Apresentação - Viaduto de Millau
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VIADUTO DE MILLAU
A ponte mais alta do mundo
Tópicos• Introdução• Premissas• Dados Gerais do Projeto• Etapas da Construção
- Escavação
- Fundação
- Estruturas de Contenção
- Pilares
- Pilares Temporários
- Tabuleiro
- Mastros Metálicos
- Estais• Vídeo
IntroduçãoO Viaduto de Millau sobre o Vale do Rio
Tarn no sul da França, é um projeto do Governo Francês.
Projetado pelo arquiteto inglês Norman Foster e pelo engenheiro francês Michel Virlogeux.
Construído com o objetivo de reduzir os congestionamentos e o tempo de viagem na auto-estrada A75.
Premissas
Estudos sobre a localização do viaduto duraram 10 anos. A região é conhecida por ventos fortes e o vale é muito profundo, resultando em um longo período de pesquisa e planejamento, investigando várias rotas possíveis.
Foi criada uma competição para obter a melhor solução e, em julho de 1996, o projeto de uma ponte estaiada por Foster & Partners foi premiado.
Após algumas modificações o projeto final para o viaduto de Millau foi aprovado em 1998 .
Mapas
Dados Gerais do Projeto Comprimento: 2.46 km Largura: 32 m Número de pilares: 7 Maior Pilar: 245 m (P2) Menor Pilar: 77 metros (P7) Altura dos mastros metálicos: 90 m Altura total máxima sobre o rio Tarn: 343 m 8 vãos: 6 de 342 m e 2 de 204 m Peso da pista: 36 mil toneladas Peso total: 242 mil toneladas Tempo de construção: 3 anos Trabalhadores: 3 mil Volume total de concreto: 85.000 m³
O viaduto de Millau é uma ponte multi estaiada estruturada ao longo de 2460 m, ligeiramente curvado no plano, com um raio de 20.000 m, e inclinação constante para cima de 3,025% de norte a sul.
Características do Projeto
Escavações:
Relevo cárstico em calcário embaixo do futuro pilar sul C8.
Pedra calcária muito fraturada na localização do pilar C0.
Etapas Construtivas
Relevo cárstico e rocha fraturada na localização do pilar temporário 1
Escavação para a fundação do pilar norte C0
Escavação em marga muito rígida para a construção do pilar P5.
Escavação do pilar P7 , solo em colúvio e marga rígida, protegido com solo grampeado.
Localização do pilar P3 em uma encosta íngreme, com pedras calcárias.
Fundações: Fundação dos Pilares
Fundação do pilar P4
Escavação das fundações e colocação das armaduras.
A construção do pilar norte C8
Estruturas de Contenção:
Parede com tirantes do pilar P7
Cálculo do solo com tirantes
Construção do pilar P3. Parede do solo grampeado.
Pilares:
Os pilares são de formato hexagonal.
Cada Pilar diminui continuamente em ambos os lados a partir da base para o topo.
Os pilares são construídos em concreto B60 de alta especificação. Foi escolhido mais pela sua durabilidade do que por sua elevada resistência mecânica.
Projetado para suportar ventos de 200 km/h.
Projeto dos sistemas de fôrmas, escoras e andaimes são da empresa PERI.
Com um crescimento médio de 4 metros a cada 3 dias de construção.
Os pilares foram construídos todos ao mesmo tempo a fim de otimização do tempo de construção.
Eles foram moldados no local com formas deslizantes.
Os pilares são ocos para economia de concreto e por razões estruturais (o concreto no centro do pilar quase não participa da resistência ao momento que é a mais crítica).
A fôrma exterior era fixada sobre trilhos e com ajuda de êmbolo era elevada de 4 em 4 metros.
A fôrma interior era elevada com a grua montada junto com o pilar.
O posicionamento minucioso das fôrmas era realizado graça a aparelhos GPS que permitiam ter uma precisão de 5mm na colocação das fôrmas.
O concreto usado na sua execução apresenta características de alta compacidade e uma resistência à compressão de 60 Mpa.
Seção Transversal de um pilar
Pilares temporários:
Os pilares metálicos vermelhos foram provisórios, necessários para o lançamento do tabuleiro e para garantir a estabilidade dele até a montagem dos estais.
Essas estruturas se apresentavam como ossaturas metálicas em forma de treliças em K, de seção quadrada de 12 m x 12 m, constituídas de tubos de diâmetro 1.016 mm.
Foram montados por telescopagem.
O mais alto desses pilares chegou a 173 m.
Tabuleiro:
A realização das peças de aço foi realizada pela empresa Eiffel Construction Métallique situada no nordeste da frança.
Foi usado aço da alta resistência para permitir a realização da um tabuleiro mais esbelto.
Para atender a demanda e os prazos a empresa adquiriu novas máquinas para automatizar o processo de soldagem.
As peças assim pré-fabricadas foram levadas até o viaduto e foram montadas no local.
Esquema da seção do tabuleiro
Por que utilizar aço na construção do tabuleiro?
A estrutura ficou mais leve e mais fina (36.000 toneladas para a solução aço e 120.000 toneladas para a solução concreto).
O tempo de construção foi diminuído.
Mais segurança na realização da obra.
Diminuição do número de estais e da importância da fundações.
Redução da altura do tabuleiro (4,20m para a solução aço contra 4,60m para a solução concreto).
Redução dos custos.
Esquema da seção do tabuleiro
Montagem do Tabuleiro:
A montagem das peças foi realizada dos dois lados da obra e as peças foram lançadas ao mesmo tempo, trecho por trecho, em cima dos pilares.
A peça central (amarelo) era montada na usina e levada pronta no canteiro. As outras peças (pré-fabricadas na mesma usina) eram montadas e soldadas com o caixão central em centrais de soldagem onde os operários trabalhavam em série.
Central de montagem e soldagem do tabuleiro
Lançamento do Tabuleiro:
Após a realização de um trecho o tabuleiro era empurrado em cima dos pilares com êmbolos. Essa etapa foi a mais crítica da construção.
Esse processo foi interamente monitorado por computadores. Foi necessário garantir um funcionamento coordenado de todos os êmbolos para levantar o tabuleiro a fim de descola-lo dos pilares e empurra-lo evitando demais esforços nele.
Esquema do êmbolo usado para o empurramento do tabuleiro.
Para garantir que o tabuleiro atracasse
bem, foram montados trilhos na cabeça dos pilares a fim de direcionar o tabuleiro para uma boa atracagem.
Nessa fase de lançamento a capacidade de deformação do aço foi muito importante porque o tabuleiro nessa fase teve que aguentar grandes deformações e esforços.
Esquema usado para empurrar o tabuleiro.
Mastros Metálicos:
Os mastros metálicos foram concebidos como continuação dos pilares e ganharam forma de Y invertido.
A fabricação de seus elementos obedeceu aos mesmos princípios usados para os elementos do tabuleiro, e foram levados para o canteiro por estrada, em partes de até 12 m.
O peso máximo de cada parte é de 75 t.
As pernas dos mastros têm 38 m de altura e são compostas por dois caixões protendidos.
No topo dos mastros foram colocados prolongamentos de 49 m, sobre os quais os estais estão ancorados.
Os últimos 17 m de cada mastro, cuja altura total é de 87 m, não têm função estrutural, apenas estética.
Pesa 700 toneladas.
Seção Transversal de um mastro metálico.
Estais:
Os 11 pares de estais que sustentam cada vão foram dispostos em semileque em um só plano. Eles se apresentam espaçados ao longo do tramo central, a intervalos regulares de 12,51 m.
O comprimento dos estais varia de 60 a 180 m, segundo seu afastamento em relação aos mastros.
Cada estal é constituído de cordoalhas T15 Super da classe 1.860 MPa, galvanizadas, embainhadas, engraxadas e
protegidas por um invólucro branco em PEHD não injetado.
O invólucro comporta uma superfície com ranhuras helicoidais descontínuas, que permitem aos estais uma maior resistência às vibrações provocadas pelo efeito conjunto do vento, da chuva ou da neve.
O aço dos tirantes adiciona 1500 toneladas ao peso total.
A construção começou em 10 de Outubro de 2001.
Foi inaugurada em 14 de Dezembro de 2004 e aberta para o tráfego de dois dias mais tarde.
Custo total da obra: 320 milhões de euros. Financiado e construído pelo grupo EIFFAGE sob concessão para o governo
francês. A concessão é por 75 anos. No entanto, o contrato de concessão estipula
uma vida útil de projeto para o viaduto de 120 anos.