Aristides de sousa mendes (2)
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Aristides
de
Sousa
Mendes
Introdução
“ Talvez a maior ação de salvamento feita por uma só pessoa durante o Holocausto”
Yehuda Bauer in “ A history of Holocaust”
Este trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina dehistória, pretende exaltar a grandiosidade da pessoa que foiAristides de Sousa Mendes, que durante a Segunda GuerraMundial, enquanto cônsul de Bordéus, transgrediu a proibiçãode Salazar de passar vistos a refugiados e salvou milhares devidas dos terrores do Holocausto. Movido pela suaconsciência e pelos mais altos valores humanistas, tornou-seum dos poucos heróis nacionais do séc. XX.
Este trabalho deve-nos igualmente fazer refletir sobre osacontecimentos trágicos e injustos da altura e como a vontadee determinação de um só homem pode mudar a vida demilhares de pessoas.
Origens
Aristides de Sousa Mendes do Amaral e
Abranches nasceu, juntamente com o irmão
gémeo César, a 19 de julho de 1885, na
pequena localidade de Cabanas de Viriato do
concelho de Viseu, filho de Maria Angelina
Ribeiro de Abranches e do juiz José de Sousa
Mendes.
Casa da família: Casa do Passal, em Cabanas de
Viriato
Família Sousa Mendes
A vida de Aristides (até à 2ª Guerra
Mundial)
Licenciou-se em direito em 1907 juntamente com o seu irmão e seguem a carreira diplomática.
Em 1908 casa-se com a sua prima Angelina, vindo a ter 14 filhos.
Em 1910 Aristides é nomeado Cônsul em Demerara, Guiana Francesa, e posteriormente em Zanzibar, até 1916 ano em que Portugal entra na 1ª Guerra Mundial
Devido às suas convicções monárquicas, Aristides é, em 1919, castigado pelo governo de Sidónio Pais. Nos anos seguintes é Cônsul em vários locais.Em 1926 Aristides regressa a Lisboa para
prestar serviço na Direcção-Geral dos Negócios
Comerciais e Consulares.
De 1927 a 1929, Aristides é nomeado Cônsul
em Vigo e na Antuérpia e, em 1936, é
condecorado decano do corpo diplomático
belga.
No ano de 1938 Salazar nomeia Aristides de
Sousa Mendes Cônsul de Portugal em Bordéus.
O Papel de Sousa Mendes
na 2ª Guerra Mundial Na altura da 2ª Guerra
Mundial, devido ao terror
e perseguição Nazi,
muitas pessoas,
principalmente judeus,
residentes na Alemanha
ou num país por ela
ocupado, fugiram da sua
terra natal. Muitas vezes maltratados, sem meios, roupa e comida,
só o desespero os fazia alcançar um país onde se
esconder. Portugal, como país neutro, era muito
apelativo para estas pessoas, principalmente desde
1940.
Até 1941, já haviam passado por Portugal cerca de
40.000 fugitivos. Muitos deles viam Portugal, já
que este país se encontra à beira mar, como ponto
de passagem para, por exemplo, os EUA ou a
Austrália. Outros, vinham para ficar, passando
assim de uma ditadura para outra, sendo que esta
última, Portugal, tinha a vantagem de não ser anti-
semita. No entanto, com as cada vez maiores restrições
impostas pelo Ministério de Negócios Estrangeiros
e pela PIDE, obter um visto para entrar em
Portugal tornava-se cada vez mais difícil.
É aqui que entra o papel de Aristides de Sousa Mendes. Como já foi referido anteriormente, fora em 1938 nomeado Cônsul de Portugal em Bordéus.
Foi em 1940 que se deu o seu grande ato heróico, que o imortalizaria na memória de todos.
Foi neste ano que Aristides de Sousa Mendes, contrariando as ordens explícitas de Salazar, seu superior, concedeu, durante cinco dias, mais de 30.000 vistos a todos os que tentavam fugir do governo Nazi para Portugal. Salvou assim dezenas de milhares de pessoas do Holocausto, nomeadamente milhares de judeus.
Exemplo de um visto
A vida de Aristides (após a 2ª Guerra
Mundial) Como consequência da sua desobediência, Sousa
Mendes é afastado da carreira diplomática e de qualquer outra atividade profissional. No fim da 2ª Guerra Mundial Aristides dirige uma carta à Assembleia Nacional, reclamando contra o castigo que lhe fora imposto pelo Governo — em vão.
De regresso a Portugal aloja na sua casa de família, em Cabanas de Viriato muitas das famílias de refugiados, hipotecando para o efeito todo o recheio.
Os seus filhos, perseguidos e não conseguindo também arranjar emprego em Portugal, emigram. • Aristides faleceu em
1954, morrendo pobre, só e
desonrado, no Hospital da
Ordem Terceira, em Lisboa.
Conclusão Aristides de Sousa Mendes foi um homem nascido a
1885, que viveu as duas guerras mundiais, e faleceu no ano de 1954.
Foi um homem imensamente corajoso e humano, salvando, sob risco de pena, a vida a milhares de pessoas inocentes. É, sem dúvida, um dos heróis da 2ª Guerra Mundial.
"Não podia ter agido de maneira diferente, aceito, portanto, com satisfação tudo o que se abateu sobre mim", afirmou após a guerra, apesar dos castigos que lhe haviam sido atribuídos.
O mérito das ações de Aristides de Sousa Mendes só começou a ser reconhecido nos anos 80, primeiro nos EUA e em Israel e só depois em Portugal.
Em 1988 a Assembleia da
República reabilitou-o condecorando-o
com a Ordem da Liberdade, a título
póstumo, pelas suas acções em Bordéus.
Bibliografia
Grande enciclopédia universal- volume 13
OLIVEIRA, Leonel, Quem é quem- Portugueses célebres, edição nº 7350,
Casais de Mem Martins, circulo de leitores,2008.
file:///C:/Users/Vicente/Desktop/Aristides%20de%20Sousa%20Mendes%2
0%20%20%20Segunda%20Grande%20Guerra.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristides_de_Sousa_Mendes
http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com/index.php?option=co
m_content&view=article&id=55&Itemid=53&lang=pt
Trabalho realizado por:
Diogo Silva nº10
Duarte Vicente nº11
Eleanor Winkler nº 13
Mariana Luzio nº22
Vicente Calado nº27
(9ºB)