Arte Da Antiguidade1

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  • 1. Arte da Antiguidade - Slides Informativos - A termoarte antigarefere-se arte desenvolvida pelas civilizaes antigas aps a descoberta da escrita e que se estende at queda do imprio romano do ocidente, em 476 d.C., aquando das invases brbaras.A arte antiga pode subdividir-se nos seguintes grupos:Arte mesopotmica :Arte sumriaArte assriaArte babilnicaArte persa Arte egpcia Arte celtaArte fenciaArte egeia Arte cicldicaArte minicaArte micnica Antiguidade ClssicaArte etruscaArte gregaArte romana Arte paleocrist

2. Aarte da Mesopotmiadesenvolveu-se ao longo de muitos sculos e de diferentes civilizaes, no sendo, portanto, muito coesa em suas manifestaes. A arquitectura era a mais desenvolvida das artes, apesar de no ser to notvel quanto a egpcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construram templos e palcios, que eram considerados cpias dos existentes nos cus. Por ser escassa a pedra na regio, utilizava-se tijolos de argila .O zigurate, torre de vrios andares, foi a construo caracterstica das cidades-estados sumrias. Nas construes, empregavam argila, ladrilhos e tijolos. Arte da antiga Sumria(sul da antiga Babilnia, hoje sul do Iraque), teve lugar no local onde se desenvolveu uma civilizao de cidades-Estados durante o III milnio a.C.. Os sumrios apresentaram uma das mais ricas e variadas tradies artsticas do mundo antigo, a base sobre a qual se desenvolveu a arte dos assrios e babilnios. Grande parte do que conhecemos da arte sumria procede das escavaes das cidades de Ur e Erech. O aspecto dominante da arquitectura das grandes cidades era o templo-torre (zigurate).As fachadas com colunas tinham decorao de lpis-lazli, conchas e madreprola. Tambm eram produzidas jias do mais delicado trabalho em ouro e prata, esculturas de cobre, cermica, gravuras e selos. Os sumrios trabalhavam bem a pedra e a madeira, e foram pioneiros na utilizao de veculos com rodas. 3. Esttuas de Gudeia, Principie de Lagash, cerca de 2130 a. C. 4. Umzigurate(mais correctamente, deveria dizer-se em portugusuma zigurate , pois o substantivo feminino nas antigas lnguas do Prximo Oriente) uma forma de templo, comum aos sumrios, babilnios e assrios, pertinente poca do antigo vale da Mesopotmia e construdo na forma de pirmides terraplanadas. O formato era o de vrios andares construdos um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir rea menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construdo as plataformas poderiam ser rectangulares, ovais ou quadradas, e seu nmero variava de dois a sete. 5. O centro do zigurate era feito detijolos cozidosao sol, enquanto o exterior daconstruo mostrava adornos de tijolos queimados . Os adornos normalmente eramenvidraados em cores diferentes , possivelmente contendo significao cosmolgica. O acesso ao templo, situado no topo do zigurate, fazia-se por uma srie derampasconstrudas no flanco da construo ou por uma rampa espiralada que se estendia desde a base at o cume do edifcio. Os exemplos mais antigos de zigurates datam do final do terceiro milnio a.C., enquanto os mais tardios, do sculo VI a.C., e alguns dos exemplos mais notveis dessas estruturas incluem as runas na cidade de Ur e de Khorsabad na Mesopotmia. Com a descrio supracitada pode-se formular uma imagem, ainda que bsica, de com que se parece um zigurate. A ideia que se tem de que serviam como lugar de idolatria ou cerimnias pblicas, contudo, no correcta. Na Mesopotmia acreditava-se que eram a morada dos deuses. Atravs dos zigurates as divindades colocariam-se perto da humanidade, razo pela qual cada cidade adorava seu prprio deus ou deusa. Alm disso, apenas aos sacerdotes era permitida a entrada ao zigurate, e era deles a responsabilidade de cuidar da adorao aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Naturalmente os sacerdotes gozavam de uma reputao especial na sociedade sumria. 6. Aarte da Mesopotmiadesenvolveu-se ao longo de muitos sculos e de diferentes civilizaes, no sendo, portanto, muito coesa em suas manifestaes. A arquitectura era a mais desenvolvida das artes, apesar de no ser to notvel quanto a egpcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construram templos e palcios, que eram considerados cpias dos existentes nos cus. Por ser escassa a pedra na regio, utilizava-se tijolos de argila .O zigurate, torre de vrios andares, foi a construo caracterstica das cidades-estados sumrias. Nas construes, empregavam argila, ladrilhos e tijolos. Arte da antiga Sumria(sul da antiga Babilnia, hoje sul do Iraque), teve lugar no local onde se desenvolveu uma civilizao de cidades-Estados durante o III milnio a.C.. Os sumrios apresentaram uma das mais ricas e variadas tradies artsticas do mundo antigo, a base sobre a qual se desenvolveu a arte dos assrios e babilnios. Grande parte do que conhecemos da arte sumria procede das escavaes das cidades de Ur e Erech. O aspecto dominante da arquitectura das grandes cidades era o templo-torre (zigurate).As fachadas com colunas tinham decorao de lpis-lazli, conchas e madreprola. Tambm eram produzidas jias do mais delicado trabalho em ouro e prata, esculturas de cobre, cermica, gravuras e selos. Os sumrios trabalhavam bem a pedra e a madeira, e foram pioneiros na utilizao de veculos com rodas. 7. Esttuas de Gudeia, Principie de Lagash, cerca de 2130 a. C. 8. Umzigurate(mais correctamente, deveria dizer-se em portugusuma zigurate , pois o substantivo feminino nas antigas lnguas do Prximo Oriente) uma forma de templo, comum aos sumrios, babilnios e assrios, pertinente poca do antigo vale da Mesopotmia e construdo na forma de pirmides terraplanadas. O formato era o de vrios andares construdos um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir rea menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construdo as plataformas poderiam ser rectangulares, ovais ou quadradas, e seu nmero variava de dois a sete. 9. O centro do zigurate era feito detijolos cozidosao sol, enquanto o exterior daconstruo mostrava adornos de tijolos queimados . Os adornos normalmente eramenvidraados em cores diferentes , possivelmente contendo significao cosmolgica. O acesso ao templo, situado no topo do zigurate, fazia-se por uma srie derampasconstrudas no flanco da construo ou por uma rampa espiralada que se estendia desde a base at o cume do edifcio. Os exemplos mais antigos de zigurates datam do final do terceiro milnio a.C., enquanto os mais tardios, do sculo VI a.C., e alguns dos exemplos mais notveis dessas estruturas incluem as runas na cidade de Ur e de Khorsabad na Mesopotmia. Com a descrio supracitada pode-se formular uma imagem, ainda que bsica, de com que se parece um zigurate. A ideia que se tem de que serviam como lugar de idolatria ou cerimnias pblicas, contudo, no correcta. Na Mesopotmia acreditava-se que eram a morada dos deuses. Atravs dos zigurates as divindades colocariam-se perto da humanidade, razo pela qual cada cidade adorava seu prprio deus ou deusa. Alm disso, apenas aos sacerdotes era permitida a entrada ao zigurate, e era deles a responsabilidade de cuidar da adorao aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Naturalmente os sacerdotes gozavam de uma reputao especial na sociedade sumria. 10. Dur-Untash , ouChoqa Zanbil , construdo no sc. 13 a.C. porUntash Napirishae localizado perto de Susa, Iro um dos mais preservados zigurates do mundo. 11. Zigurate de Ur 12.

  • Arte sumria
  • A partir de 4000 a.C. na zona de confluncia do rio Tigre com o rio Eufrates.
  • - Palcios, templos (zigurate), cmaras funerrias (abbada e arco).
  • - Adobe, madeira, tijolo colorido para decorao.
  • Figuras religiosas de alabastro (hierarquia por altura e tamanho dos olhos).
  • Formas geomtricas e esquemticas baseadas no cone e no cilindro.
  • - Influncia na arte da Assria e da Babilnia.

13. 14. A arte da Assria , desenvolveu-se no reino (situado onde hoje est o Iraque) que estabeleceu um dos maiores imprios do antigo Prximo Oriente. No incio de sua histria, os assrios parecem ter sido dominados pelas civilizaes mais poderosas da Babilnia e da Sumria.O imprio alcanou seu apogeu no governo de Senaqueribe (705-681 a.C.), que reconstruiu a antiga Nnive, trazendo gua das montanhas para dentro da cidade atravs de um elaborado sistema de canais, e criando uma rede de ruas e praas. As escavaes comprovam que asconstrues eram grandiosase fartamenteadornadas com pinturas e esculturas . Apenas fragmentos das pinturas foram preservados, mas uma considervel quantidade deesculturassobrevive.Os assrios foram um povo guerreiro e na arte dedicaram-se a glorificar os seus reis e exrcitos; o tipo de trabalho mais caracterstico era umasequncia de painis de pedra esculpidos com baixos-relevos representando cenas militares ou de caa . Este tipo de relevo narrativo, disposto em torno de sales governamentais ou ptios, uma inveno assria e constitui a sua maior contribuio para o mundo da arte.A outra forma especfica de escultura assria era o Lamassu, um colossal animal alado, com cabea humana, utilizado aos pares para flanquear a entrada de palcios. A civilizao assria sucumbiu quando sua capital, Nnive, foi capturada pelos babilnios e medas em 612 a.C.Arte da Assria 15. Palcio de Khorsabad - Nnive capital da Assria 16. Baixo-relevo originalmente colocado entrada do palcio Dur Sharrukin. 17. Baixo-relevo assrio. Assurbanipal (668-629 aC) numa caa aos lees. 18.

  • Arte Assria
  • Inicialmente na zona norte do rio Tigre, posteriormente estende-se a imprio de grandes dimenses. Auge entre c. 1000 e 612 a.C..
  • Templos e zigurates monumentais. Tijolo, tambm pedra nas entradas das cidades e salas.
  • Escultura monumental (demnios guardies), baixo-relevo narrativo em grande escala.
  • - Influncia da arte da Sumria.

19. A arte da Babilniadesenvolveu-se no reino antigo do Oriente Prximo; sua capital era Babilnia, cujas runas esto prximas da cidade de Al Hillah, no Iraque. Provavelmente, a cidade foi fundada no IV milnio a.C., tornando-se o centro de um vasto imprio no sculo 18 a.C., sob o reinado de Hamurabi.O povo babilnio mais antigo era herdeiro directo da civilizao sumria, que inspirou a arte da sua primeira dinastia. A partir do sculo 17 a.C., a Babilnia foi dominada por outros povos e de 722 a 626 a.C.. esteve sob o controle da Assria. A Babilnia atingiu seu perodo de apogeu e prestgio depois de ter colaborado para a derrota dos assrios. Nabucodonosor II, cujo reinado se estendeu de 605 a 562 a.C., reconstruiu a capital como uma das maiores cidades da Antiguidade e foi, provavelmente, o responsvel pelos famosos jardins suspensos da Babilnia, dispostos de forma engenhosa em terraos elevados, irrigados por canais provenientes do rio Eufrates. A melhor viso do esplendor da arquitectura babilnica pode ser obtida atravs da Porta de Ishtar (575 a.C.) uma luxuosa estrutura de tijolos esmaltados reconstruda no Museu Staatliche, na antiga Berlim Oriental. 20.

  • Arte Babilnica
  • Cidade da Babilnia. 1 perodo com fundador da dinastia babilnica, Hamurabi.
  • 2 perodo de destaque entre 612-539 a.C. com Nabucodonosor (Torre de Babel, Jardins suspensos da Babilnia).
  • Tijolo vidrado colorido para decorao de superfcies arquitectnicas.
  • - Representao da figura animal.

21.

  • Arte Persa
  • Inicialmente a oriente da Mesopotmia (actual Iro), local de passagem de tribos nmadas.
  • Arte nmada ornamental (armas, taas, vasos) em madeira, osso, metal. Estilo animalista, abstraco figurativa e orgnica.
  • Posterior povo herdeiro do imprio assrio, conquista da babilnia em 539 a.C..
  • Palcios colossais (vrias influncias, ambiente cerimonial e repetitivo), ausncia de arquitectura religiosa.
  • - Escultura associada arquitectura.

22. Arte do vale do Nilo A arte egpciaMscara funerria de Tutankhamon, c. 1400 a.C. 23. Aarte egpciarefere-se arte desenvolvida e aplicada pela civilizao do antigo Egipto localizada no vale do rio Nilo no Norte de frica.Esta manifestao artstica teve a sua supremacia na regio durante um longo perodo de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos ltimos 3000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes pocas que auxiliam na clarificao das diferentes variedades estilsticas adoptadas: Perodo Arcaico, Imprio Antigo, Imprio Mdio, Imprio Novo, poca Baixa, Perodo Ptolomaico e vrios perodos intermdios, mais ou menos curtos, que separam as grandes pocas, e que se denotam pela turbulncia e obscuridade, tanto social e poltica como artstica. Mas embora sejam reais estes diferentes momentos da histria, a verdade que incutem somente pequenas nuances na manifestao artstica que, de um modo geral, segue sempre uma vincada continuidade e homogeneidade. 24. APedra de Roseta um bloco de granito negro (muitas vezes identificado incorrectamente como "basalto") que proporcionou aos investigadores um mesmo texto escrito em egpcio demtico, grego e em hierglifos egpcios. Como o grego era uma lngua bem conhecida, a pedra serviu de chave para a decifrao dos hierglifos por Jean-Franois Champollion, em 1822 e por Thomas Young em 1823. 25. Motivao e objectivosA arte do antigo Egipto serve acima de tudo objectivos polticos e religiosos. Para compreender a que nvel se expressam estes objectivos necessrio ter em conta a figura do soberano absoluto, o fara. Ele o representante de deus na Terra e este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestao artstica. Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o fara e as diversas divindades da mitologia egpcia, sendo aplicada principalmente a peas ou espaos relacionados com oculto dos mortos , isto porque a transio da vida morte vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida terrena vida aps a morte, vida eterna e suprema. O fara imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade tm o privilgio de poder tambm ter acesso outra vida. Os tmulos so, por isto, dos marcos mais representativos da arte egpcia. Ali eram depositados a mmia (corpo fsico que acolhe posteriormente a alma,ka ) e todos os bens fsicos do quotidiano que lhe sero necessrios existncia aps a morte. 26. Tribunal de sirisLivro dos Mortos, papiro. 27. Estilo e normas A arte egpcia profundamente simblica. Todas as representaes esto repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer nveis hierrquicos e a descrever situaes. Do mesmo modo asimbologiaserve estruturao, simplificao e clarificao da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes. A harmonia e o equilbrio devem ser mantidos, qualquer perturbao neste sistema , consequentemente, um distrbio na vida aps a morte. Para atingir este objectivo de harmonia so utilizadas linhas simples, formas estilizadas, nveis rectilneos de estruturao de espaos, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e s quais se atribuem significados prprios. A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representao artstica, na atribuio de diferentes tamanhos s diferentes personagens, consoante a sua importncia. Como exemplo, o fara ser sempre a maior figura numa representao bidimensional e a que possui esttuas e espaos arquitectnicos monumentais. Refora-se assim o sentido simblico, em que no a noo de perspectiva (dos diferentes nveis de profundidade fsica), mas o poder e a importncia que determinam a dimenso. 28. As cores A arte egpcia, semelhana da arte grega, apreciava muito as cores. As esttuas, o interior do templos e dos tmulos eram profusamente coloridos. Porm, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfcies dos objectos e das estruturas. As cores no cumpriam apenas a sua funo primria decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida: Preto( kem ): era obtido a partir do carvo de madeira ou de pirolusite (xido de mangansio do deserto do Sinai). Estava associado noite e morte, mas tambm poderia representar a fertilidade e a regenerao. Este ltimo aspecto encontra-se relacionado com as inundaes anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por esto razo, os Egpcios chamavamKhemet , "A Negra", sua terra). Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osris era muitas vez representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahms-Nefertari.Branco( hedj ): obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artisticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objectos rituais. As casas, as flores e os templos eram tambm pintados a branco. 29. Vermelho( decher ): obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao malfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egpcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens.Amarelo( ketj ): para criarem o amarelo, os Egpcios recorriam ao xido de ferro hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egpcios associaram esta cor eternidade. As esttuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objectos funerrios do fara, como as mscaras.Verde(uadj): era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regenerao e a vida; a pele do deus Osris poderia ser tambm pintada a verde.Azul( khesebedj ): obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao xido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao cu. 30. Cena de Caa Tumba de Nebamun1400 a.C. Pintura de parede 31cm British Museum, London 31. Lei da Frontalidade Embora seja uma arte estilizada tambm uma arte de ateno ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ngulos de viso. Para esta representao so s possveis trs pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de uma forte componente esttica, de uma imobilidade solene. O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, representado utilizando dois pontos de vista simultneos, os que oferecem maior informao e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabea e as pernas representam-se vistos de lado. O facto de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verificado poucas inovaes, deve-se aos rgidos cnones e normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao esprito criativo individual. A conjugao de todos estes elementos marca uma arte robusta, slida, solene, criada para a eternidade. 32. Caractersticas A Lei da Frontalidade funda-se no princpio de valorizar o aspecto que mais caracteriza cada elemento do corpo humano. Desenhado de perfil, o rosto mostrado ao mximo. De frente, se resume a uma oval. No rosto de perfil, o olho representado de frente, por ser este seu aspecto mais caracterstico e revelador. O trax tambm apresenta-se de frente, e as pernas e os ps, onde apenas se v o dedo grande, so vistos de perfil. 33. Mastabas Umamastaba um tmulo egpcio, cujo centro nevrlgico era uma capela, com a forma de um tronco de pirmide (paredes inclinadas em direco a um topo plano de menores dimenses que a base), cujo comprimento era aproximadamente quatro vezes a sua largura. Comearam-se a construir desde a primeira era dinstica (cerca de 3500 a.C.) e foi o gnero de edifcio que precedeu e preparou as pirmides. Quando estas comearam a ser construdas, mais exigentes do ponto de vista tcnico e econmico, a mastaba permaneceu a sua mais simples alternativa. Eram construdas com tijolo de barro e/ou pedra (geralmente, calcrio) talhada com uma ligeira inclinao para o interior, o que vai ao encontro da etimologia da palavra. Etimologicamente, a palavra provm do rabemaabba= banco de pedra (ou lama, segundo alguns autores), do aramaicomisubb , talvez com origem persa ou grega. Efectivamente, vistos de longe, estes edifcios assemelham-se a bancos de lama, terra ou pedra. 34. Diagrama de uma mastaba Azul:a capela funerria com a porta fictcia ao fundo. Vermelho:o poo que parte do topo da mastaba e se afunda a partir da. Verde:a cmara morturia e o seu sarcfago. Cinzento:otijolo de adobeque ocupa, de facto, uma grande parte da mastaba. Medidas mdias de uma mastaba:Comprimento 30m, Largura 15m, Altura 6m 35. Aspirmidesso estruturas monumentais construdas em pedra e tm uma base rectangular e quatro faces triangulares (por vezes trapezoidais) que convergem para um vrtice. As pirmides do Egipto Antigo eram edifcios funerrios, embora alguns especialistas acreditem que alm de servirem de mausolu eram tambm templos religiosos.Foram construdas h cerca de 2.700 anos, desde o incio do antigo reinado at perto do perodo ptolomaico. A poca do seu apogeufoi entre a III dinastia e a VI dinastia (2686-2345 a.C.).No eram consideradas estruturas isoladas mas integradas num complexo arquitectnico. Foram encontradas cerca de 80 pirmides no Egipto mas a maior parte delas esto reduzidas a montculos de terra.A construo das pirmides sofreu uma evoluo, desde o monte de areia de forma rectangular que cobria a sepultura do fara, na fase pr-dinstica, passando pela mastaba, uma forma de tmulo conhecida no incio da era dinstica. Foi Djoser, o fundador da III dinastia, quem mandou edificar uma mastaba inteiramente de pedra. Tinha 61 m de altura e 6 degraus em toda a volta, 109 m de norte a sul e 125 m de este a oeste.As pirmides tm uma estrutura subterrnea complexa, composta de corredores e salas onde a sala funerria cavada no solo. Depois da IV dinastia, as pirmides entram na sua fase clssica com a construo da ampla e maravilhosa necrpole de Giz, na margem esquerda do Nilo, no longe do Cairo. 36. The Step Pyramid Complex of Netjerikhet -Airview of Saqqara North, showing the dominating position of Netjerikhet's Step Pyramid and surrounding complex. 37. Map of the Netjerikhet Complex. 38. A pirmide de degraus de Horus Netjerikhet. 39. 3-D drawing of the pyramid substructure. Left inset : view showing the position of the pyramid related to its substructure. Right inset : plan of the substructure. The Eastern Galleries, highlighted in yellow, are not shown in the 3-D drawing. Source : Lehner, Complete Pyramids, p. 87. 40. N 41. Pirmides de Giz, Egipto. Estas trs majestosas pirmides foram construdas como tumbas reais para os reis Kufu (ou Quops), Qufren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), chamada Grande Pirmide, e foi construda cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egipto. 42. Complexo de Giz 43. Quops 44. Abou Simbel, Templo de Ramss. 45. 46. 47.

  • Arte Egpcia
  • - Durante 3000 anos at conquista por Alexandre, o Grande no sculo IV a.C..
  • Arquitectura monumental (pedra), templos, arte funerria, (pirmides, mastabas).
  • Relevos e pinturas murais associados arquitectura, escultura de vulto e colossal, artes decorativas e mobilirio.
  • - Carcter solene com base em cnones rgidos de representao, simbolismo, lei da frontalidade.

48. Arte celta Estilo caracterstico dos povos de lngua celta, na Europa (continente e, em especial, ilhas - Inglaterra, Irlanda) que se desenvolve j desde a pr-Histria, Idade do Bronze at Idade Mdia. 49. Distribuio dos Celtas na Europa. A rea verde sugere a possvel extenso da rea (proto-)cltica por volta de 1000 a.C.. A rea laranja indica a regio de nascimento da culturaLa Tnee a rea vermelha indica a possvel regio sob influncia cltica por volta de 400 a.C... 50. Os celtas eram povos antigos da Europa Central e Ocidental; no perodo pr-romano habitavam grande parte da Europa, inclusive Inglaterra, Glia, partes da Espanha, Alemanha, Repblica Checa e Eslovquia.Um tipo diferente de arte cltica baptizada em homenagem a La Tne, na Sua, desenvolveu-se primeiro no sculo V a.C., basicamente em trabalhos de metal, um campo no qual os celtas mostraram extraordinria habilidade.Os celtas ornavam objectos de uso comum, como armas, armaduras, canecas e jarras, e faziam tambm algumas jias, trabalhando principalmente em bronze e ouro e empregando sofisticadas tcnicas de incrustao.Os motivos vinham de diversas fontes, mas foram transformados pela criatividade celta, que se deliciava com desenhos geomtricos e espirais, muitas vezes combinados com formas animais estilizadas, em elementos abstractos.As figuras humanas eram raras e sempre representadas de maneira um tanto abstracta. A conquista romana tendeu a converter as formas nativas num classicismo provincial, fazendo com que a tradio celta sobrevivesse com mais fora nas reas extremas da Europa, de modo especial na Irlanda, fora do Imprio Romano. 51.

  • Arte cicldica
  • Arquiplago das Cclades, Idade do bronze (2500-1600 a.C.).
  • Objectos em cermica (vasos, clices, etc) de decorao geomtrica (linhas, curvas, espirais).
  • - Pequenos dolos em mrmore de linhas sintticas com nariz destacado em relevo.

Kykladenidol - Exemplo de produo artstica das Ilhas Cclades. Arte egeia 52. dolo dasCclades , Bronze Final. 53. Arte cicldicaArte cicldica denominao dada s artes relacionadas cultura das Ilhas Cclades. A arte cicldica ainda hoje envolta de muitos mistrios, pois dela pouco restou alm de modestas sepulturas em pedra e alguns outros vestgios menos significantes. Em relao produo artstica das Ilhas Cclades podemos destacar a cermica decorada com os parmetros geomtricos linear, espiral e curvilneo. Outro destaque da produo artstica so os dolos esculpidos em mrmore que vo de poucos centmetros ao tamanho natural, com uma caracterstica abstracta onde a cabea um ovide e o nico relevo o nariz. Aparecem tambm pequenas figuras de homens tocando lira ou flauta e mulheres segurando crianas. A arte cicldica foi desenvolvida na Idade do Bronze e um dos trs ramos da arte egeia. 54. Arte minica A arte minica ou arte da antiga Creta desenvolveu-se entre cerca de 3.000 e 1.100 a.C. A civilizao minica teve sua vida administrativa, poltica, religiosa e cultural centrada nos palcios. Dois deles, Cnossos e Festus, so exemplos marcantes dessa organizao.Os palcios tinham projectos complexos; cada um dispunha de um amplo ptio interno central, vrias escadarias, pequenos jardins e recintos reservados para cultos religiosos. Magnficos frescos adornavam as paredes. Trabalhos em metal, entalhe em pedras preciosas, selos de pedras e joalharia atingiram altos padres artsticos.A cermica, por vezes apenas um pouco mais espessa do que a casca de um ovo, era adornada com desenhos florais que, embora convencionais, revelavam grande efeito em fundo colorido ou preto. 55. rea de expanso cultural minica 56. Fresco, II milnio a.C., Palcio de Cnossos, Creta. 57.

  • Arte minica
  • Arte cretense (Ilha de Creta), Idade do bronze (2300-100 a.C.).
  • Pintura mural decorativa de harmonia e movimento, cores vivas e vista frontal associada arquitectura palaciana (de estrutura informal e prtica).
  • - Peas de cermica, pouca escultura (pequenas figuras em argila e terracota, vasilhas).
  • - Temticas do quotidiano, mundo animal (martimo), religio (votiva e ritual).

58. Arte micnica Aarte micnicarefere-se arte dos aqueus, um povo que se estabelece na costa sudoeste da Grcia entre aproximadamente 1600 e 1100 a.C., no perodo final da Idade do Bronze. Os seus habitantes formam vrios ncleos agrupados em torno de palcios, sendo o centro mais importante o de Micenas, nome que cunha a civilizao micnica. A sua produo artstica recebe diversas influncias sendo a da civilizao minica (Creta) a mais evidenciada. Do Antigo Egipto recebem tambm influncia relacionada com o culto dos mortos, nomeadamente no que diz respeito construo de cmaras funerrias em pedra. Deste perodo so de referir o primoroso trabalho em metal e a joalharia que recebem grande herana minica no tratamento formal e na tcnica, se que no tero mesmo sido produzidos por artesos vindos de Creta. Os mais relevantes achados arqueolgicos originam das cmaras funerrias descobertas em 1876 em Micenas por Heinrich Schliemann, onde se englobam punhais com incrustaes, ornamentos para indumentria, diademas e as famosas mscaras funerrias em ouro que serviam para cobrir o rosto do falecido. 59. No repertrio formal dominam, em geral, cenas de caa e a representao de animais como golfinhos, cobras, pssaros, touros e principalmente felinos (leo, leopardo, etc.) onde regra aparecerem com as patas dianteiras e traseiras esticadas, smbolo de movimento. Tambm so comuns elementos da flora martima e a espiral, elemento decorativo muito usado, mesmo associado arquitectura. A escultura no comum, sendo possvel que alguma produo em madeira tenha desaparecido com o tempo. No entanto so conhecidas terracotas representando deusas do lar ( phiepsi ). A escultura pode tambm aparecer associada arquitectura, como no caso daPorta dos Leesem Micenas, onde se vm dois lees virados para uma coluna micnica inseridos na muralha defensiva. Neste exemplo so notrias semelhanas com a tradio da escultura mesopotmica pela imponncia e severidade formal. Contrariamente arquitectura minica, a micnica possui um forte sentido militar onde se observam fortalezas rodeadas de muralhas edificadas em pedra com grande preciso. O palcio divide-se em trs reas simples; um prtico com duas colunas leva antecmara que antecede a grande sala de audincias, rectangular e com quatro colunas a envolver uma lareira central circular. 60. Jarra Micnica 1200-1100 A. de C. 61.

  • Arte micnica
  • Aqueus estabelecidos em territrio grego, Idade do bronze.
  • Principal centro em Micenas, influncia da arte minica.
  • - Arquitectura monumental, pintura sem leveza da arte cretense, temtica militar e narrativa.

Arte egeia 62.

  • Arte fencia
  • Os fencios eram um povo de origem semita que colonizou a sul da pennsula itlica, Siclia, sul da pennsula ibrica e norte de frica. A sua arte conheceu o apogeu entre c. 1000 a.C. e 800 a.C..
  • Dedicados principalmente ao artesanato (objectos utilitrios), comrcio e navegao na zona do Mediterrneo.
  • - Influncia da arte egpcia, egeia, micnica, mesopotmica e grega.

63. Aarte fenciarefere-se expresso artstica dos Fencios um povo semita do mundo antigo. Sua origem desconhecida, mas estabeleceu-se na Fencia (regio mediterrnea correspondente ao Lbano, Sria e Israel) por volta de 3000 a.C.Os Fencios eram altamente civilizados (inventaram um sistema de escrita anterior ao alfabeto moderno) e hbeis comerciantes martimos, chegando a fundar colnias atravs do Mediterrneo, principalmente Cartago. Atingiram o auge do poderio entre 1200 e 800 a.C. e foram conquistados pelos Persas no sculo VI a.C.. A sua arte mais tpica representada nos escaravelhos de jaspe verde, encontrados principalmente nos cemitrios cartagineses da Sardenha e de Ibiza. No perodo helenstico, destacaram-se na confeco de sofisticados sarcfagos de mrmore e ficaram famosos como artistas e artesos, mas poucos trabalhos em larga escala sobreviveram at nossos dias. No entanto, graas sua actividade mercantil, os pequenos artefactos chegaram a difundir-se pelo mundo mediterrneo, muitos deles encontrados em escavaes. Sobressaram-se tambm na confeco de objectos de luxo, como jias, estatuetas, garrafas de vidro e alabastro, caixas de marfim e recipientes de bronze. 64.

  • Arte etrusca
  • Povo etrusco, regio da Toscana, sculos VIII a II a.C..
  • Arte funerria, cmaras tumulares com pintura mural, urnas, escultura em sarcfagos (jacentes), bustos.
  • Peas decorativas em bronze e terracota, joalharia.
  • - Influncia da arte arcaica grega.

Arte da Antiguidade Clssica 65.

  • Arte grega
  • Arquitectura religiosa (Templos em pedra, ordens arquitectnicas), edifcios pblicos (teatros etc.).
  • Cermica (com pintura decorativa), escultura de vulto (mrmore, bronze).
  • Arte ligada ao intelectualismo, valorizao do homem, busca da perfeio, harmonia, equilbrio, proporo. Inspirao na natureza, realismo.
  • - Temtica mitolgica, do quotidiano.

Arte da Antiguidade Clssica 66.

  • Arte helenstica
  • Arte grega do final do sculo IV at o final do sculo I a.C.
  • Civilizao grega estende-se pelo Mediterrneo e Prximo Oriente sob Alexandre, o Grande.
  • - Escultura com sentimento pleno de emoo e movimento.

Arte da Antiguidade Clssica 67.

  • Arte romana
  • Imprio romano, sculo VIII a.C. a IV d.C.. Grande influncia da arte grega.
  • Desenvolvimento arquitectnico com gosto pelo colossal e magnificente. Edifcios pblicos (pontes, aquedutos, termas, anfiteatros etc.), religiosos baslicas, templos.
  • - Escultura histrica, bustos.

Arte da Antiguidade Clssica