Artigo - As Tecnologias Digitais No Cotidiano Escolar- Relato de Uma Experiência de Ensino Através...
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8/19/2019 Artigo - As Tecnologias Digitais No Cotidiano Escolar- Relato de Uma Experiência de Ensino Através Das Mídias - Di…
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AS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO COTIDIANO ESCOLAR: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO ATRAVÉS DAS MÍDIAS
BARROSO , Dionatan Carlos Alvarenga Pereira;Orientação Prof. Msc. DIEGUES , Geraldo César.RESUMO
Educar com Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tem sido tema de inúmeras
discussões em nosso cotidiano no sentido de se propor um ambiente educacional mais
desafiador, sugerindo que o aprendiz sea o protagonista de sua pr!pria educação" #ara tanto,
se faz imprescind$%el questionar a escola com a qual estamos &abituados, preocupada com
uma demanda social pelo trabal&o e cua metodologia de ensino mant'm sua base na
unilateralidade do ensino" o professor detentor do saber para o aluno" esta perspecti%a, foi
realizada uma e*peri+ncia do uso das tecnologias digitais como ferramentas educati%as no
conte*to escolar com alunos do Curso T'cnico de Contabilidade do #-.TEC (#rograma
acional de Ensino T'cnico e Emprego), numa escola pública do leste de /inas 0erais" .
&ip!tese referida ' que o uso das m$dias em sala de aula constitui1se uma importante
ferramenta de ensino e autonomização da aprendizagem por serem instrumentos amplamente
difundidos entre a u%entude &odierna" #or meio da e*peri+ncia de construir um #ortf!lio
Criati%o (2IEI., 3443), atra%'s das TICs, foi poss$%el retratar e analisar aspectos da
refle*ão dos alunos com relação ao seu processo de amadurecimento intelectual e social
(5I62., 34778 5I62., 3479)" #ara essa an:lise qualitativa dos fatos, proposta por e%es
(7;;
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THE DIGITAL TECHNOLOGIES IN SCHOOL ROUTINE: REPORT OFA TEACHING EXPERIENCE THROUGH THE MEDIA
BARROSO , Dionatan Carlos Alvarenga Pereira;Guided !" Msc. DIEGUES , Geraldo César.
ABSTRACT
Educate Dit& Information and Communication Tec&nologies (ICT) &as been t&e subect of
numerous discussions e%er=da= in order to propose a more c&allenging educational
en%ironment, suggesting t&at t&e apprentice is t&e protagonist of t&eir oDn education" To do
so, is need to question t&e sc&ool Dit& D&ic& De are accustomed, Dorried about a social
demand for Dor and D&ose teac&ing met&odolog= maintains its base on one1sidedness of teac&ing" rom teac&er, &older of noDledge, for t&e student" In t&is perspecti%e, an
e*perience of t&e use of digital tec&nologies as educational tools in t&e sc&ool conte*t, Das
&eld Dit& students from t&e .ccounting Tec&nician Course, #-.TEC (ational #rogram
of Tec&nical Education and Emplo=ment), in a public sc&ool in eastern /inas 0erais" T&e
&=pot&esis referred to is t&at t&e media usage in t&e classroom is an important educational tool
and learning because t&e= are instruments empoDering Didespread among =out& toda="
T&roug& t&e e*perience of building a Creati%e #ortfolio (2./., 3443), t&roug& ICT, it Das possible to depict and anal=ze aspects of students F reflection Dit& respect to its intellectual
and social maturation process (5I62., 34778 5I62., 3479)" or t&e qualitati%e anal=sis of t&e
facts, proposed b= e%es (7;;9, in TI##, 344?) for alloDing t&e acti%e participation of t&e researc&er, in t&is
case t&e teac&erBfacilitator" In describing t&e scenes t&at made up t&is stor= pedagogical Das
imperati%e t&e t&eoretical foundation, especiall= under t&e gaze of p&enomenolog= and
Educommunication" T&is test pro%ided t&at learners e*perience t&e ADal on t&eir oDn feetA
and t&e teac&er1mediator reflect on t&e potential of t&e use of digital tec&nologies in t&e
classroom" .lt&oug& t&is stud= portra=s a preliminar= e*periment, since it requires neD
actions of educators seeing to reflect, adapt and B or impro%e it in order to pro%ide greater
support for t&e use of media as a teac&ing tool, it is possible to determine t&at t&ese
instruments, if conte*tualized, can instigate t&e interaction of t&e student and t&e teac&er in
acquiring noDledge"
Ke!"r#s: ICT8 Creati%e #ortfolio8 teac&er1mediator8 #&enomenolog=8 Educomunication"
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$% INTRODU&'O
Educar com Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tem sido tema
de inúmeras discussões em nosso cotidiano" Estudiosos como 2ieira (3443), 5oares
(344
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#artindo desse princ$pio, o presente estudo obeti%ou1se ao relato de uma
e*peri+ncia pedag!gica que te%e em sua base pr:tica o uso de tecnologias digitais" um
sentido mais amplo, pretende1se a e*posição sistem:tica da situação %i%ida pelos
alunos do curso t'cnico de contabilidade (#-.TEC7 R #rograma acional de
Ensino T'cnico e Emprego), na construção de um #ortf!lio3 Criati%o e tomar
con&ecimento se o uso das m$dias nesse conte*to, de fato, permite incutir nos alunos a
autonomia da aprendizagem"
7" $% , Es.ec/0+c"se forma particular este estudo buscouS
Efeti%ar1se como espaço fomentador do 5aber atra%'s das TICs98
Instigar os alunos a ousarem para al'm da zona de conforto, oportunizando1se como umaestrat'gia de ensino dinNmica e desafiadora8#ro%ocar e obser%ar o en%ol%imento dos alunos no processo de desen%ol%imento do
pensamento cr$tico1construti%o atra%'s da mediação do processo ensino R autonomia R
aprendizagem8 .nalisar, discutir, os ac&ados a partir das refle*ões apresentadas8 e 5ocializar os ac&ados, por meio da apresentação e disponibilização deste estudo cient$fico
a%aliando se &ou%e dinamismo e autonomia do processo de ensino1aprendizagem atra%'s
das m$dias"
7" , - 12s*+0+ca*+va e Relev34c+a
Tal pesquisa se ustifica pelo fato de que, ainda &oe, persistem as resist+ncias
de grande parte dos professores em lançar mão dessas ferramentas digitais como meio
de ensino em sala de aula" #ara /oran (344
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%isto como um ultrae" o entanto, não &: mais como negar a &abitabilidade das
m$dias em salas de aula"Moe quando um aluno tem dú%ida ele não pergunta mais ao professor, pergunta ao
Google, O intelig+ncia %irtual, isso demonstra que estamos %i%endo em uma no%a era e a
escola precisa fazer parte, oferecendo a essa no%a geração inclusão digital atra%'s de
ati%idades que a le%e a serem produtor e di%ulgador do con&ecimento (5I62., 3479)"#or isso, obser%a1se que o professor precisa assumir uma caracter$stica de
mediador de con&ecimento e não mais como o detentor dele" #ois, se @(""") a atração
dos processos midi:ticosV atuam de maneira contundente em nossa @sociedade
mediatizadaV ' preciso que a escola se aproprie desses recursos para uma educação
mais eficaz (W.0. E C.6.L.5, 3447 in 5.T.. G 2IT.6, 347H)"esta forma, ' poss$%el dispor que a rele%Nncia desse trabal&o se situa de duas
formasS primeiro, a cient$fica, por caracterizar1se como estudo cient$fico da pr:*is
pedag!gica que pretende constituir1se como fonte de pesquisa bibliogr:fica8 no
segundo ponto, a rele%Nncia social por oportunizar aos alunos uma %isão refle*i%a a
despeito do uso das m$dias em seu cotidiano, possibilitando1l&es a interação cr$tica
com as ferramentas tecnol!gicas em seu processo de @%ir1a1serV no mundo".ssim, para au*iliar na an:lise do material e compreensão deste relato lançou1
se mão do m'todo in%estigati%o de #esquisa1ação #r:tica (0K, 7;>98 in TI##,
344?) e da perspecti%a de estudo qualitati%o1descriti%o (E2E5, 7;;
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esde as d'cadas de ?4B
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e na obser%ação controlada buscando a l!gica matem:tica (razão), assim, a relação
ensino1aprendizagem não permitiria dial'tica, questionamento, reformulação" o entanto, ao sistematizar sua an:lise, /oraes propõe uma discussão sobre
um no%o paradigma educacional em que @o con&ecimento dei*a de ser %isto numa perspecti%a est:tica e passa a ser enfocado como estando em processo de Z%ir a ser[
(con&ecimento1processo)V, possibilitando uma compreensão sist+mica dos indi%$duos"
.ssim, a aquisição do con&ecimento depende do que ocorre dentro do sueito, cada
indi%$duo ' quem organizar: sua pr!pria e*peri+ncia e descobrir: o pr!*imo passo a
ser dado em seu futuro, @na passagem de um con&ecimento menor para outro est:gio
de con&ecimento maior e mais completoV (/-.E5, 7;;)"E ' nesse ponto que incidem a importNncia das m$dias como meio de aquisição
de con&ecimento" issocia1las do processo educati%o ' praticamente imposs$%el, elas
representam para o educando o mundo que o cerca, com suas no%idades e sentimentos"
Entendendo1as como pontes fomentadoras do saber, as m$dias permitem mostrar
%:rias formas de captar e %isualizar o mesmo obeto, @representando1o sob Nngulos e
meios diferentesS pelos mo%imentos, cen:rios, sons, integrando o racional e o afeti%o,
o deduti%o e o induti%o, o espaço e o tempo, o concreto e o abstratoV" (-I0-I e
5I62., 3449)"
#ara tanto, sua conte*tualização ' necess:ria" - professor precisa analis:1las econ&ec+1las de forma que esteam integradas ao conteúdo das aulas" .ssim, con&ecer o
educando, suas &abilidades com as ferramentas digitais facilitar: a tarefa do professor,
tornando mais eficaz a dupla dualidade professor1aluno e ensino1aprendizagem"
3" , O Pr"0ess"r e a Pe#a"+a #" E4s+4ar c"; M/#+as 4a E#2ca89"
. &umanidade est: repleta de no%as tecnologias com seus cliques, imagens esons, est$mulos constantes que influem na maneira como os indi%$duos pensam e
reagem ao cotidiano\"""] os a%anços das ci+ncias e das tecnologias geram no%os modos de produção, no%oscampos e postos de trabal&o e no%as correlações de forças econXmicas, pol$ticas esociais" efletem1se, tamb'm, na forma como as crianças e o%ens de &oe %eem omundo e constroem con&ecimento" #arece l!gico, portanto, que todos esses a%anços sereflitam nos processos de ensino e aprendizagem e na gestão educacional (E2E5,344;)"
#ara essa conquista, um ensino que reflita os a%anços da sociedade, faz1se
necess:ria a mudança dos modelos educacionais %igentes no sentido de acompan&ar o
ritmo do aluno, suas demandas e curiosidades" .ssim, a tarefa do professor ao preparar
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suas aulas ' inserir as m$dias de forma que se tornem parte do desafio de aprender,
atra%'s de uma pedagogia interati%a que instigue e en%ol%a o aluno nesse setting de
forma ati%a e autXnoma"
Entretanto, a @falta de &abilidadeV e @o medo de quebra1lasV, tem sido algumasdas ustificati%as apresentadas por educadores que resistem as ferramentas" a
tentati%a de e*plicar esse @medoV 5il%a cita o termo #ecnofo!ia para @designar
indi%$duos que demonstram resist+ncia em di%ersos n$%eis de adoção e utilização de
no%os aparel&os e equipamentos em geralV (ET-, 7;;;, in 5I62., 3479)" Em
professores esse medo ocorre por dois moti%osS o primeiro diz respeito ao não
recon&ecimento de que ' preciso assimilar um no%o modo de ensinar e aprender8 e o
segundo em e%itar uma relação de igualdade com o aprendiz, pedir sua auda e aceit:1lo como quem ensina (5I62., 3479)" essa forma o que e*iste ' o bloqueio da
capacidade de aprender, ou mesmo de ensinar (EIE, 3444)"Toda%ia, quando o educador ousar tornar1se mediador de um no%o meio de
ensinar poder: compreender que as no%as TICs : não são meros instrumentos no
sentido t'cnico tradicional" @.s tecnologias tradicionais ser%iam como instrumentos
para aumentar o alcance dos sentidos (braço, %isão, mo%imento, etc")" .s no%as
tecnologias ampliam o potencial cogniti%o do ser &umano (seu c'rebroBmente) e
possibilitam mi*agens cogniti%as comple*as e cooperati%as"V (.55/., 344?,
p"7>8 a$ud 5I62., 3479)" .ssim, o aluno1aprendiz desse s'culo de%e ser instigado a
saber mais, a questionar as informações que tem a partir de um %i's construti%o e
interati%o" E isso s! ser: poss$%el se professor e aluno trabal&arem de forma conunta,
construindo os saberes"
3" < O Al24" e as TICs
a perspecti%a mar*ista proposta por 2=gots= (a$ud C-E6M- G #I5-I,
3473) a e*peri+ncia de aprender acontece de forma dial'tica e sistem:tica a partir do
que se con&ece como %ona de desenvolvi&ento real e %ona de desenvolvi&ento
$otencial ou $ro'i&al. - autor propõe que a criança nasce com algumas &abilidades
elementares (c&oro, riso, entre outras), para sua interação com o ambiente a sua %olta"
. medida que interage com essa di%ersidade cultural ocorre, de forma sutil, a
apropriação (potencial) dos s$mbolos sociais atra%'s do di:logo, obser%ação e imitação
dos gestos do outro (irmão(a), pais, amigos, professores e etc")" Esse processo ocorre
ao longo da %ida de cada indi%$duo no mundo"
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#or causa do desen%ol%imento tecnol!gico o poder e*ercido pelos alunos
sobre as m$dias ' um e*emplo de como se d: esse processo de aprendizagem" -
acesso f:cil O internet e a quantidade de informações que ela proporciona a esses
o%ens ' gigantesca e, por isso, merece o ol&ar dos profissionais da educaçãoa escola de%e estar atenta ao aluno, %alorizar seus con&ecimentos pr'%ios, trabal&ar a
partir deles, estimular as potencialidades dando a possibilidade de este aluno superar suas capacidades e ir al'm ao seu desen%ol%imento e aprendizado" #ara que o professor
possa fazer um bom trabal&o ele precisa con&ecer seu aluno, suas descobertas,&ip!teses, crenças, opiniões desen%ol%endo di:logo criando situações onde o aluno
possa e*por aquilo que sabe" .ssim os registros, as obser%ações são fundamentais tanto para o planeamento e obeti%os quanto para a a%aliação (C-E6M- G #I5-I, 3473)"
esta perspecti%a, de%e1se denotar que os alunos de &oe não são mais as
pessoas para as quais o nosso sistema educacional foi proetado para ensinar" - aluno
de &oe precisa ser entendido como o agente transformador, que impulsiona a mudança
educacional, ' ele quem ' capaz de nos fazer repensar a pr:tica pedag!gica" #ois, @se
tem algu'm que e%oluiu nos últimos 94 anos, este algu'm ', indubita%elmente, o
aluno, que traz a discussão, a necessidade de mudança, de rea%aliação de processo, de
adequação das tecnologias a ser%iço de uma no%a Educação e reformulação da EscolaV
(/K5.CCMI-, 3479)"Eles passam a %ida inteira cercados por e utilizando computadores, %ideogames,reprodutores de música digital, cNmeras de %$deo, celulares, e todos os outros
brinquedos e ferramentas da era digital" \"""] Yogos de computador, e1mail, internet,celulares e mensagens instantNneas são partes integrais de suas %idas" (#E5J,3447, p"78 in .6., 3473)
5em se distanciar disso, o aluno espera que o professor se utilize dessas
ferramentas em sua pr:tica profissional, torne a aprendizagem mais interessante,
comunicati%a e interati%a" Educar em uma sociedade da informação significa in%estir
na criação de compet+ncias amplas que l&es permitam agir de forma ati%a e consciente
na produção de bens e ser%iços, tomar decisões fundamentadas no con&ecimento, bem
como aplicar criati%amente as no%as m$dias, sea para uso do dia1a1dia ou em
operações que demandem maior comple*idade (W.5I6, 34448 .6., 3473)"
3" = A Fe4";e4"l"+a e a E#2c";24+ca89"
. fenomenologia?, criada pelo filosofo, matem:tico e l!gico Edmund Musserl (7>?;1
7;9>), propõe que toda e*peri+ncia da consci+ncia &umana de%e ser estudada em sua
5 do grego &'"i!st'"i 1 aquilo que se apresenta ou que se mostra 1 e lo(os 1 e*plicação, estudo" #ortanto, a
fenomenologia considera que toda e*peri+ncia ' única para o &omem" - mundo o afeta e ele afeta o mundo acada e*peri+ncia, atra%'s da intencionalidade" .ssim, o ato de pensar não ' somente razão, mas um refletir sobreo mundo sens$%el (5I62., 3477)8
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ess+ncia, em sua unicidade e de acordo com a %erdade de quem a relata, como sendo o que d:
sentido ao seu ambiente" .ssim, sugere que a %i%+ncia do ensino atra%'s das TICs sea
entendida como uma abertura rec$proca na relação professor1m$dia1aluno em que cada
indi%iduo ' participante ati%o em seu processo de (re)construção no mundo (5I62., 3477)"
esse ponto, o tamb'm filosofo /artin Meidegger (7>>;17;
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que precisa sempre de no%as respostas, de no%as refle*ões que le%em em consideração
a especificidade e singularidade dos acontecimentosV (5I62., 3477)Em suma, o professor carece apropriar1se do con&ecimento tecnol!gico porque
sua atribuição, &oe, não ' mais o de reger a turma, mas, a de promo%er que o aluno1aprendiz atra%'s das TICs construa o con&ecimento de forma conte*tualizada,
interpretati%a e cr$tica" .ssim sendo, a escola de%e ocupar1se em fazer com que o
aluno se propon&a a questionar sobre o que, e como, aprende para a %ida"
alunos participantes desta pesquisa t+m
idade entre 7? e 7> anos, estando de%idamente matriculados e frequentes no Curso
T'cnico de Contabilidade R #-.TEC (/EC
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compreensão da teia de relações sociais e culturais que se estabelecem no interior das
organizações, o trabal&o qualitati%o pode oferecer interessantes e rele%antes dadosV"
(0--, 7;;?8 in E2E5, 7;;
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pesquisando" essa forma o obeti%o da pesquisa1ação sempre ser: do tipo @como
possoB podemos mel&orar essa pr:ticaPV (TI##, 344?)" ão obstante, a escol&a de permitir1l&es a e*peri+ncia de confeccionar um
#ortf!lio Criati%o estabeleceu1se para al'm de um simples trabal&o pedag!gico, ouferramenta a%aliati%a, mas, como um instrumento de autoa%aliação que permite ao
educando uma %isão cr$tica sobre o que aprendeu" 5egundo 2ieira, o uso do portf!lio
como utens$lio educati%o nos Estado Knidos da .m'rica te%e tal impacto que le%ou a
.ssociação para 5uper%isão e esen%ol%imento Curricular (.5C R .ssociation for
5uper%ision and Curriculum e%elopement) a considera1lo como uma das tr+s
metodologias de topo" . partir disso, esse instrumento passou a ser utilizado no
Canad: onde ' c&amado dossi( de ensino e tem sido adotado por di%ersasuni%ersidades (2IEI., 3443)"
\"""] pode1se afirmar que um portf!lio ' muito mais que uma reunião de trabal&os oumateriais colocados numa pasta" .l'm de selecionar e ordenar e%id+ncias deaprendizagem do aluno possibilita, tamb'm, identificar questões relacionadas ao modocomo os estudantes e os educadores refletem sobre quais os reais obeti%os de suaaprendizagem, quais foram cumpridos e quais não foram alcançados (2IEI., 3443)"
.ssim, atra%'s do dialogo com a pr!pria construção do portf!lio, os alunos
puderam %i%enciar uma organismo refle*i%a sobre o seu pr!prio desen%ol%imento"
5aber este que de%eria estar aliado ao conte*to de cada participante" #or se tratar de
um curso t'cnico cuo ensino precisaria estar %oltado para a %ida pr:tica, profissional esocial, a construção desse documento presara a rememoração de e*peri+ncias de sua
%ida infantil, permeando as cenas do cotidiano atual desses o%ens e sua alusão O %ida
futura, como passaremos a discutir no item abai*o".paradas as arestas, e sendo autorizado pela instituição de ensino, a priori, o
conteúdo portf!lio criati%o foi inserido como plano de aula da disciplina,
Comunicação Empresarial I" E em seguida foi confeccionado, em papel .H, um relato
da ati%idade sugerida e entregue aos educandos em aula p!stuma (em ane*o)" essa ocasião, foi e*plicitado aos alunos em forma de discussão do assunto
que de%eriam confeccionar um portf!lio criati%o, ele de%eriam ser relatadas algumas
das e*peri+ncias %i%enciadas no per$odo de sua infNncia, demonstrando fatos que
marcaram seu desen%ol%imento e amadurecimento cogniti%o8 ainda precisariam
descre%er conteúdos, igualmente significati%os, das %i%+ncias atuais, e*plicitando algo
do aprendizado adquirido no decorrer desse curso t'cnico8 e, seguindo uma cronologia
temporal, de forma proeti%a, registrar suas e*pectati%as para o futuro (deseos,
realizações, %ontades, certezas e incertezas)"
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Essa ati%idade foi di%idida em duas fasesS 7) descriti%a1argumentati%a, um
trabal&o escrito de no m$nimo p:ginas contendo o relato de forma cronol!gica,
podendo ane*ar fotos (reais, eBou fict$cias) que de%eria ser entregue ao pesquisador1
professor1mediador > no dia da apresentação dos trabal&os a turma8 3) apresentação do
trabal&o de forma ilustrati%a e oral, que compreenderia a confecção de um %$deo (com
o m:*imo de 9 minutos), ou slides (m:*imo de 7? lNminas)" esta etapa, o aluno
precisaria demonstrar sua critica R argumentati%a R a respeito dessa e*peri+ncia"
urante a e*plicação da ati%idade, os participantes puderam tirar dú%idas das mais
di%ersas, desde as tecnologias dispon$%eis para utilização at' o conceito de portf!lio"oi estipulado o prazo de 94 dias para a organização dos trabal&os e, como
participante ati%o nesse processo, o pesquisador1professor1mediador, disponibilizou oe-&ail e o grupo no face!oo) como formas de interação %irtual entre os alunos e o
professor, para fins de sanar dú%idas pertinentes, incenti%ar o engaamento dos
participantes, e de acompan&amento do processo de construção do portf!lio" ota1se que, para a realização dessa ati%idade, os participantes utilizaram1se de
di%ersas ferramentas digitais, tais comoS cNmera fotogr:fica8 computador8 internet8
redes sociais8 programas de criação e edição de %$deos8 editor de te*tos8 editor de
apresentação de slides8 atas&oD8 e material impresso" .p!s o encerramento do prazo,
foram utilizados duas aulas (?4 minutos cada) para a apresentação dos trabal&os O
turma"#ortanto, com base no que foi dito at' o presente momento, o pr!*imo capitulo
obeti%a1se a e*posição e an:lise sistem:tica do relato de e*peri+ncia %i%enciado pelos
alunos do curso t'cnico de contabilidade"
= - UMA PROPOSTA DE ENSINO COM TECNOLOGIAS DE INFORMA&'O ECOMUNICA&'O >TICs?: Rela*a4#" e D+sc2*+4#" a E6.er+@4c+a
H" $ - P"r*0l+" Cr+a*+v": rela*" e a4l+se
#or se tratar de uma ati%idade realizada no m+s em que o pa$s, de forma geral,
%olta%a suas atenções para o e%ento da ZCo$a do Mundo[ de futebol, que por
consequ+ncia tornou1se per$odo de f'rias escolares, a internet R face!oo) e e-&ail R
tornou1se o principal %eiculo de comunicação entre professor e alunos, o que
8 Ps,-is"+or.&rofssor.#+i"+or R termo utilizado para esclarecer que se trata do pr!prio pesquisador que ' quem inter%+m unto dos alunos, tamb'm na qualidade de professor e mediadordessa e*peri+ncia8
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dificultou o controle do ambiente pesquisado" Entretanto, esse afastamento da sala de
aula, permitiu %erificar se os alunos se comprometeriam com o desafio proposto, a
construção do portf!lio criati%o"
.inda que nos primeiros 7? dias do prazo determinado não ten&a &a%idocoment:rios ou questionamentos acerca do trabal&o, O medida que o tempo se
esgota%a, as primeiras dú%idas surgiam na p:gina da turma no @ faceV" Imprecisões
pertinentes O estrutura do trabal&oS *co&o fa%er+ >A?, *quantas $ginas+ >G?, *de
quanto te&$o é a duração do vdeo >E? e etc"Como mediador, o professor aguarda%a e gerencia%a a p:gina de forma a
%erificar a autonomia de resposta e mútua auda dos colegas" Cautelosamente, algumas
sugestões de leitura, %$deos e outras perguntas eram inseridos para intensificar os
debates como forma de esclarecer os questionamentos"- que se percebeu foi que, aos poucos os trabal&os foram tomando forma e
isso parecia contribuir para que as demandas fossem sendo amadurecidasS *ser que
teno que i&aginar o que eu quero ser, real&ente, l no futuro+ /er que eu estou
$ronta $ara sa!er o que eu quero ser+ >E?, *e se a $rofissão que eu escoli não tiver
nada a ver co& o curso técnico de Conta!ilidade, ainda si& teno que cit-lo+ >H?" Q
imprescind$%el destacar que, com a facilidade de utilizarem a internet, os alunos
empregaram sites de pesquisa para analisar terminologias que ainda não l&es eramesclarecidos, tal como o pr!prio termo portf!lio, como e*puseram alguns alunosS
*Pelo que eu $esquisei, $ortf0lio é o resu&o de alguns dos &elores tra!alos feitos
$elo $rofissional durante a carreira 1...2 >H M e I?" essa perspecti%a, para a fenomenologia tais indagações e atitudes dizem de
uma ação consciente sobre o obeto (a ferramenta digital R computador, internet, sites
de pesquisa), pois, %+1se o surgimento da Zatitude fenomenol!gica[ diferente de
Zatitude natural[, sendo que esta (os questionamentos iniciais feitos pelos alunos)
ocorre em função de adequação a teorias e pressupostos e aquela (atitudes de
aprofundamento cr$tico) em função da necessidade de esclarecer, interpretar o
fenXmeno que se mostra ao inquiridor que o percebe (J6^WE e WK.J, 344>)"
#ortanto, ao passo que agem sobre o obeto apropriam1se de seu conteúdo de forma
interpretati%a" Como se percebe da fala de M, / e I ' nessa inter1relação, cr$tica,
transformadora e intencional, entre os alunos e as ferramentas digitais que ocorrem a
9 /A0 B0 C0 D))) 12 R são letras fict$cias que ser%irão para diferenciar a fala dos alunos, participantesdesse relato"
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aquisição do con&ecimento capaz de impulsion:1los a outro n$%el de assimilação
(5I62., 3477)"-beti%amente, essa demanda pela apropriação do con&ecimento partindo de
um fragmento informati%o parece ser facilitada pelos meios de comunicação" essaforma, surgem as caracter$sticas de autonomização e cr$tica1refle*i%a, permitindo que
o aluno, na sua e*peri+ncia com as m$dias, reflita sobre o seu fazer e passe a
reconstru$1lo e dar1l&e no%a forma e estrutura, ou sea, passe a %isualizar seu
aprendizado de forma consciente e dinNmica, transformadora de si (#-L-, 3443)"-utro ponto que merece e%idencia ' que, no decorrer dos preparati%os para
apresentação dos trabal&os em sala de aula, os alunos apresentaram dificuldade de
interagir com as ferramentas de edição de te*to, slides e %$deo (_ord, #oDer #oint e
_indoDs /o%ie /aer, respecti%amente)S *Gente onde fica esse 3tre&4 aqui no 5ord,
eu não sei 1...2+>M? (relati%o a formatação do trabal&o), *co&o fa% a a$resentação nos
slides+ >C?, *o vdeo que eu fi% não t $assando, e agora+1 """]>F E B?" ificuldades
estas que não esta%am relacionadas O que ferramentas utilizarem, mas,
especificamente sobre seu dom$nio na ação de fazer" .os poucos, a partir do au*ilio do
professor e dos colegas de classe foram depreendendo as maneiras de realizar a tarefa,
sugerindo que o problema &a%ia sido sanado"
`uanto a isso, ' preciso compreender que o aluno não ' o agente passi%o daaprendizagem" e acordo com a %isão educomunicadora, por estar inserido no mundo
da tecnologia desde a tenra idade as ferramentas digitais fazem parte da sua forma de
%er o mundo, com isso, tornam1no participante ati%o na sua forma de aprender atra%'s
das m$dias" @.o que, em certos casos, pode le%:1lo inclusi%e a ensinar ao professor,
fazendo assim %aler a cl:ssica afirmação de #aulo reire de que no ato de ensinar est:
impl$cita a possibilidade de aprenderV (5-KL. G 5I62., 3473)" essa direção, o professor1mediador insere1se como aquele que pauta sua
atuação pedag!gica no paradigma Educacional Emergente que,ao contr:rio da educação tradicional ora centrada no professor, ora nos m'todos,transfere esse protagonismo para o aluno, construtor do seu con&ecimento,
pri%ilegiando a totalidade, a %isão &ol$stica, %alorizando a corporeidade, mostrando anecessidade de considerar o ser &umano tamb'm nessa %isão integrada que unta corpo,mente e emoção ou, em outras pala%ras, cognição, afeti%idade e motricidade (5-KL. G5I62., 3473)"
Trata1se de permitir ao educando %i%er plenamente a e*peri+ncia da educação8
uma educação libertadora, como se referia reire (3444)" . %isão integradora, da qual
acenam a educomunicação e a fenomenologia, ' a que por um lado permite o aluno o
protagonismo da construção do saber e fortalecer sua função ati%a unto O sociedade e,
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por outro, autoriza ao professor focar o aluno, compreender seu modo de Zser1no1
mundo[ e compreend+1lo no que diz respeito a sua %irtude de Z%ir1a1ser[, sua
capacidade e responsabilidade de transformação (5I62., 34778 5I62., 3479)" #ara
tanto, a educação de%e ser compreendida como um fenXmeno de interdepend+ncia, de
aprendizado mútuo e conunto, pois, esse entendimento facilitar: a apreensão de ações
fomentadoras de crescimento" .inda nesta direção, ' poss$%el obser%ar como ocorre a interação da cognição,
afeti%idade e motricidade no processo ensino1aprendizagem na e*peri+ncia que %em
sendo e*plicitada nesse estudo" o decorrer das apresentações em sala de aula, da
e*ibição dos %$deos, slides, na forma como conta%am suas &ist!rias e %i%+ncias aos
demais colegas, impressões que tamb'm foram percebidas na leitura posterior domaterial impresso, obser%a1se uma forma menos met!dica e ritualista de apresentar os
trabal&os" - que se %ia era o entusiasmo e desconcerto frente O pr!pria &ist!ria" alas
como @dei'a o outro $ri&eiro 1...2 >C?, *não sei se ficou !o& 1...2 >B?, ou *eu
real&ente vivi isso quando criança 1...2 >1?, *ao $ensar no que escrever, vi que tina
coisa $ara contar 1...2>F? e *eu quero contar o &eu tra!alo, aco que ficou &uito
legal. >K? eram frequentemente presenciadas"5abendo que os portf!lios foram constitu$dos a partir da perspecti%a de
e*peri+ncias da infNncia (passado), adolesc+ncia (presente) e imaginações sobre a %ida
adulta (futuro) e que em cada etapa do relato os participantes de%eriam se propor a
pensar sua %ida profissional, foi poss$%el analisar e destacar algumas obser%açõesS
a? o que tange ao per$odo da infNncia, o trabal&o permitiu aos alunos ousarem para al'm da
simples rememoração das %i%+ncias infantis" emonstrou1se como ferramenta de apoio a
autorrefle*ão e autocr$tica da maneira como %er a %ida e o pr!prio artif$cio de %ir1a1ser"
essalta%am1se as pala%ras carregadas de emoção ao descre%erS de um lado os momentosdif$ceis de sua e*ist+ncia tais como a perda eBou conflitos de ordem familiar, mudança de
casa, cidade eBou de escola, as fragilidades de interação social, e o amadurecimento precoce8
entremeado a esse mesmo conte*to &a%iam @as te&$oradas de coisas !oas >L?, as
brincadeiras no quintal, rua, ou no p:tio da escola, as conquistas de passar de s'rie, os
passeios por lugares paradis$acos e a relação sald:%el com os pais"
Tal refle*ão se denota ao obser%ar falas como as deS 0S *$assa&os 6&eus $ais
e eu7 até fo&e, &as, consegui&os, graças a Deus8 IS *$erdi, &eu $ai, u&a
refer(ncia, &as, teno &ina &ãe e a&iga 1...2 agora vou !atalar $ara ser a &elor
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que eu $uder8 TS *quando criança $assei $or vrias cirurgias, tive $ro!le&as até
$ara andar e o8e 6graças a Deus e a &eus $ais7 $osso ser algué& na vida8 e S
*era &uito no &eu canto, os co&$utadores era& $arte da &ina vida 1...2 a$rendi a
desenar, $or &eio das técnicas de 3&angs9:4, visitando sites na internet. o8e, teno
&ais a&igos e até &elorei &ina concentração e notas na escola.
. partir do uso de ferramentas digitais como mediadoras do saber, incluindo o
saber sobre si, obser%a1se que os alunos se permitiram %i%enciar o que descre%iam em
seus trabal&os, enquanto refletiam sobre ele, atra%'s do processo de amadurecimento e
independ+ncia na construção de suas pr!prias aprendizagens" Enquanto isso ocorria, o
professor @pode desen%ol%er um estilo de orientação super%isionada \"""] com
inter%enções diretas mais espor:dicas, incenti%ando as relações entre alunos ecolocando desafios para que se superem a todo instanteV (C.2.6M-, 3477)"
.ssim, a partir da narrati%a dos con&ecimentos pr'%ios, as cenas marcantes da
primeira fase do desen%ol%imento psicossocial tem se mostrado importante para o
amadurecimento e atitudes autXnomas desses alunos que iniciam a pr:tica do uso da
m$dia como forma de autorrefle*ão e recon&ecimento pessoal" a perspecti%a do
curso de contabilidade, especialmente da mat'ria de Comunicação Empresarial I, essa
nota sobre seu passado, permite ao aluno amadurecer as ideias e perspecti%as sobre
seu futuro como cidadão e protagonista de seu Z%ir1a1ser[ no mundo (5I62., 3477)"
(? o que diz respeito ao presente, sobre as conquistas atuais que poderiam ser acentuadas no
relato dos educandos foi poss$%el %isualizar que a construção do portf!lio criati%o permitiu1
l&es *colocare& os $és no cão e refletirem sobre seu papel na sociedade atual" . narrati%a
apresentada fi*ou1se na relação da aprendizagem escolar e anseios quanto O escol&a
profissional"
e forma desafiadora, a resposta O pergunta *o que eu quero ser na vida
$rofissional+ >H 1 O P R T ? demandou1l&es no%amente que repensassem sobre o que
&a%iam constru$do de relações prof$cuas at' o presente momento" *tra!alei co& &eu
$ai e& sua oficina 1...2 >K?, *$artici$ei de $ro8etos de iniciação cientfica, oferecidos
$ela faculdade 1...2 >S?, *faço o curso técnico de conta!ilidade co&o $ossi!ilidade de
u& futuro e&$rego >N?" uma interpretação dos pr!prios alunos a respeito das imagens postadas nos
%$deos, escritos e slides, os alunos e*puseram imagens do curso t'cnico, dos laços10 M"!(3 R t'cnica de desen&o aponesa con&ecidas por seus detal&es minuciosos
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sociais, constitu$das ao longo de seu traeto escolar e at' imagens de internet para
e*emplificar sua construção social" 5uas conquistas de amadurecimento e relação com
o mundo" .s pesquisas na internet sobre tipos e caracter$sticas profissionais permitiu1
se um contato com o mercado de trabal&o, a an:lise quanti1qualitati%a das demandas
por profissionais, bem como ponderar sobre seus anseios sobre a futura profissão,
como e*plicita o relato de IS1...2 &uitos são os co&entrios so!re deter&inada $rofissão ser ou não a tend(ncia do
&o&ento, &as, $elo que $esquisei o fato de u&a $rofissão ser tend(ncia o8e, não
significa que o ser daqui a alguns anos. Por isso, estou focado nos &eus estudos do
ensino &édio e técnico, de$ois, irei decidir 1...2 $orque não quero co&eçar u& curso no
qual não &e identifique e de$ois trocar, co&o ocorre co& &uitos 8ovens o8e e& dia.
essa analogia, a disciplina propXs que o aluno refletisse sobre seu processo de
aprendizado, sua interação com o con&ecimento que o curso oferece e, a partir disso,intuir sobre seu compromisso com a aquisição de informações subsidi:rias a escol&as
futuras" #ortanto, buscar primeiro as e*peri+ncias passadas pareceu permitir ao aluno
uma cr$tica refle*i%a e amadurecida sobre o seu intento de Ztornar1se[ algoBalgu'm no
mundo"#ara a fenomenologia, Ztornar1se[ ' constituir1se como eterno aprendiz e
%islumbrar suas capacidades de realizações, e realiza1las, ir para al'm da zona de
acomodação, rumo O formação de si (5-.E5, 344
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com o au*ilio da relação mediadora entre professor e aluno, a pessoalidade e
indi%iduação proporcionadas pelas m$dias esta missão ac&ou1se instigante de cumprir"
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esse desafio de ensinar com as TICs, @o professor se caracteriza como um
gestor em sua sala de aula" Ele moti%a, lidera, planea, organiza, negocia, define
tempo, conteúdos, pr'1 requisitos, abordagens, estrat'gias metodol!gicas, tecnologias
e processos de a%aliaçãoV (E2E5, 344;)" ão se trata da mera apropriação das
ferramentas digitais como forma de reprodução de algo : pronto, e quase acabado,
mas, de elencar1se de instrumentos que suscitem o interesse dos alunos para com a sua
relação de aprendizagem" esse interim, ' imperati%a a desconstrução dos paradigmas
educacionais que &abitaram as instituições escolares ao longo dos tempos,
especialmente o da cultura de aprendizagem unilateral e linear"- paradigma educacional emergente estabelece1se como sendo o con&ecimento
alcançado atra%'s de uma ponte que liga o no%o ao %el&o" -nde a apropriação doconteúdo demanda um ol&ar refle*i%o e cr$tico por parte dos atores en%ol%idos R
educador e educando" Tal pleito sugere que ensinar ou aprender não ' apenas a
transmissão eBou assimilação de conteúdos te!ricos, pelo contr:rio, acontecem por
meio da mútua e cont$nua con%i%+ncia entre ambos"#ara que isso se efeti%e, o educador de%e inserir1se na busca tanto quanto o
aluno que anseia pelo con&ecimento" Enquanto que o primeiro de%e recon&ecer1se
como aprendiz que ensina, utilizando as m$dias como mediação do saber e que, para
que isso ocorra, ' forçoso abrir mão do Z%el&o modo de fazer educação[ em fa%or de
um modelo educati%o que permita a (re)construção de significados" - aprendiz de%e se
propor a in%estigação, assumir as r'deas da assimilação e construção do con&ecimento
a partir de suas %i%+ncias e formas únicas de Zapreender a aprender[".tra%'s da assunção desses pap'is, untos, educadores e alunos poderão dispor
de um no%o ide:rio da educação, ampliar seus espaços no mundo circundante e, assim,
estabelecer formas mais dinNmicas e prof$cuas de ensino e aprendizagem, atra%'s do
uso das tecnologias aplicadas a sala de aula". passagem por essa e*peri+ncia pedag!gica permitiu ao pesquisador
compreender um pouco mais sobre a relação do aluno com as m$dias" Elas fazem parte
de seu conte*to, por isso, ' ine%it:%el dispor dessas ferramentas tecnol!gicas para a
construção do saber em sua forma plena" Essa compreensão, de fato, parece permitir
maior autonomização do aluno com relação ao seu processo aquisição e formulação de
con&ecimento"Entretanto, ' necess:rio garantir que o fa%er em sala de aula estea munido pelo
criati%o, pela interação, pelo desafio do saber, apropriando1se cada %ez mais do mundono qual o aluno est: inserido e oportunize que este se alie, adquira e tamb'm fa%oreça
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a compilação de no%as ferramentas para o ensino" essa forma, a refle*ão sobre essa
ati%idade, em sala de aula, de construção do portf!lio criati%o nos le%a a obser%ar que
os educandos e*perimentaram o @camin&ar com as pr!prias pernasV e o professor1
mediador aprendeu que ' necess:rio dei*ar1se aprender (/.CM.-, 3474)"Enfim, ao reafirmar que as TICs t+m se constitu$do como instrumento eficaz na
difusão e ampliação do saber, espera1se que este documento se constitua como uma
base te!rico1metodol!gica e fa%oreça o cont$nuo aprofundamento das questões
relacionadas O inserção e disseminação das m$dias no conte*to escolar, oferecendo
contribuições positi%as para o processo de ensino1aprendizagem e para a relação
professor1aluno, apro*imando1os cada %ez mais" Embora este estudo retrate uma
e*peri+ncia preliminar, uma %ez que se de%am %islumbrar no%as ações de educadoresque a reproduzam, reflitam, adaptem eBou a mel&orem de forma que se ten&a maior
respaldo do uso das m$dias como ferramenta de ensino e aprendizagem, ' poss$%el
aferir que tais instrumentos, se conte*tualizados, podem instigar a interação do aluno e
do professor na aquisição do con&ecimento"
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DORIGONI G% M% L% SILA 1% C% #a% /$dia e EducaçãoS o uso das no%as tecnologias noespaço escolar" #olit= #ress, 3449" ispon$%el emS&ttpSBBDDD"diaadiaeducacao"pr"go%"brBportalsBpdeBarqui%osB77413"pdf 8 acesso em4>B4>B347H8FREIRE P% (7;3717;;)" #edagogia da indignaçãoS cartas pedag!gicas e outros escritos B#aulo reire" 5ão #auloS Editora KE5#, 3444" ispon$%el emS&ttpSBBDDD"d&net"org"brBdireitosBmilitantesBpaulofreireBpaulofreirepedagogiadaindignacao"pdf acesso em 77B4>B347H8
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