ARTE DE FOTOGRAFAR - TÉCNICA E...
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WORKSHOP
ARTE DE FOTOGRAFAR -
TÉCNICA E CRIATIVIDADE
LNEC, 23 DE JANEIRO DE 2017
Rui Capitão
Máquinas fotográficas
Objetivas
Modos de fotografia Prioridade à Abertura
Prioridade à Velocidade
Manual
Sensibilidade
Exposição
TÉCNICA 1
Câmaras fotográficas
DSLR
www.digitalphotographygear.com
Câmaras fotográficas
Outras
www.digitalphotographygear.com
DSLR
Câmara reflex monobjetiva digital (DSLR: "digital single-lens reflex camera")
câmara digital que usa um sistema mecânico de espelhos e um pentaprisma para direcionar a
luz da lente para um visor óptico na parte traseira da câmara.
As DSLRs são frequentemente preferidas pelos fotógrafos profissionais
How a DSLR Camera Works, 2016, Diana Pinzariu
Operação:
A luz passa pela abertura da objetiva e o
espelho reflete a luz para cima, num ângulo
de 90º
O pentaprisma faz refletir a luz por três
vezes, sendo finalmente enviada para o olho
do fotógrafo (ocular do visor).
Durante a exposição, o espelho roda para
cima, o diafragma contrai-se e o obturador
abre-se, permitindo que a lente projete a luz
no sensor de imagem. Um segundo
obturador cobre o sensor, finalizando a
exposição, e o espelho recolhe enquanto o
obturador se reinicia.
Câmaras sem espelho (mirrorless)
Vantagens:
Mais compactas
Mais leves
Disparo contínuo
mais rápido
Desvantagens:
Menor variedade
de lentes
Consome +bateria
Sistemas de AF e
gamas ISO
inferiores a DSLR
de mesmo preço
Visor eletrónico (vs
visor ótico nas
DSLR)
http://thefuturephotographer.com/mirrorless-vs-dslr-comparison/
Objectiva
• Concentra os raios de luz na direção
exata para formar a imagem nítida
do assunto na superfície da
película/sensor.
• A luz reflectida pelo assunto passa
através da lente e forma a imagem
no sensor.
• São caracterizadas pelas distâncias
focais e a sua máxima abertura (nºf).
http://www.nobadfoto.com/
Distância focal
A distância focal é a distância (em mm) entre o
centro óptico da objectiva e o plano de foco
(sensor digital).
Quanto maior é a distância focal de uma
objetiva, menor é o seu ângulo de imagem e
maior é a magnificação.
Dividem-se em 3 grandes grupos:
Grande angular (curta distância focal)
Normal ( média distância focal)
Teleobjetiva (grande distância focal)
Uma grande angular cria maior profundidade
de campo (mais coisas estão em foco),
enquanto uma teleobjetiva cria menor
profundidade de campo (normalmente,
apenas o objeto focado estará bem definido).
Rodrigo Peixoto e João Paulo Fernandes,
Universidade Lusófona
Efeitos das grandes angulares:
Cuidado: Exagero de perspetiva
Efeito das grandes angulares
Nasim Mansurov, 2016
Efeito das Tele-Objectivas: Efeito das teleobjetivas
Cuidado: Exagero na compressão de planos
200 mm
35 mm Rodrigo Peixoto e João Paulo Fernandes,
Universidade Lusófona
Modos de fotografia
A luz existente é o maior determinante do modo de fotografia a usar.
Os modos de exposição permitem dar prioridade a um dos parâmetros (Abertura
ou Velocidade de obturação) enquanto a câmara ajusta automaticamente as
outras (modos M-A-S-P - Nikon ou M-Av-Tv-P - Canon).
O modo automático é de evitar:
Mesmo as máquinas mais sofisticadas e caras “enganam-se” em certas condições de luz.
Assim, o fotógrafo deverá saber intervir e para isso é necessário dominar a exposição
à luz de modo a poder controlar a imagem a obter.
Para a exposição objetivamente correta (EV=0), há muitas combinações possíveis.
A combinação a adotar depende do resultado que o fotógrafo pretende.
Ao determinar as variáveis da
exposição podemos fazer escolhas
conscientes (e livres) que alteram
completamente o aspecto final da
fotografia.
Prioridade à Abertura
A abertura é a área da lente, através da qual a luz viaja para o corpo da
câmara quando o obturador está aberto e a foto é capturada. É o
diafragma que controla a abertura.
Os números f são uma maneira de descrever o tamanho da abertura. Um f
menor significa abertura maior, enquanto um f maior significa uma abertura
menor.
5,6 4 2,8 2 8 11 f / 16
Rodrigo Peixoto e João Paulo
Fernandes, Universidade Lusófona
Profundidade de campo
Quanto maior for o f, mais coisas à frente e atrás do
assunto estarão em foco, mas mais luz será
necessária para expor corretamente. Quanto menor
o número f, menor é a zona de foco, e menos luz será
necessária.
• Quanto mais fechado (maior f) maior é a
profundidade de campo, i.e., mais planos focados.
Big Sun Photography
Rodrigo Peixoto e
João Paulo Fernandes, Universidade Lusófona
Prioridade à velocidade
• A velocidade de obturação é o tempo que o obturador está aberto para expor a imagem.
• Quanto mais rápida for a obturação mais estático ficará o assunto.
• O tempo que o obturador está aberto é controlável.
• Esses tempos dividem-se em segundos e frações de segundo, em relações de metades e dobros.
• Os efeitos de “congelar” e “arrastar” podem gerar fotos criativas.
Digital Photography School
Elevado tempo de
obturação /
Velocidade
lenta
Velocidade/tempo de exposição (S/Tv)
Curto tempo de
obturação /
Velocidade
rápida
Foto
tre
mid
a d
evid
o
a m
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Foto
tre
mid
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fotó
gra
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Nasim
Mans
urov,
201
6
Velocidade | Efeitos
Rui Capitão, 2016
Velocidade | Efeitos
Rui Capitão, 2011
Velocidade | Efeitos
Rui Capitão, 2009 Rui Capitão, 2015
Velocidade | Efeitos
Britanee Walker, in Blog Photography (Panning), 2015
ISO ou sensibilidade
Nasim Mansurov, 2016
ISO refere-se à sensibilidade do sensor à luz que entra na câmara quando a imagem é
capturada.
ISO elevadas permitem velocidades mais rápidas do obturador, em condições de pouca luz,
mas introduzem grão na imagem. ISO baixos produzem imagens mais limpas, mas requerem
muita luz.
Cada câmara tem a chamada "ISO base", que normalmente é o menor número ISO do sensor
que pode produzir a mais alta qualidade de imagem, sem adicionar ruído à imagem.
Tipicamente a ISO base é 100. O máx. ISO utilizável poderá chegar a 204,800! (Nikon D4s)
Que ISO usar?
Otimamente, deve-se
tentar manter a ISO
básica para obter imagem
de mais alta qualidade.
Nem sempre é possível
fazê-lo, especialmente
quando se trabalha em
condições de pouca luz.
Recomendações:
USAR BAIXOS valores
de ISO: quando as
condições de luz são
boas (p. ex. no
exterior, à luz do dia).
SUBIR valores de ISO:
para condições de luz
insuficientes ou
quando é desejável
algum grão na
imagem, para efeitos
artísticos.
notepad.yehyeh.net
Exposição = A+S+ISO
A luz, como se disse, é
fundamental
Cada foto precisa de uma
certa quantidade de luz para
uma exposição correta.
Há várias combinações de A, S
e ISO que podem ser usados
para criar a exposição
correta.
Um “stop” é um “passo de luz”,
e significa dobrar ou dividir a
metade a luz de uma
exposição.
Pode-se adicionar ou tirar
stops mudando a abertura, a
velocidade ou o ISO.
A combinação que se escolher
depende da nossa visão
artística para essa imagem.
Mais escuro
Diafragma
+fechado
Mais claro
Diafragma
+aberto
Mais escuro
T. Obturação
menores
Velocidades
maiores
Mais claro
T. Obturação
maiores
Velocidades
menores
Nasi
m M
ans
urov,
20
16
Exposição | Histograma
Ca
mb
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A L
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mun
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Pho
togra
phe
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Nasim
Mans
urov,
2016
Exposição | Luz artificial
http://shutterstoppers.com/how-to-use-fill-flash/
http://camerasim.com/apps/original-camerasim/web//
Exposição | simulação !
Composição (enquadramento, simplificação)
Explorar aspetos interessantes (linhas,
diagonais, curvas, texturas, simetrias,
padrões, cores, etc.)
Encher o retângulo
Experimentar!
CRIATIVIDADE 2
Composição
A composição é o processo de
colocar na captura os elementos
importantes. É um contar da
história!
Saber controlar a exposição,
escolher a máquina, a objectiva e,
eventualmente, o filtro, é apenas o
início de uma boa fotografia.
O que distingue um bom fotógrafo
de um mero curioso é a
capacidade para ver coisas que
não são evidentes, para ordenar a
realidade de forma a transmitir
emoções.
Deve haver harmonia entre
elementos da fotografia Recomendações:
Fazer múltiplas verificações em toda a fotografia para nos
certificarmos que não há elementos distrativos.
Procurar equilíbrio entre os elementos
Se possível, experimentar várias possibilidade de recortes
Rui Capitão, 2011
Enquadramento
Uma imagem com demasiados
pontos de interesse acaba por
não atrair a atenção para
nenhum deles.
Recomendações:
Escolher composições simples,
selecionando conscientemente
aquilo que se vai incluir na
fotografia
Escolher local, luz e ponto de
vista mais adequados (ao nível
dos olhos, da cintura, do chão)...
Posicionar o(s) motivo(s) no
retângulo da fotografia
criteriosamente – p.ex. usar
regra dos terços.
Evitar colocar os motivos no
centro da fotografia (pouco
apelativo).
Nikon, Learn & Explore - http://www.nikonusa.com/en/learn-and-explore
Simplificação
O mundo é caótico. A tarefa do
fotógrafo é dar ordem a essa
desordem, separando o
essencial do acessório.
Recomendações:
Se a cena for complexa,
procurar isolar elementos que
queremos destacar.
Utilizar a nosso favor a
profundidade de campo
Não esquecer que ao usar
profundidades reduzidas
precisamos de acertar bem o
foco (single focus desejável)
Rui
Capitão, 20
14
Explorar linhas e diagonais
Rui
Capitão, 20
10
Rui
Capitão, 20
14
Explorar linhas curvas Rui
Capitão, 2
01
6
Explorar padrões
Por vezes os padrões numa composição são tão ou mais importantes quanto o próprio objeto.
Recomendações:
Quando há padrões na cena, é importante retirar elementos distrativos ou que sobressaiam, retirando beleza ao conjunto.
National Geographic, Explore NAT GEO
Explorar simetrias (e texturas)
Uso da simetria permite, por definição, total
equilíbrio. Quando possível, usar essa ajuda.
Recomendações:
Procurar explorar simetrias ao mudar ponto de observação.
Rui Capitão, 2013
Rui Capitão, 2012
Criar molduras dentro da foto
Rui Capitão, 2013
Rui
Capitão, 20
13
Explorar cores Rui
Capitão, 20
15
Encher o retângulo Rui
Capitão, 20
15
Experimentar!
Rui Capitão, 2015
REFERÊNCIAS 3 1. Understanding Exposure, 3rd Edition: How to Shoot Great Photographs with
Any Camera, by Bryan Peterson, 2010. AMPHOTO Books
2. Langford's Starting Photography: The guide to creating great images.
Paperback, 2008, by Michael Langford.
3. The Book of Digital Photography: Everything You Need to Know from
Beginner to Pro, by Chris George, 2009. ILEX.
4. Computer Science E-7 Course. Exposing Digital Photography, 2009.
5. Photography Life, by Nasim Mansurov, https://photographylife.com
6. Aula 02 do Curso de Fotografia (TLPF) da Universidade Lusófona, de Rodrigo
Peixoto e João Paulo Fernandes.
OBRIGADO!