Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 100-101

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1.1. Na primeira estrofe, desenvolve-se a oposição «sentimento» (v. 1) / «pensamento» (v. 5), central na obra de Pessoa ortónimo. O sujeito poético não consegue apenas sentir, ainda que, por vezes, assim lhe pareça. Contudo, ao analisar-se («ao medir-me», v. 4), compreende que, no momento em que é «sentimental» (v. 3), as suas emoções já foram intelectualizadas e transformadas em «pensamento» (v. 5).

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2. Com a mudança de pessoa verbal, da primeira do singular para a primeira do plural, o eu lírico procede a uma universalização das suas afirmações, generalizando a «todos que vivemos» (v. 7), todos os seres humanos, o seu caso particular.

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3. Segundo o sujeito poético, a «única vida que temos» é «dividida» entre a «vivida» e a «pensada», ou seja, é a que integra as emoções e os pensamentos.

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4. Os últimos três versos do poema apresentam um carácter conclusivo face às afirmações anteriores e à indefinição que as mesmas deixam no ar. Depois de refletir sobre qual a «verdadeira» (v. 13) vida de cada ser humano, que se debate entre o sentimento e a razão, o sujeito poético termina destacando a supremacia do pensamento, pois, segundo ele (e como explicitou na sua teoria do fingi-mento poético), «a vida que a gente tem/É a que tem de pensar.» (vv. 17-18).

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1.1 Os adjetivos sublinhados na passagem «É vulgar referirmos em conversa os universos múltiplos que habitavam a cabeça de Fernando Pessoa, um plano aparentemente infinito [...]» (ll. 1-3) desempenham a função sintática de

a) modificador do nome restritivo.b) complemento direto.c) predicativo do sujeito.d) modificador do nome apositivo.

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1.2. No contexto em que ocorre, a palavra «onde» (l. 3) pertence à classe dos

a) quantificadores.b) advérbios.c) pronomes relativos. [advérbios relativo]

d) verbos.

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Pronomes relativos

Variáveis

Singular PluralMasculino Feminino Masculino Feminino

o qual a qual os quais as quais

Invariáveis

que quem

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Outras palavras relativas

Advérbio relativo

onde

Determinantes relativos

cujo, cuja, cujos, cujas

Quantificadores relativos

quanto, quanta, quantos, quantas

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1.3. A utilização do advérbio «agora» (1.4) constitui um mecanismo de coesão

a) frásica.

b) referencial.

c) lexical.

d) temporoaspetual.

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1.4. Com o uso do advérbio «inegavelmente» (l. 4) o autor visa

a) asseverar a limitação da designação de «poeta».

b) negar categoricamente a pluralidade da obra de Pessoa.

c) intensificar o carácter polémico dos textos do ortónimo.

d) minimizar a obra não literária de Fernando Pessoa.

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1.5. A forma «melhor», usada na linha 9, corresponde ao grau superlativo relativo

[comparativo]

a) de superioridade do adjetivo «bom».

b) de superioridade do advérbio «bem».

c) de inferioridade do advérbio «mal».

d) de inferioridade do adjetivo «mau».

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Lentamente BemComparativo

Mais lentamente que Melhor que | Mais bem que

Tão lentamente comoTão bem como

Menos lentamente que Menos bem que

Superlativo absoluto analíticoMuito lentamente Muito bem

Superlativo absoluto sintéticoLentissimamente Otimamente

Superlativo relativoO mais lentamente que O melhor que

O menos lentamente que O menos bem que

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1.6. O recurso estilístico utilizado na expressão «era uma antena magnética» (l. 10), caracterizadora de Fernando Pessoa, é

a) a sinédoque.

b) a hipálage.

c) a metáfora.

d) o pleonasmo.

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1.7. Com o uso de «ele» (l. 15) para retomar o referente «Pessoa» (l. 14), o enunciador serve-se da

a) catáfora.

b) anáfora.

c) elipse.

d) correferência não anafórica.

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antecedente/referente

na vida e na obra de Pessoa (que até no apelido foi irónico, ele, que tantas parece ter sido).

anáfora

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2.1. A função sintática desempenhada pela expressão «a cabeça de Fernando Pessoa» é a de complemento direto.

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É vulgar referirmos em conversa os universos múltiplos que habitavam a cabeça de Fernando Pessoa.

que habitavam a cabeça de Fernando Pessoa.

que a habitavam.

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2.2. A oração tal tal tal é uma oração subordinada substantiva completiva.

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Quanto mais lemos o que escreveu, melhor compreendemos que era tudo menos isso

subordinada substantiva completiva

conjunção subordinativa completiva

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2.3. O antecedente do pronome relativo em causa é «várias gerações de investigadores — os pessoanos — e de leitores» (ll. 17-18).

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A curiosidade gerada por uma obra tão diversificada (e que parece ainda ter várias outras surpresas por revelar), alimenta várias gerações de investigadores — os pessoanos — e de leitores,

que a cada leva de novos títulos, fixações, reedições e interpretações questionamoração subordinada adjetiva relativa restritiva

quem foi… Pessoa.oração subordinada substantiva relativa

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No sketch «Estava balofa» (série Fonseca), surge com muita frequência uma dada CLASSE DE PALAVRAS (sobretudo no fim das frases que a senhora mais velha profere: «balofa», «nojenta», «gorda», «magra», «forte», «inchada», «luzidia», «pesadona», «banhosa», «grande»). Qual é essa classe? A dos adjetivos. Podem as palavras acima ficar antes e depois dos nomes? Sim São graduáveis (isto é, flexionáveis em grau)? Sim. Assim sendo, dentro da classe de palavras em que já as integrámos, pô-la-íamos no subgrupo dos adjetivos qualificativos.

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Algumas das palavras do sketch apareciam graduadas. Faz corresponder um dos graus 1-8 às abonações a-d.

a) 4; b) 4; c) 1; d) 3.

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Repara em «Parecia porca» / «Parecia uma porca».

Indica a classe das duas palavras «porca». Na primeira frase «porca» é adjetivo. Na segunda, nome. Repara que se trata de palavras diferentes (embora iguais na aparência). Em termos do PROCESSO DE FORMAÇÃO, o que aconteceu foi o seguinte. Tínhamos «porca», pertencente a uma dada classe, a dos nomes. Essa palavra levou ao aparecimento de «porca» agora como palavra de outra classe, a dos adjetivos. Este processo de formação designa-se conversão (ou derivação imprópria).

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Vejamos ainda outra CLASSE. Indica a classe das palavras em itálico:

Sentiu-se mal, com certeza. / mal — advérbio

Sinto-me bem. / bem — advérbio

Em «Sinto-me melhor [do que como estava antes]», melhor é um advérbio no grau comparativo de superioridade. Se «melhor» estivesse no grau normal, a frase ficava assim: «Sinto-me bem».

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Atentemos em: a) uma dietazinha; b) as dietas; c) uma dietazona. Indica a CLASSE das palavras em itálico: classe dos nomes. Não são apenas os adjectivos ou os advérbios que se podem flexionar em grau. Indica os graus em que estão as três palavras:

a) diminutivo; b) normal; c) aumentativo.

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Em termos de FORMAÇÃO, a) e c) são derivadas por sufixação, tendo aliás em comum a mesma forma de base, correspondente ao singular de b).

Olhando o que se diz sobre os valores de sufixos aumentativos e diminutivos na p. 352 do teu manual, que valores atribuirias aos sufixos em a) e em c):

a) pequenez, b) grandeza.

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Já mais no plano da SINTAXE, podemos notar que nas falas da senhora velha predominam expressões predicativas que atribuem propriedades ao sujeito: «[A Dona Sandra] está mais magra»; «[A Dona Sandra] estava balofa», «Eu estava fortezinha»; «Agora, [você] está bem»; «[Você] parecia uma porca»; «A pele parecia gosma», «[A pele] era como sebo». Estas expressões predicativas que pus em itálico incluem todas um verbo copulativo («estar», «ser», «parecer»), seguindo-se um segmento que desempenha a função sintática de predicativo do sujeito.

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Há, ainda assim, casos em que o predicador é um verbo transitivo: «A Dona Sandra fez uma dieta». Quanto a funções sintáticas, diremos que «uma dieta» é o complemento direto, sendo o segmento «fez uma dieta» o predicado.

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E é possível encontrar pelo menos um caso de verbo transitivo-predicativo (ou seja, de verbo que selecciona complemento direto e predicativo do complemento direto). Com efeito, em «Agora, [eu] sinto-me melhor», «me» é o complemento direto e «melhor» é o predicativo do complemento direto.

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