, face s expectativas de retorno
do capital aplicado. Na concepo de Assaf Neto (2005) quanto mais elevado se apresenta
o VEA, maior a riqueza gerada pela empresa no perodo, o que deve refletir-se na
valorizao de seu preo de mercado.
Valor Agregado Pelo Mercado (MVA)
O Desempenho apresentado por uma empresa tem reflexo na sua valorizao no
mercado, essa medida o que se denomina de Valor Agregado pelo Mercado(MVA), o
qual traduz a capacidade que uma empresa tem de gerar um resultado operacional que seja
superior ao retorno mnimo esperado pelos proprietrios de capital.
Para Schmidt (2006, p. 45) o MVA o valor atual dos futuros EVA . Seu objetivo
medir a valorizao ou desvalorizao da empresa em funo da obteno de EVA
negativo ou positivo."
Ehrbar (1999, p. 36) entende MVA como:
(...) a diferena entre entrada de caixa e sada de caixa entre aquilo queinvestidores colocam na empresa como capital e o que poderiam recebervendendo pelo preo de mercado corrente. Como tal o MVA o montanteacumulado pelo qual a empresa valorizou ou desvalorizou a riqueza dosacionistas.
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Na viso de Assaf Neto (2005, p.183) essa medida indica (...) quanto empresa
vale adicionalmente ao que se gastaria para repor todos os seus ativos a preos demercado. Entende-se portanto, verificar apenas quanto vale uma empresa no mercado, no
traduz efetivamente qual seu potencial de criao de riqueza ou valor. Para essa anlise,
se faz necessrio verificar quanto foi disponibilizado de capital, ou melhor, qual a diferena
entre seu valor de mercado e o custo de reposio de seus ativos.
Ehrbar (1999, p. 35) corrobora esse pensamento o qual afirma que:
O valor de mercado no diz nada sobre a criao de riqueza. Nos diz o valor de
uma empresa claro, mas despreza aquele assunto vital de quanto capital aempresa investiu para alcanar aquele valor: a criao de riqueza determinada(...) pela diferena entre o valor de mercado e o capital que investidorescomprometeram naquela empresa.
Neste contexto, valor agregado pelo mercado se traduz em uma expectativa sobre a
potencialidade demonstrada de criao de riqueza de uma empresa.Assim o MVA de uma
empresa obtido aps a avaliao do seu valor no mercado deduzindo-se deste, o total de
capital nela investido.
Para garantir o MVA, preciso um correto gerenciamento das decises internas da
empresa, o que por conseqncia contribuir para a formao do Valor Econmico
Agregado. Conforme entendimento de Ehrbar (1999, p.42)
O caminho (...) gerenciar visando aumentar o EVA, porque EVA medidainterna de desempenho mais estritamente relacionada ao MVA e oferece aindicao mais confivel de se em quanto as aes da gerncia contribuiropra a riqueza dos acionistas.
Percebe-se desta forma, que em um mercado cada vez mais competitivo, polticas
de reduo de custos ou mudana de preos de vendas, no so suficientes para garantir um
retorno satisfatrio e criao de riqueza que , a princpio, o objetivo base das empresas.
Faz-se necessrio obter, alm desses fatores e de outras ferramentas de gesto, alguma
vantagem competitiva, sobre a qual respalda-se, a qualidade das decises de financiamentos
e investimentos de uma empresa.
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Assim, o valor de uma empresa calculado em funo de seu desempenho esperado
no futuro, a qual s ser atrativa para o mercado se o potencial apresentado de gerao de
resultados for acima do retorno mnimo desejado de seus investidores.
Consideraes finais
O objetivo bsico de qualquer empresa criar riqueza para seus proprietrios, assim
o lucro por ela apresentado somente estar agregando valor, quando remunerar acima das
expectativas o custo de oportunidade do capital investido.
A anlise do desempenho de uma empresa, no se restringe em avaliar seusresultados passados, mas tambm o de verificar a potencialidade de gerao de resultados
positivos futuros. Embora, os demonstrativos contbeis apresentados de forma tradicional,
se traduzem em um dos principais componentes da avaliao do desempenho de uma
empresa, se faz necessrio efetuar alguns ajustes a fim de eliminar possveis distores na
interpretao dos resultados apresentados. Como exemplo, o lanamento das despesas
financeiras e o reconhecimento do custo de oportunidade do capital investido. Assim,
quanto maior e mais completas forem s informaes contbeis oferecidas, mais xito e
qualidade ser obtido na avaliao do resultado.
Quanto aos instrumentos utilizados na avaliao dodesempenho de uma empresa, o
Valor Econmico Agregado (VEA), pode ser considerado como um dos principais, seno o
principal, indicador de criao de riqueza de uma empresa. O Valor Econmico Agregado
obtido atravs do seu lucro lquido, quando este for suficientemente positivo a ponto de
remunerar o capital investido acima das expectativas dos proprietrios de capital. Quanto
maior for a capacidade da empresa em obter esses resultados positivos, maior a riqueza
criada por ela, o que se traduz em sua valorizao no mercado.Pode-se concluir ento, que a idia do lucro interpretada contabilmente se traduz no
conceito de preservao do capital ou preservao da riqueza, neste contexto, no basta
apenas uma empresa gerar lucro para se ter valor agregado, este reconhecido quando o
lucro da empresa for acima das expectativas de retorno do capital aplicado por seus
proprietrios, o que aumentar sua riqueza ou agregar valor ao empreendimento.
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Referncias:
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HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade. 5. ed. SoPaulo: Atlas, 1999.
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SCHMIDT, Paulo; SANTOS, Jos Luis; MARTINS, Marco Antnio. Avaliao deempresas: foco na anlise de desempenho para o usurio interno: teoria e prtica.SoPaulo: Atlas, 2006.