Arte e artesanato

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33 por Isis Fernandes Braga Professora do Curso de Desenho Industrial da Escola de Belas Artes/ UFRJ. Doutoranda no PPGAV/EBA, linha de pesquisa Estudos da Imagem e das Representações Culturais Arte, Design, artesanato e Aloísio Magalhães QUANDO OLHAMOS AO NOSSO REDOR, PERCEBEMOS QUE NOS RODEAMOS FREQUENTEMENTE DE OBJETOS, UTILITÁRIOS OU DECORATIVOS, PRODUZIDOS POR PESSOAS DO POVO. SÃO OBJETOS RESULTANTES DE NOSSAS TRADIÇÕES, QUE EXPLORAM MATÉRIAS-PRIMAS AS MAIS DIVERSAS E NOS MOSTRAM SOLUÇÕES ENGENHOSAS. ALOÍSIO MAGALHÃES (1927-1982) QUANDO COORDENADOR DO CNRC (CENTRO NACIONAL DE REFERÊNCIA CULTURAL) E MAIS TARDE COMO SECRETÁRIO DE CULTURA, DEDICOU-SE À PRESERVAÇÃO DOS BENS CULTURAIS E À VALORIZAÇÃO DO ARTESANATO POPULAR. SEGUNDO PALAVRAS DE CLARA DE ANDRADE ALVIM 1 , SEU BRAÇO DIREITO NO CNRC, “ELE NÃO ERA ABSOLUTAMENTE CONTRA A INDÚSTRIA, MAS ELE ACHAVA QUE A INDÚSTRIA NÃO DEVERIA ARREBENTAR COM OS SABERES POPULARES, MAS QUE DEVERIA DECORRER DESSES SABERES”. Aqui enfoco brevemente a discussão dos conceitos de arte, Design e artesanato, da forma como foram abordados pelo designer, artista, e produtor cultural brasileiro, Aloísio Magalhães. Ele era apaixonado e entusiasmado com a questão do artista popular. Aloísio Magalhães é, para nós que trabalhamos com a imagem e o Design, o nome de referência mais respeitado até hoje. Pintor consagrado, com participações nas Bienais de São Paulo, de Veneza e exposições no exterior, tudo abandonou pelo Design. Segundo sua viúva Solange, ele dizia que praticando o Design, ele atingiria um público muito maior, atingiria o povo. Ele foi um dos criadores do moderno Design no Brasil, autor de inovações em Design Gráfico e atuou na criação da primeira escola superior de design no país, a ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial), atualmente pertencente à Universida- de Estadual do Rio de Janeiro. O que muitos de nós não sabemos é a sua posição e atuação em relação ao artesanato e as medidas por ele tomadas quando Secretário de Cultura: Aloísio Magalhães empe- nhou-se pela inserção do artesanato ( ísis braga arte, design, artesanato e aloísio magalhães > DESIGNE

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por Aloisio Magalhães, a arte e o artesanato

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    DESIGNE

    por Isis Fernandes Braga

    Professora do Curso de DesenhoIndustrial da Escola de Belas Artes/UFRJ. Doutoranda no PPGAV/EBA,linha de pesquisa Estudos da Imageme das Representaes Culturais

    Arte, Design, artesanato e Alosio Magalhes

    QUANDO OLHAMOS AO NOSSO REDOR, PERCEBEMOS QUE NOS RODEAMOS

    FREQUENTEMENTE DE OBJETOS, UTILITRIOS OU DECORATIVOS, PRODUZIDOS POR

    PESSOAS DO POVO. SO OBJETOS RESULTANTES DE NOSSAS TRADIES,

    QUE EXPLORAM MATRIAS-PRIMAS AS MAIS DIVERSAS E NOS MOSTRAM SOLUES

    ENGENHOSAS. ALOSIO MAGALHES (1927-1982) QUANDO COORDENADOR DO CNRC

    (CENTRO NACIONAL DE REFERNCIA CULTURAL) E MAIS TARDE COMO SECRETRIO DE

    CULTURA, DEDICOU-SE PRESERVAO DOS BENS CULTURAIS E VALORIZAO DO

    ARTESANATO POPULAR. SEGUNDO PALAVRAS DE CLARA DE ANDRADE ALVIM1 ,

    SEU BRAO DIREITO NO CNRC, ELE NO ERA ABSOLUTAMENTE CONTRA A INDSTRIA,

    MAS ELE ACHAVA QUE A INDSTRIA NO DEVERIA ARREBENTAR COM OS SABERES

    POPULARES, MAS QUE DEVERIA DECORRER DESSES SABERES.

    Aqui enfoco brevemente adiscusso dos conceitos de arte,Design e artesanato, da forma comoforam abordados pelo designer,artista, e produtor cultural brasileiro,Alosio Magalhes. Ele era apaixonadoe entusiasmado com a questo doartista popular.

    Alosio Magalhes , para ns quetrabalhamos com a imagem e o Design,o nome de referncia mais respeitadoat hoje. Pintor consagrado, comparticipaes nas Bienais de So Paulo,de Veneza e exposies no exterior,tudo abandonou pelo Design. Segundosua viva Solange, ele dizia que

    praticando o Design, ele atingiria umpblico muito maior, atingiria o povo.

    Ele foi um dos criadores domoderno Design no Brasil, autor deinovaes em Design Grfico e atuouna criao da primeira escola superiorde design no pas, a ESDI (EscolaSuperior de Desenho Industrial),atualmente pertencente Universida-de Estadual do Rio de Janeiro.

    O que muitos de ns no sabemos a sua posio e atuao em relaoao artesanato e as medidas por eletomadas quando Secretrio deCultura: Alosio Magalhes empe-nhou-se pela insero do artesanato

    ( sis braga arte, design, artesanato e alosio magalhes >

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    Lamparinas construdas de latas. Origem: Feira dos Parabas

    fotos Isis Braga

    em uma categoria que pudesse sercotejada de par a par com a arte e oDesign. Desse ponto de vista,o arteso um designer em sua formamais pura, conforme afirmativado nosso principal designer.A inventividade e a praticidade dohomem simples brasileiro, que AlosioMagalhes dizia ser o seu grandeatributo est, segundo ele, presenteem aplicaes de objetos de usocotidiano, como foi feito nos bulbosde lmpadas eltricas. No livroE Triunfo?2 , que rene textos dediscursos de Alosio, ele assim os cita:

    H um que particularmente meencanta pelo seu sentido potico e,at mesmo, de amor, que so aquelaslmpadas de querosene que sousadas pelo homem brasileiro naregio em que ainda hoje no chegoua eletricidade, e eles usam o bulbo dalmpada eltrica como depsito dequerosene. A meu ver, o contedo,a inveno e graa deste objeto extraordinrio. E de humor, quer dizer,j que eu no tenho luz eltrica,fisicamente, altero, transformo elepara uma lmpada, tambm lmpada,com outro tipo de tecnologia.Ela recua no tempo, ela mesma,e serve outra vez como lmpada.

    Em outro lugar, no mesmo livro,encontra-se o que se segue3 :

    Na realidade eu penso que,dentro do conceito clssico e

    ortodoxo, no existe propriamente artesanato no Brasil. O que parece existir uma disponibilidade imensa para o fazer, para a criao dos objetos. Parece-meque no caso brasileiro ns poderamos dizer que toda a atividade com ascaractersticas do artesanato, ou seja, relao muito direta entre idia econcretizao, pequena intermediao entre a idia e o objeto final, so formasiniciais de uma atividade que quer entrar na trajetria do tempo. Quer evoluir nadireo de maior complexidade e de resultados mais efetivos. (...) possvel at ir-se mais adiante e dizer que esta evoluo na direo de uma maior complexidade,de uma maior elaborao, caracterizada por um alto ndice de inveno, comosendo uma atitude de pr-design. Em outras palavras, o arteso brasileiro basicamente um designer em potencial, muito mais do que propriamenteum arteso no sentido clssico.

    A idia de percorrer ou fazer com que o Brasil valorizasse os conhecimentosdo povo e referenci-los norteou o trabalho do CNRC. Alosio Magalhes recuava origem do Design desde quando ele no era ainda chamado Design, massimplesmente constituia um ato criador. Para ele, tambm, o fato de se partir dealgum objeto j existente era perfeitamente aceitvel. Nada parte do nada, e tudosai de alguma idia, de alguma imagem vista aqui e ali, e transformada pelainventividade do homem do povo. Assim, para Alosio, o artesanato teria um papelmuito importante na prpria gerao de tecnologia e de Design. Os designers eartistas grficos no deveriam desprezar os exemplos do fazer do homem simples,seja das regies interioranas ou o urbano. Suas solues prticas poderoinfluenciar um Design nacional, delineando um ethos, no dizer de Geertz4 ,como sinnimo de tom, alma.

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    DESIGNE( sis braga arte, design, artesanato e alosio m

    agalhes >

    Cadeira de boneca; autor Sr.Euclides

    fotos Isis Braga

    Detalhe da amarrao dos ps e encosto

    Silvia Coimbra, autora do livro O reinado da lua5 e dona da loja Nega Ful(que marcou poca em Pernambuco, no s por expor o artesanato mas tambmpelos cursos que al eram ministrados por designers e professores) refere-se aAlosio desta forma6 :

    Eu via em Alosio o fundamental, que era uma pessoa de uma simplicidadee um olhar, uma sensibilidade capaz de captar as grandezas que estavam ao redordele, muitas vezes nas condies mais difceis que impediam o acesso, como aindaacontece hoje com tantos. Ento, entre eles tinha o Seu Euclides, aquela pessoaque apreciava tanto, tinha sua cadeiras na casa dele, estimulava amigos. Quandoa Carmen Portinho esteve aqui, ele me pediu para ir com Carmen na casa de SeuEuclides e ela tambm ficou muito entusiasmada. Carmen Portinho, ouvi ela dizerque era o melhor desenho popular de cadeiras que ela conheceu. Pois .Seu Euclides continuou a produo que a me j fazia, acho que a av com a tiae me dele tambm, dessas cadeiras. Ele inclusive conta(...) Mas ento, as duasprimeiras cadeiras que ele fez, assim contente, numa produo que a mefazendo, a av fazendo, e ele resolveu fazer a dele e foi vender na feira. A umamulher comprou uma cadeira. Ele saiu contentssimo. Primeiro dinheiro que eleganhava por um trabalho dele! Mas a, quando ele deu uns passos, a moachamou. Ele voltou todo contente achando que ela queria outra cadeira. A eladisse: Menino safado, pega essa porcaria, que eu no quero isso, e me d meudinheiro. Porque ela, depois que saiu, ela deu uns passos e achou que a cadeirano era bem feita. Ele disse que chorou. Foi para casa e disse: Vou fazer essacadeira. E a partir da ele comeou a produo (..). Ento fica a pessoa fazendopor conta prpria... Ele ainda faz at hoje. Ele tem 70 anos. E s se encontra lna casa dele.

    As interfaces entre estes doisfazeres so importantes e devem serlevadas em conta pois se mostramcomo alternativas e nelas acham-seembutidas as probabilidades deresolues do estado de crise quetanto caracteriza o Brasil. O designerno deve se fechar em regras eprogramas fechados, mas sim, manteros olhos bem abertos e extrair do seuambiente novas idias e solues.

    Ao participar da criao da ESDI,Alosio Magalhes7 usa um conceitoampliado de arte, que incluia atmesmo a arte popular.

    A prpria histria do Design estintimamente ligada arte, como sepode ver na Bauhaus, quando artistascomo Kandisnki, Klee, Albers, Moholy-Nagy, foram contratados para ensinaraos alunos de Design. A Bauhaus,escola de fins revolucionrios para apoca, integrava o ensino do Designcom o artesanato atravs de oficinasde tecelagem, marcenaria, metal,tipografia e com as artes atravs damsica, do teatro, e da literatura. Dataj desta poca a crise de identidadedo Design, como arte ou tcnica, ouambas integradas, como queria dafilosofia da Bauhaus. Esta interfacearte, Design, arte popular foi metade Alosio Magalhes. Para ele, tudosinalizava para uma poltica culturalque levasse a se conhecer o Brasilcomo um todo, identificando seus

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    Fonte: revista ARCDESIGN, no 26. Foto Fernando Perelmutter

    Renda de Bilro, recriada em cor preta.

    mltiplos referenciais culturais emsua heterogeneidade, semprebuscando a viso de conjunto. Elereconhecia ser muito difcil estatarefa, devido vastido de nossoterritrio e ser a nossa realidadedesconhecida em um todo.

    Depois da experincia frente doCNRC Centro Nacional de RefernciaCultural), ele nomeado diretor doIPHAN (Instituto do PatrimnioHistrico e Artstico Nacional). Suaatuao frente do mesmo permitiu-lhe a execuo dessas mudanas queele julgava necessrias, sempremantendo a coerncia que lhe erapeculiar. Ele unia teoria e prtica,personalidade e objetividade.Administrando a poltica cultural doBrasil ele passou a viajar, estudar,apoiar, descobrir, e descentralizar.Contatos pessoais eram mais bemvindos que relatrios. Esteve emMisses, em Ouro Preto, em Cachoeirodo Itapemirim, em Orlans8 , em SoPaulo, em Recife, em Triunfo.Tombando lugares esquecidos deoutras administraes, tombando nos lugares, mas tambm mtodos,tradies, at mesmo instituiesreligiosas que, ele considerava, faziamparte do nosso legado cultural.

    Este ano completam-se 21 anos damorte de Alosio Magalhes. Asinstituies continuam a. Algumasmudaram de nome. Surgiram as ONGs,

    ativas em muitos domnios antes s de competncia de instituies pblicas.Continuam as discusses sobre a interferncia do designer na cultura popular:descobertas de tradies esquecidas, tentativas de elevar a qualidade do artesanato:surgem iniciativas vindas de fora, de escolas de Design de outros pases, sempre deolho no Brasil e, num sentindo inverso, no querendo apenas levar o que encon-tram aqui, mas tambm trazendo experincia e tecnologia. Como fez Maurcio deNassau, o prncipe holands, to admirado por Alosio Magalhes, que deixou suamarca de prosperidade e dedicao em Recife, cidade natal de nosso designer.

    Em artigo de Winnie Bastian intitulado Design Solidrio9 descrito umprojeto, originrio da equipe de A Casa, envolvendo professores e estudantesholandeses de uma escola de Design. Esta equipe da Design Academy, deEindhoven, Holanda, que possui em seu currculo uma disciplina Artesanato,orientada pela designer Hella Jongerius, veio ao Brasil em 2001, para tentaragregar valores, lidando com o fazer artesanal, sem descaracterizar o fazer e aalma do povo que o produz. Esta vertente do Design holands explora o projetosemi-industrial, valoriza recursos naturais, ensina o reciclar e o usar de novo,pesquisa materiais tecnolgicos e como utiliza-los em tcnicas no sofisticadas,ao alcance do povo. Privilegia o pensar simples, viver simples.

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    agalhes >

    Essa meta complexa de fazerrevigorar a cultura popular e o artesana-to de um povo mostra toda a delicadeza,humildade e boa vontade dessesprofessores e estudantes holandeses, quepropem esta integrao. Na vertentebrasileira temos o SEBRAE, que vematuando em comunidades, sejam urbanasou agrrias, com a ajuda de designersbrasileiros, capazes de entender osignificado deste projeto, capazes deintroduzir no mercado, e fazer escoar,esta produo revigorada pelainventividade de nosso homem simples.Brasileiros e holandeses esto criando umuniverso de objetos feitos com quasenenhuma tecnologia, mas com valoragregado. Madeira laminada, renda,papel reciclado, fibras, capim, barro,pano de fuxico, inveno brasileira.

    Emanuel Arajo10 , no catlogo daexposio Brasil +500, diz:

    essa mo brasileira, essa almabrasileira de muitas cores e demuitas origens, que impregna comsua fora a criao popular nesseimenso pas.

    Assim vai se cumprindo a metade Alosio Magalhes, mesmo depoisde sua morte: uma das batalhaslevadas adiante por ele era fazer comque o brasileiro se preocupasse como conhecimento da prpria cultura.Esse um legado e uma importantemisso para ns deixados pelodesigner Alosio Magalhes.

    BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografiaBASTIAN, Winnie. Design solidrio, in ArcDesign. So Paulo, Quadrifoglio, 2002ESTRADA, Maria Helena. Pode o designer interferir na cultura popular? in ArcDesign.So Paulo, Quadrifoglio, 2002FONSECA, Maria Ceclia Londres. O Patrimnio em processo: trajetria da poltica federalde preservao no Brasil. Rio de Janeiro,UFRJ/IPHAN, 1997.GEERTZ, Clifford. A interpretao das culturas. Rio de Janeiro, LTC, 1989.MAGALHES, Alosio. E Triunfo? A questo dos bens culturais no Brasil. Rio de Janeiro,Nova Fronteira/Fundao Roberto Marinho, 1997.Boletins da Secretaria de Patrimnio Histrico e Artstico Nacional e Fundaopr-Memria/SPHAN-pr-Memria, nos 7 e 9.

    NotasNotasNotasNotasNotasEste artigo a forma ampliada de comunicao por mim feita no 9o Encontrodo Programa de Ps-Graduao em Artes Visuais, da Escola de Belas Artesda UFRJ, PPGAV/EBA em 2002, no Museu Nacional de Belas Artes, RJ.

    1. Em depoimento de Clara Alvim a mim concedido no Rio de Janeiro em1 de julho de 2003, sobre seu trabalho com Alosio Magalhes no CNRC.

    2. MAGALHES, Alosio. E Triunfo? A questo dos bens culturais no Brasil.(1997,p.179).

    3. idem, (1997, p.181).4. GEERTZ, Clifford. A interpretao das culturas. (1989, p. 143)5. Este livro, O reinado da Lua, escultores populares do nordeste, foi escrito

    por Silvia Coimbra, Flvia Duarte e Maria Letcia, e publicado pela editoraSalamandra, Rio de Janeiro, RJ, em 1980.

    6. Em entrevista a mim concedida em Olinda, PE, onde Slvia Coimbra reside,em 11 de fevereiro de 2003.

    7. Palavras da profa. Rosza Vel Zoladz, membro da banca examinadora dadissertao de mestrado de Marcelo Simo Vasconcelos, em 2002, no Programade Ps-Graduao em Artes Visuais, Escola de Belas Artes da UFRJ, PPGAV/EBA.

    8. Neste lugar ele fundou o Museu ao Ar Livre, onde esto representados asatividades agro-industriais da regio e os artefatos para isso empregados

    9. Artigo de Winnie Bastian no peridico ArcDesign, no 23 (2002,p.27,31).10. idem. (2002, 24).