Arquitetura brutalismo
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A arquitetura brutalista é uma das mais marcantes tendências do
panorama arquitetônico moderno, brasileiro e internacional, do período pós 2ª
Guerra Mundial até pelo menos fins da década de 1970. As obras com ela
identificadas caracterizam-se principalmente pela a utilização do concreto
armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas fôrmas de
madeira natural, técnica que passou a ser empregada com mais freqüência na
arquitetura civil naquele momento, tanto como recurso tecnológico como em
busca de maior expressividade plástica.
No Brasil a tendência brutalista comparece a partir de início dos anos
1950 em obras no Rio de Janeiro e São Paulo, ganhando certo destaque na
obra de uma nova geração de talentosos arquitetos paulistas que despontava
naquela década. O início da tendência brutalista no Brasil é
concomitantemente, e não posterior, ao concurso e construção de Brasília,
embora ganhe mais notoriedade e se consolide nos anos 1960 quando passa
a repercutir nacionalmente.
Várias de suas obras já podem ser consideradas como parte
importante do patrimônio moderno, e nessa condição, vem merecendo vários
estudos e pesquisas por parte de vários estudiosos. A arquitetura brutalista
paulista pode ser entendida a partir de seus próprios valores arquitetônicos,
que são universais e atemporais, e que lhe garantem seu status como um
importante aspecto da arquitetura moderna brasileira.
Arquiteto urbanista. Ingressou no curso de engenharia
da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1926.
É um dos mais discretos entre os grandes arquitetos
modernos brasileiros. Obteve destaque sobretudo
pelos seus projetos residenciais - que, através de
pesquisas sobre novos tipos de cobertura, esquadria,
material e técnica não convencional, se tornam
exemplos máximos na área .
O arquiteto consolida também, a partir de
uma experiência ímpar no coração da Amazônia, com
os projetos das vilas Serra do Navio e Amazonas, de
1955 a 1960 - uma referência na busca de soluções
urbanas e construtivas adequadas a uma situação
específica.
Em 1933, abre escritório com o colega
Carlos Botti, a sociedade com lhe rende quase 500
projetos de casas nos bairros-jardim de São Paulo.
Essa experiência, se não chega a lhe proporcionar o
desenvolvimento de uma linguagem moderna, lhe
fornece uma experiência fundamental no campo da
construção. Bratke começa a despertar seu trabalho
para a linguagem moderna ainda nos anos 1940.
Após a morte de seu sócio, Carlos Botti,
deixa de lado o acompanhamento da obra e se dedica
aos projetos. Desenha alguns edifícios que prenunciam
o vocabulário moderno que incorpora e reelabora com
maestria a partir dos anos 1950, sobretudo depois de
sua visita aos Estados Unidos, onde conhece as obras
de Richard Neutra e Frank Lloyd Wright.
Oswaldo Arthur Bratke
Botucatu - SP 1907
São Paulo - SP 1997
1930 - Recebe a medalha de ouro na Seção
Universitária do 4º Congresso Pan-Americano de
Arquitetura do Rio de Janeiro, e ganha o concurso
para o Viaduto Boa Vista, em São Paulo.
Bairro de Perdizes - 1932 Jardim Europa - 1942 Higienópolis - 1942
A partir de 1940, Bratke se envolve na urbanização do Jardim do Embaixador, em Campos do Jordão, São Paulo, onde projeta um bar e restaurante, algumas residências e o Grande Hotel Campos do Jordão. Trabalha em São Vicente, São Paulo, na urbanização da Ilha Porchat, em 1942.
Jardim Embaixador
Croqui bar e restaurante – Campos do Jordão SP Croqui de estudos da Ilha Porchat
O Jaçatuba é um edifício de esquina e sua
forma está estritamente vinculada à formação
de uma quadra. Sua volumetria atendia a duas
legislações de época, decorrentes do “Plano
de Avenidas” e de legislações anteriores
vinculadas à largura das ruas. Além das
questões estéticas, ele é tanto fruto da
legislação quanto da geometria do lote.
Edifício Jaçatuba
A partir da década de 40, projeta alguns edifícios em São Paulo, entre os quais o Edifício Jaçatuba,
1942, o Edifício ABC, 1949 (um dos primeiros prédios em altura a adotar a curtain-wall, fachada
envidraçada orientada para a face menos exposta ao sol).
Em 1956, projeta o Edifício Renata Sampaio Ferreira, um embasamento para comércio e serviços, e
um volume vertical para escritórios, solução difundida desde então, com fachadas revestidas de elementos vazados que garantem a proteção às esquadrias.
Ed. Renata Sampaio Correia - 1956
Edifício ABC - 1950
Edifício Lineu Gomes - 1950
Edifício Avanhandava - 1953
RESIDÊNCIA DO ARQUITETO – 1947
RUA AVANHANDAVA
1951 - É eleito presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB-SP por duas gestões, até 1954,
ano em que participa do júri de arquitetura da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, e do 4º
Congresso Brasileiro de Arquitetos.
TERMAS DE LINDÓIA - 1952
Mas é no programa residencial que Bratke se destaca. Ao lado do colega engenheiro Oscar
Americano, inicia a urbanização do bairro do Morumbi, onde constrói a própria residência, em 1951,
marco em sua trajetória profissional, menção especial na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Uma
estrutura simples e modulada de pilares esbeltos coberta por uma laje plana (a primeira utilizada pelo
arquiteto) constitui um volume prismático articulado por cheios e vazios que se alternam nas fachadas
através de fechamentos, elementos vazados e varandas. A planta admite reordenações, já que as
paredes internas são resolvidas com armários e fechamentos leves.
croqui
execução
conclusão
CASA DO ARQUITETO 1951
planta
Em seguida, projeta a residência Oscar Americano, 1954 (hoje Fundação Maria Luiza e Oscar
Americano), adotando o mesmo partido, porém em proporções maiores: dois níveis sobrepostos a
partir da topografia do terreno, no mesmo jogo entre cheios e vazios que garantem a leveza do
conjunto e a integração com a paisagem.
RESIDÊNCIA OSCAR AMERICANO
RESIDÊNCIA OSCAR
AMERICANO
Pelas dimensões, a casa possui peculiaridades.
Foi implantada no alto em relação ao acesso e um
tanto angulada, de forma que o visitante
percebesse, de inicio a massa construída. Para
não parecer muito densa, Bratke fez um truque. No
setor dos dormitórios, existe uma saliência mais
fina, deixando aparentemente mais leve a fachada
da lateral. Nesta casa permanecem os
testemunhos da capacidade de Bratke de criar
texturas, cheios e vazios, efeitos de luz e sombra.
Residência Joly - 1953
Residência Rua Sofia -
1945
Residência Ceccillo Matarazzo - 1958
PROJETO CASA MÍNIMA - 1960
Vencendo uma concorrência promovida pela Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi), em 1955,
Bratke parte para o desafio de criar uma cidade nova no interior do Amapá. Condizente com seu
espírito inventivo e engenhoso, o projeto reúne todos os requisitos para que desenvolva plenamente
suas idéias. Dimensiona os núcleos urbanos e planeja o assentamento com base na polarização de
dois bairros (o operário e o de funcionários de médio e alto padrão), ligados pelo centro cívico,
formado de praça, administração e comércio, além da escola de 1º grau, o hospital (referência na
região), o posto de saúde e o centro esportivo.
Vila Serra do Navio
Vila Serra do Navio se estrutura segundo um núcleo linear e distendido que reúne e ordena
todas as edificações e atividades de interesse coletivo, além de associar, com áreas verdes
urbanizadas, dois afastados setores habitacionais. A concisão parece ter sido alcançada com
remanejamento posterior quando o setor esportivo faz a ligação dos dois grupos de moradia.
Croqui casa operário
Croqui casa funcionário médio
As residências seguem plantas padrão cujo tamanho varia de acordo com a atribuição do funcionário.
Construídas com blocos de concreto e cobertas com telhas de fibrocimento (materiais pouco
adequados ao isolamento térmico necessário em região tão quente), têm sistemas de ventilação
baseados em janelas venezianas com paletas móveis que garantem o conforto térmico desejado.
capela
DETALHAMENTO DE MÓVEIS E ESQUADRIAS
Rino Levi
São Paulo SP 1901 - Lençóis BA 1965.
Arquiteto, urbanista. Filho de imigrantes
italianos, ingressa na Escola Preparatória e de
Aplicação para os Arquitetos Civis em Milão, Itália, em
1921.
Em 1924, transfere-se para a Escola
Superior de Arquitetura de Roma. Ali, conhece os
arquitetos italianos Adalberto Libera (1903 - 1963) e
Marcello Piacentini (1881 - 1960), em cujo escritório faz
estágio. Em 1925, ainda estudante, envia ao jornal O
Estado de S. Paulo uma carta que é publicada com o
título Arquitetura e Estética das Cidades, considerada
uma das primeiras manifestações por uma arquitetura
moderna no Brasil. Em consonância com as posições
da escola romana, propõe uma modernização sem
rupturas com a tradição clássica. Retorna ao Brasil em
1926, e trabalha por um ano na Companhia
Construtora Santos. Inicia uma carreira independente
em 1927, construindo pequenas residências e
conjuntos de casa de aluguel para membros da
comunidade italiana paulista.
Em 1929, visita a Casa Modernista, de Gregori
Warchavchik, que influencia vivamente a sua produção.
Levi tem participação decisiva na constituição do Instituto de Arquitetos do Brasil -
IAB, em 1933. Vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do IAB em
São Paulo, 1946, com o projeto desenvolvido em seu escritório.
Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM, em 1948, e
torna-se diretor-executivo da instituição. Integra o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos,
realizado em São Paulo em 1945, ano em que se torna membro do Congresso Internacional
de Arquitetura Moderna - CIAM.
Em 1952 chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de
Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece por duas gestões, até
1955.
Em 1957, ao lado de Vilanova Artigas (1915 - 1985) e outros colegas, organiza uma
proposta de reelaboração do ensino na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo - FAU/USP, onde leciona até 1959.
Sua arquitetura procurava integrar-se à paisagem e buscava uma relação interior-
exterior com a mesma intensidade com que se preocupava em construir o espaço urbano.
Rino Levi destrinchava os programas de necessidades com precisão, mas ainda teve tempo e
disposição para lutar por uma regulamentação profissional. Por tudo isso, tornou-se um
arquiteto-modelo e seu estúdio, uma escola. Tem atuação destacada também na imprensa,
discutindo temas ligados à cidade e à arquitetura.
Ante-projeto para sede do Automóvel Clube de São Paulo, concurso de 1927
“Progetto di uma Banca” – trabalho do aluno Rino Levi na “Scuola Superiore di Architettura, Roma – 1925/26
Residência Ferrabino, SP -1931 1.ª versão
Edifício Columbus – 1930/34
A modernidade inicial de Levi
deve muito à estética déco. O Edifício
Columbus, (primeiro condomínio de
apartamentos da cidade de São Paulo ), é
exemplar quanto a esse momento. Levi
inicia uma série de edifícios residenciais,
todos com preocupações constantes na
sua trajetória: a construção do espaço
urbano, a integração com a paisagem e a
setorização da planta por função.
Cine Ufa-Palácio, 1936
A construção do Cine Ufa-Palácio, 1936, e o sucesso alcançado pela aplicação dos
princípios de acústica lhe abrem as portas para um novo programa. Refletindo na forma
do edifício as necessidades técnicas.
Hotel Excelsior
Cine Ipiranga - 1941
O hall das bilheterias constitui o
ponto nodal do projeto, além de
dividir os fluxos para os balcões e a
platéia, sua forma circular torna
imperceptível para o espectador a
inflexão da planta do cinema, que
gira alguns graus em relação à
perpendicular da rua, com o
objetivo de se acomodar ao
formato irregular do lote
Entre 1940 e 1942 projeta o Instituto de Educação Sedes Sapientiae, atual Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, onde os volumes construídos se estruturam
em função de um pátio interno. A circulação se dá ao redor desse espaço, protegida por
marquises que levam à associação com as loggias e os pátios italianos. Entretanto, Levi
reelabora os elementos de modo a transformá-los numa arquitetura própria. Inverte a forma
das arcadas nas marquises onduladas, preenche o pátio com vegetação tropical, e constrói
seu primeiro "teto-jardim".
Instituto Central do Câncer – SP – 1947/54
Hospital Geral Albert Einstein - 1958
O projeto da Maternidade Universitária da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo, 1944,
ainda que não tenha sido concretizado, obtém
enorme reconhecimento entre seus pares, rendendo
o Prêmio para Projeto de Edifício de Uso Público na
1ª Bienal Internacional de São Paulo, 1951. Após
detalhado estudo das necessidades do programa,
articulando usos complexos e conhecimentos
científicos por uma sistemática colaboração com
profissionais de outras áreas, Levi rompe com as
tipologias hospitalares preexistentes, propondo 3
blocos separados reunindo usos afins, circulação
hierarquizada e flexibilidade das plantas. O resultado
são dois volumes especializados conectados por um
longo volume horizontal de ligação. A partir daí, abre-
se a possibilidade de franca atuação nessa área, o
que Levi desempenha com brilhantismo, sempre
seguindo tais diretrizes. Projeta inúmeros hospitais
em São Paulo, além de uma série de hospitais em
Caracas, Venezuela.
Maternidade Universitária – USP - 1944
Edifício Banco Sul Americano - 1960/63 - hoje Banco Itaú
Edifício sede FIESP – 1969/79
Residência Olivo Gomes em São José dos Campos,
SP - 1949
“Síntese das artes”, busca
em suas obras, integrar
arquitetura, paisagismo,
mobiliário, afrescos e murais.
Rino Levi dedicou sua vida profissional à busca de uma arquitetura moderna adequada ao Brasil,
apesar da inspiração racionalista. O jardim, incorporado à casa, deixa de ser um complemento para
tornar-se parte integrante da habitação. Para a proteção solar, utiliza desde pequenas marquises ou
pérgulas para sombreamento, até fachadas internas compostas por elementos vazados de cerâmica,
brises de concreto ou alumínio. Esta variedade de dispositivos de proteção demonstrou a preocupação
de Rino Levi em adaptar a arquitetura ao clima local.
O projeto de Rino Levi e sua equipe de arquitetos pra a construção da nova
capital brasileira obteve terceiro lugar no concurso de 1956 e acabou por não
ser construído. No entanto, hoje representa um “manifesto” na carreira deste
arquiteto, cujos conceitos devem ser apreciados.
Para a habitação, grande protagonista do projeto, foram previstos dois setores distintos:
habitação intensiva e extensiva. A primeira localiza-se ao redor do centro urbano, devendo
comportar a maioria da população e é composta por seis conjuntos/núcleos de 48 mil
habitantes, abrigados em três superblocos, cada um com 16 mil habitantes. Este
superblocos, por sua vez, são subdivididos em quatro unidades de 4 mil habitantes e
demais serviços complementares, como escolas, serviços e comércio próprio, com ruas
internas e sistema integrado de circulação vertical para facilitar a movimentação dos
moradores.
O projeto piloto de Brasília é percebido de tal modo que enaltece a habitação,
colocando-a no mesmo patamar de importância do que a monumentalidade das
sedes de governo. Deste modo, tem-se de um lado a moradia do homem como
protagonista da cidade, sendo ainda capaz de criar um ambiente de destaque
para os órgãos importantes do governo.
Partindo dos conceitos de cidade funcional e planejada de Le Corbusier e da carta de
Atenas, foi idealizada uma cidade polinucleada, com unidades de dimensões ótimas e
com condições desejáveis de isolação e ventilação, ressaltando quatro funções humanas essenciais: (1) habitação; (2) trabalho; (3) cultivação do corpo e espírito; e, (4) circulação
Para sustentar os superblocos, com 300m de altura, 400m de largura e 18 de
profundidade, o engenheiro Paulo Fragoso, elaborou um surpreendente projeto estrutural
em aço. A distribuição desta habitação no espaço resulta em uma densidade populacional de 288 hab./há.
Super bloco
Seu último projeto, o Centro Cívico de Santo André, 1965, vencedor do concurso que propunha
o deslocamento do centro político-administrativo para uma área limítrofe ao centro antigo, Levi
retoma a concepção de cidade polinuclear, pretendendo, entretanto, que o novo núcleo assuma
a função do core existente no centro urbano contíguo. São três níveis escalonados e
relacionados pela torre administrativa, com três praças de caráter e uso diversos,
hierarquizadas em função desses usos: a Praça Cívica na cota superior, a Praça Cultural na
intermediária e uma praça inferior para serviços,articulando as esferas política e cultural.
Fonte: LEVI, Rino, ANELLI, Renato, GUERRA, Abílio & KON, Nelson. Arquitetura e Cidade. São Paulo: Romano Guerra
Editora, 2001.
TESE DE DOUTORADO, SP, 2008 A OBRA DE RINO LEVI E A TRAJETORIA DA ARQUITETURA NO BRASIL,
BEATRIZ, MARIA DE CAMARGO ARANHA
casa.abril.com.br/arquitetura/livre/edições/0225/casas/mt_114402.shtml
www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/02.014/3223
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www.arquiteturabrutalista.com.br
LEVI, Rino. Arquitetura e estética das cidades. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 out. 1925. In: XAVIER, Alberto (org.).
Depoimento de uma geração: arquitetura moderna brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 38-39.
LEVI, Rino. Rino Levi: Arquitetura e cidade. São Paulo: Romano Guerra, 2001. p. 96-97.
LEVI, Rino. Rino Levi: Arquitetura e cidade. São Paulo: Romano Guerra, 2001. p. 144-145.
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THOMAZ, Dalva. Documento Oswaldo Bratke - Entre a idealização e a realidade. Revista AU, São Paulo, ano 8, n. 43,
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