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Gestão da Capacidade Produtiva

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GESTÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA

SANTOS, LUCIANO SOARES DOS 1

LARA, JULIO CEZAR DE 2

Desde os tempos mais remotos já se faziam presentes na vida do homem modelos de planejamento e controle de situações, seja de uma forma empírica ou organizada o homem vive planejando. Neste sentido, entende-se que o planejamento e controle da capacidade produtiva nas organizações, é a tarefa responsável pelo correto funcionamento do setor de produção das empresas. Este planejamento se faz necessário, como forma de prevenção às oscilações do mercado, visa também evitar gastos e desperdícios desnecessários, bem como o não cumprimento dos prazos estipulados por ela. Quando se fala em oscilações, deve-se entender como tal a capacidade de demanda da organização, assim como a necessidade de aumento ou diminuição da capacidade produtiva de acordo com as necessidades. O ato de gerir a capacidade de produção não deve ficar restrito às empresas manufatureiras, mas também ser estendido às empresas do setor de serviços, uma vez que nestas a capacidade quando identificada se não aproveitada imediatamente se perde para sempre, pois não existe a possibilidade de produzir para estocar. Muitos autores relatam a importância do planejamento e controle dentro das organizações, uma vez que se fazem necessárias tais práticas não só no setor produtivo, mas também nos demais departamentos a fim de se obter a qualidade total dos produtos e serviços oferecidos pela mesma. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo elencar com base em autores renomados como: Slack, Chambers e Johnston, Davis, Aquilano e Chase, Ritzman e Krajewski, ferramentas e técnicas necessárias para o correto planejamento e controle da capacidade produtiva nas organizações, enfatizando a relevância deste fator em relação à demanda tanto no sentido de expansão como no sentido de redução, para que desta forma possa atender melhor seus clientes, fornecedores e sociedade em geral.

PALAVRAS-CHAVE: Planejamento, Controle, Produção.

1Acadêmico do curso de Administração com Ênfase em Empreendedorismo do 6º semestre.

Contato:[email protected] 2 Professor do curso de Administração com Ênfase em Empreendedorismo. Contato: [email protected]

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1 INTRODUÇÃO

As flutuações da demanda ocorrem diariamente, mas aqui o interesse é discutir as

flutuações percebidas em certos períodos de tempo, demonstrando sinais, tendência de

crescimento ou declínio, bem como ciclos correspondentes a um comportamento de

sazonalidade anual da organização. Para cada horizonte de tempo, curto, médio ou longo

prazo que se pretende planejar a capacidade os objetivos e perguntas a serem respondidas são

diferentes.

O planejamento da capacidade está preocupado em responder às questões

relevantes para definições das estratégias para manufatura, tais como a determinação de

quando e quanto o nível de capacidade deve ser alterado. Significa também planejar os

investimentos associados às aquisições e de recursos produtivos, e também prever situações

de queda da demanda, com desocupação parcial e gradual dos recursos produtivos.

Dessa forma, o presente resumo tem como objetivo apresentar a importância da

gestão da capacidade produtiva. Sendo assim, é de suma importância para a administração de

uma empresa avaliar e conhecer as preferências dos consumidores, prioridades competitivas

apropriadas a cada processo, a fim de apoiar e direcionar suas responsabilidades para com

seus consumidores, fornecedores, colaboradores e sociedade em geral.

1.1 Capacidade produtiva

A gestão da capacidade organizacional é uma das atividades mais subestimadas e,

portanto, mal executada na gestão organizacional. A capacidade de uma organização

representa a sua habilidade de realizar trabalho. Frequentemente o gerenciamento da

capacidade não é valorizado porque não se compreende sua totalidade.

De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009), após a integração vertical da

rede de operações e a alocação de suas diversas operações serem decididas, o próximo

conjunto de decisões diz respeito ao tamanho ou capacidade de cada parte da rede. Aqui

trataremos capacidade em sentido amplo.

Ritzman e Krajewski (2004) comentam que a capacidade que uma empresa pode

manter economicamente sob condições normais é a chamada capacidade efetiva. A

capacidade efetiva que utiliza a taxa de produção efetiva e o calendário padrão de dias

disponíveis por ano para a produção.

Deste modo, para analisar os fatores que afetam a eficiência de uma linha de

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produção é importante utilizar um método para avaliar e medir esta eficiência. Através da

aplicação desta medida é possível avaliar as perdas por manutenção, variações no tempo de

ciclo, problemas de qualidade e outras interrupções que deduzem a capacidade ou eficiência

do sistema

1.2 Nível ótimo de capacidade

Níveis de capacidade ou volumes se referem aos índices de vendas, produção e

estoques e se as empresas fizerem um bom planejamento de volume, com revisões mensais,

os problemas com mix (produtos e pedidos individuais) vão sendo resolvidos com o passar do

tempo. As empresas perdem muito tempo se dedicando para prever o mix e deixam pouco

tempo para o planejamento de seus volumes.

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), a maioria das organizações precisa

decidir sobre o tamanho (em termos de capacidade) de cada uma de suas instalações.

Ritzman e Krajewski (2004) esclarecem que a política de capacidade constante

estabelece um nível constante de capacidade durante todo o período de planejamento, sem

considerar as flutuações de demanda, com isso pode-se atingir alta utilização do processo e

normalmente cria-se estoques consideráveis, que precisam ser financiados e armazenados.

1.3 Balanceamento da capacidade

Davis, Aquilano e Chase (2003), salientam a importância de flexibilizar a

capacidade e com isso entregar o que os clientes necessitam dentro de um tempo

relativamente curto. Para conseguir essa flexibilidade podem-se ter processos flexíveis ou

equipamentos simples, para tornar possível troca rápida e de baixo custo de uma linha de

produto para outra.

Slack, Chambers e Johnston (2009) dizem que, todas as operações são

constituídas de micro operações e cada micro operação terá sua própria capacidade.

2 METODOLOGIA

Este resumo propõe dois critérios básicos para divisão de pesquisas, que são

quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva, pois conforme salienta Vergara (2009),

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a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou determinado

fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza.

Quanto aos meios se desenvolveu como bibliográfica sendo que, segundo Vergara

(2009), pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material

publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público

em geral. Para esta pesquisa utilizou-se como principais autores, Slack, Chambers e Johnston,

Davis, Aquilano e Chase, Ritzman e Krajewski.

Para análise dos dados caracterizou-se através da abordagem qualitativa, e não

quantitativa. A abordagem qualitativa se difere da quantitativa pelo fato de não empregar

dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema. A diferença está no

fato de que o método qualitativo não tem pretensão de numerar ou medir unidades ou

categorias, se opondo assim ao método quantitativo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Informações mal definidas não contribuem para o desempenho da organização.

Para aprimorar o gerenciamento do processo de demanda, o departamento de vendas e

operações precisa receber dados concretos e corretos de capacidade, visando atualização das

informações.

Percebemos que todos os autores entendem que o planejamento e o controle são

muito importantes para que uma organização se torne produtiva, já que qualquer operação

requer planos e controle para que os objetivos sejam alcançados, nos prazos e com a

qualidade de produtos e serviços desejados.

Assim, para Slack, Chambers e Johnston o planejamento e o controle são

necessários, principalmente para garantir que o projeto da operação produtiva se interligue

com o andar do sistema organizacional em todas as suas etapas.

Planejar e controlar a capacidade de produção de uma organização, garante que os

recursos a serem transformados bem como os de transformação, estejam disponíveis na

quantidade, no momento e no nível de qualidade adequada de que a organização necessita,

entendem Davis, Aquilano e Chase.

Já para Ritzman e Krajewski, esse controle significa fazer quando necessárias

alterações e ou modificações no plano de produção original da empresa, intervindo

positivamente com o objetivo de readequá-lo às metas e objetivos a serem alcançados pela

organização.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do momento em que se conhece bem seus consumidores internos e

externos, diferentes tipos de gestão de produção podem ser desenvolvidas e aplicadas aos

diferentes tipos de clientes.

De acordo com os conceitos abordados pelos autores fica evidente que a gestão da

capacidade produtiva é de fundamental importância em todas as etapas do processo, não

envolvendo apenas a fabricação de um produto, mas sim, tudo que envolve a sua aquisição,

trazendo novos desafios para as diversas áreas de gestão, porque a capacidade produtiva é

algo que a empresa necessita ter independentemente do porte ou segmento.

Espera-se que as organizações possam caminhar em busca da competitividade

organizacional através de uma boa gestão da produção, e que isso as remeta ao pensamento

sobre o que se espera da produção na respectiva organização. O ponto de atenção dessa

estratégia é decidir quanto produzir para colocar estoque, pois pode ocorrer de não ter

demanda no futuro e a empresa arcar com os custos dos produtos em estoque.

Para um adequado planejamento da capacidade produtiva a empresa deve

considerar as variáveis “quantidade” e “tempo” em suas decisões. Uma perspectiva de

balanço entre a demanda prevista e o fornecimento de capacidade deve permear a intenção da

empresa em prover capacidade extra ou estabelecer uma defasagem da oferta de capacidade.

Portanto, se a empresa quer atender os efetivos desejos e necessidades de seus

consumidores, deve estar atenta aos demais objetivos de desempenho, para que possa

fomentar sua competitividade e manter-se no mercado.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAVIS, Mark M.; AQUILANO, Nicholas J.; CHASE, Richard B.Fundamentos da Administração da Produção. 3. ed. São Paulo: Bookman Companhia, 2003.

RITZMAN, Larry P.; KRAJEWSKI Lee J. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert.Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas,2009.