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ÉTICA, ECONOMIA 1 E SUSTENTABILIDADE: uma temática provisória. Autoria de Fernando Rasnheski 2 Parafraseando o contexto da ética e a relevância capitalista no cenário atual, Ademar Bogo se expressa da seguinte forma: “Os interesses econômicos tapam os olhos da ética e não deixam a consciência observar os estragos que o corpo vai fazendo através dos passos errados, como se deixassem rastros de cinza por onde passam, marcando sua existência pela destruição e não pela arte de construir o belo em harmonia com todos os seres vivos”. 3 Sendo assim, atropelamos nossa proposta ética pela desconstrução econômica e acabamos justificando nossa forma de agir impulsionado pelo valor econômico e não pela fundamentação ética e acabamos respaldados por ações distorcidas do socialmente justo para a maioria. Precisamos urgentemente retomar rumos menos condenável para todos os seres. Assim, é impossível pensar a ação humana sem valores éticos. Quem age comunicativamente se abre ao diálogo, age pela fala e fala o mundo vivido. Isto só é possível na base de um reconhecimento mútuo originário, isto é, reconhecido por nossa capacidade originária. Na estrutura do capitalismo é negado o direito à igualdade do diálogo em quase todas as instâncias, principalmente naquelas que são usadas para a dominação da massa popular (televisão, jornais, cinema, livros...). Mediante isso, a tarefa explícita da reflexão filosófica também passa a ser a explicação da função da fundamentação do principio fundante das ações éticas 4 . Acabamos entendendo que a linguagem também é uma maneira de agir socialmente: quem age comunicativamente se abre, em princípio, à argumentação5 . Argumentar é situar-se num nível de sociabilização. Podemos entender que o princípio básico da ética “é o princípio da igualdade fundamental de direito de todos os homens/mulheres e, consequentemente, a corresponsabilidade de todas as pessoas6 . Esta também é uma argumentação compatível com a de Leonardo Boff. O homem não é, simplesmente, ele se faz, se conquista, o que se faz através de uma ação no mundo. O homem grego é o homem comunicativo, se faz na polis; o homem moderno é um homem de necessidades, autossuficiente e satisfaz suas carências (propriedades). A liberdade do sujeito moderno é a liberdade de possuir, mas só pode possuir no mercado, proponde que muitos fiquem à margem (excluído até do mínimo que a sociedade exige). Mais de dois bilhões de pessoas na atualidade não tem acesso à água de qualidade e comida diariamente, só para sinalizar uma problemática do cotidiano que muitas vezes nem nos damos conta por estar numa localidade que a água ainda não virou questão de guerra entre povos, apesar da grande comercialização. A interação social na modernidade (mercado) é medida pelas coisas (funciona como elo entre as pessoas). “Todo o processo produtivo não se faz, em primeiro lugar, em função da satisfação das necessidades humanas, mas em função da valorização do 1 Este título é de acordo com a afirmativa de: OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Ética e Economia. São Paulo: Ática, 1998. 2 Professor da rede estadual de educação, formado em filosofia e com especialização em Didática do Ensino Superior. Atualmente é professor formador do Cefapro de Matupá. 3 BOGO, Ademar. O vigor da mística. São Paulo: Publicação do MST, 2002, p.63 (caderno de cultura nº 2 do MST) 4 Cf. Oliveira: p. 08. 5 Cf. Idem, p. 09. 6 Idem, p.09.

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ÉTICA, ECONOMIA1 E SUSTENTABILIDADE: uma temática provisória.

Autoria de Fernando Rasnheski2

Parafraseando o contexto da ética e a relevância capitalista no cenário atual, Ademar Bogo se expressa da seguinte forma: “Os interesses econômicos tapam os olhos da ética e não deixam a consciência observar os estragos que o corpo vai fazendo através dos passos errados, como se deixassem rastros de cinza por onde passam, marcando sua existência pela destruição e não pela arte de construir o belo em harmonia com todos os seres vivos”.3 Sendo assim, atropelamos nossa proposta ética pela desconstrução econômica e acabamos justificando nossa forma de agir impulsionado pelo valor econômico e não pela fundamentação ética e acabamos respaldados por ações distorcidas do socialmente justo para a maioria. Precisamos urgentemente retomar rumos menos condenável para todos os seres.

Assim, é impossível pensar a ação humana sem valores éticos. Quem age comunicativamente se abre ao diálogo, age pela fala e fala o mundo vivido. Isto só é possível na base de um reconhecimento mútuo originário, isto é, reconhecido por nossa capacidade originária. Na estrutura do capitalismo é negado o direito à igualdade do diálogo em quase todas as instâncias, principalmente naquelas que são usadas para a dominação da massa popular (televisão, jornais, cinema, livros...).

Mediante isso, a tarefa explícita da reflexão filosófica também passa a ser a “explicação da função da fundamentação do principio fundante das ações éticas”4. Acabamos entendendo que a linguagem também é uma maneira de agir socialmente: “quem age comunicativamente se abre, em princípio, à argumentação”5. Argumentar é situar-se num nível de sociabilização.

Podemos entender que o princípio básico da ética “é o princípio da igualdade fundamental de direito de todos os homens/mulheres e, consequentemente, a corresponsabilidade de todas as pessoas”6. Esta também é uma argumentação compatível com a de Leonardo Boff. O homem não é, simplesmente, ele se faz, se conquista, o que se faz através de uma ação no mundo.

O homem grego é o homem comunicativo, se faz na polis; o homem moderno é um homem de necessidades, autossuficiente e satisfaz suas carências (propriedades). A liberdade do sujeito moderno é a liberdade de possuir, mas só pode possuir no mercado, proponde que muitos fiquem à margem (excluído até do mínimo que a sociedade exige). Mais de dois bilhões de pessoas na atualidade não tem acesso à água de qualidade e comida diariamente, só para sinalizar uma problemática do cotidiano que muitas vezes nem nos damos conta por estar numa localidade que a água ainda não virou questão de guerra entre povos, apesar da grande comercialização.

A interação social na modernidade (mercado) é medida pelas coisas (funciona como elo entre as pessoas). “Todo o processo produtivo não se faz, em primeiro lugar, em função da satisfação das necessidades humanas, mas em função da valorização do

1 Este título é de acordo com a afirmativa de: OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Ética e Economia. São Paulo: Ática, 1998.2 Professor da rede estadual de educação, formado em filosofia e com especialização em Didática do Ensino Superior. Atualmente é professor formador do Cefapro de Matupá.3 BOGO, Ademar. O vigor da mística. São Paulo: Publicação do MST, 2002, p.63 (caderno de cultura nº 2 do MST)4 Cf. Oliveira: p. 08.5 Cf. Idem, p. 09.6 Idem, p.09.

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valor”7. O valor, e não o homem se torna sujeito do processo, o centro do sistema: mediado pela troca, tal que a socialização se torna imoral.

“O princípio formal das ações éticas é o reconhecimento recíproco de todo e qualquer homem(mulher) em sua igual dignidade, o capitalismo é moralmente inaceitável porque nega essencialmente a dignidade do trabalhador, uma vez que o reduz a um instrumento de um processo de produção no qual o sujeito é o próprio capital”8. Essa fundamentação argumentativa é que traz a correlação entre os poucos que possuem muito e os muitos que não possuem nem o suficiente, tornando escravos da barbárie. As inovações tecnológicas estão aí, mas a maioria não tem como desfrutar e acabam sendo devoradas por mosquitos da dengue ou da malária porque vivem em países ditos periféricos e de classes socialmente não assistida.

É bárbaro, mas se faz necessário a seguinte pergunta: como podemos discutir ética e democracia a partir da miséria?

Dentro da estrutura do capitalismo não existe ética porque permite a exploração do homem pelo homem, manifestando interesse maior no lucro e não no trabalho realizado pela pessoa humana. Um exemplo típico está na produção de chocolate: extraído da matéria-prima conhecida como cacau e que é cultivada em países de clima quente, tal que se encontra na América do Sul e no continente Africano. A maior parte do cacau é explorada com trabalho escravo nos países africanos, comandado pelas grandes multinacionais com sede nos países ricos (apenas de dinheiro), obtendo imensos lucros e não revertendo o suficiente aos trabalhadores braçais. A cultura do chocolate produz prazer e alegria em muitas pessoas que consomem, porém contribui com o derramamento de sangue de muitos trabalhadores ao serem submetidos à condição de escravos9.

Mato Grosso e Pará são campeões em reproduzir a escravidão moderna nas fazendas de criação de gado, produção de soja, entre outros cultivares do agronegócio, tal que parte da justiça (ministério público) continua detectando as situações acima mencionadas.

O campo do capitalismo econômico não permite ser ético porque a riqueza produzida por muitos e acumulada por poucos é fruto da exploração do trabalho alheio não remunerado dignamente. Fundamenta-se aqui o valor do desenvolvimento enquanto lucro que permite a exploração dos seres terrestres – animais, vegetais e minerais –, o envenenamento da terra – Gaia – e que transforma desde gosto até valores em objetos de mercados. As datas comemorativas e festivas são alvo de grandes negócios de vendas de mercadorias e cada vez mais presente em nosso meio, tal que levou a crise financeira atual, semelhante à de 1929, quando apenas os bancos e grandes empresas saíram beneficiados. Se não reverter à crise econômica atual, só nos Estados Unidos da América mais de quatro milhões de famílias vão perder suas casas por não conseguir pagar os financiamentos.10

7 Idem, 12.8 Idem, pp. 12-13.9 Este parágrafo foi descrito a partir de palestras sobre Exposição Sobre a História do Trabalho Escravo e sua Facetas Contemporânea, do senhor Dr. Vitale Goanini Neto, professor de Historia da UFMT, de Cuiabá, proferidas no ano de 2004 e 2005, em várias cidades do nosso estado, a convite da Comissão Pastoral da Terra e do Ministério do Trabalho.10 Dados do Jornal Nacional – Rede Globo – de 11 de novembro de 2008 (jornal das oito).

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Essa ruptura só será possível quando aderirmos a um novo paradigma, a uma nova proposta, que está sendo argumentada na atualidade como: sustentabilidade11. É o que passamos a ver.

Então, perguntamo-nos sobre a vulnerabilidade da ética do cuidado referente à conduta da devastação e do saber cuidar enquanto universo nosso ainda fazem eco para a atualidade. Vejamos se podemos construir um mundo mais sustentável e coexistencial – o ser que se faz no meio do mundo, segundo Sartre.

Partindo do princípio da crueldade é que podemos tecer nossa construção enquanto ser vivente em outro paradigma possível: a ética do cuidado.

Referindo a você enquanto aluno ou aluna de colégios públicos, que se encontra dentro do Portal da Amazônia, no município de Colíder, Matupá, Guarantã ou outro município da região do Estado de Mato Grosso, comportando três tipos de ecossistemas, sendo o cerrado, a floresta amazônica e o pantanal, já ouviu falar ou leu sobre a Carta da Terra? Caso a resposta seja não, você poderá acessar na Internet um dos inúmeros endereços disponíveis: www.pvceara.org.br/downloads/cartaterra.pdf Nessa página pode ser acessado na íntegra um assunto discutido pelo mundo afora que trata também de nós aqui em Colíder, Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Matupá ou outro município. Resumidamente a carta trata de uma mudança radical de hábitos e valores, reconhecido como ética planetária, que é mais aprofundada por um de seus divulgadores consciente, chamado Leonardo Boff.

Usando do texto “Ética e Sustentabilidade”12, de Leonardo Boff13, podemos destacar que “A crise é sistêmica e paradigmática. Reclama outro projeto civilizatório, alternativo, se quisermos salvar a Gaia e garantir um futuro para a humanidade”14. Ou levamos em frente o projeto há muito questionado que tem como proposta a exploração, a competição e a feroz concorrência ou mudamos para a cooperação e a solidariedade entre os animais, vegetais e minerais, criando uma interdependência e “que permitem que todos os seres convivam, co-evoluam e se ajudam mutuamente para manterem-se vivos e garantir a biodiversidade”15.

Um assunto que tem relevância fundamental referente à questão da sustentabilidade se efetua no paradigma do desenvolvimento. O desenvolvimento sustentável é pouco provável que exista, pois não comunga tal que acima de tudo, no desenvolvimento se equaciona a dimensão do valor enquanto lucro. E para se obtiver lucro, a regra básica é a exploração dos outros, o envenenamento da terra, dos animais e dos alimentos por agrotóxico; a escravidão de povos e culturas; a supremacia da minoria e a pobreza de quase todos.

Ressalta Boff que a palavra grega “Ethos” ganha atualidade ao significar a “morada humana, aquele espaço da natureza que reservamos, organizamos e cuidamos

11 Deve ficar claro que até mesmo a proposta da sustentabilidade está ficando refém do sistema capitalista, visto que dentro de cada nova opção que toma corpo no meio social, existe um grupo que toma parte para tirar proveito em forma de mercadoria. Até o termo sustentabilidade entra em conflito quando de sua terminologia, visto que grupo faz a determinação da palavra e em que contexto está sendo usado. Temos que ter o cuidado para não cair na proposta dos ideólogos demagogos e que tiram “proveito até do berro da vaca”, se é possível vivermos sem essas amarras dos sistemas econômicos vigentes.12 BOFF, Leonardo. Ética e Sustentabilidade. In: Caderno de Debate Agenda 21 e Sustentabilidade. Ministério do Meio Ambiente. Brasília: Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável, 2006 (caderno de debate nº 10).13 Leonardo Boff é teólogo, filosofo e ecólogo, dono de um pensar diferenciado que fundamenta o equilíbrio entre a atitude e o discurso. Sempre preocupado com as mudanças climáticas, chama a sociedade ao compromisso para novas atitudes, hábitos e valores que não agride a biosfera, fundamentado na sustentabilidade e na ética do saber cuidar.14 Boff: 2006, p.05.15 Idem: 2006, p.6.

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para fazê-lo nosso habitat” e completa nossa felicidade quando a terra produz o sentimento humano de “sentir-se em casa”. Assim, reconstruindo a palavra “Ethos”, passa a significar casa comum, planeta terra e que cria o sentimento de um ethos planetário. É a partir daí que asseguramos a Terra-Gaia viva e bela.

Como construir a ética do cuidado? Primeiramente ela não pode ser imposta de cima para baixo. Deve nascer da essência humana, ser compreendida por todos e praticada por todos que tem interesse em aderir. Para que isso seja possível, é necessário criar novos valores, novos saberes, nova ótica e ser guiada por uma ética da sustentabilidade. Fazendo uma leitura da Carta da Terra, Boff salienta que a humanidade precisa escolher seu futuro: “ou formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a devastação da diversidade da vida”16.

Para vivermos um modo sustentável de vida é preciso estabelecer quatro princípios fundamentais dessa nova ética da sustentabilidade: a) princípio da afetividade; b) princípio do cuidado da compaixão; c) princípio da cooperação e; d) princípio da responsabilidade17. E para esses princípio obterem resultados positivos, precisa ser acompanhados das quatro seguintes virtudes: a) hospitalidade (cada um se sentir hóspede dessa terra); b) convivência (nossa missão não é existir, mas coexistir); c) respeito a todos os seres (cada um na sua singularidade merece veneração e respeito) e; d) comensalidade (é o ato de comer e beber juntos).

O que foi descrito não quer ser uma receita pronta e acabada, mas que cada grupo ou pessoa escolha a melhor, onde todos possam coexistir e cooperar e assim teremos novos modelos de sustentabilidade (não arrancar folha do caderno sem motivo, não jogar lixo em lugares impróprios, respeitar o espaço e a existência dos outros, cooperar tanto em sala de aula quanto em outro espaço em que outras pessoas se fazem presentes, entre outras situações simples do cotidiano).

Afinal, você se sente uma pessoa ética? Já pensou o que mudaria se adotássemos princípios que perfaz a ética da sustentabilidade? Qual sua primeira atitude tomada para melhorar nosso habitat? A iniciativa é sua e minha! Mãos à obra!

Referências Bibliográficas:

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16 Idem: p.08.17 Para um melhor aprofundamento do assunto referido nessa última parte, basta fazer uma leitura mais aprofundada de Leonardo Boff, tanto do artigo já citado como de inúmeros outros e seu próprio exemplo de vida.

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_______. Desafio ético-profissional. In: Revista Mundo Jovem: agosto de 2005, p.15. CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2005, pp.319-322.CHAUI, Marilena. Filosofia: série Brasil. Volume único. São Paulo: Ática, 2005._______(a). Filosofia: série novo ensino médio. Volume único. São Paulo: Ática, 2005.DEMO, Pedro. Conhecimento Moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1997.FOELKER, Rita. Virtude: a excelência em prol da felicidade. In: Revista Discutindo Filosofia, ano 2, nº 11, pp. 23-27.LIMA VAZ, Henrique C. de. Escritos de filosofia II: ética e cultura. São Paulo: Loyola, 1993.OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Ética e Economia. São Paulo: Ática, 1998.MARTINS, Vicente. Os valores da vida. In: Revista Mundo jovem: abril de 2008, p.15.NEUMANN, Erich. Psicologia Profunda e Nova Ética. Trad. João Resende Costa. São Paulo: Paulinas, 1991.NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. São Paulo: Ática, 2008.REVISTA DISCUTINDO FILOSOFIA: ano 3 e nºs: 11, 12, 13 e 14 de 2008.RESENDE, Antonio (org). Curso de filosofia. 13ª ed. Rio de Janeiro:2005.TROMBETTA, Sérgio. Manter vivo o desejo da justiça. In: Revista mundo jovem: outubro de 2007, p.16.VÁRIOS AUTORES. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000.http://tpd2000.viabol.uol.com.br/etica1.htm, p.6.