Aquisição dos verbos

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___________________________ 1 Artigo apresentado para conclusão da disciplina Aquisição da Linguagem, ministrada pelo Prof. Ms. Vicente Martins. 2 Acadêmica do 4º período do Curso Letras LI da Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA. AQUISIÇÃO DOS VERBOS ENTRE O PERÍODO DA REDUPLICAÇÃO SILÁBICA E A IDADE DOS PORQUÊS 1 Marta Maria de Sousa Matos 2 Resumo O presente artigo tem por objetivo descrever como se dá a aquisição dos verbos por crianças na idade de dez meses a três anos. Pretendemos por meio deste estabelecer como o verbo é adquirido pela criança após ela abandonar o balbucio e começar a pronunciar os primeiros fonemas, passar pelo período da reduplicação sílaba e chegar a idade dos porquês, onde ela já domina um vocabulário de 300 a 1000 palavras e consegue se expressar de maneira a satisfazer sua curiosidade, que nesta fase está muito aguçada. Palavras chaves: Aquisição. Balbucio. Criança. Fonemas. Linguagem. Verbos. Abstract This article aims to describe how is the acquisition of verbs by children aged ten months to three years. We intend through this set as the verb is acquired by the child after she quit babbling and get to pronounce the phonemes, through the period of the reduplication syllable, and finally reach the age of the whys, where she has mastered a vocabulary of 300 to 1000 words and can express themselves in order to satisfy his curiosity, at this stage is very sharp. Keywords: Acquisition. Babbling. Child. Phonemes. Language. Verbs. Introdução Desde o nascimento, a criança é inserida em um mundo simbólico. Nos primeiros dias de vida ela reage de forma positiva aos sons da fala dos adultos que a rodeiam, apesar de ainda não conseguir diferenciar esses sons de outros ruídos. Após algumas semanas de vida, ela já consegue diferenciar o som da fala de outros. Por volta dos três ou quatro meses, a criança começa a balbuciar, é um momento de grande felicidade para os pais, que respondem a esse balbucio, empolgados, estimulando assim um princípio de

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1Artigo apresentado para conclusão da disciplina Aquisição da Linguagem,

ministrada pelo Prof. Ms. Vicente Martins. 2Acadêmica do 4º período do Curso Letras LI da Universidade Estadual

Vale do Acaraú – UVA.

AQUISIÇÃO DOS VERBOS – ENTRE O PERÍODO DA

REDUPLICAÇÃO SILÁBICA E A IDADE DOS PORQUÊS1

Marta Maria de Sousa Matos2

Resumo

O presente artigo tem por objetivo descrever como se dá a aquisição dos verbos por

crianças na idade de dez meses a três anos. Pretendemos por meio deste estabelecer como o

verbo é adquirido pela criança após ela abandonar o balbucio e começar a pronunciar os

primeiros fonemas, passar pelo período da reduplicação sílaba e chegar a idade dos

porquês, onde ela já domina um vocabulário de 300 a 1000 palavras e consegue se

expressar de maneira a satisfazer sua curiosidade, que nesta fase está muito aguçada.

Palavras chaves: Aquisição. Balbucio. Criança. Fonemas. Linguagem. Verbos.

Abstract

This article aims to describe how is the acquisition of verbs by children aged ten months to

three years. We intend through this set as the verb is acquired by the child after she quit babbling and get to pronounce the phonemes, through the period of the reduplication

syllable, and finally reach the age of the whys, where she has mastered a vocabulary of 300

to 1000 words and can express themselves in order to satisfy his curiosity, at this stage is

very sharp.

Keywords: Acquisition. Babbling. Child. Phonemes. Language. Verbs.

Introdução

Desde o nascimento, a criança é inserida em um mundo simbólico.

Nos primeiros dias de vida ela reage de forma positiva aos sons da fala dos

adultos que a rodeiam, apesar de ainda não conseguir diferenciar esses sons

de outros ruídos. Após algumas semanas de vida, ela já consegue diferenciar

o som da fala de outros. Por volta dos três ou quatro meses, a criança

começa a balbuciar, é um momento de grande felicidade para os pais, que

respondem a esse balbucio, empolgados, estimulando assim um princípio de

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diálogo.

Estudos comprovam que esse balbucio inicial é igual em todas as

línguas, nessa fase os bebês de diferentes partes do planeta se comunicam da

mesma forma, o interessante é que até mesmo as crianças surdas conseguem

balbuciar. Com o passar do tempo cada balbucio se adequará a sua língua

materna, pois as estratégias de aquisição (escuta1, compreensão

2, imitação

3,

produção4) do bebê vão ficando cada vez mais aguçadas, então ele moldará

esse balbucio a língua que é comum a ele, aquela que lhe é dirigida

cotidianamente.

Com o passar do tempo, a criança vai adquirindo as primeiras

palavras, isso só é possível através do seu aguçado senso de observação, é

imitando as situações cotidianas que ela aprende a fazer uso das palavras

para se expressar. No início, com o desenvolvimento de sua audição, ela

começa a ouvir com mais eficácia a entonação utilizada pelos adultos

durante os diálogos que acontecem a sua volta. Fazendo uso de sua visão já

bem desenvolvida, se comparada aos primeiros meses de vida, ela começa a

imitar os gestos que os adultos fazem. E em meio a brincadeiras cotidianas,

em companhia dos pais, ela se sente estimulada a pronunciar os primeiros

fonemas.

O balbucio é muito importante para criança na aquisição da

linguagem, é através dele que a criança imitando o movimento dos lábios da

mãe começa a perceber o ritual da fala, então ela vai modulando o balbucio

ao que ela ouve. Surge então a primeira vogal /a/, talvez seja a primeira

devido o fato de ser uma vogal central aberta, não arredondada oral, então a

criança não tem que fazer nenhum esforço para pronunciá-la, basta abrir a

boca e liberar o ar para emitir o som. A segunda vocal a ser pronunciada

pela criança é o /e/, vogal anterior média, não arredondada oral, aberta ou

fechada. Depois vem a vogal /i/, vogal anterior alta fechada, não

arredondada oral. A quarta vogal a ser pronunciada pela criança é o /u/,

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vogal posterior alta fechada arredondada oral. Agora a criança terá que fazer

um esforço maior, porque para pronunciar a vogal /u/ ela terá que fazer um

arredondamento dos lábios e levar a língua até o palato, esse esforço faz

com que o /u/ seja a última das vogais a ser adquirida pela criança. Depois a

criança pronuncia os primeiros fonemas referentes às consoantes, /p/ e /b/,

posteriormente virá /m/ e /n/. Isso explica o fato das primeiras palavras a

serem pronunciadas, pela maioria dos bebês, são /papai/ e /mamãe/.

A partir dos cinco ou seis anos, a criança começa a repetir os sons

que acaba de produzir, e ela sente prazer em fazer esse exercício de

autoimitação5. Também é comum a heteroimitação, que consiste na

observação do bebê no repertório fonético dos pais que dialogam ao seu

redor, esse repertório assume o papel de modelo para que a criança vá aos

poucos se adequando aos padrões linguísticos de sua língua materna.

Aos dez meses, a criança começa a repetir as sílabas, juntando dois

fonemas como „dadada‟, „bababa‟, „papapa‟, esse fenômeno é conhecido

como reduplicação silábica. Agora ela se aproxima cada vez mais rápido da

aquisição da linguagem, por volta dos doze ou quinze meses, a criança com

algumas palavras vagas, entoações e gestos já inicia verdadeiros diálogos

com a mãe. As primeiras palavras servem para as necessidades próprias da

criança, se referem a pedidos, e permitem que ela fale das pessoas ou das

coisas que tenham importância para ela, são coisas do cotidiano, por

exemplo: /ada/ para pedir água, /atu/, /au au/, /mom/, para se referir a

animais, /bicoito/, /gagau/, /pão/, quando deseja um alimento, /loló/,

/boneca/, /carro/, se referindo aos objetos pessoais.

Aos três anos as crianças pronunciam poucas consoantes. As mais

difíceis não são pronunciadas ou passam por deformação, especialmente as

fricativas /f/, /v/, /s/, /z/. O /r/ é muito pouco pronunciado, por isso que

aquisição dos verbos é tardia, devido a sua complexidade, a criança demora

um pouco para adquiri-lo, é perceptível que as primeiras palavras referem-se

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a substantivos, os poucos verbos pronunciados apresentam formas como

/dá/, /querê/, /andá/, /fazê/, /gostá/, é notável a dificuldade que a criança

sente com o /r/, por isso ela o ignora.

Nessa fase ela começa a formular as primeiras frases. “Durante esse

ano particularmente formam-se as estruturas essenciais da língua. Três

anos é a idade de ouro da linguagem infantil.”6 Agora a criança já consegue

usar uma palavra para expressar cada coisa que deseja, não precisa mais

fazer uso da superextensão.7

Essa é a fase das perguntas, já que agora o seu vocabulário já está

bem rico para saciar a sua necessidade de formular perguntas, ela usará esse

mecanismo à vontade, então essa é a „idade dos porquês‟. Essa fase também

é caracterizada pelo uso do „eu‟ para designar muitas vezes situações em que

esse pronome não seria permitido, depois ela aprenderá fazer uso dos outros

pronomes e abandona esse „egocentrismo‟.

Antes dos três anos os verbos são utilizados em formas imprecisas

como „bebê passear‟, „papai subido‟.

“A maioria dos enunciados referem-se à situação presente.

Alguns anunciam um passado composto e vemos aparecer o futuro perifrástico, ou seja, o que utilizamos, frequentemente,

na linguagem cotidiana, construído como vamos ir.”8

Somente entre três e quatro anos a criança conseguirá utilizar o

futuro com „r‟, como „mamãe irá‟. A forma no particípio presente aparece

um pouco mais a frente, entre os quatro e cinco anos.

Entre 18 e 24 meses ocorre uma rápida aquisição de palavras para

denominar objetos. Enquanto que os verbos não são usados com tanta

freqüência. Há fatores que impedem o uso do verbo nessa fase, como por

exemplo, o fato que os verbos possuem grande variedade semântica e

gramatical, e isso impede seu domínio. Portanto, se torna mais fácil fazer

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uso do substantivo para designar o que deseja falar do que um verbo, pois é

perceptível “o desânimo da criança quando tem que lidar com um verbo

cujas formas não domina.”9

Outros vilões da dificuldade de se adquirir o verbo, pode ser “os

próprios pais, estes tendem a influenciar seus filhos a nomear objetos muito

mais do que a nomear ações.”10

Com o passar dos anos, a criança supera

essas limitações e aprende a formular frases, agora já utilizando o verbo

corretamente conjugado para expressar o acontecimento desejado.

O uso de verbos é em grande parte responsável pelo

desenvolvimento gramatical da criança,

“Pois determina a superação dos enunciados de uma palavra

para as combinações de diversas palavras, assim entre o

terceiro e o quarto ano de vida seu uso é aperfeiçoado. Tal

aquisição comparada a dos substantivos demonstra que

quando a criança possui entre cinqüenta e cem palavras seu

inventário de verbos começa a aumentar, estendendo-se até o

momento em que ela possui cerca de quinhentas palavras em

seu vocabulário; a partir deste instante ocorre a equiparação entre a proporção de verbos e demais palavras.”11

A partir dos três anos, a criança começa a amadurecer sua

linguagem, nessa fase ela já consegue contar historinhas, utilizando os

mecanismos que a língua em aprendizado lhe oferece, ela já usa as

preposições, os pronomes pessoais, advérbios, e verbos, embora com

alguma confusão, mas os adultos já compreendem sem sentir a necessidade

de traduzir a fala da criança. Pelos cinco ou seis anos, ela já usa a fala com

mais propriedade, se esforça para falar corretamente, mas encontra ainda um

pouco de dificuldade de usar corretamente as formas verbais. Uma vez ou

outra o verbo aparece com a forma conjugada errada na fala da criança.

Como foi citado anteriormente, a aquisição do verbo é um pouco mais lenta

do que as demais palavras.

A dificuldade de se adquirir o verbo está no fato que este admite

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vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos

quanto morfológicos. São divididos quanto à semântica, quanto à

conjugação, quanto à morfologia. E ainda tem que obedecer a categorias de

flexão de número, pessoa, modo, tempo e voz. Se fizermos uma comparação

do verbo na língua portuguesa com as demais, veremos que o nosso verbo é

bem mais difícil de adquirir. O português é uma das línguas que mais

possuem flexões de verbos. Têm flexões em todos os tempos, modos e

pessoas. E a nossa língua ainda tem a peculiaridade de ter um infinitivo

pessoal e m infinitivo impessoal.

Se fizermos uma breve viagem observando a utilização dos verbos

em outras línguas do planeta, concluiremos que o verbo na nossa língua é

bem mais complexo. Por exemplo, nas línguas germânicas quase sempre o

infinitivo é representado por uma preposição /to/ em inglês ou /att/ em

sueco. Sem essa preposição, o verbo representa o imperativo. O tempo

futuro é sempre representado por um verbo auxiliar. Não há flexão de modo.

Já nas línguas escandinavas não há flexão de pessoa, a mesma forma verbal

de um tempo vale para todas as pessoas. Em finlandês o verbo dispensa o

pronome, tendo apenas a flexão. Em húngaro e em alemão existem as

flexões de tempo e de aspecto. Há apenas um tempo presente e passado

simples e o aspecto é designado por prefixos. Em latim o verbo se flexiona

em tempo (presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-

que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito), modo (indicativo,

subjuntivo, imperativo), pessoa e voz (ativa e passiva). Há quatro formas

nominais: o infinitivo, o gerúndio, o particípio e o supino. As três primeiras

têm tempo presente, passado e futuro. O supino é invariável. Em japonês os

verbos não variam conforme pessoa e número; no entanto, são flexionados

de acordo com estilo (comum e polido), tempo (passado e não-passado), e

modo (são vários: indicativo, gerundivo, passivo, potencial, causativo,

condicional, imperativo, desiderativo, volitivo) as flexões contendo uma

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forma afirmativa e uma forma negativa. Em coreano os verbos são palavras

invariáveis. O tempo e o modo são representados por advérbios, e a pessoa é

representada por pronomes. Em mandarim a forma interrogativa dos verbos

é formada por uma estrutura gramatical formada pelo verbo, a palavra /bù/

que significa "não" e o verbo repetido (como se perguntasse "fazer ou não

fazer?")12

.

Comparando a forma como o verbo é utilizado em todas essas

línguas com a Língua Portuguesa, podemos entender o motivo das crianças

retardarem a aquisição dos verbos; a tamanha dificuldade que os brasileiros

sentem em conjugar uma palavra corretamente. E o fato de existir poucos

estudos publicados sobre verbos no nosso país, se comparado a gama de

trabalhos tratando de substantivos.

A linguagem é a primeira forma de socialização da criança, os pais

se colocam como as principais figuras na efetuação dessa socialização, é

através de instruções verbais em meio à vida cotidiana da família que a

criança absorve o ritual da fala. Através da linguagem a criança tem acesso a

valores e regras que serão aos poucos ensinadas pelos pais, assim a criança

passa a adquirir os conhecimentos de sua cultura, e isso ocorre antes mesmo

dela começar a falar. Pois “a linguagem é considerada em bloco no conjunto

das aquisições da criança: atenção, sentimentos, motricidade, percepções.

É impossível compreender a linguagem isolada do resto”.13

Com o passar dos anos a área de socialização da criança se estende,

isso ocorre principalmente quando ela entra para escola, nessa fase ela irá

interagir com outros seres da mesma faixa etária, abandonará o conforto e a

proteção do seio familiar e aprenderá as primeiras regras de convivência em

sociedade com os colegas de colégio.

Conclui-se, portanto, que o uso do verbo é aperfeiçoado

gradualmente pelas crianças, a medida que se socializa e adquire mais

experiência. Percebe-se que a predominância é do verbo intransitivo,

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seguido do verbo de ligação (na faixa de dois e três anos), e depois por

intransitivos diretos (aos quatro anos).14

A fase escolar será a grande

responsável pelo aperfeiçoamento das formas verbais utilizadas pela

criança. Nessa fase ela terá a oportunidade de praticar o que vem

aprendendo desde o primeiro balbucio. Agora em convivência com outros

da mesma idade, ela desenvolverá ainda mais seu sistema linguístico, e terá

a oportunidade de concertar as falhas de concordância entre artigo

substantivo, sujeito, verbo e complemento, pois a escrita que será agora

adquirida lhe ajudará a continuar desvendando esse complexo sistema da

língua.

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NOTAS

1Através da estratégia de escuta, a criança copiadora de modelos presta uma

certa atenção à linguagem que lhe é dirigida ou que ela ouve ao redor de si,

para extrair modelos dessa linguagem que escuta, e a partir deles construir a

sua língua. (AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na criança.

Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 97).

2Através da estratégia de compreensão, a criança escuta, percebe, distingue,

para extrair um sentido de um enunciado, ignorando a maioria das palavras

e as estruturas. A criança só apreende aquilo que faz sentido para ela,

enunciados muito longos não são compreendidos, ela seleciona o que

precisa e estabelece uma estratégia para, aos poucos, compreender a

linguagem que lhe é dirigida. (AIMARD, Paule. O Surgimento da

Linguagem na criança. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 99).

3Assim como a criança imita nossos gestos, mímicas, ações da vida

cotidiana, ela também imita nossa entonação e as palavras que ouve. Ela

imita nossos rituais diários como o diálogo, até conseguir reproduzi-lo por si

própria, abandonando esta estratégia de imitação que é de fundamental

ajuda na aquisição da linguagem. (AIMARD, Paule. O Surgimento da

Linguagem na criança. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 100).

4A criança escutou, percebeu, compreendeu, apreendeu uma forma e um

sentido, agora é hora dela produzir os primeiros enunciados, com base no

que aprendeu em todas esses outros estágios. (AIMARD, Paule. O

Surgimento da Linguagem na criança. Porto Alegre: Artmed, 1998. p.

101).

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5A autoimitação consiste no fato da criança repetir os sons que produz.

Através desse exercício ela reforça a ligação forma acústica-forma motora,

que é uma espécie de esquema memorizado do fonema. (AIMARD, Paule.

O Surgimento da Linguagem na criança. Porto Alegre: Artmed, 1998. p.

60).

6AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na criança. Porto Alegre:

Artmed, 1998. p. 67.

7Superextensão é o processo no qual a criança usa uma palavra para

expressar vários conceitos, por exemplo, ela usa a palavra „pai‟ para se

referir ao ser do sexo masculino, ou „au au‟ para todo animal de quatro

patas.

8AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na criança. Porto Alegre:

Artmed, 1998. p. 84.

9AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na criança. Porto Alegre:

Artmed, 1998. p. 85.

10BEFI-LOPES, Débora Maria; CACERES, Ana Manhani; ARAUJO,

Karina de. Aquisição de verbos em pré-escolares falantes do português

brasileiro. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 9, n. 4, Dez. 2007.

11BEFI-LOPES, Débora Maria; CACERES, Ana Manhani; ARAUJO,

Karina de. Aquisição de verbos em pré-escolares falantes do português

brasileiro. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 9, n. 4, Dez. 2007.

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12 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo. Acesso em 19/10/2009. às

13:50.

13AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na criança. Porto

Alegre: Artmed, 1998. p. 57.

14BEFI-LOPES, Debora Maria; CACERES, Ana Manhani; ARAUJO,

Karina de. Aquisição de verbos em pré-escolares falantes do português

brasileiro. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 9, n. 4, Dez. 2007.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na criança. Porto

Alegre: Artmed, 1998.

2. BEFI-LOPES, Debora Maria; CACERES, Ana Manhani; ARAUJO,

Karina de. Aquisição de verbos em pré-escolares falantes do

português brasileiro. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 9, n. 4, Dez. 2007.

3. SCARPA, Ester Mirian. Aquisição da linguagem. São Paulo:

Cortez, 2001.

4. Verbo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo. Acesso

em 19/10/2009. às 13:50.