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Nós não nos calamos. Mete-mos o dedo em cada ferida, apontando de novo cada in-justiça. Por isso avisamos aos navegantes desavisados: o sonho não acabou. Aos que guardaram as bandeiras e trocaram a camiseta surrada por gravata listrada, relatório e fala empolada: boa viagem. Mas não contem conosco. O nosso caminho é outro. O de sempre. O caminho de quem quer construir um Brasil e uma escola democrático-po-pulares, onde a educação seja libertadora e a conta da crise não seja depositada no bolso dos trabalhadores.

Por isso tudo, fazemos parte do movimento “Nós não va-mos pagar nada”, construído por estudantes de todos os cantos do Brasil e impulsio-nado pela Juventude da Arti-culação de Esquerda, tendên-cia do PT.

Somos oposição a atual maio-ria da direção da

UBES, que esco-lheu o caminho dos engravata-dos e dos maus

acordos! E cabe a nós, que estamos

dispostos, reconquistar a UBES para as/os estudantes e para a luta!

APRESENTAÇÃO

O Brasil está uma confusão. No meio dessa crise do capitalis-mo, tem gente pedindo a volta dos militares, tem deputado aprovando a terceirização e a redução da maioridade penal, tem ministro desajustado cortando verbas da educação e ata-cando os direitos dos trabalhadores.

E, no meio disso tudo e mais um pouco, ocorre o processo de eleição dos delegados ao 41 Congresso da UBES.

Nós, que já temos 67 anos de luta, precisamos decidir se este processo e se nossa entidade serão parte das lutas e da resis-tência do povo brasileiro contra estas medidas ou se iremos baixar a cabeça para aqueles que nos atacam.

Precisamos escolher entre a coragem e o medo.

E o medo não pode ser uma opção.

A coragem que tivemos na resistência à ditadura militar. A mesma coragem que fez com que milhões fossem às ruas em defesa das Diretas já!, pelo Fora Collor e contra o governo FHC! A coragem que tivemos ao ajudar o primeiro operário e a primeira mulher a chegarem na Presidência da República.

Precisamos lutar contra a política econômica do governo fe-deral, dizendo em alto e bom som que “nós não vamos pagar nada”! Precisamos lutar de todas as formas contra os golpis-tas e chantageadores que estão espalhados nos governos, no Congresso Nacional, no Judiciário e na mídia!

E para que isso seja possível, precisamos mudar a direção política da entidade e nossa forma organizativa! É urgente enterrar a política de conciliação; assim como realizar uma reforma política interna que institua uma direção colegiada, que acabe com o presidencialismo e o financiamento privado da entidade e democratize as decisões!

RECONQUISTAR A UBES PARA A LUTA E PARA AS/OS ESTUDANTES!“Onde estão os estudantes

e os artistas exiladosquem vai mudar o mundose todos estão calados?!”

Bruno Costa

O capitalismo passa uma gra-ve crise. No mundo todo, os

governos e a bur-guesia tem deposi-

tado a conta da crise naqueles

que não a criaram. No Brasil, este

tem sido o caminho escolhi-do pela maioria dos governa-dores e pelo Governo Fede-ral. Nós não podemos admitir isso.

Por isso, defendemos que a UBES participe mais ativa-mente da construção da Fren-te Brasil Popular, envolvendo todos os estudantes na luta por outra política econômica e pela defesa da democracia!

É inadmissível que meia dú-zia de famílias de grandes empresários controle a mí-dia brasileira! As rádios, as televisões e os jornais não

podem emitir ape-nas a opinião de uma minoria cheia de dinhei-ro, que apoiou a

ditadura militar e que escondeu as lutas dos trabalhadores! Os trabalha-dores, as mulheres, os negros, a juventude e os LGBTT que-rem ter voz e vez!

Por isso, defendemos que a UBES e os grêmios intensifi-quem a coleta de assinaturas do Projeto de Lei da Mídia Democrática, organizando fó-runs de debate em todos os cantos do Brasil.

Vivemos numa sociedade machista. Nela, as relações de poder são desiguais entre ho-mens e mulheres. Isso ocorre nos mais diversos espaços:

em casa, no tra-balho, na esco-la e até mesmo no movimen-

to estudantil. Existem vários re-flexos disso: da

falta de participação das mulheres na vida pública até atos de violência. Não pode-mos permitir isso. As mulhe-res devem participar de todos os espaços de decisão. Por isso, defendemos que a UBES garanta a paridade em todos os espaços do movi-mento estudantil, elabore materiais específicos para as estudantes mulheres e orga-nize EME’s com mais tempo para debate e auto-organiza-ção.

A ditadura militar não acabou na pe-riferia. A polícia, filhote da ditadura, age seletivamente restringindo e oprimindo a juventude, em especial

a juventude negra e pobre, que tem sido assassinada todos os dias nas periferias do país.

Não queremos nenhum jovem a mais morrendo vítima da criminalização da pobreza! Não queremos nenhum jovem a mais nas estatísticas do crime!

Queremos o fim da polícia militar! Por isso, defendemos que a UBES e os grêmios estudantis assumam o protagonismo no debate pela desmilita-rização da polícia, acompanhado pelo debate da revisão da lei da anistia

e da apuração dos crimes cometidos pela polícia contra a juventude.

1) Construir uma “Comissão Pró-Grêmio”: um grupo pe-queno, formado por aqueles que estão interessados na fundação de um grêmio. De-vem informar todos os estu-dantes e organizar uma As-sembleia Geral;

2) Assembleia Geral: reunir o máximo de estudantes possí-vel, com o objetivo de apro-var o Estatuto do Grêmio (as “leis” que organizam o grê-mio dentro da escola), definir as datas para campanha, de-bate e votação e, por fim, ele-ger uma Comissão Eleitoral (grupo que será responsável por organizar isso);

3) Campanha, eleição e pos-se: as chapas inscritas devem realizar suas campanhas e, após a apuração dos votos, a chapa vencedora deve tomar posse.

No final de cada ano, o pro-cesso se reinicia com uma nova Assembleia Geral.

Para saber mais, ver modelos de estatutos, planejamento e muito mais, visite:w w w. p a g a r n a d a . c o m

O Brasil é um país extremamente desigual. Enquanto muitos tem pouco, poucos tem muito. E a pequena parte da socieda-de brasileira que se beneficia da desigualdade se organizou muito bem para que nada mudasse.

Um dos locais onde eles estão muito bem organizados é na política. Nosso Congresso Nacional foi sequestrado pelos grandes empresários. Através do financiamento privado das campanhas eleitorais, compram os deputados para votem apenas nas leis que beneficiam suas empresas.

Isso explica porque o Plano Nacional de Educação demorou tanto tempo para ser aprovado, assim como explica a exclu-são do debate sobre gênero e o fato dos 10% do PIB não se-rem exclusivos para a educação pública, nem mesmo “já”.

Por isso, é necessário realizar uma profunda reforma política, através de uma Constituinte, para mudarmos o Brasil!

Nos últimos 12 anos, avançamos muito no tema da educação. Tivemos expansão da rede de universidades e escolas técni-cas públicas, PROUNI, PRONATEC, cotas etc.

Mas existem dois problemas: nada disso basta! E nenhuma dessas mudanças tratou da orientação político-pedagógica das escolas!

Milhões de jovens estão fora da escola. Seja pela desigualda-de que existe no Brasil, seja porque a nossa escola está fora da realidade brasileira!

Nós precisamos outro tipo de escola! Precisamos de uma es-cola democrática e popular, onde os alunos participem das decisões e tenham autonomia real para se organizarem! Onde as matérias que estudamos tenham relação com nossa vida, não sejam apenas decoreba para passarmos na prova ou no vestibular. Precisamos de uma revolução pedagógica!