“ARQUÉTIPOS DE CORPO FEMININO” NO VERÃO … · recorrem mais as dicas de beleza e buscam se...
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“ARQUÉTIPOS DE CORPO FEMININO” NO VERÃO PARAENSE: UMA
ABORDAGEM A PARTIR DAS ORIENTAÇÕES DA REVISTA MULHER.
Larissa Thayná Rezende de Menezes Acadêmica do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado do Pará (UEPA)
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Joelma C P Monteiro Alencar
Doutora em educação, Docente no Curso de Educação Física (UEPA), Professora Orientadora2
RESUMO Este estudo conduz à discussão sobre a relação corpo, gênero feminino e mídia buscando relacionar estas categorias com uma revista local paraense chamada Mulher. O problema levantado é de como as mulheres leitoras consomem os conteúdos desta revista e qual a importância que elas dão a revista e aos conteúdos de beleza abordados. O tipo de estudo foi explicativo, com abordagem qualitativa, pois este estudo reside no desejo de compreender a razão de determinado grupo de mulheres serem influenciadas por um veiculo de comunicação de forma a afetar sua vida e autoestima, com o objetivo de analisar de que forma a Revista Mulher de O Liberal influencia as mulheres paraenses, na busca do padrão de beleza exibido nas reportagens e conteúdos de beleza e boa forma. Os resultados encontrados apontam para a importância dada pelas mulheres a este veículo de mídia e concluindo-se que a revista Mulher impõe um estereotipo de padrão de beleza feminina onde as mulheres buscam de todas as formas se enquadrar.
Palavras- chaves: Corpo, Gênero feminino e Mídia.
INTRODUÇÃO
A pesquisa desenvolve a discussão sobre corpo, gênero feminino e mídia
relacionando estas categorias com uma revista feminina regional chamada mulher, que
aborda temas sobre beleza, bem estar, moda e saúde. A relação entre as categorias e
a revista ocorre devido à mesma ser um importante veículo na construção e divulgação
dos padrões de beleza, exclusão social e consumo.
Esta relação ocorre no período do verão, pois é neste período que as mulheres
recorrem mais as dicas de beleza e buscam se enquadrar nos arquétipos, segundo
Silva (2001) arquétipos são modelos de corpo estabelecidos pela sociedade como
“belo” ou até mesmo “perfeito”, causando, assim, insatisfação para aqueles que não
1 E-mail: [email protected]
2 E-mail: [email protected]
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apresentam a imagem de corpo de acordo com o arquétipo social, neste caso os
construídos pela revista.
A aproximação com o tema foi o fato de buscar entender o que leva as
mulheres a dedicar horas e horas dentro das academias, investir tanto na beleza e
serem julgadas no verão se estiverem usando biquínis mesmo com o corpo fora do
padrão, busca- se saber na pesquisa como uma revista com várias leitoras „‟impõe‟‟ um
padrão de beleza muitas das vezes „„ inacessível‟‟ a maioria das suas leitoras e como as
mesmas se sentem diante dessa situação.
E analisar especificamente os assuntos retratados na revista durante o período
dos meses de junho e julho dos anos de 2013 e 2014 que abordam ainda mais os
temas corpo e beleza ideal para o verão.
A importância de estudar o corpo, o gênero feminino e a mídia diante de um
modelo de corpo que um meio de comunicação trás para as mulheres a forma é de
extrema relevância para a área da Educação Física, pois irá ajudar os professores a
entender melhor este padrão de corpo e como lidar com essas influências em seus
ambientes de trabalho.
O referencial teórico usado nesta pesquisa tem como autores principais tratando
das categorias corpo, gênero e mídia VIGARELO (2006), BERGER (2006), BRAGA
(2002), CASTRO (2007), SILVA (2001), entre outros citados nas referências.
Partindo dessa análise, o problema diante deste contexto é de como as
mulheres paraenses leitoras da revista consomem as informações de conteúdo de
beleza e boa forma da revista mulher, a respeito disto apresentam-se as seguintes
perguntas: Quais os critérios levados em consideração pelas leitoras para chegar a este
padrão de beleza e boa forma que são retratados na revista mulher de o Liberal? Como
as leitoras da revista sentem-se ao chegarem ao período do verão „‟fora do padrão‟‟
ditado? Qual a importância que as leitoras dão a revista e aos conteúdos de beleza
abordados?
Para a obtenção das repostas dos problemas e objetivos foram aplicados
questionários com as leitoras da revista, relacionando as repostas do questionário com
a análise da revista no período de junho a julho dos anos de 2013 e 2014 e com a ideia
dos autores.
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Concluindo que o cuidado com o corpo vem se transformando em uma ditadura,
pelo qual o mesmo deve ser moldado arduamente utilizando todos os recursos
estéticos para se tornar belo e bem visto pela sociedade.
Devido a estes fatores e da „‟obrigação‟‟ das mulheres estarem nos padrões, as
academias de ginastica e clinicas de estética se multiplicam as plásticas corretivas
nunca estiveram tão em alta e os veículos de mídia exercendo uma grande influencia
na vida das mulheres.
O texto está organizado em subcategorias sendo a primeira: Corpo e gênero
feminino, a segunda: A influência da mídia na construção de arquétipos de felicidade e
no terceiro momento apresenta: Arquétipos de corpo no verão paraense e finalizando
com a conclusão e referências.
1. CORPO E GÊNERO FEMININO.
A primeira categoria estudada será o corpo, A preocupação em manter um
corpo bonito e saudável acompanha a humanidade desde a antiguidade e cada época
houve um estereótipo aceitável de boa forma e beleza.
O autor Georges Vigarello um dos mais importantes historiadores do corpo e
de suas representações, em seu livro história da beleza procura destacar as mudanças
que ocorreram em relação ao corpo e à beleza a partir das “mudanças políticas, sociais
e culturais de cada época”.
Vigarelo (2006) mostra as transformações nos perfis de beleza de acordo com o
tempo, as variações das formas, contornos, e posturas do corpo em cada época, os
diferentes métodos que foram empregados em nome da beleza, que vai do uso de pós
com misturas de pedras preciosas, ouro, prata ou pérola, ao sangue quente de galinha,
a lama, as sangrias, o espartilho, até a era do botox e da lipoaspiração.
Vale aqui ressaltar como Vigarello organiza sua exposição, na primeira parte
que ocorre no século XVI este aborda o tema: A beleza revelada, neste período a
beleza está no centro de inumeráveis diálogos e discursos no inicio da modernidade.
Uma visão de perfeições, que modificam a maneira cotidiana de olhar o corpo,
privilegiando o busto, olhos e curvas.
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Na segunda parte, o autor trata sobre a beleza expressiva que ocorre no século
XVII, este estaria marcado por alguma desconfiança a pairar sobre o artifício, o
movimento de correção da natureza. Pois neste século tivemos os artifícios da
maquiagem, o pó de arroz e os perfumes. Os artifícios de beleza se desenvolveram, os
instrumentos que produziam a estética se diversificaram com a civilização.
Na terceira parte, a beleza experimentada que ocorre no século XVIII, marca a
produtividade e funcionalidade do corpo que demarcariam a sensibilidade burguesa que
distingue o que é belo. Formas corporais mais firmes, e uma especial atenção aos
quadris, importantes para a maternidade, vão ganhar destaque, estendendo a
importância anatômica para além do rosto e do busto, já que “o objeto estético não
reside somente nas partes, e sim em suas convergências” (p. 77).
Na quarta parte, o autor trata sobre a beleza „‟desejada‟‟, que ocorre no século
XIX , mais do que nunca, a aparência é tomada como retrato da interioridade,
possibilidade de descoberta e revelação do eu. Une-se a isso uma necessidade de
fazer-se bela, o que exige conhecimento e uso de produtos de maquiagem, cremes,
enfeites, entre outros mais acessíveis aos diversos públicos.
Na quinta e última parte o autor nos trás uma pergunta: „‟A beleza
democratizada?‟‟ que ocorre no século XX, o bem-estar associado à beleza parece ser
a marca deste século.
Mais importante do que se parecer com as misses e atrizes, ainda referências
de beleza e imagens preferenciais para a propaganda dos cosméticos, o ideal seria
sentir-se bem com o próprio corpo.
O requerido controle sobre este dependeria da força de vontade, algo que
corresponde a uma “psicologização dos comportamentos” que reforça o imperativo de
responsabilização dos cuidados de si. Desenha-se um deslocamento em direção à
interioridade individual e um incremento da atenção às mensagens que o próprio corpo
emitiria.
Segundo Berger (2006, p.55) o corpo não é apenas um produto da cultura, mas
também como um do lócus privilegiado de reflexão da própria cultura. O corpo é um
reflexo da sociedade que articula significados sociais e não apenas um complexo de
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mecanismos fisiológicos, assim sendo, é impossível pensar o corpo sem considerar
sem considerar a pluralidade de sentidos que ele engloba.
Já no livro corpo, ciência e mercado, Silva (2006) vai apoiar que o cuidado com
o corpo é considerado exigência da modernidade e que o corpo é resultado e produto
de uma série de elementos: O desenvolvimento da ciência e das tecnologias e a
expansão do mercado de produtos e serviços para o corpo.
O cuidado com o corpo vem se transformando em uma ditadura, pela qual o
corpo deve corresponder á expectativa moderna: ser moldado arduamente e sem
vestígios de naturalidade. O corpo, dessa forma, adquire um novo valor e constitui,
juntamente com a ciência e o mercado, um novo arquétipo de felicidade.
Devido a estes fatores e do ser humano ter praticamente a „‟obrigação‟‟ de
cuidar de si, as academias de ginástica estão cada vez mais se multiplicando e nunca
foi tão fácil adquirir aparelhos de ginástica, que hoje são encontrados até em qualquer
grande supermercado.
Segundo Berger (2006) o que se multiplicou consideravelmente também a partir
de 1990 foram as clinicas de estética, pois também é um dos instrumentos das
mulheres na busca do corpo ideal. Isto sem mencionar as cirurgias plásticas muito
comuns no Brasil. Todos estes „‟artifícios‟‟ são usados pelas mulheres na grande
maioria das vezes para buscar se enquadrar em determinado padrão de beleza e com
isso serem melhores vistas pela sociedade.
Já Silva (2006) vai apoiar suas reflexões teóricas na análise daquilo que tem
sido produzido pelas ciências biomédicas, mais especificamente, no que vem sendo
produzido pela Medicina do Esporte, área cada vez mais prestigiada no trato da forma
do corpo.
A autora também nos traz contribuições significativas, especialmente para
quem atua na área da educação física, quando questiona os pressupostos que
norteiam a pregação religiosa de atividades voltadas para um estilo de vida ativo, isto é,
questiona a hipervalorização do conceito fisiológico de saúde/doença, a radicalização
da estética com base no modelo da tecnociência e a exposição do corpo como uma
mercadoria descartável, disponível nas prateleiras da mídia para consumo, mas quase
sempre com prazo de validade restrito.
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No livro culto ao corpo e sociedade Castro (2002) a autora tem em seu ponto de
vista a ideia muito semelhante aos outros dois autores já abordados neste relatório que
o corpo é fruto de inúmeras sociedades do passado já consumiam produtos ligados à
beleza, á saúde e a moda, mas que, no entanto a partir de meados do século XX, os
cuidados com o corpo deixaram de ser uma experiência provisória, relacionada à idade
ou fases da vida.
Os cuidados tornaram- se um dever, novas necessidades, a essência de muitos
lazeres e um dos principais destinos para os frutos de trabalho. O culto ao corpo está
sendo entendido no livro como um tipo de relação dos indivíduos com seus corpos que
tem como preocupação básica o seu modelamento, a fim de aproximá-lo o máximo
possível do padrão de beleza estabelecido.
O culto ao corpo envolve não somente a pratica de atividade física, mas
também as dietas, as cirurgias plásticas, o uso de produtos cosméticos, enfim, tudo que
responda á preocupação de se ter um corpo bonito e/ou saudável.
Amantino e Priore (2011) ratificam a ideia abordada por todos os autores
discutidos neste relatório de que o corpo humano nunca esteve tão „‟na moda‟ como
nos dias de hoje, pois em nenhum momento da história, as formas, a aparência, a
textura ou seu cheiro foram tão discutidos por leigos e especialistas. O mundo pós-
moderno criou um tipo de corpo e todos os demais, para serem aceitos, devem se
encaixar no modelo.
Para isso quase tudo no corpo humano está passível de mudanças, de seu
funcionamento a seus componentes, transformando ou criando por meio das proezas
das novas técnicas. O impacto da moda do culto ao corpo sobre a sociedade só pode
ser detectado a partir da compreensão da maneira como seus ditames são
interpretados pelos indivíduos que, no interior de diferentes grupos sociais, lhe
emprestam significados próprios.
A história já nos mostrou, por variados caminhos, que quase tudo nunca foi
como é agora, e a relação de uma sociedade com seu próprio corpo também reflete as
mudanças complexas vivenciadas ao longo de variados processos históricos.
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A palavra “gênero” começa a ser utilizada nos anos 80 do século XX, pelas
feministas americanas e inglesas, para explicar a desigualdade entre homens e
mulheres concretizada em discriminação e opressão das mulheres.
„„Gênero‟‟ veio como uma categoria de análise das ciências sociais para
questionar a suposta essencialidade da diferença dos sexos, a ideia de que mulheres
são passivas, emocionais e frágeis; homens são ativos, racionais e fortes. Na
perspectiva de gênero, essas características são produto de uma situação histórico-
cultural e política; as diferenças são produto de uma construção social.
Segundo Matos e Lopes (2008) O conceito de “gênero” adotado pelos
feminismos colaborou nessa tarefa de desnaturalização do corpo, fornecendo
elementos para a reflexão feminista a partir da diferenciação inicial entre “sexo” e
“gênero”. Salientando a distinção entre esses termos, “gênero” era, então, utilizado para
referir-se ao que é socialmente construído em oposição a “sexo”, que representava o
que é biologicamente dado.
Dessa forma, pensava-se o corpo como uma materialidade evidente e natural,
permanecendo o termo “sexo” na teoria feminista “como aquilo que fica fora da cultura e
da história, sempre a enquadrar a diferença masculino/feminino”. Entretanto, no
decorrer das reflexões feministas vários trabalhos vêm atestar que é o gênero que cria
o sexo, demonstrando que o corpo é investido de tal forma em sua materialidade pelos
contextos em que se encontra que o sexo é também uma construção cultural.
Explicitando melhor o conceito de gênero Scott (1990) afirma que o gênero é
um elemento constitutivo de relações fundadas sobre diferenças percebidas entre os
sexos, e o gênero é um primeiro modo de dar significado as relações de poder. A
autora também nos relata que no seu uso recente mais simples, “gênero” é sinônimo de
“mulheres”. Livros e artigos de todo o tipo, que tinham como tema a história das
mulheres substituíram durante os últimos anos nos seus títulos o termo de “mulheres”
pelo termo de “gênero”.
Em alguns casos, este uso, ainda que se referindo vagamente a certos
conceitos analíticos, trata realmente da aceitabilidade política desse campo de
pesquisa. Nessas circunstâncias, o uso do termo “gênero” visa indicar a erudição e a
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seriedade de um trabalho porque “gênero” tem uma conotação mais objetiva e neutra
do que “mulheres”.
O gênero parece integrar-se na terminologia científica das ciências sociais e,
por consequência, dissociar-se da política – (pretensamente escandalosa) – do
feminismo. Neste uso, o termo gênero não implica necessariamente na tomada de
posição sobre a desigualdade ou o poder, nem mesmo designa a parte lesada (e até
agora invisível).
Enquanto o termo “história das mulheres” revela a sua posição política ao
afirmar (contrariamente às práticas habituais), que as mulheres são sujeitos históricos
legítimos, o “gênero” inclui as mulheres sem as nomear, e parece assim não se
constituir em uma ameaça crítica. Este uso do “gênero” é um aspecto que a gente
poderia chamar de procura de uma legitimidade acadêmica pelos estudos feministas
nos anos 1980.
O gênero é igualmente utilizado para designar as relações sociais entre os
sexos. O seu uso rejeita explicitamente as justificativas biológicas, como aquelas que
encontram um denominador comum para várias formas de subordinação no fato de que
as mulheres têm filhos e que os homens têm uma força muscular superior.
O gênero se torna, aliás, uma maneira de indicar as “construções sociais” a
criação inteiramente social das ideias sobre os papéis próprios aos homens e às
mulheres. É uma maneira de se referir às origens exclusivamente sociais das
identidades subjetivas dos homens e das mulheres. O gênero é, segundo essa
definição, uma categoria social imposta sobre um corpo sexuado.
Se por um lado o corpo será central na autoestima e na identidade fermina das
mulheres, da mesma forma, devido a existência e supremacia de rígidos modelos
estéticos, ele também aprisiona, anula e dissolve a possibilidade da mulher gostar-se e
afirma-se como pessoa.
Em uma sociedade, em que o sujeito é definido por sua aparência, não há
como desconsiderar o sofrimento psíquico decorrente de todas as regulações sociais
que incidem sobre o corpo, sobretudo o feminino.
No livro história do corpo no Brasil, Amantino e Priore (20011) nos mostram
que mulher e beleza são historicamente associadas e a feiura que hoje está
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intimamente ligada á gordura e ao envelhecimento, onde é a maior forma de exclusão
socialmente validade.
A associação mulher, saúde e beleza são antigas, mas nuca esteve tão
presente, provocando distintas formas de imposição. A mulher precisa passar a imagem
de jovialidade, beleza, saúde e seu poder de atração sexual e para isso existe uma
busca para retardar os efeitos do envelhecimento.
E nada mais cruel do que lutar com um „‟inimigo‟‟ implacável que é a ação do
tempo. As mulheres consomem compulsivamente produtos que prometem retardar o
envelhecimento e manter a beleza. Se antes as roupas aprisionavam, agora o corpo
cumpre esse papel.
Se, historicamente, as mulheres preocupavam-se com sua beleza hoje elas são
responsáveis por garanti-la. A beleza se tornou um dever social e uma obrigação moral,
do qual as mulheres por meio de seus corpos são objetos que precisam sempre estar
em forma, uma forma que abrange a minoria por isso existe uma crescente insatisfação
das mulheres em relação aos seus corpos.
E a imagem do copo belo, esculpidos em academias e remodelados em clinicas
de estéticas e hospitais traduzem os anseios de beleza da mulher atual, pois a imagem
da mulher gorda é desvinculada da de beleza e, portanto, do poder de atração. Dessa
forma podemos vê a dimensão de regulação e controle das praticas corporais e o lugar
que a beleza assume como valor social.
Para ratificar este valor social em uma recente pesquisa feita pelo The New
York Times apontando para enormes diferenças salarias entre mulheres consideradas
bonitas e feias (quando as consideradas feias são contratadas). O corpo também é
capital, tem valor de troca ou, como bem, adquire um „‟valor‟‟.
Para ser valorizada socialmente não basta à mulher ser uma boa mãe, uma
esposa dedicada e uma profissional competente, é preciso está bela e em forma para
que seja mais valorizada e reconhecida.
2. A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DE ARQUÉTIPOS DE
FELICIDADE.
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Os meios de comunicações tem imposto um estereotipado padrão de beleza
feminina, os comerciais, desfiles, novelas, propagandas tem mostrado que para ser
aceito na sociedade você deve ser magra. Nas capas das revistas vemos belos corpos
de modelos magérrimas, a pura perfeição. Diante disso vem a cobrança de ser assim,
para se sentir bonita e atraente, sexy, bem vista e aceita pela sociedade.
Segundo Berger (2006) sem a mídia o processo de culto ao corpo não seria
nem efetivado, nem alimentado, mídia e culto ao corpo se entremeiam e se sustentam
mutuamente, constituindo-se como verdadeiros pilares da ideologia do corpo.
Esse culto ao corpo leva o indivíduo a se construir como “fantasma dos
cânones físicos que circulam pela mídia e, uma vez fantasma, torna-se novo modelo,
outra sombra projetada” (COUTO, 1999, p.63). Nesse processo, a publicidade serve
como modelo para que o indivíduo seja um fantasma da perfeição que lhe é
apresentada por meio das representações. De acordo com o mesmo autor, “o corpo
nada mais é que um laboratório no qual as experiências são requisitadas e os
resultados submetidos a outras modificações” (p.64).
O destaque dado ao corpo feminino nas campanhas publicitárias propicia
estudos acerca das peças veiculadas nos meios de comunicação, o modo pelo qual
estas tratam as questões referentes às mulheres e como várias representações as
“desenham” de maneiras totalmente diferenciadas.
É importante destacar que as imagens publicitárias estão inseridas em um
contexto, elas nos remetem à cultura da sociedade, e suas representações –
disseminadas não sem espetáculo, não sem exageros, não sem exuberâncias – podem
ser encontradas no cotidiano dos indivíduos.
Resta saber se a publicidade legitima as representações ou se a cultura, por si
só, já é incutida de tais “imagens imaginárias”. As mulheres, que ao longo dos anos
vêm lutando por sua liberdade de expressão, independência financeira e direito de voto,
consideradas por muitos anos como o sexo forte, mostram-se hoje como o sexo frágil,
pois são escravas do padrão de beleza imposto pela mídia.
Cristina Costa (2002) afirma que, na dialética das relações sociais, as pessoas
se formam no contraponto das imagens recíprocas, como em um jogo de espelhos,
compreendendo-se ou se opondo, contemplando se ou se estranhando. Nesse
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contraponto se revelam identidades e alteridades, diversidades e desigualdades,
acomodações e oposições. Seguindo o pensamento de Ortiz (2005), ao ver essas
imagens, os indivíduos reinterpretam o popular a partir dos grupos sociais a que estão
expostos.
O discurso da mídia decorre de uma pluralidade de produtos e avanços
tecnológicos a fim de aprimorar a estética e forma física. Vemos todos os dias surgirem
novos produtos de emagrecimento, são pílulas, sucos, comidas diet, light e zero,
aparelhos de ginásticas, academias com uma imensidão de aparelhos, vídeos com
séries de exercícios pra se fazer em casa e perder medidas, revistas especializadas em
perda de peso em tantos dias, cosméticos, cirurgias plásticas e redução de estômago.
A publicidade adquiriu, ao longo do século XX, um grande poder de influência
sobre as mulheres (e, também, sobre a sociedade). Generalizou na “paixão” pela
moda, favoreceu a expansão social dos produtos de beleza, contribuiu para fazer da
aparência uma dimensão essencial da identidade feminina para o maior número
de mulheres (LIPOVETSKY, 2000). Fez mais, propagou normas e imagens ideais do
feminino e, com isso, submeteu as mulheres à ditadura do consumo, difundindo
imagens de sonho, inferiorizando as mulheres – ora intensificando as angústias da
idade, ora reforçando os estereótipos de mulher frívola e superficial.
No livro Culto ao corpo e sociedade, Castro (2007) ao tratar sobre mídia
enfatiza as revistas femininas, que desde seus primórdios trazem dicas de beleza,
como cuidados com a pele e cabelo, sessões de moda e ginástica, em um discurso que
busca convencer relacionando argumentos estéticos e técnicos a busca pela beleza e
boa forma.
A imprensa escrita vem se consolidando como espaço privilegiado para a
divulgação de informações relativas ao corpo, recorrendo aos especialistas em beleza
para dar dicas acerca dos cuidados com o corpo, moda, dieta, beleza e exercícios
físicos.
Para a discussão da temática corpo nos meios de comunicação de massa e na
vida social em geral, a autora Castro (2007) analisou duas revistas femininas: Corpo a
corpo e Boa forma. Ambas buscam capitalizar uma tendência de comportamento que
perpassa as dimensões da estética e saudável.
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Atualmente, as duas revistas estão bastante próximas em termos de editoriais e
dividem um público similar. Nas publicações observa-se como o culto ao corpo que
dissemina na sociedade.
A mídia, como eficiente catalisador de tendências comportamentais, assimilou o
culto ao corpo rapidamente e a intensificação da preocupação com a saúde e aparência
corporal nos permite arriscar que essas publicações terão vida longa.
Amantino (2011) nos enriquece com conteúdos relacionados à mídia, tratando
sobre a sociedade com mais telas do que páginas, regida pelas normas de consumo, o
corpo não pode deixar de ser afetado. Além disso, o funcionamento da civilização se
apresenta de tal maneira que favorece a identificação do sujeito moderno como uma
imagem totalizante de corpos ideais.
Assim, dois aspectos transparecem particularmente: de início, a crença de cada
um em sua imagem e em seguida a preocupação de se identificar com uma imagem de
si que seja bem sucedida.
Frequentemente, a mídia, com grande apoio do discurso médico, oferece
estímulos para que as mulheres recorram a técnicas de mudança sobre elas, para
apresentarem uma melhor aparência e assim serem mais bem vistas pela sociedade.
Em seu artigo que trata sobre corpo, mídia e cultura Braga (2002) trata sobre o
papel das mídias na sociedade que pode ser pensado a partir do seu poder de propor
definições da realidade via agendamentos e tematizações. Nestas definições da
realidade, além de um trabalho de reprodução de elementos da cultura e da sociedade
que a constitui e da qual participa ativamente, pode ser percebido também esse
trabalho discursivo concomitante de produção e instituição de sentidos.
O conjunto de discursos da mídia (revistas, jornais, televisão, rádio, cinema
etc.) traz uma multiplicidade de „vozes‟ propondo diferentes definições do que seja
“certo”, “bom” ou “bonito”. As revistas propõem “quais” são as necessidades, os
projetos, os desejos, “o que” é preciso almejar em nome de uma suposta "felicidade".
Cabe ressaltar que essa oferta de sentido está condicionada, por força de leis
de mercado, ao seu reconhecimento e aceitação no campo social, ou seja, à sua
ressonância no imaginário da sociedade.
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Neste processo social, não só a mídia, mas os grupos sociais em geral,
propõem direção aos indivíduos para ocupar os lugares "adequados", para ser um
membro "normal" daquela sociedade. A segmentação de públicos da mídia, dirigindo
seus produtos a públicos de diferentes gêneros e sexos como as revistas femininas,
ilustra esse processo. A ação da cultura sobre os corpos é em grande parte promovida
pelo discurso midiático.
3. ARQUÉTIPOS DE CORPO NO VERÃO PARAENSE
O local de estudo foi na cidade de Belém, selecionando leitoras da revista
mulher de o liberal. As mulheres que irão fornecer os dados da pesquisa são de perfil
sócio econômico de classe media a alta e com um bom nível cultural, o perfil das
entrevistadas foi identificado através da observação de campo.
Os questionários foram feitos em uma academia de grande porte localizada no
bairro de Batista Campos em Belém com 40 mulheres. Além do estudo da revista
mulher de o liberal nos anos de 2013 e 2014, no período dos meses de junho a julho.
Á analise dos dados desta pesquisa veio ratificar o que o referencial teórico nos
trás, pois segundo Silva (2001) O cuidado com o corpo vem se transformando em uma
ditadura, pela qual o corpo deve corresponder á expectativa moderna: ser moldado
arduamente e sem vestígios de naturalidade. O corpo, dessa forma, adquire um novo
valor e constitui, juntamente com a ciência e o mercado, um novo arquétipo de
felicidade.
Segundo Castro (2007) Em nossa sociedade, é destacado o papel do discurso
dos meios de comunicação de massa na constituição de uma cultura corporal
específica, que em boa medida traduz nos corpos de seus membros os conflitos
inerentes a esta concepção. Em seguida, são abordadas as relações de poder que
perpassam a apropriação social do corpo, a partir de variáveis como gênero e classe,
evidenciando a dimensão política da corporeidade.
O papel das mídias na sociedade pode ser pensado a partir do seu poder de
propor definições da realidade via agendamentos e tematizações, Com a leitura atenta
e cuidadosa da revista mulher no período de junho a julho nos anos de 2013 e 2014,
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confirma-se que este meio de comunicação tem imposto um estereotipado padrão de
beleza.
Nas edições analisadas da revista mulher podemos observar a forma como a
mulher deve ser para o verão, nas suas capas vemos belos corpos de modelos como
sinônimo de perfeição e frases para ratificar que a mulher precisa ficar bem para o
verão as capas desta revista nos chama atenção através de suas frases como, por
exemplo: „‟ Brilhe mais que o sol‟‟, „‟projeto verão‟‟, „‟acessórios para compor o visual
nas praias e piscinas‟‟, „‟para arrasar nas praias‟‟ e „‟ linda e saudável no verão‟‟.
Fonte: Revista Mulher, anos 2013 e 2014.
Nas edições dos dias 02 e 23 junho de 2013 as principais matérias abordadas
tratam sobre a beleza no verão, retratando varias imagens de mulheres em academias,
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praticando exercícios e tendências de novas formas de exercício.
fonte: Revista Mulher, junho 2013.
Para finalizar o mês de junho de 2013, a revista trás em sua capa uma mulher
com o corpo „‟sarado‟‟ e com a seguinte frase de capa „‟ Brilhe mais que o sol‟‟, nesta
edição as dicas são sobre suplementos alimentares, cuidados com a alimentação,
cabelo, pele, dicas de maquiagem e para finalizar dicas para escolher o biquíni perfeito.
Na edição de 07 de julho, a revista continua com o foco no corpo como assunto
principal, a capa continua com fotos de mulheres de biquínis, está edição aborda sobre
esportes nas férias para manter o corpo em forma, além de tratar sobre bronzeado e a
sonhada „‟barriga negativa‟‟.
As edições de 14 e 21 de julho de 2013 se assemelham bastantes em suas
capas e conteúdos, ambas continuam com fotos de mulheres „‟perfeitas‟‟ de biquínis e
com conteúdos de moda para „‟ arrasar nas praias‟‟. Na edição do dia 14 a revista trás
como matéria o mês de julho como sendo o mês de exercícios e que nas férias, o ideal
é frequentar as academias ou fazer atividades físicas nas praias para manter se em boa
forma no verão.
No ano de 2014 no mesmo período analisado de 2013 percebemos a
similaridade das capas e matérias, na tabela abaixo podemos visualizar melhor o
exemplo de algumas edições:
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Títulos das Edições de junho e julho de 2013. Títulos das Edições de junho e julho de 2014.
Linda e saudável no verão: para pôr o corpo em
dia é preciso bom senso.
Projeto verão: para ficar linda na estação, é hora
de cuidar da alimentação,atividade física e
tratamento estético.
Para arrasar nas praias: cada turno do dia merece
uma produção especial.
Para compor o visual: acessórios fazem a
diferença na hora de compor o look usado nas
praias e piscinas.
Brilhe mais que o sol: neste verão, biquínis
ganham mix de tecidos, texturas, bordados e muito
colorido.
Combinação com estilo: essa é a proposta para
usar biquínis que farão a diferença nesse verão.
As edições dos dias 6 e 13 de julho de 2014 também se assemelham, pois
ambas tratam de visual e estilo. Se retomarmos neste mesmo período em 2013 os
conteúdos das matérias são praticamente os mesmos. Na última edição de julho de
2014, a revista aborda novamente assuntos de corpo bronzeado e possui bastante
fotos de mulheres de biquínis.
Além disso, em todas as edições analisadas existem uma infinidade de
propagandas de clinicas de estéticas, de cirurgiães plásticos e academias. Diante disso
vem à imposição de seguir esse padrão para se sentir bonita, atraente, sexy e bem
vista e aceita pela sociedade.
Com isso, a revista mulher se torna um importante veículo na divulgação e
construção dos padrões de beleza e de exclusão social, pois, enquanto dispositivo de
poder a serviço de uma comunicação baseada nas fórmulas de mercado, atualiza
constantemente as práticas de beleza que atuam sobre corpo. Mostrando através dos
discursos publicitários que para ser considerado belo é necessário possuir um corpo
perfeito e para obtê-lo qualquer sacrifício é válido.
Relacionando o conteúdo da revista com as respostas dos questionários,
percebemos que as mulheres que frequentam a academia ratificam a importância dada
para a boa forma no verão, pois todas as questionadas responderam se interessar
pelos conteúdos da revista e em especial os conteúdos de boa forma e beleza.
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Além de a maioria considerar importante esta atualizada com os conteúdos de beleza
da revista, todas as mulheres fazem algum tipo de intervenção física para seguir o
padra de beleza retratado.
No Gráfico abaixo podemos perceber quais são as intervenções mais populares,
todas as questionadas praticam atividades físicas regulamente com objetivos estéticos,
em torno de 46 por cento das mulheres praticam atividade física e fazem dieta, As que
fazem atividade física e tratamentos estéticos são em torno de 32 por cento, as que
fazem todas as intervenções estéticas são em torno de 22 por cento.
80 por cento das mulheres responderem que costumam alcançar seus objetivos
de beleza seguindo as dicas da revista e 90 por cento não se sentem frustradas se não
conseguirem chegar ao padrão de beleza retratados em imagens na revista. A media
da nota atribuída a revista mulher como um meio de comunicação importante para os
cuidados do corpo para o verão entre cinco a dez foi de oito.
Após as observações no local, percebe-se a grande preocupação das mulheres
em estarem belas, com o foco principal no corpo „‟sarado‟‟, e este objetivo levam a
busca de conteúdos de mídia com dicas para alcançar seus objetivos além de recursos
estéticos, pois com um corpo melhor elas se sentem melhor.
Com estes resultados podemos ratificar a importância deste veiculo de mídia na
construção de arquétipos no período do verão paraense. Além do mesmo ser
considerado um importante veículo de comunicação para as mulheres, mas a mesma
se torna excludente, pois em todas as edições percebemos a valorização do corpo belo
retratado em imagens e matérias, padrões inatingíveis para a maioria das mulheres,
onde as que não se encaixam nos padrões se sentem constrangidas principalmente no
período do verão com a observação exacerbada do corpo e a cobrança pela perfeição.
46
32
22 ATV+DIETA
ATV+TE
TODOS
18
CONCLUSÃO.
Este estudo apresentou discussões sobre corpo, gênero e mídia de bastante
relevância social, trabalhando o corpo em vários momentos da historia e a construção
de padrões de beleza em tono do mesmo. O gênero feminino é mais associado a
assuntos de saúde e beleza, pois em nossa sociedade a mulher precisa passar a
imagem de jovialidade, beleza, saúde e atração sexual com isso existe uma constante
busca de se manter bela.
Com isso os meios de comunicação impõem um estereotipado padrão de
beleza fermina, os comerciais, desfiles, propagandas e revistas tem mostrado que para
ser aceito na sociedade você deve ser bela e ter um corpo belo. Diante disso vem a
cobrança de ser assim para ser bem visto pela sociedade.
Os principais resultados do estudo foi mostrar a relevância dada pelas mulheres
aos conteúdos de uma revista regional chamada mulher, seguindo suas dicas de beleza
e querendo atingir os padrões retratados em imagens nas mesmas.
A relevância deste trabalho foi o de ratificar a cobrança que é gerada nas
mulheres em nossa sociedade e como as mesmas se sentem diante de tantas
cobranças e como elas buscam atingir um padrão de beleza muitas das vezes
inatingível e ajudar os professores de Educação física a entender melhor o que ocorre
em nossa sociedade com as mulheres em especial no período do verão no que se
refere a corpo e boa forma.
E deixamos a possibilidade de dar continuidade na pesquisa podendo abordar o
assunto com outras classes sociais ou com o gênero masculino.
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"HAPPINESS ARCHETYPES" PARAENSE IN SUMMER: AN APPROACH ON
THE CATEGORY OF THE BODY FROM WOMAN MAGAZINE GUIDELINES.
RESUME
This study leads to the discussion of the relationship body, gender and media trying to relate these categories with a regional magazine called Woman, because at no time in history, forms and appearances were so discussed. The issue before this context is how the Pará women consume the contents of this magazine and the importance that they give readers the magazine and covered beauty content. The type of study was explanatory, with a qualitative approach, since the key focus of this study lies in the desire to explain why certain group of women are influenced by a vehicle of communication in order to affect their self-esteem life. This study examined how the liberal woman magazine influences Pará women in the standard search beauty displayed in the reports of beauty and fitness in the summer period. The results point to the importance given by women to this media outlet and concluding that the magazine Woman imposes a standard of female beauty stereotype where women seek in every way fit. Key-words: Body, Gender and Media.
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