Arboreto Jardinagem e Paisagismo

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arboreto JARDINAGEM PAISAGISMO Ipê, a flor nacional Cores no jardim www.arboreto.com Jardinagem e Paisagismo Ano 1 | JANEIRO 2010 R$ 9,90 Paisagismo e Design DICAS BÁSICAS PARA PROJETAR SEU JARDIM

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Revista sobre Jardinagem e Paisagismo desenvolvida para a disciplina de Projeto Editorial.

Transcript of Arboreto Jardinagem e Paisagismo

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arboreto

JARDINAGEM

PAISAGISMO

Ipê, a flor nacional

Cores no jardim

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eto.

com

Jardinagem e Paisagismo

Ano

1 |

JAN

EIRO

201

0

R$ 9,90

Paisagismo e Design

DICAS BÁSICAS PARA PROJETAR SEU JARDIM

Page 2: Arboreto Jardinagem e Paisagismo

A revista Arboreto tem o intuito de divulgar infor-

mações, notícias, novidades, técnicas, produtos,

serviços e outros na área de Jardinagem e Paisa-

gismo para profissionais, estudantes e demais in-

teressados na área. Para você, leitor.

Além disso, a Arboreto Jardinagem e Paisagismo

dispõe mais notícias, conteúdos diversos e espa-

ço de interação entre os leitores no seu site:

www.arboreto.com.

Para falar conosco, mande email para contato@

arboreto.com. Até a próxima!

Lucas Schwartz dos Anjos

Instituto Federal Sul-Rio-Grandense Campus Pelotas

Reitor: Antônio Carlos Barum Brod

Diretoria Geral: Gisela Loureiro Duarte

Coordenador da Área: Alfredo Silva

Curso de Comunicação Visual

Disciplina: Projeto Editorial

Diagramação:Lucas Schwartz dos Anjos

Turma:4v3 2009/2

Orientador: Mauro Hallal dos Anjos

Tipo de Impressão: Laser

Gráfica que imprime:Máquina/Empresa

Papel: Couché

Fontes: special kBodoni MTOptima

Zapfino Forte LT Pro

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EXPEDIENTE EDITORIAL

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Evite formigas

Ipê, a flor nacional

Como se tornar um paisagista?

Cores no jardim

Paisagismo e design, dicas básicas

Jardim frânces

Piscinas naturaisO que é o eco4planet?

Homeopatia, mitos e verdades

Arboreto indica

TIRINHA

Introdução à podas45

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89

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Ipê-roxo e a cura do câncer

TÉCNICAS

JARDINAGEM

PAISAGISMO

MEIO AMBIENTE

GLOSSÁRIO

PRODUTOS

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SUMÁRIO

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4 revista arboreto | JANEIRO 2010

As formigas são insetos co-nhecidos por todos. Vivem nos mais diversos ambientes e estão sempre atentas a qualquer peda-ço de alimento que esqueçamos em algum lugar. O estudo das formigas denomina-se mirmeco-logia.

ESPÉCIES PREDATÓRIASNem todas as espécies de for-

migas utilizam partes vegetais; as que atacam plantas são, princi-palmente, as Saúvas (Atta spp.) e as Quenquéns (Acromyrmex spp.).

Essas espécies de formigas são conhecidas como cortadei-ras, pois cortam as plantas e car-regam os pedaços para dentro dos ninhos. Ao contrário do que muitos pensam, os pedaços vege-tais carregados não servem para alimentação da colônia, mas sim, para alimentar uma espécie de fungo que, por sua vez, será o alimento das formigas.

Outra forma de as formigas prejudicarem as plantas é prote-gendo outras espécies de pragas, como pulgões e cochonilhas. As formigas protegem esses animais da ação de predadores para obter alguma substância nutritiva em “troca”. De forma geral, as formi-gas consideradas pragas que não

Formigasevite

Nome Popular: Formiga, formiga-cortadeiraOrdem: FormicidaeFilo: ArthropodaPartes Afetadas: Folhas verdes ou secas, casca de caules, caules verdes, frutos e floresSintomas: Enfraquecimento, tombamento, morte repentina, apodrecimento de ramos, queda de flores e frutos.

são cortadeiras são chamadas de domésticas (Camponotus spp., Crematogaster spp., Wasmannia spp., etc).

COMO EVITARManter os ambientes limpos

é a principal forma de evitar o “ataque” de formigas domésticas, uma vez que seu controle é ex-tremamente difícil. Elas instalam-se em frestas e rachaduras das construções e podem facilmente dividir a colônia em colônias me-nores. Dica: o cravo-da-índia é repelente desse tipo de formiga.

As cortadeiras saúvas têm o hábito de deixar trilhas nos lo-cais onde coletam os vegetais, de forma que é simples seguir e descobrir onde está a colônia. No entanto, as quenquéns além de buscar “suprimentos” durante a noite, não deixam trilhas e por isso a sua localização e controle é mais difícil.

Dentre os principais métodos de controle, o uso de iscas for-micidas e inseticidas em pó são os que mais se destacam. Dica: o gergelim e o agave são tóxicos para o fungo que serve de alimen-to às formigas. Colocar gergelim próximo aos ninhos pode ajudar no combate a essas pragas.

Texto: Ives Goulart

TÉCNICAS

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introdução àPodasTexto: Ives Goulart

Espécies florais: se realizam fundamentalmente para preparar a planta para a floração seguin-te, melhorando a qualidade e a quantidade, ao mesmo tempo em que mantém a planta com uma forma adequada.

Espécies arbustivas e de fo-lhagem decorativa: geralmen-te estas espécies são utilizadas como cercas vivas. Neste caso a pode deve ser para manter a forma utilizada e desejada desde o princípio, evitando assim per-der a estética. O momento mais adequado para realizar a poda não pode ser uma regra geral e única, depende das exigências de cada espécie, mas de maneira geral podemos mencionar que a época de podas corresponde aos meses de outono e começo de inverno, período em que não há atividade de produção vegetati-va nas plantas.

Espécies frutíferas: A finalida-de da poda nas espécies frutífe-ras é reduzir ao máximo a fase improdutiva das plantas jovens, provocar frutificações regulares, melhorar a qualidade dos frutos e modificar a forma da planta.

Razões para podar:As principias razões que geralmente se deve ter em conta para realizar a poda são as seguintes: » Formação da planta » Melhorar a entrada de luz » Forçar novas brotações » Diminuir o ataque de pragas e do-enças

» Eliminar ramos e flores secas » Rejuvenescer a planta » Reduzir o tamanho da planta

A formação da planta é uma prática que se deve realizar para melhorar a distribuição dos ra-mos e para manter um tamanho uniforme das plantas. A poda de formação pode-se realizar nor-malmente na maioria das espé-cies de plantas.

Certos tipos de poda podem prover melhor entrada de lumi-nosidade nas copas das plantas.

A indução da brotação é es-timulada pela poda, assim se produzem mais ramos, portanto existe mais folhagem, o que pos-sibilita maior florescimento da planta.

O aumento da quantidade de flores, principalmente quando se trata da produção de flores de corte, é uma das razões mais im-portantes para o uso das podas. Obtendo-se maior número e ta-manho de flores.

A poda é uma prática cultural muito importante, que se realiza para o controle de pragas e do-enças que afetam os ramos.

A eliminação dos ramos e flo-res secas é um método de dimi-nuir o ataque de pragas e doen-ças e pode melhorar a aeração e a penetração de produtos quími-cos durante a pulverização.

Uma poda de rejuvenesci-mento (eliminação de todos os ramos velhos e secos) pode be-neficiar a planta, aumentando a longevidade da mesma, melho-rando as condições de sanidade, a qualidade e a quantidade de flores ao mesmo tempo em que mantêm a planta com uma forma adequada.

Tipos de PodaFormação

Esta poda deve ser realizada geralmente em espécies arbusti-vas, melhorando a distribuição dos ramos. Ela se realiza geral-mente ainda no viveiro, procuran-do obter a forma adequada, que logo podemos contemplar depois do plantio no lugar definitivo.

RejuvenescimentoEsta poda deve ser executada

em plantas com certa idade ou com problemas fitossanitários e que têm potencial de recuperação através da poda.

Neste tipo de poda, enquadra-se a poda drástica (esquelética): se deixa somente o tronco principal, tendo como conseqüência uma completa renovação da copa. Esta poda pode matar a planta e deve ser seguida de uma boa fertiliza-ção e arejamento do solo. Sua uti-lização é controvérsia, não sendo indicada para a maioria das espé-cies e deve ser utilizada com ex-tremo critério.

Tratamento de invernoA poda típica de auxílio ao

controle de pragas e doenças é executada no outono e inverno, também pode ser feita a qualquer momento, quando for necessária. Para o controle de enfermidades dos ramos, como cochonilhas ou fumagina, a poda de tratamento de inverno tem efeito benéfico.

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IpêTexto: Harri Lorenzi

Um bem para o corpo, um show para o olhar, uma benção para a alma. Roxas, rosas, amare-las ou brancas, as flores dos ipês mexem com a sensibilidade de qualquer um.

É a árvore brasileira mais co-nhecida, a mais cultivada e, sem dúvida nenhuma, a mais bela. É na verdade um complexo de nove ou dez espécies com carac-terísticas mais ou menos seme-lhantes, com flores brancas, ama-relas ou roxas. Não há região do país onde não exista pelo menos uma espécie dela.

O florescimento exuberante é seu traço mais marcante e o que a torna tão espetacular. Qualquer leigo tem curiosidade sobre seu nome ao contemplar a beleza de seu florescimento. Só não cha-mou a atenção de Cabral porque não devia estar em floração no Descobrimento. Uma infelicida-

Ipê-roxo e a cura do câncerCientistas americanos desco-

briram que uma substância ex-traída da casca do ipê-roxo mata um certo tipo de célula cance-rígena, revelou nesta segunda-feira (25) um estudo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Segundo os pesquisadores do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, a desco-berta pode abrir o caminho para um novo tratamento contra o tipo mais comum de câncer de pulmão.

Um dos compostos tirados da casca da árvore, o “beta-la-pachone”, mostrou promissoras características anticancerígenas. Cientistas já estão utilizando a substância em testes clínicos para examinar seu resultado contra o câncer de pâncreas nos seres humanos.

No entanto, até o momento ainda não se sabe como funcio-na o mecanismo que mata as cé-lulas cancerígenas.

“Basicamente, descobrimos o mecanismo de ação do beta-la-pachone e uma forma de utilizar o remédio num tratamento indi-

vidualizado”, disse David Booth-man, professor do Centro Onco-lógico Integral Harold Simmons e autor principal do estudo.

Em sua pesquisa, os cientistas determinaram que o composto extraído da casca da árvore in-terage com uma enzima identi-ficada como NQ01, encontrada em células de câncer pulmonar e outros tumores sólidos. Nos tumores, a substância é meta-bolizada e produz a morte celu-lar sem danificar os tecidos não cancerosos, diz o estudo.

Os ipês dão cor e vida à época mais cinza e fria do ano.

a flor nacionalJARDINAGEM

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Ipê

O ipê-roxo, além da beleza, é o mais rico em princípios ativos e restaura a imunidade do doente.

de, porque isso acontece a partir de abril.

Ao longo destes 500 anos, o ipê foi amplamente cultivado por sua beleza, mas seriam a utilidade e a durabilidade de sua madeira que o tornariam tão conhecido. Seu uso na estrutura do telhado das igrejas dos séculos XVII e XVIII foi o responsável direto por tais monumentos ainda existirem, uma vez que nem as telhas nem a alvenaria resistiram ao tempo.

A exuberância de seu flores-cimento encantou namorados, escritores e poetas. Nenhuma outra árvore foi tão cantada em verso e prosa. São dezenas de po-esias, contos e sonetos. Inspirou até políticos, que, por meio de um projeto aprovado pelo Poder Executivo em 1961, elegeram o ipê-amarelo, conhecido cientifi-camente por Tabebuia vellosoi, como a Flor Nacional.

Têm nomes populares variá-veis para cada região e para al-gumas espécies: “ipê” é o nome empregado nas regiões Sul e Su-deste e “pau-d’arco” na Leste, na Norte e na Nordeste. No Panta-nal Mato-Grossense é conhecido por “peúva” e em algumas regi-ões de Minas Gerais e Goiás por “ipeúna”. Uma das espécies do cerrado, da caatinga e do Panta-nal Mato-Grossense, a Tabebuia aurea é popularmente chamada de “caraibeira” no Nordeste e de “paratudo” no Pantanal.

Os ipês de flores amarelas são os mais apreciados e plantados, quer pela beleza de sua floração, quer pelo menor porte, o que os torna mais adequados para cul-tivo em pequenos espaços. Exis-tem pelo menos cinco espécies com formas arquiteturais muito diferentes entre si e cuja floração também diverge quanto à época.

Show de coresIPÊ-ROXO (Tabebuia avella-nedae): também conhecido por pau-d’arco e outros nove nomes populares regionais. É muito usa-do no paisagismo urbano pela beleza de suas flores roxas, agru-padas em cachos. É confundido com outras duas espécies, tam-bém de flor roxa, T. impetigino-sa (ipê-roxo-de-bola) e T. hepta-phylla (ipê-roxo-de-sete-folhas).

IPÊ-AMARELO (T. chrysotricha): ocorre do Espírito Santo até San-ta Catarina, na floresta pluvial atlântica. As flores são agrupadas em hastes florais.

IPÊ-ROSA (T. pentaphylla): em algumas regiões do Brasil é o pri-meiro dos ipês a florir, em junho. Em outras, o último, em setem-bro. Confunde-se com outras es-pécies de flor roxa.

IPÊ-BRANCO (T. roseo-alba): também conhecido como ipê-amarelo-de-folha-branca, é uma das espécies mais vistosas. A floração não dura mais que dois dias, em agosto, mas repete em setembro. Entre os ipês brancos, existe uma variedade violácea..

A substância também altera a capacidade das células cance-rígenas de reparar seu DNA, le-vando à sua morte.

A radiação danifica o DNA das células, aumentando a pre-sença de NQ01, segundo os cientistas.

“Quando se dirige a radia-ção sobre um tumor, os níveis de NQ01 aumentam. Tratando as células com beta-lapachone, uma sinergia entre as duas subs-tâncias leva a uma morte contun-dente” das células cancerígenas, disse Boothman.

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Ao longo da minha carreira (apesar de não ser muito grande ainda), muitas pessoas me per-guntaram e ainda perguntam:

- Como me torno um paisa-gista?

Confesso que acho essa uma pergunta meio complicada, de se responder assim “na lata”. Mas por educação sempre orientei as pessoas a procurar algum curso, pois existem diversas instituições que os oferecem.

Mas pensando com calma, até que dá para responder uma parte da pergunta.

Primeiramente, acho que tem gostar o suficiente de plantas, terra, cálculos, e etc. Além de gostar, tem que ter uma certa vo-cação e uma pitada de criativi-dade, pois sem essa última, creio que não sairão muitos projetos da cachola. Para quem está inician-do, o ideal seria primeiramente fazer cursos de jardinagem, ou de noções de jardinagem, para ir se familiarizando. Uma frase que eu ouço muito por aí, e par-ticularmente, além de não con-cordar, não gosto muito é a de que “Paisagista não é Jardineiro, e Jardineiro não é Paisagista”.

Comecei a trabalhar com plantas aos 16 anos de idade, vendendo grama, terra e outros suprimentos para paisagismo no Box de um amigo meu. Certa vez, montei um vaso para uma cliente, ali mesmo no Ceasa. Confesso que não ficou lá aque-las coisas, mas a cliente ado-rou! Daí por diante começaram a aparecer os pequenos jardins para fazer. Mas como sem co-nhecimento algum? Eu e outro

Paisagista?Texto: Thiago Anderson

amigo que trabalhava comigo também na época, começamos então nossa empreitada, de fa-zer um jardim aqui e outro lá, basicamente com informações que colhíamos dos paisagistas que eram clientes do Box! Terça e sexta eram sagradas, aguardá-vamos os clientes não para fazer vendas, e sim para fazer pergun-tas... E por aí foi, por alguns anos. Éramos intitulados “jardineiros”. Decidimos fazer cursos de pai-sagismo, muitos anos depois, e ainda assim, não me importo quando me chamam de jardi-neiro (o que é muito constante, pois trabalho com condomínios, e os funcionários não costumam saber a diferença).

Mesmo na época que não tinha curso algum, nem o do “Manequinho Lopes” que não conseguimos concluir por falta de tempo, modéstia a parte, dá-vamos um show em muitos pai-sagistas, alguns recém formados, e outros já com alguns anos de estrada.

Voltando ao foco principal do artigo, acho que primeiramen-te é necessário conhecer bem com o que você vai trabalhar, e nada melhor do que colocando a mão na massa. Já com um co-nhecimento básico do assunto, é hora de procurar um bom cur-so de paisagismo. Hoje existem escolas que oferecem cursos de paisagismo, classificados como “cursos livres”, no qual se apren-de bastante coisa, sem diploma ou graduação. E existem aquelas que oferecem o curso técnico de paisagismo, o qual além de ser mais abrangente, lhe oferece o

como se tornar um

cores

Aprendemos na escola o disco das cores, onde

as cores puras chamadas de primárias são o azul, o amarelo e o vermelho

e as secundárias as cores combinadas destas,

originando verde, violeta e laranja. Juntando uma

primária e outra secundária poderemos ter contrastes

e harmonia, como por exemplo, vermelho e verde, e azul e verde,

respectivamente. Mas o que tem isto a ver com jardim?

PAISAGISMO

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coresno jardim

Texto: Miriam Stumpf

No paisagismo trabalha-se com formas, estruturas, texturas e cores de plantas e ambientes. As árvores e arbustos podem ter uma forma definida, como os juníperos em forma de lápis, o flamboyant que parece uma sombrinha e outras plantas que podem ter formas irregulares, como a abélia (Abelia grandi-flora), o hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), etc. A textura de folhas, tamanho, forma e coloração, tudo deve ser atentamente estu-dado para fazer projetos paisa-gísticos

Porque não falamos de flores? Porque a flor acontece num curto período da estação, poucas são as plantas de floração contínua, então podemos dizer que a flor é o prêmio, o bônus, que a plan-ta prepara para nós. Sua forma e cor é um espetáculo planejado, o acorde da música que emocio-na, a jóia que complementa. Mas não se pode basear o paisagismo por elas. No resto do ano teremos

formas, textura e coloração de folhagens. Podemos ter flores o ano todo no jardim? Sim, faz par-te de um projeto bem elaborado inserir árvores, arbustos e herbá-ceas de florescimento sazonal de uma forma orquestrada, onde cada parte do jardim poderá ter a sinfonia do florescimento.

E como fazer um espetáculo bonito, sem miscelânea de cores, cansativo? A partir do estudo das cores. Quando olhamos um ma-ciço verde de vegetação, qual a cor que chamaria mais a atenção e daria um toque alegre, cha-mativo, não seria o vermelho? Lembre-se, o vermelho é o com-plementar ou oposto do verde no disco das cores. Mas, se houver muito vermelho e laranja (su-plementar e cor próxima), numa overdose destas cores, o jardim ficaria com muito contraste, en-tre flores e folhagem, acabaria cansando. Ele pode e deve ser dosado, de forma a apenas sur-preender.

Mas e o resto das flores que queremos inserir, como seriam? Brancas, rosadas, diversas gamas do rosa ao púrpura, por exemplo, lembrando que a floração delas não acontece ao mesmo tempo. A coloração da folhagem tam-bém faz parte desta idéia, num conjunto todo verde, a inserção de folhagem avermelhada deixa menos monótono este maciço de plantas.

Assim, como esta combina-ção, outras podem ser feitas, todas baseadas no disco das co-res e sua teoria. O uso de cores suplementares torna o jardim mais harmônico como as folha-gens variegadas de branco ou creme. Também o uso de flores brancas, pois o branco é como a água, universal e de uso sem erro. O jardim ficará monótono? Não. Mas se achar que está meio monocromático, que tal um vaso com anuais em tons fortes con-trastantes, de amarelo, laranja ou

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PAISAGISMO

Quando uma nova paisagem é desenvolvida, as coisas mu-dam. O design do jardim é um processo de criação, o plano do desenvolvimento: para que tudo ocorra certo na hora de controlar o plantio, a nutrição e a preven-ção de doenças nas suas plantas.

Em alguns casos, as pessoas compram casas que já têm jar-dins formados, mas que não es-tão com boa aparência (plantas doentes, danificadas ou desbo-tadas) ou então não está a seu gosto. Esta é uma boa hora para reviver seu jardim, remodelan-do o espaço e tendo em foco as plantas, forrações e objetos que você vai adquirir.

Proprietários de jardins co-meçaram incrivelmente a se envolver em projetos de cria-ção durante o século 20 e neste mesmo momento ocorreu uma expansão considerável na área profissional de jardinagem. Espe-cificamente, a educação na arte de criação de design emergiu das

antigas tradições de treinamento e a maior parte dos paisagistas é treinada em horticultura e paisa-gismo. Com o passar dos anos, os paisagistas mais conhecidos ob-tiveram uma grande experiência de conhecimento sobre plantas, seus hábitos e suas necessidades.

O mais importante, os paisa-gistas se concentraram em cons-truir um espaço ao ar livre que não apenas bonito de se ver, mas também é de fácil manutenção e correspondem as necessidades dos moradores. Essa é a razão pela qual, os principais elemen-tos de um projeto paisagístico in-cluem a forma natural do terreno e design de plantação, atrações de água como fontes, lagos, ilu-minações, esculturas e utensílios de jardinagem.

Como a reforma das casas e jardins se tornou a tarefa predi-leta nos dias de hoje, mais pes-soas querem recriar seus jardins

procurando por idéias possíveis que irão encantar seus espaços de moradia. Se você está con-vencido a redesenhar seu peque-no mundo verde, será necessário seguir alguns passos para ter o jardim dos seus sonhos.

A primeira coisa que deverá fazer é dar uma boa olhada ge-ral em seu espaço atual, anali-sando para que você possa fazer aprimoramentos no seu estilo de vida. Se por exemplo, você qui-ser esconder as paredes de sua garagem, plante arbustos, mas tenha certeza de que uma vez que eles estiverem totalmente crescidos não irão obstruir a área de acesso que quer esconder.

É importante embelezar a paisagem em conjunção com o tamanho de sua casa, bem como o estilo e a sua estrutura. Se você

Paisagismo e De dicas básicas

Texto: Christiane Calderan

PAISAGISMO

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revista arboreto | JANEIRO 2010 11

Também conhecido como jardim clássico, o jardim fran-cês é considerado o mais rí-gido e formal de todos os es-tilos, e se traduz em formas geométricas e simetria perfei-ta. Seus principais represen-tantes embelezam os palácios de Versalhes e Vau-le-Vicon-te. Criado no século XVII, du-rante o reinado de Luís XIV, o estilo demonstra o domínio do homem sobre a natureza e valoriza a grandiosidade das contruções.

Os caminhos nesse jar-dim caracterizam-se por se-rem largos e bem definidos, com cercas vivas e arbustos compactos, verdes e perfei-tamente topiados. As pedras são pouco utilizadas e restrin-gem-se a pedriscos ou lajes nos caminhos. As curvas fran-cesas são muito utilizadas, de forma organizada e simétrica, sem jamais perder a formali-dade.

Aqui as roseiras, tulipas e azaléias reinam majestosas, colorindo e quebrando o ar bucólico e sisudo deste jar-dim. Mesmo assim elas são vistas apenas em canteiros delimitados ou em vasos e jardineiras. Outras flores po-dem ser escolhidas, principal-mente as originárias de clima temperado e mediterrâneo.

Os arbustos verdes, ci-prestes e pinheiros também tem lugar de destaque neste jardim, com topiaria, seu for-mato final deve ser simétrico. Devido à intensa necessida-

Sugestões de Plantas » Tuias » Ciprestes » Tulipas » Viburno » Buxinho » Murta » Pingo-de-ouro » Lavanda » Hera » Glicínia » Amor-perfeito » Roseira » Roseira-trepadeira » Azaléia » Rododendro

jardimFrancês

está planejando a criação de pai-sagem em uma área livre, tenha em mente que as árvores ficam com a estrutura grande, e fazem sombras maiores, os arbustos crescem mais rápido e são mais compactos, e se tiver alguma planta que está plantada em vaso pequeno, terá que transplantá-la para um recipiente grande.

Lembre-se que o paisagismo somente deverá servir para real-çar sua casa, as plantas e as árvo-res deverão estar em escala e ba-lanço umas com as outras, como também a sua casa, e não apenas para chamar a atenção de longe! Gaste seu dinheiro com sabedo-ria planejando os tipos de arbus-tos e árvores que queira colocar em conjunção com o tipo de sua casa.

de de podas, o jardim francês é considerado de alta manutenção e custo, que pode ser amenizado com plantas de crescimento len-to a moderado.

Outros elementos também podem fazer parte, como lagos, bancos, colunas, caramanchões, luminárias, esculturas, etc, des-de que se integrem ao estilo. Ao contrário de outros estilos, o jar-dim francês exige adornar cons-truções de estilo sóbrio e formal, sob pena de perder seus objeti-vos.

sign

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12 revista arboreto | JANEIRO 2010

Desde agosto de 2009 o we-co4planet efetua o plantio de ár-vores de acordo com o número de acessos ao portal, um passo importantíssimo para sua pro-posta ecológica - mais uma vez provamos que todos tem condi-ções de colaborar com o meio ambiente e a sua participação di-vulgando o eco4planet é funda-mental. Você pode acompanhar o contador de árvores na página principal e nos seguir via Twitter para ficar por dentro das datas e locais de plantio.

O eco4planet ainda eco-nomiza energia pois sua tela é predominantemente preta, e um monitor utiliza até 20% menos energia para exibi-la se compa-rado à tela branca.

Considerando as mais de 2,55 bilhões de buscas diárias realiza-das no Google™ com tempo mé-dio suposto em 10 segundos por pesquisa e a proporção de mo-nitores por tecnologia utilizada, teríamos com um buscador de fundo preto a economia anual de

Para que piscinas cloradas e cheias de substâncias químicas se podemos ter piscinas naturais, ecologicamente

corretas e limpas?

eco4planet?o que é o

O eco4planet utiliza o sistema Google™ Pesquisas

Personalizadas, mantendo assim a mundialmente

reconhecida capacidade das buscas Google™, com

um visual também simples e rápido, porém inovador na

utilização predominante da cor preta para gerar economia de

energia. Sua criação prova que pequenas ações diárias podem

gerar economia de energia, resultando em menores gastos e ainda vários outros benefícios.

MEIO AMBIENTE

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revista arboreto | JANEIRO 2010 13

A idéia, concebida em 1983 pelo austríaco Werner Gamerith, ganhou aceitação mundial e se espalhou por todos os continen-tes. No Brasil a moda está pegan-do e quem sabe poderemos ver mais destas incríveis piscinas em breve.

A construção se resume a um sistema com duas áreas de igual volume, uma para o desporto (a piscina propriamente dita) e ou-tra de regeneração, (onde ficam as plantas, substrato, animais e microorganismos), além das bombas e outros equipamentos. A água a ser tratada é bombeada para a área de regeneração, onde é filtrada mecânica e biológica-mente ao passar pelo substrato, microorganismos e raízes das plantas. A gravidade é responsá-

Naturais

eco4planet?

piscinasvel por devolver a água limpa à piscina.

As piscinas naturais são uma boa opção para as pessoas preo-cupadas com o ambiente e com a exposição a produtos químicos e tóxicos. O funcionamento de uma piscina ecológica baseia-se na capacidade de filtragem de plantas e filtros de areia. Estas piscinas que recordam os lagos rodeados de plantas que anti-gamente as crianças utilizavam para se banharem nas épocas mais quentes do ano. Hoje são as pessoas que apostam numa forma de vida mais natural que apostam neste tipo de estruturas. Em Portugal existe um número muito reduzido de piscinas natu-rais em comparação com outros países europeus.

Existem muitos tipos de pis-cinas naturais, todas elas se ba-seiam no princípio de que as plantas aquáticas aceleram o crescimento de microorganismos benéficos que eliminam as bac-térias e mantêm a piscina natural limpa cumprindo os mais rígidos critérios de qualidade da água Europeus.

A luz solar aquece a água na zona denominada “Regenera-ção” e essa água a uma tempera-tura mais elevada filtra-se gradu-almente na zona de utilização. Todo o processo baseia-se nos princípios de regeneração que tem a água num curso natural, onde podemos encontrar que-das de água, plantas ribeirinhas filtrantes.

mais de 7 Milhões de Kilowatts-hora! Esse valor equivale à:

Mais de 63 milhões de tele-visores em cores desligados por 1 hora;

Mais de 77 milhões de gela-deiras desligadas por 1 hora;

Mais de 175 milhões de lâm-padas desligadas por 1 hora;

Mais de 58 milhões de com-putadores desligados por 1 hora.

Economizar energia é uma forma de ajudar o planeta uma vez que para geração de eletri-

cidade incorre-se no alagamento de grandes áreas (hidrelétricas), poluição do ar com queima de combustíveis (termoelétricas), produção de lixo atômico (usi-nas nucleares), dentre outros problemas ambientais. Soma-se a isso o fato de que o eco4planet pode gerar menor cansaço visu-al ao visitante se comparado a uma página predominantemente branca.

Sendo assim não há dúvidas de que essa ação é extremamen-te válida uma vez que somados os usuários teremos um resultado realmente significativo de eco-nomia de energia, gastos, preser-vação da natureza, e ainda mais: acreditamos que olhar sempre para o eco4planet fará com que as pessoas se lembrem da neces-sidade contínua de economizar energia elétrica e proteger a Na-tureza!

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14 revista arboreto | JANEIRO 2010

Acontece que o sistema tera-pêutico criado há cerca de 200 anos na Europa até hoje causa discussões acaloradas no meio médico. Mas o fato é que, indife-rente às polêmicas, muita gente continua recorrendo a homeopa-tia, às vezes para tratar doenças que vão e voltam (e não param de atormentar), como as rinites. Consultamos médicos - home-opatas e não-homeopatas - e adeptos para esclarecer o que é mito e o que é verdade entre as afirmações mais comuns sobre a especialidade.

Quem adere à homeopatia não deve fazer tratamentos alo-páticos, para não misturar as coi-sas.

Mito Alopatia é a medicina tradicional, a mais conhecida por todo mundo. Já a homeopa-tia é um sistema terapêutico cria-do pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843), que trata doenças com substâncias ativas ministra-das em doses bem diluídas. Em linhas gerais, a homeopatia pro-põe que se repense os conceitos de saúde e enfermidade e se ba-

seia, entre outros, no princípio da individualização. Isso quer dizer que cada caso é um caso e o paciente deve ser avaliado não só pelo viés da doença, mas como um todo - emoções inclu-ídas.

Segundo o médico Paulo Rosenbaum, responsável pelo departamento científico da Es-cola Paulista de Homeopatia, essa especialidade da medicina não se pretende hegemônica e não deve ser encarada como tal. Ou seja, não se propõe a reinar sozinha, substituindo todas as outras terapias convencionais. ‘Em alguns casos, é necessário usar apenas medicamentos alo-páticos. Em outros, é possível combinar as duas formas de tra-tamento, para obter melhores re-sultados’, explica Flávio Dantas, médico e professor da disciplina de homeopatia na Universida-de Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. Aliás, é bastante comum que as pessoas, mesmo se são adeptas ferrenhas dos re-médios homeopáticos, recorram à alopatia sempre que preciso. ‘Muitos pacientes utilizam a ho-meopatia só como terapia coad-juvante. Outros usam medidas alopáticas sem que o seu médico homeopata saiba. Por isso, fica até difícil separar o efeito de um tratamento e de outro’, defende Renato Sabbatini.

Texto: Nicole Ramalho

glossario

Homeopatiamitos e verdades

TÉCNICAS PRODUTOS

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revista arboreto | JANEIRO 2010 15

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