Arte & Cultura

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Arte & Cultura Edição especial Casa das Rosas

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Conteúdo: Carolina Montalto e Giovanna Lupo Pasarello Diagramação: Giovanna Lupo Pasarello

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Arte & Cultura

Edição especialCasa das Rosas

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Arte & CulturaDiagramação

Giovanna Lupo Pasarello

Ensaio fotográficoCarolina Montalto e Giovanna Lupo

Pasarello

Informações essenciaisFonte: Site da Casa das Rosas.

Reescrito por Carolina Montalto e Giovanna Lupo Pasarello

Imagens extraFoto divulgação

Matérias especiaisO que não é visto por todos:

Giovanna Lupo PasarelloCarolina Montalto

ApoioCasa das Rosas - Espaço Haroldo de

Campos de Poesia e Literatura

Nesta ediçãoa revista Arte & Cultura contará

para vocês tudo sobre a Casa das

Rosas

Conhecer a história de um lugar e aprofundar-se nos mínimos detalhes é uma sensação incomparável. Nesta edição escolhemos a Casa das Rosas para que vocês, leitores, possam conhecer como funciona este lugar incrível.

Existem tantos centros culturais ao redor de São Paulo, mas nunca presenciamos nenhum que tratasse da poesia e literatura como foco principal.

Dentre essas e outras características que vocês irão ver nesta edição de maio que fará com que vocês sintam a magia deste lugar.

Carolina Montalto e Giovanna Lupo Pasarello

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Índice

Ensaio fotográfico - O que não é visto por todos

Conheça as exposições incríveis que a Casa das Rosas

já recebeu

Veja como a Casa das Rosas se tornou um centro cultural

Confira o que há por trás deste patrimônio tombado

O Jardineiro da Casa das Rosas

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Histórico do Museu Por Carolina Montalto e Giovanna Lupo Pasarello

A&C HISTÓRIA

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Com uma grande história por trás de sua construção, a Casa das Rosas, mansão em estilo clássico francês com trinta

cômodos, edícula, jardins, quadras e pomar, situa-se na Avenida Paulista. A Casa foi projetada por Francisco de Paula Ramos de Azevedo hoje é considerada um dos centros culturais mais preservados da cidade de São Paulo.

A casa foi habitada até 1986 por uma das filhas de Ramos de Azevedo, Lúcia Azevedo Dias de Castro, até que em 1986, o local sofreu desapropriação do governo.Passado algum tempo, a Casa das Rosas foi inaugurada como espaço cultural em 1991.

O Local leva esse nome pois possuía um dos maiores e mais belos jardins de rosas da cidade de São Paulo.

Nesse contexto, a Casa das Rosas desde sua reinauguração como Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, no final de 2004, tem oferecido a população de São Paulo cursos, oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, lançamento de livros, apresentações literárias palestras, ciclos de saraus, peças de teatro, exposições ligadas a literatura e etc.

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Transformando-se portanto em um museu que se notabiliza pelo trabalho de difusão e promoção da literatura de escritores que muitas vezes foram deixados de lado pelo mercado e pela oferta de oficinas e cursos de formação para aqueles que pretendem se tornar escritores ou aprimorar sua arte.

O local abriga a primeira biblioteca do país especializada em poesia, sem contar na livraria

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da imprensa oficial do Estado de São Paulo, que vende apenas livros de editoras universitárias. É importante ressaltar que todo este acervo é preservado pelo Estado de São Paulo.

A liberdade artística do lugar se materializa em recitais, peças de teatro, lançamento de livros, saraus, exposições e outros formatos que privilegiem a poesia de modo geral.

Além da construção feita em concreto, a Casa das Rosas abriga histórias que nem todos conhecem. Nesta edição da revista Arte & Cultura revelaremos o segredo desse lugar incrível.

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A&C CAPA

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Exposições que a Casa recebeu Por Giovanna Lupo Pasarello

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Mínimo múltiplo (in)comum -

uma trajetória em exposição

De 8 de junho a 4 de agosto de 2013, a Casa das Rosas recebeu a

exposição Ronaldo Azeredo: o mínimo múltiplo (in)comum – uma trajetória poética em exposição. O objetivo principal dessa exposição é recuperar a trajetória poética do carioca – paulista Ronaldo Azeredo desde seu primeiro poema produzido “ro”, em 1954 até seu último trabalho publicado, o livro a ser tateado Lá bis ou dois, em 2002.

Com um total de 32 poemas e seis textos em prosa poética, Ronaldo Pinto de Azevedo nasceu em 12 de fevereiro de 1937, no Rio de Janeiro, e faleceu em 14 de novembro de 2006, em São Paulo.

A curadoria desse evento é da professora Marli Siqueira Leite, autora da dissertação sobre a obra do poeta. Ronaldo Azevedo chegou à vida de Marli de uma forma inusitada. Azevedo era avô de um de seus alunos e a partir de seu primeiro contato com a professora iniciou-se uma grande amizade.

A partir dessa aproximação surgiu a ideia de homenagear o poeta com a dissertação Ronaldo Azeredo: o mínimo múltiplo (in)comum da poesia concreta. Esse estudo trata-se do único estudo acadêmico sobre o trabalho do autor até o momento.

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Fotos: Divulgação

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Tempo-vero: instalação dialoga com poema a máquina do mundo repensada, de

Haroldo de Campos

Dos dias 16 de agosto até 29 de setembro de 2013, a Casa das Rosas recebeu a exposição Tempo-vero, uma instalação do arquiteto e escultor carioca Leonardo Tepedino, que

dialoga com o livro-poema A Máquina do Mundo Repensada, de Haroldo de Campos.

Originalmente concebida para ocupar as Cavalariças do Parque Lage, no Rio de Janeiro, a escultura composta de fragmentos de madeira foi adaptada para os interiores da Casa das Rosas. Com a iniciativa do Centro de Referência Haroldo de Campos essa exposição foi inaugurada por ocasião do evento Hora H, em homenagem a Haroldo de Campos.

Leonardo Tepedino cria em seu projeto a união do simples artesão com o projetista moderno. A grande peça com fragmentos de madeira contorcidos e emendados funciona como uma intervenção da mansão de Ramos de Azevedo, redimensionando o espaço interno do lugar.

O título tempo-vero foi extraído de A máquina do Mundo Repensada, livro em que Haroldo de Campos mistura refeências poéticas e científicas para refletir sobre os cosmos.

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Fotoescritura em Haroldo de Campos

Com a curadoria de Bruno Giovanetti, acontece entre os

dias 18 de março a 25 de maio de 2014 uma mostra de poemas de Haroldo de Campos referentes as fotos de Giovanetti.

O objetivo dessa exposição é de mostrar lado a lado, a imagem e a palavra poética.

As fotos “transcritas” por Haroldo são vistas ao lado dos poemas e de obras do acervo bibliográfico da Casa das Rosas.

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Ensaio Fotográfico Por Carolina Montalto e Giovanna Lupo Pasarello

A&C ACERVO

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Analisar o espaço levando em conta sua arquitetura, é muito importante quando sua intenção é retratar o contexto histórico. A Casa das Rosas é um patrimônio tombado

pelo Governo da Cidade de São Paulo por ser uma obra com um grande valor histórico por trás de cada detalhe.

A época em que Francisco de Paula Ramos de Azevedo construiu a Casa, foi marcada pelo momento áureo que a economia cafeeira passava em São Paulo. O arquiteto Ramos de Azevedo realizou dezenas de projetos de edifícios públicos e residências que contribuíram para redefinir a cidade como metrópole.

Ao realizar o ensaio fotográfico nós, da Revista Arte & Cultura, redobramos a atenção para que vocês, leitores, consigam enchergar além do que todos podem ver dentro desse lugar incrível que é a Casa das Rosas.

Vale lembrar que cada detalhe arquitetado por Ramos de Azevedo tinha uma intenção. Explicaremos alguns pontos durante a passagem das fotos.

Giovanna Lupo Pasarello

Fotos: Carolina Montalto e Giovanna Lupo

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Detalhes no teto Dificilmente quando entramos em um lugar reparamos no teto, porém

quando se fala de arquitetura os tetos dos lugares podem dizer muito sobre seu

arquiteto e, principalmente sobre sua arte. Sabe-se que Ramos de Azevedo foi cuidadoso na construição da Casa das Rosas por que sabe-se que seu intuito foi construir a Casa para usá-la como escritório como também para moradia de uma de suas filhas. É importante ressaltar que cada cômodo da Casa

recebe uma decoração diferente no teto.

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A Casa Separamos visões incríveis da casa

de diversos ângulos com o intuito de mostrar detalher que não são facilmente

reconhecidos.

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Detalhes Esses leões foram utilizados apenas

como disfarçes para cobrir os encanamentos de saída de água das calhas. Já esses porões ao lado que

permeiam a casa são saídas de calor. O porão recebia a caldeira que produzia

calor para alimentar aquecedores presentes nos diversos cômodos da Casa.

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O Jardineiro da Casa das Rosas Por Carolina Montalto

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O Jardineiro da Casa das Rosas Por Carolina Montalto

A&C MATÉRIA

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Quando desenhou jardins nas casas que projetou, o arquiteto Ramos de Azevedo deveria saber que alguém

teria de cuidar deles depois. Mesmo 50 anos depois? “Mesmo 100 anos depois”, resume o homem baixinho, de modos tímidos, sentado num banco sombreado por jacarandá de 20 metros no jardim de um casarão antigo na Av. Paulista, no centro de São Paulo.

Antonio Rodrigues Velame, 75 anos, tem um único emprego indicado na carteira de trabalho: Jardineiro. Em seu caso, diante de ocupação tão ímpar, o documento poderia ser até mais específico: Antônio, o Toninho, sempre foi Jardineiro de Casas de Ramos de Azevedo. Já faz 56 anos.

Seu primeiro emprego foi em 1955, logo na Casa das Rosas – construída pelo arquiteto na Avenida Paulista para a filha, Lúcia, e onde funciona hoje famoso centro cultural –, quando era recém chegado de Baixada das Palmeiras, na Bahia. No emblemático endereço ajardinado, Toninho ficou responsável pela área mais visada: o jardim de rosas que dá nome à casa. “Aprendi a podar tudo que é tipo de rosa. Vez por outra, tirava algumas para colocar em vasos na casa.”

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Ainda naquele ano, Toninho se mudou para um quarto dos fundos do casarão, a convite da patroa – entre as lembranças que guarda de “Dona Lúcia”, aliás, está o bom tratamento aos funcionários. “Lembro do meu primeiro salário: 1.800 mirréis. E, três meses depois, já recebi um aumento. Passou para 2 mil e logo depois melhorou de novo. Está tudo na carteira de trabalho.”

Além de tomar conta do roseiral, Toninho cuidava da “higiene e asseio” do galinheiro que existia nos fundos do terreno. “Já pensou? Galinhas na Paulista? Outros tempos…” Nessa época, aos fins de tarde, a pedido de D. Lúcia, Toninho descia a ladeira da Avenida Brigadeiro Luís Antônio até o número 111 da rua Pirapitingui, na Liberdade.

Lá vivia Laurita, neta do famoso arquiteto, em outra residência histórica: na primeira casa em que Ramos de Azevedo morou na cidade, construída em 1891, e depois herdada pela neta. “Ia levar ovos para a D. Laurita. Mas acho que ela não dava muita bola, não. Era mais coisa de mãe. A D. Lúcia sempre foi tão prestativa…”

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Após a morte de Lúcia, o filho, Ernesto Dias de Castro Filho, e a esposa, Anna Rosa, passaram a viver no palacete da Avenida Paulista. O jardineiro da família foi mantido. Toninho tomou conta dos roseirais por 31 anos, até que a casa foi desapropriada pelo governo, em 1986.

Apesar da mudança de endereço, ele continuou cuidando dos jardins da família – em outro casarão projetado pelo arquiteto, também na Rua Pirapitingui – até o final da década de 1990, quando D. Anna Rosa morreu. Pela primeira vez, Toninho deixou de ter vínculos com a família. O jardineiro achou que ficaria sem emprego. Mas não foi o que aconteceu.

Para o casarão do lado, o mesmo a que Toninho levava ovos na década de 1960 e primeira casa de Ramos de Azevedo na capital, mudou-se uma editora, a Global. Preocupado em preservar a história do casarão, o novo proprietário, Luiz Alves Júnior, quis manter também o jardineiro da família.

E lá está o Toninho até hoje, numa casa com novo uso, mas que ainda mantém estufas projetadas no século 19 para ele cuidar. “Não entendo nada de arquitetura”, disse ele, após rememorar sua trajetória no banquinho embaixo do jacarandá. “Mas depois de tanto tempo de serviços e tanta ajuda, sinto muito carinho por essa família.”

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Serviços da Instituição

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CAE – Centro de Apoio ao escritor:

A Casa das Rosas possui o Centro de Apoio ao Escritor, que abriga a sigla CAE. Seu principal objetivo é contribuir para a criação literária em todas as suas etapas e gêneros, propiciando as pessoas que queiram publicar e escrever obras literárias uma capacitação técnica além de recursos para a profissionalização.Ao longo do ano serão oferecidas diversas atividades gratuitas como:• Oficinas de criação;• Curso Livre para formação de escritores;• Palestras de especialistas em assuntos ligados ao livro;• Seminários;• Encontro de autores representativos do Estado de São Paulo;• Projetos de residência e intercâmbio literário;• Saraus;• Acesso ao Anuário de Poesia Brasileira;• Atendimento e orientação a escritores principiantes, esti-mulando a reflexão sobre a literatura na atualidade;

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TV CR – Televisão Casa das Rosas:

A TV Casa das Rosas é um espaço destinado para produções audiovisuais relacionadas a poesia e literatura e que tenham sido produzidas especialmente na Casa das Rosas ou por terceiros como palestras, documentários, saraus, videoclipes literários, videopoemas, etc.

Anuário de Poesia:

Em formato de catálogo virtual acompanhado de títulos de poe-sia publicados no Brasil, o anuário de poesia tem como propos-ta principal documentes, na medida do possível, todos os títulos de poesia editados no país e formar uma ampla bibliografia, incluindo autores nacionais e estrangeiros traduzidos ao portu-guês.

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SERVIÇO:

Você encontra a Casa das Rosas na Avenida Paulista, 37, pró-xima à estação Brigadeiro do Metrô – Jardim paulista, São

Paulo;O horário de funcionamento é:de terça a sábado, das 10 às 22h

de domingo e feriados, das 10h as 18hTel: (11) 3285-6986

www.casadasrosas-sp.org.br