APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias?...

34

Transcript of APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias?...

Page 1: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito
Page 2: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

APRESENTAÇÃO

A produção didática aqui apresentada (unidade didática para o professor)

integra o conjunto de atividades desenvolvidas dentro do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE 2010/2011) da Secretaria de Educação do

Estado do Paraná e tem por objetivo subsidiar o professor PDE na implementação

do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, além de oferecer aos colegas

professores uma proposta de trabalho para o desenvolvimento do letramento

literário em nossas escolas.

Eis um questionamento sempre presente entre os professores quando o

assunto é leitura: como desenvolver um trabalho que aproxime efetivamente

nossos alunos do texto literário, expandindo e consolidando a formação do leitor

de literatura? Esta unidade didática pretende apresentar alternativas de resposta

a esse questionamento por meio do desenvolvimento de atividades cujo objetivo é

preparar alunos que compreendam literatura; e que compreendendo apreciem

literatura; e que apreciando literatura leiam espontaneamente e assiduamente,

façam suas escolhas de leitura e, a partir delas, apresentem melhor interação

com todo texto com o qual se deparem em sociedade, não apenas decodificando-

os, mas lendo-os de fato, dialogando com eles e melhor compreendendo o mundo

a sua volta.

As atividades aqui sequenciadas seguem o direcionamento proposto por

COSSON (2006) em sua obra intitulada ―Letramento literário: teoria e prática‖.

Nessa obra, são elencadas como fundamentais no trabalho com leitura literária

quatro etapas: motivação (quando são lançadas aos alunos questões instigantes

e desafiadoras que agucem a curiosidade em relação à leitura do texto),

introdução (quando são apresentados aos leitores autor e obra - apenas

informações básicas sobre o autor, principalmente as ligadas ao texto a ser lido),

leitura (que requer acompanhamento atento do professor para auxílio aos alunos

com dificuldades), e interpretação (quando ocorre o entretecimento dos

enunciados para realização de inferências e construção do sentido do texto, por

meio do diálogo autor/leitor/ comunidade. Constitui-se de dois momentos: o

primeiro (momento interior) é o relacionado à decifração (palavra por palavra,

página por página, e assim por diante até a apreensão global da obra), e o

Page 3: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

momento externo em que ocorre a concretização, a materialização da

interpretação como ato de construção de sentido).

Nos encaminhamentos das atividades aqui propostas é previsto o

atendimento a essas quatro etapas do trabalho com leitura a fim de desenvolver o

letramento literário que, segundo COSSON (2006), exige um trabalho que leve os

alunos a se sentirem atraídos para ler literatura e não vejam tal atividade como

obrigação. Para isso, ―não basta mandar os alunos lerem‖. É preciso ler junto com

eles, intervindo quando necessário, apontando caminhos, destacando pontos

positivos e ajudando-os em suas dificuldades, levantando reflexões sobre o que

leram a fim de levá-los ao diálogo com a obra e fazendo-os perceber que ler

envolve captação dos sentidos da obra e não mera decodificação, relacionando o

conteúdo das obras com aspectos do mundo, para que extrapolem os sentidos da

obra e busquem outros sentidos, ampliando a visão de mundo e a imaginação,

promovendo o confronto com outros gêneros para que desenvolvam a capacidade

de perceber efeitos de sentido e ideias implícitas. Enfim, colaborar para que os

alunos tornem-se aptos a ler de forma autônoma e proficiente, sejam realmente

leitores de literatura, façam suas próprias escolhas de leitura e amadureçam

como leitores. Através de um trabalho bem organizado, cuja participação ativa

dos alunos leitores seja o ponto crucial, é possível desenvolver o letramento

literário nas escolas.

Nesta unidade didática, para o trabalho com letramento literário, serão

trabalhadas histórias (contos) que oportunizem o ouvir, o ler e o contar histórias.

Page 4: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

UNIDADE DIDÁTICA

1ª ETAPA – AS HISTÓRIAS DE CADA UM...

Objetivos: resgatar a experiência dos alunos com histórias; apresentar as

primeiras histórias selecionadas aos alunos e incentivá-los à leitura e à arte de

contar histórias.

1- Inicie conversando com os alunos sobre:

- Quem gosta de ouvir histórias?

- Tem alguém na família que gosta de contar histórias?

- Alguém se lembra de alguma história que ouviu e ficou marcada em sua

memória? Quer contá-la para a turma?

- Como essas histórias chegaram até vocês?

2- Apresente aos alunos trechos das séries de vídeos ―Como a arte fez o

mundo - Era uma vez (partes 1 a 6)‖ disponíveis em

http://www.youtube.com/watch?v=8wYGY5fva3E&feature=related)

Sugestão: professor(a), nesta etapa, se possível, trabalhe em conjunto com o

professor de História.

3- Em seguida, distribua-lhes cópias do texto abaixo:

A antiga arte de contar histórias

A arte de contar histórias é algo que acompanha o homem desde a pré-

história. Já nessa época nossos antepassados utilizavam várias formas de

linguagem para relatar suas aventuras heróicas e fatos de sua existência. Prova

disso são as inúmeras ilustrações registradas em cavernas e pedras desde

aquela época e que hoje são objeto de estudo dos arqueólogos. O uso de

desenhos, da pintura e de símbolos era a maneira encontrada para transmitir aos

semelhantes acontecimentos que consideravam importantes. Além de ter

IMPORTANTE

Professor(a), nesse momento é importante que o espaço e a disposição da turma

sejam organizados de maneira a favorecer a conversa e estimular o ato de contar

histórias, a troca de experiências, a expressão de emoções.

Page 5: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

importância histórica, esses registros evidenciam uma característica natural do

ser humano: a necessidade de contar histórias. Estudos mostram também que

antigamente os homens reuniam-se em torno de fogueiras para a prática de ritos

durante os quais faziam representações cênicas com função mágica e narrativa.

Para isso, fingiam ser outro alguém e representavam situações do cotidiano

utilizando-se de sons, movimentos corporais e pinturas. Assim ―contavam‖ suas

histórias.

E como se sabe muito bem que uma história sempre puxa outra, fica fácil

imaginar como essa arte foi evoluindo junto com o ser humano, principalmente

após o surgimento da linguagem verbal. A partir daí, as narrativas orais passaram

a ser a forma mais utilizada para a transmissão de histórias. (adaptado do livro

didático público de Arte – Ensino médio - Secretaria de Estado da Educação)

4- Discuta a respeito das informações presentes nos trechos do

vídeo e no texto informativo.

5- Reflita com os alunos: através dos livros podemos conhecer

histórias de todas as épocas, da pré-história até os dias atuais. São

os livros que nos mostram o mundo, que nos apresentam as mais

incríveis histórias já imaginadas ou vividas por alguém que quis

dividi-las com outras pessoas.

Agora vamos começar a conhecer algumas dessas histórias.

Leia então para os alunos:

“O galo e a raposa” e “A roupa nova do rei’, da autora Ruth Rocha (disponíveis

na obra “Almanaque Ruth Rocha” – Editora Ática)

e também:

O príncipe tatu

Estando uma vez o rei e a rainha à janela do seu palácio, viram passar

um caçador com um tatu às costas. A rainha, até então, não tivera a felicidade de

dar à luz um filho, e por isso disse para o rei:

— Ah! Meu Deus! Vês tu!... Quem me dera ter um filho, mesmo que fosse

como aquele tatu!

Page 6: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

Os seus desejos foram satisfeitos; e dentro de menos de um ano a rainha

veio a ter um filho, que era um tatu perfeito.

Apesar de ser assim, foi ele criado com todos os cuidados de um príncipe

e educado e instruído, conforme a sua hierarquia em nascimento. Escravos o

carregavam pela ruas, vestido com as mais caras roupas, sobre uma poltrona

cravejada de pedras preciosas. Quando o viam passando, as pessoas

comentavam:

--- Lá vai o príncipe tatu!

E assim ficou conhecido por todo o reino.

Tendo o Príncipe Tatu crescido e chegado à época própria ao casamento,

demonstrou desejo de desposar uma das filhas de um conde, que tinha três, e em

troca de alguns favores reais, era capaz de atender a qualquer pedido do rei. E

este, para atender ao capricho do filho ―negociou‖ com o conde que impôs o

casamento à filha mais velha.

A moça aceitou o pedido com repugnância e, para demonstrar seu

descontentamento, exigiu que o seu palácio e residência fossem decorados e

guarnecidos como se se tratasse de um luto e o casamento se fizesse de preto. A

condição foi aceita e assim os esponsais foram realizados. À hora de recolherem-

se ao quarto nupcial, o Príncipe Tatu, encontrando a mulher já no leito, disse:

— Ah! Quiseste que o nosso casamento fosse de luto? Pois vais ver!

Morres já e já!

Em seguida, pegou a mulher nos braços e jogou-a escada abaixo. No

outro dia, explicou:

--- Pobre coitada! Levantou no escuro para beber um copo de água,

acabou tropeçando e rolando sem que eu pudesse socorrê-la.

Ao fim de alguns anos, o Príncipe Tatu, que parecia ter esquecido todos

os propósitos matrimoniais, mostrou desejos de casar-se com a segunda filha do

conde. Houve espanto e mesmo sua mãe quis dissuadi-lo dessa intenção. Mas

ele estava decidido e exigiu que seu pedido fosse levado ao conde pelo pai. O rei

foi novamente bem atendido pelo conde que jamais desagradaria à família real.

Da mesma forma que a primeira, a segunda moça, relutante, obedeceu

ao pai, mas exigiu que o casamento fosse feito de luto e as salas do palácio em

que ele se realizasse tivessem aspecto funéreo. E assim foi. Durante a festa, o

Page 7: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

príncipe tatu demonstrava alegria pelo enlace, mas quando recolheu-se com a

mulher ao quarto nupcial, chamou-a para tomar a fresca à janela e lá do alto

jogou-a em meio ao jardim.

No outro dia, explicou:

-- Coitadinha, foi tomar a fresca à janela, desequilibrou-se e caiu. Ai, ai.

O príncipe parecia teimar em escolher esposas sempre entre as filhas do

conde. Chegou, portanto, a vez da terceira, e esta, que tinha por madrinha uma

boa fada, foi avisada de que devia desejar que as cerimônias do casamento

fossem as mais festivas possível. Realizaram-se elas, portanto, com muita pompa

e brilho como se fosse o enlace comum de um príncipe normal e uma princesa

qualquer.

Quando o Príncipe Tatu entrou nos aposentos conjugais, encontrou a

mulher com a fisionomia alegre o recebendo como um verdadeiro noivo da

espécie humana. Muito contente com isto, o Príncipe Tatu retirou o casco e veio a

ser o homem bonito que era de nascença, mas que um encantamento fizera

animal. A esposa ficou exuberante de alegria, e, a partir desse momento, viveram

juntos alguns momentos muito felizes.

No entanto, dias depois, a moça, não satisfeita por ter que guardar

sozinha o segredo do Príncipe Tatu, contou-o à mãe também à rainha.

Sabedora que foi do caso, não pôde a mãe conter a curiosidade e veio

ver, certa noite, o príncipe seu filho com a forma humana. Julgando que lhe

fizessem bem e viesse ele a ter sempre a forma da nossa espécie, a mãe e mais

a sua nora lembraram-se de queimar a casca óssea do tatu na persuasão que,

despertando ele e não a encontrando, não pudesse mais retomar as formas do

animal que aparentava a todos ser a sua. Tal, porém, não se deu.

Sentindo o cheiro de osso queimado, o príncipe despertou e falou assim

dolorosamente:

— Ah! Ingrata! Fôste revelar o meu segredo! Faltavam-me só cinco dias

para desencantar pra sempre...

A princesa nada dizia, - só chorava; e o príncipe não a recriminava, mas

continuava a falar com muito queixume na voz:

— Agora, se tu me quiseres ver, tens que ir às terras dos Campos

Verdes.

Page 8: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

Dito isso, sem que ela pudesse perceber como, o Príncipe Tatu sumiu-se

dos seus olhos totalmente, completamente.

(adaptado de ―O príncipe tatu‖ – Marginália – Lima Barreto – disponível

em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000158.pdf)

6- Por fim, entregue para cada aluno uma cópia do conto ―O

pescador e o Gênio‖ (que também pode ser encontrado na já

citada obra “Almanaque Ruth Rocha”). Diga que agora é a vez

deles exercerem a atividade de contadores de histórias lendo-a

para os familiares em casa.

IMPORTANTE

- Professor(a), isto precisa ocorrer sempre: a cada conto a ser lido para os

alunos ou pelos alunos, apresente-lhes fisicamente o livro de onde o mesmo foi

retirado, a fim de habituar o leitores ao contato com o livro. Apresente-lhes sempre

autor e obra (apenas informações básicas sobre o autor, principalmente as ligadas

ao texto a ser lido). Fale sobre a obra e sua importância para o momento,

justificando a escolha. Chame a atenção para a leitura da capa, orelha e outros

elementos paratextuais que a introduzem, incentivado-os a levantar hipóteses sobre

o conteúdo e a comprová-las ou recusá-las depois, com justificavas sobre as razões

da primeira impressão. Se houver apreciação crítica nas orelhas ou contracapa, leia-

as também, demonstrando ser ela elemento importante para a interpretação.

(elementos paratextuais são aqueles que acompanham os textos e que

ajudam a explicá-los, facilitando sua leitura. Podem ser informações sobre os

autores, notas da edição, glossário, bibliografia, prefácios, notícias de apresentação,

ilustração, dimensões, parágrafos, quadros, legendas, título, subtítulos, resumos,

referências existentes num texto...)

- A cada conto lido, converse com os alunos sobre a história, estimule-los a

opinar, pergunte se conhecem histórias parecidas e se desejam contá-las para a

turma.

Page 9: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

2ª ETAPA - O CONTO SE APRESENTA

Objetivo: propiciar a reflexão sobre as especificidades do gênero conto.

1- Inicie conversando sobre a experiência como contadores de

histórias em suas casas.

- O que os ouvintes acharam da história?

- Alguém conhecia alguma história semelhante?

(estimule todos a participarem dessas exposições)

2- Apresente aos alunos alguns trechos do filme ―Pequenas

histórias‖. (disponível nas escolas em DVD - acervo da TV Escola).

3- Converse com os alunos sobre o conteúdo das histórias

assistidas; sobre os recursos utilizados pela narradora para

conduzir as narrativas; sobre a introdução das personagens e o

encaminhamento das ações).

4- Entregue para os alunos cópias do texto ―O conto se apresenta‖

de Moacyr Scliar (disponível na obra ―Era uma vez um conto -

coleção ―Literatura em minha casa). Leia o conto junto com os

alunos.

IMPORTANTE

- Professor(a), lembre-se: nos momentos em que entregar cópias do texto aos alunos

(quando não for possível cada um ter em mãos a obra de onde o mesmo foi extraído), é

importante apresentar fisicamente o livro aos alunos, realizando todos os encaminhamentos

já detalhados anteriormente.

- Em alguns momentos leia para a turma, para que os alunos vão percebendo a importância

de recursos como entonação, ritmo, altura, pontuação, pausas, e assim possam aprimorar

suas habilidades leitoras.

- São importantes também momentos de leitura individual, para que o aluno vá adquirindo

autonomia. Nesses momentos, a leitura do início do conto pode ser realizada de maneira

conjunta entre professor e alunos, e depois eles podem continuar sozinhos.

- Nos momentos de leitura coletiva, é importante variar as maneiras como esta ocorre para

que seja sempre interessante.

- Lembre-se também: a realização do processo de leitura requer acompanhamento atento

do professor para auxílio nas eventuais dificuldades dos alunos (decodificação de palavras,

vocabulário, ritmo, apreensão de sentidos...).

- Sempre que houver leitura individual, o tempo para sua realização deve ser previamente

combinado com os alunos (esse tempo não pode ser nem curto nem longo demais, de

acordo com as especificidades de cada um).

Page 10: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

O conto (do latim contare = falar) é uma narrativa breve de

um fato real ou fantasioso, desenrola-se com poucas

personagens, apresenta apenas um drama, tem espaço e tempo

restritos, privilegia o diálogo e possui uma linguagem objetiva.

(revista Na ponta do Lápis – número 12 – ano V/

dezembro de 2009)

5- Conversando sobre o texto:

- Quem fala no texto? Que elementos indicam isso?

- Segundo o texto, quando surgiu o conto? Você já tinha ouvido falar sobre isso?

- Por que o surgimento da escrita foi importante?

- De onde surgem os contos, de acordo com as ideias presentes no texto?

- A partir do texto lido, defina conto. (professor(a), neste momento você pode

sistematizar com a turma algumas especificidades próprias do gênero discursivo

conto).

6- Agora vamos ouvir mais um conto que já foi inventado há algum tempo,

mas por meio da oralidade e registro escrito continua a ser contado e

recontado nos dias de hoje:

Leia para eles ―O caso do espelho‖ (disponível em

http://renatagranagarcia.blogspot.com/2008/06/o-caso-do-espelho-por-ricardo-

azevedo.html)

7- Analise e registre, juntamente com os alunos, os seguintes

elementos:

Personagens

Onde e quando os episódios se sucedem?

Como ocorre a trama?

Qual o conflito central?

Como ocorre o desfecho?

Qual o foco narrativo?

Page 11: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

8- Em seguida, solicite que os alunos, em duplas, leiam e analisem

esses mesmos elementos no conto “Uma lição do Rei Salomão”

de Luís da Câmara Cascudo (disponível na obra “Contos

tradicionais do Brasil” – coleção Literatura em minha Casa).

Para realização de atividades de intervalo aqui, sugere-se trabalhar

com o poema de Elias José ―É sempre era uma vez‖ (disponível

em http://revistaescola.abril.com.br/lingua-

portuguesa/coletaneas/sempre-era-vez-545884.shtml)

Converse com os alunos sobre:

-Por que a brincadeira do autor com a expressão ―Era uma vez...‖?

- Reflita com eles sobre os elementos constitutivos do gênero poema.

- Leve-os a perceber a brincadeira do autor com as rimas.

- Reflita com eles sobre a forma mais tradicional de se iniciar uma história ―Era

uma vez...‖. É preciso iniciar sempre com essa expressão? Quais as outras

IMPORTANTE

- Professor(a), cuide para que cada aluno tenha um dicionário em mãos para

consultas durante as atividades de leitura. Aproveite para orientar os alunos que

apresentarem dificuldades quanto à utilização do mesmo.

- Combine com os alunos a organização de uma pasta na qual cada um guardará

os textos recebidos, bem como aqueles que serão ―coletados‖ no decorrer das

atividades. Esses textos farão parte do repertório dos ―contadores de histórias‖.

- Em meio ao acompanhamento das leituras, podem ser realizadas atividades

(chamadas intervalos) como: leitura de outros textos menores que tenham ligação

com o texto central – privilegiando os literários, afinal trata-se de letramento literário

– mas também videoclipes, músicas, cenas de filmes, reportagens, fotos, charges

(o literário dialogando com outros textos), análise de recursos expressivos em

trechos de livros, questionamentos para apreensão de sentidos e percepção das

relações entre o texto central e os textos menores. Os intervalos, segundo

COSSON (2006), oportunizam momentos de compreensão do processo e de

intervenções eficientes na formação do leitor.

(professor(a), são sugeridas aqui algumas atividades de intervalo, mas você

pode intercalar às etapas do trabalho outras que julgar convenientes).

Page 12: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

possibilidades? E quanto ao fim das histórias, qual a forma mais utilizada nos

contos tradicionais? Desafie-os a começarem a observar isso nos contos com os

quais tomarem contato daqui em diante.

- Proponha que aceitem o convite que o autor faz nos dois últimos versos e

continuem uma das histórias iniciadas por ele:

9- Entregue aos alunos uma cópia do história ―A lenda do

preguiçoso‖ recontada por Giba Pedroza (disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/leitura-literaria/era-uma-vez-

contos.shtml?page=1). Peça que repitam a experiência como

contadores de histórias, lendo-a em casa para familiares ou amigos.

3ª ETAPA – CONHECENDO HISTÓRIAS VIVIDAS

Objetivo: apresentar aos alunos o conceito de verossimilhança nas narrativas.

(Inicie conversando com os alunos sobre a atividade que realizaram em

casa).

Hoje vamos conhecer alguns contos cujos autores retratam histórias

realmente vividas por eles ou que poderiam de fato ter acontecido em seu

cotidiano.

1- Distribua aos alunos uma cópia do conto ―Será o Benedito!‖ de

Mário de Andrade (livro disponível na ―Biblioteca Cidadã‖ de muitos

municípios)

- Combine com eles como será feita a leitura desse conto (de forma individual,

coletiva...).

IMPORTANTE

- Durante as atividades de interpretação, é preciso tomar cuidado com idéias

preconceituosas como: ―é preciso respeitar a opinião do aluno, por isso toda e qualquer

interpretação é possível‖, ou ainda ―há apenas uma interpretação possível‖. (COSSON,

2006)

Page 13: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

2- Atividades sobre o texto:

- Discuta com os alunos sobre suas primeiras impressões sobre o conto. Que

emoções são expressas pelo autor?

- Comentem sobre as personagens centrais:

- Qual a relação das atitudes de cada personagem com suas condições sociais e

seu modo de vida?

- O que acharam do desfecho?

- Já ouviram a expressão ―Mas será o Benedito‖? Qual o sentido dela? A partir do

sentido dessa expressão e também pelo enredo apresentado, comentem o título:

3- Apresente aos alunos o conceito de verossimilhança na narrativa:

- Agora reflita com os alunos sobre o foco narrativo utilizado nessa narrativa.

- O fato narrado foi realmente vivido pelo autor? Estimule os alunos a discutirem

sobre isso, levando-os a justificarem suas ideias (inclusive com elementos do

texto):

Verossimilhança – ―Vero‖ significa verdadeiro, ―simil‖ semelhante, assim uma

história é verossímil quando apresenta semelhança com a verdade, com a realidade, é

a impressão de verdade que a ficção consegue provocar no leitor, por meio da lógica

interna da história (coerência narrativa).

Sem essa lógica interna, a história torna-se inverossímil.

Porém, mesmo que uma história apresente fatos inverossímeis do ponto de vista

da realidade concreta, numa narrativa bem elaborada estes adquirem lógica dentro do

contexto, dentro do universo criado pelo autor, então o leitor passa a aceitá-los como

verdadeiros (verossimilhança interna). Por isso as histórias de ficção fazem tanto

sucesso entre nós. (adaptado de A verossimilhança – estudos literários – disponível

em (http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1605540)

As diferentes interpretações devem sim ser consideradas desde que apresentem

coerência e que estejam amparadas pelo contexto.

Ao final das atividades individuais de interpretação, oportunize o momento de

compartilhamento das interpretações. Nesse momento os alunos poderão reiterar ou rever

sua própria interpretação, em confronto com as dos colegas e professor, e com isso

haverá ampliação dos horizontes de leitura de cada leitor.

Page 14: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

4- Divida os alunos em pequenos grupos e distribua cópias do conto

“A rã santa Aurora‖, de Sylvia Orthof (do livro ―Os bichos que eu

tive (memórias zoológicas)‖ disponível na ―Biblioteca cidadã‖ de

muitos municípios).

5- Após as leituras, peça que discutam e anotem suas conclusões

acerca das seguintes questões:

- Quais as primeiras impressões sobre o conto. Que emoções são expressas

pela autora?

-O fato narrado foi realmente vivido pela autora? Por que chegaram a essa

conclusão? (justifiquem suas ideias, inclusive com elementos do texto)

Sugestão de atividade de intervalo:

- Distribua aos alunos cópias do poema ―Porquinho-da-índia‖ de

Manuel Bandeira (disponível na obra ―Libertinagem e Estrela da

manhã‖). Após a leitura:

- reflita com os alunos quanto às semelhanças e diferenças entre o poema e o

conto anterior: assunto, elementos estruturais, verossimilhança, nível de

linguagem empregado.

- Proponha aos alunos a elaboração de uma paráfrase do poema de Manuel

Bandeira, a partir de situações por eles vividas.

- Solicite que pesquisem em casa com familiares e amigos sobre situações

marcantes em suas vidas que poderiam ocasionar a produção de um belo conto.

Se quiserem, podem preparar-se para contá-las na próxima aula.

Paráfrase – parafrasear um texto

significa recriá-lo com outras

palavras, mas mantendo a ideia

central (essência do texto) e a

estrutura originais.

Page 15: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

4ª ETAPA – IMAGINAÇÃO EM AÇÃO

Objetivo: levar os alunos a perceberem elementos constitutivos das narrativas

ficcionais.

1- Inicie oportunizando um momento para que possam falar sobre o

resultado das pesquisas em casa.

Hoje vamos conhecer histórias em que o “ingrediente” principal é a

imaginação.

2- Leia para os alunos ―O homem que enxergava a morte‖ e ―O

último dia na vida do ferreiro‖ (do livro ―Contos de enganar a

morte‖ de Ricardo Azevedo)

- Após a leitura, estimule a oralidade para que transmitam impressões sobre os

contos.

- Discutam sobre a verossimilhança de cada fato narrado.

3- Distribua cópias do conto ―Um encontro fantástico‖ (disponível

em http://revistaescola.abril.com.br/lingua-

portuguesa/coletaneas/encontro-fantastico-543548.shtml)

4- Após as leituras:

- Conversem sobre os personagens envolvidos no conto. Os alunos já tinham

ouvido falar sobre eles?

- Conversem também sobre a importância da tradição oral na perpetuação de

nossas histórias mais populares.

Contos populares – são aqueles

que passam de geração para

geração por meio da tradição

oral e retratam elementos

próprios do folclore da região.

Page 16: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- Sugira aos alunos que busquem outras histórias com os personagens

destacados no conto.

5ª ETAPA – CONTANDO A REALIDADE

Objetivos: colaborar para o reconhecimento da literatura como arte que dialoga

com a realidade; apresentar aos alunos o conceito de neologismo.

Há contadores de histórias que, por meio de sua arte, falam sobre

problemas que existem em nossa sociedade.

1- Distribua aos alunos cópias do conto “Esta casa é minha” de Ana Maria

Machado (do livro “Nem te conto” – coleção Literatura em minha casa –

volume 2 – 4ª série)

- Terminada a leitura, reflita com os alunos a respeito de suas primeiras

impressões sobre a história.

- Peça para que comentem o título, a partir do contexto apresentado na narrativa:

- Conversem sobre a importante questão social abordada pela autora:

- Quanto à linguagem, apresente aos alunos o conceito de neologismo e depois

reflita com eles sobre neologismos presentes no texto.

Neologismo (=nova palavra) é o processo de criação de palavras

novas. A língua passa por constantes transformações, é ―viva‖ e dinâmica,

por isso ocorrem os neologismos. Alguns surgem e acabam sendo

incorporados ao vocabulário permanente (deletar/ estresse, por exemplo),

outros apenas suprem uma necessidade momentânea do criador.

Page 17: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- Conversem ainda sobre efeitos de sentido de repetições como ―esta casa é

minha‖ e outras similares.

2- Leia para os alunos o conto ―Biruta‖ (disponível na obra ―De conto em

conto‖ da coleção Literatura em minha casa‖ – volume 2 – contos – 8ª

série‖)

- Terminada a audição peça para que, em pequenos grupos: comentem

impressões sobre o conto; caracterizem psicologicamente/socialmente as

personagens; reflitam sobre questões sociais retratadas pela autora.

- Solicite que cada grupo exponha os resultados do trabalho.

6ª ETAPA – VÁRIAS CULTURAS, INFINITOS CONTOS

Objetivo: apresentar contos provenientes de diferentes culturas a fim de ampliar

e estimular o conhecimento de mundo.

1 - Divida os alunos em pequenos grupos e entregue para cada grupo

cópias de um dos seguintes contos: ―A pele nova da mulher velha” de

Daniel Munduruku (conto indígena disponível na obra “Conto com você” da

coleção Literatura em minha casa – volume 2 – contos – 4ª série); “Lenda

celta” (recontada por Ruth Rocha no livro Almanaque Ruth Rocha - editora

Ática); o conto africano “O príncipe medroso” ( do livro “O príncipe

medroso e outros contos africanos” – distribuído às escolas pelo FNDE) e a

narrativa de cordel “Cordel adolescente, ó xente” de Sylvia Orthof ( do

livro de mesmo título – editora Quinteto)

IMPORTANTE

Professor(a), todos os contos aqui citados são sugestões, há muitos outros que

podem desencadear interessantes atividades com os alunos.

Page 18: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

2- Após as leituras, leve os alunos, ainda em grupos, a discutirem

principalmente sobre elementos próprios do universo cultural retratado em

cada conto.

- Solicite que cada grupo reconte à turma a história lida, bem como apresente

conclusões a respeito da discussão proposta na questão anterior.

- Estimule os alunos a buscarem, em suas leituras, outros contos provenientes de

diferentes universos culturais.

7ª ETAPA – “MANHAS E ARTIMANHAS”

Objetivo: apresentar aos alunos recursos utilizados na elaboração de contos.

Agora é o momento de estudar um pouquinho sobre os recursos que

os contistas utilizam para elaborar textos que tanto nos encantam.

1- Distribua aos alunos cópias do conto “A moura torta” (recontado por

Ana Maria Machado na obra “Histórias à brasileira – A Moura torta e outras

– Companhia das Letrinhas).

2- Após a leitura e a conversa sobre as primeiras impressões, chame a

atenção dos alunos para:

- Elementos estruturais – parágrafos, como o texto se organiza no papel,

preenche toda a linha, da margem esquerda à direita?

- Marcadores temporais – era uma vez/ quando/ no dia seguinte/ depois de muito

tempo/ o tempo passava/ daí a pouco/ enquanto/ passou mais um tempinho/ na

mesma hora/ depois...

- Peça aos alunos que sinalizem no texto as palavras e expressões que

vão marcando a passagem do tempo na narrativa:

- Trechos descritivos na caracterização do espaço e das personagens

- Analise, junto com os alunos, passagens descritivas, levando-os a

perceberem o efeito do uso dos adjetivos.

Page 19: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- O uso do discurso direto para reproduzir a fala das personagens na narrativa.

(comente que, na maioria das vezes o narrador utiliza o discurso direto, mas

existem outros tipos de discurso: o indireto e o indireto livre).

- Retire do texto, junto com os alunos uma passagem que contenha

discurso direto. Discuta com eles sobre os efeitos de sentido do uso desse tipo de

marcação das falas.

- Peça para que localizem no texto outros exemplos:

- O efeito de sentido causado pelo uso de repetições no texto.

- Verifique alguns exemplos disso com os alunos.

- Agora fale com os alunos sobre a utilização de linguagem figurada, da qual

decorrem as figuras de linguagem. Este é um bom momento para apresentar-lhes

algumas delas.

- Desafie os alunos a encontrarem no conto que acabaram de ler

alguns exemplos de uso dessas figuras de linguagem.

No discurso direto a fala do personagem é

reproduzida integralmente e de forma direta, tal

qual foi produzida. Para marcar as falas no

discurso direto são utilizadas algumas marcas: dois

pontos e travessão ou aspas.

Figuras de linguagem – são recursos da língua que o autor utiliza para tornar mais

expressivos, mais poéticos, mais artísticos os textos que produz. Vamos conhecer

algumas muito comuns nos contos:

Metáfora – é a comparação direta entre dois elementos.

Para as mães, os filhos são jóias raras.

Comparação- é a comparação indireta (com o uso de uma palavra comparativa) entre

dois elementos.

Para as mães, os filhos são como jóias raras.

Personificação (ou prosopopéia) – ocorre quando são atribuídas a seres irracionais ou

objetos características ou atitudes próprias dos seres humanos.

O rio viaja, incansável, até o mar.

Page 20: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

3- Divida os alunos em pequenos grupos, entregue para eles cópias do

conto “O veado e a onça” (do mesmo livro de “A moura torta”) e peça que

analisem:

- elementos marcadores de tempo.

- O que causa surpresa no conto?

- Em certo momento ocorre a troca da forma de tratamento senhor por você. Qual

o efeito de sentido dessa troca?

- recursos utilizados para enredar (prender a atenção) o leitor:

8ª ETAPA – “MAIS MANHAS E ARTIMANHAS”

Objetivo: apresentar mais recursos utilizados na elaboração de contos.

1- Distribua aos alunos cópias do conto “Um ano novo danado de bom”

de Angela Lago (da obra “Nem te conto” da coleção Literatura em minha

casa – volume 2 – conto – 4ª série)

2- Após a leitura e a troca das primeiras impressões sobre o conto:

- Reflita com os alunos sobre as passagens em que ocorre diálogo com o leitor.

Qual o efeito de sentido decorrente da utilização desse recurso?

- Ao utilizar as palavras em frente/ enfrente a autora joga com as palavras. Por

que ela fez isso?

Alguns recursos utilizados na construção do suspense e

no enredamento do leitor são: pausas, uso de

reticências, indagações, retornos ao passado das

personagens (lembranças), exploração do tempo

psicológico...

Trocadilho- trata-se de uma brincadeira com as palavras por meio da semelhança formal entre elas. Podem ser acidentais (cacofonia) ou intencionais (intenção crítica/ cômica/ estilística...)

Page 21: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- Analise com os alunos a verossimilhança (narrativa fantástica):

- Peça para que os alunos, em duplas, comentem o desfecho dado ao conto e

depois exponham suas ideias para a turma.

3- Agora distribua aos alunos cópias do conto ―Um apólogo” de Machado

de Assis (disponível na obra ―De conto em conto‖ da coleção Literatura em

minha casa‖ – volume 2 – contos – 8ª série‖)

4- Após a leitura e exposição das primeiras impressões a respeito do

conto, explore com os alunos os seguintes recursos:

- Peça para que indiquem as personagens principais. Que recurso já estudado o

autor utilizou para criá-las?

- Quanto à linguagem utilizada chame a atenção para a variação da língua no

tempo. Leve-os a identificarem elementos que exemplificam essa variação.

- Reflitam sobre o sentido da metáfora ―Também os batedores vão à frente do

imperador‖. Qual o efeito de sentido do seu uso no texto?

- Qual o efeito de sentido ocasionado pela repetição de ―Chegou a costureira,

pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha...‖:

- Estimule-os a refletir sobre a atitude do alfinete:

- Reflitam também sobre o comentário final do autor:

5- Agora, o trabalho é com o conto “O guizo do gato” recontado por

Pedro Bandeira (no livro “O guizo do gato” da editora Ática).

6- Após a leitura e exposição das primeiras impressões a respeito do

conto, explore com os alunos os seguintes recursos:

- O que diferencia este conto dos demais já estudados – trata-se de um poema

narrativo, por isso aparecem recursos próprios da poesia (rimas, métrica,

estrutura versos/estrofes). Reveja esses elementos com os alunos.

Na introdução (que deve ocorrer sempre) deste conto, professor,

você já deve ter falado sobre a importância de Machado de Assis, bem

como de outros autores clássicos brasileiros. Reforce aqui essas

ideias e sugira que os alunos busquem por outros contos desses

consagrados escritores.

Page 22: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- Reflitam: por que o autor optou por narrar essa história em versos? Levante

hipóteses com os alunos, levando-os a justificarem coerentemente suas

respostas.

- Por fim, sugira que os alunos encontrem outros contos que sigam a estrutura

poética:

9ª ETAPA – CONTOS QUE FAZEM RIR

Objetivo: propiciar a reflexão sobre recursos de humor e de quebra de

expectativa.

Ao contarem e recontarem o mundo através de suas histórias, muitos

autores utilizam o humor e a graça para surpreender o leitor.

1- Apresente algumas informações sobre o personagem Pedro Malasartes:

2- Apresente-lhes também o vídeo “A sopa de pedras do Pedro”

(disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ss1SL59nYFA)

3- Em seguida, leia para eles o conto “Uma aventura de Pedro

Malasartes” (recontado por Ruth Rocha no livro “Almanaque Ruth Rocha”

– editora Ática)

4- Depois da audição, estimule a discussão: O que causa o humor nessas

histórias?

5- Em seguida, distribua cópias de parte (sem o último parágrafo do

desfecho) do conto “A morte da tartaruga” de Millôr Fernandes

(disponível no livro “Ciranda de contos” – coleção Literatura em minha casa

– volume 2 – conto – 4ª série) -

6- Terminada a leitura, solicite que realizem as seguintes atividades:

Pedro Malasartes é um personagem muito conhecido na cultura brasileira através de contos populares em que, com muita esperteza e astúcia, engana aos outros sem remorso algum. Cínico e sem escrúpulos, é um personagem bastante antigo de nossa literatura que sempre se sai bem em aventuras que continuam a ser recontadas por muitos autores de nossa época.

Page 23: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

Qual o sentido desse conto para você?

O tom narrativo utilizado transmite que emoções ao leitor?

Pelo contexto, qual a relação do menininho com seu animalzinho de estimação?

Qual a expectativa em relação à atitude do menininho diante da última fala do

pai?

Crie um desfecho:

- Agora, leia para os alunos o final do conto.

- Reflitam sobre:

Qual o recurso utilizado para causar humor?

- Comente com os alunos sobre o recurso da quebra de expectativa.

- Compare o desfecho original do conto com aquele criado por você e pelos

outros colegas.

10ª ETAPA – CONTOS QUE EMOCIONAM

Objetivos: Levar os alunos a refletirem sobre recursos estilísticos já

trabalhados nas etapas anteriores; apresentar os conceitos de denotação e

conotação.

Hoje falaremos sobre contos que emocionam o leitor e, muitas

vezes, despertam lembranças e saudades.

1- entregue aos alunos cópias do conto ―A segunda cartilha”, de João

Anzanello Carrascoza (conto disponível na obra “Os contadores de

histórias” – coleção Literatura em minha casa – volume 2 – conto – 4ª

série)

Ocorre nesse conto o que chamamos “quebra de expectativa” (o surgimento de um acontecimento novo, inesperado) na narrativa.

Page 24: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

2- Após a leitura e exposição das primeiras impressões a respeito do conto,

questione:

- Qual o sentido de “ler as pessoas”? Que figura foi utilizada nessa passagem do

texto?

- E “ler noutra cartilha”, pelo contexto do conto, significa o quê?

- Que emoções o autor trabalha nesse conto?

- Peça para que procurem no texto passagens em que o autor utiliza

comparações. Qual o efeito de sentido provocado pela utilização dessa figura de

linguagem?

3- Distribua agora cópias do conto “E vem o Sol‖, de João Anzanello

Carrascoza (disponível em http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-

1/vem-sol-634307.shtml)

4- Após a leitura e exposição, por parte dos alunos, das primeiras

impressões a respeito do conto, trabalhe com eles a respeito de linguagem

conotativa.

- Juntos, explorem o conto a fim de encontrarem trechos conotativos:

- Agora, desafie-os a localizarem mais alguns exemplos de linguagem conotativa.

Nossa linguagem é rica em sentidos. Uma palavra pode ter significados diferentes, dependendo do contexto em que é empregada. Assim, surgem os conceitos de denotação e conotação. Sentido denotativo – é o sentido comum da palavra, o sentido real, o significado do dicionário. Sentido conotativo – é o sentido figurado, diferente do significado comum, o sentido carregado de afetividade, dentro de um contexto especial. A conotação é muito utilizada na literatura, nos textos publicitários, humorísticos...

Page 25: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- Discuta com eles sobre os exemplos encontrados e sobre o efeito de sentido

ocasionado pelo uso de trechos conotativos.

- Questione: o efeito do texto sobre o leitor seria o mesmo se as palavras

tivessem sido utilizadas apenas no sentido denotativo? Por quê?

- Peça para que os alunos comentem: o que o sol representa nesse conto?

11ª ETAPA – CONTOS QUE CONVIDAM A BRINCAR

Objetivo: propiciar o contato com contos lúdicos.

Alguns contos apresentam-se como agradáveis brincadeiras por

meio da exploração de adivinhas, parlendas, trava-línguas, enfim, são os

contadores brincando com as palavras.

1- Entregue aos grupos de alunos cópias do conto “A bolsa, a bolsinha e

a bolsona”, de Rosane Pamplona (do livro “Era uma vez três” disponível

na “Biblioteca cidadã” de muitos municípios)

- Explore com eles, de diferentes maneiras, a leitura desse conto.

- Oportunize a conversa sobre impressões a respeito dessa experiência.

2- Leia para os alunos o livro “Insônia”, de Antonio Skármeta e Alfonso

Ruano (disponível na “Biblioteca Cidadã de muitos municípios)

- Após a audição, explore com os alunos a beleza da linguagem: as figuras

utilizadas, as repetições, as conotações;

- Explore também a beleza das ilustrações;

- Relembre aos alunos o conceito de neologismo. Leve-os a identificarem

neologismos presentes no texto (se necessário, releia a história para eles):

desdormite, nãosonhite, pestanite, bocejite, destermometrado, entermometrar).

Por que o autor utilizou esses neologismos?

Page 26: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

- A partir do já explorado conceito de verossimilhança, discutir com os alunos o

que é uma narrativa fantástica.

12ª ETAPA – HISTÓRIAS REINVENTADAS

Objetivos: apresentar aos alunos os recursos de intertextualidade e de releitura;

ampliar as habilidades de leitura dos alunos por meio da percepção desses

recursos.

1- Distribua aos alunos cópias do poema narrativo ―Chapeuzinho

Amarelo‖, de Chico Buarque.

- Após a leitura e discussão sobre as primeiras impressões dos alunos sobre o

conto, questione:

A história contada por Chico Buarque lembra outra muito conhecida. Qual? Que

elementos comprovam isso?

Qual o efeito de sentido ocasionado pela diferença de grafia em lobo/LOBO?

Leia a última linha do conto. Por que há duas sílabas em destaque (negrito)?

Qual era o verdadeiro medo de Chapeuzinho?

Por que a ênfase em ―Era A chapeuzinho amarelo”?

IMPORTANTE Professor, nesse momento, para a compreensão dos textos, o leitor aciona

conhecimentos prévios e experiências de leitura anteriores, conforme a teoria da

Estética da Recepção (de Hans Robert Jauss) e do método recepcional (apresentado

por Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar com base na Estética da

Recepção). De acordo com essas teorias, é preciso haver diálogo autor/leitor para que

ocorra a recepção da obra, ou seja, para compreender o ―novo‖ apresentado pela obra,

o leitor aciona as experiências que já possui e estas geram expectativas, suscitam

emoções e o conduzem à compreensão. Após o contato com a obra, o leitor será

conduzido à satisfação ou estranhamento (rompimento do horizonte de expectativas), o

que ocasionará uma nova maneira de perceber a realidade, ou seja, a ampliação do

horizonte de expectativas.

Page 27: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

2- Agora, peça aos alunos que relembrem o conto original. Estimule-os à

oralidade:

- Comentem sobre as diferenças existentes entre o conto original e esta versão de

Chico Buarque (estrutura, conteúdo, personagens...).

3- Por fim, apresente aos alunos os conceitos de intertextualidade e

releitura e leve-os a perceberem essas estratégias no conto de Chico

Buarque:

4- Em seguida, apresente aos alunos o poema ―A menina e o sapo‖, de

Marcia Paganini Cavéquia (disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/menina-sapo-634199.shtml)

- Após conhecerem o texto e expressarem ideias sobre ele, em grupos, os alunos

podem trabalhar as seguintes questões:

Que elementos dos contos tradicionais são retomados pela autora?

O conto dialoga com quais contos tradicionais?

O que mais lhe chama a atenção nesse conto?

5- Apresente ainda aos alunos o trailer do filme ―Deu a louca na

Chapeuzinho 2‖ (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=SAF0-

cBOolY)

intertextualidade – é o diálogo entre dois ou mais textos. Ocorre quando um texto retoma

outro já conhecido pelo leitor.

Releitura - consiste na criação de uma nova obra baseada numa outra feita

anteriormente. Na releitura o autor expõe sua percepção, seu modo de ver e sentir a obra

recriada.

Page 28: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

13 ª ETAPA – “GARIMPANDO TESOUROS”

Objetivos: ampliar e concretizar o gosto pela leitura de contos; estimular o hábito

de compartilhar histórias lidas.

1- Converse com os alunos sobre os contos conhecidos durante as etapas

do trabalho até aqui. De qual ou quais mais gostaram?

2- Combine com os alunos o seguinte: a partir de agora, através de leituras

individuais (não esqueça, professor(a), de sempre acompanhá-los nessas

leituras, principalmente aqueles que apresentarem maiores dificuldades)

cada um trabalhará na seleção de contos para seu ―repertório‖ como

contador de histórias. Combine também alguns momentos em que, dentre

os contos lidos, escolherão alguns para contar primeiramente para a turma.

Fale para eles que um bom contador de histórias gosta de compartilhar

suas leituras mais interessantes. Lembre-os também de que ―quanto mais

histórias conhecerem, mais condições terão de selecionar histórias que

sejam boas para contar, que sejam ―valiosas‖.

14ª ETAPA – AGORA DEIXA QUE EU CONTO

Objetivo: iniciar os alunos na arte de contar histórias.

De todos os contos conhecidos durante o projeto, selecione, junto com os

alunos, algum ou alguns (dependendo do tamanho da turma) para a ―contação de

histórias‖ na escola, em dia a ser definido.

Sugestão: professor(a), nesta etapa do trabalho, se possível, trabalhe em

conjunto com o(a) professor(a) de Arte na adaptação dos contos a serem

IMPORTANTE

Professor(a), através desse ―jogo‖ de leituras, trocas e exteriorizações está sendo

promovido o letramento literário entre seus alunos.

Page 29: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

contados; na organização do cenário, dos figurinos, da sonoplastia; no ensaio das

dramatizações/contações das histórias.

No dia da apresentação, se possível, reúnam toda a comunidade escolar.

O ideal é que a partir daí os alunos continuem tendo oportunidades de exercer a

arte de contar histórias em casa, na escola, na comunidade.

Antes de começarem a preparar as apresentações, repasse aos alunos

algumas informações sobre a arte de contar histórias.

Contar histórias é um meio de resgatar a memória, de transmitir idéias e de expressar-se ao mundo. Todo bom contador de histórias deve ser também um bom ouvinte e leitor e deve gostar de contar.

Um bom contador de histórias:

lê muito e seleciona histórias que terá prazer em contar;

recria a história passando-a para a linguagem oral. Prepara-se para contar a história e não apenas decorá-la;

ensaia com gestos, movimentos e voz adequados. Dirige o olhar para todos os ouvintes; corrige vícios de linguagem (daí, né);

prepara o ambiente antecipadamente;

Algumas qualidades do bom contador de histórias:

é capaz de vivenciar o que está contando, transmitindo a emoção presente na história;

expressa-se bem, valendo-se de recursos que tornem a contação mais atrativa (música, barulhos de objetos, barulhos com o corpo);

sabe improvisar – por isso é tão importante conhecer realmente a história, não apenas decorá-la.

é espontâneo – age com naturalidade, o que ocorre mais facilmente quando se conhece realmente a história.

sabe colocar a voz com altura, volume, ritmo e pausas, adequadamente.

(adaptado de ―A arte de contar histórias‖ -

http://www.evangelizabrasil.com/2009/04/14/a-arte-de-contar-historias/)

Page 30: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

A arte de contar histórias. Disponível em

http://www.evangelizabrasil.com/2009/04/14/a-arte-de-contar-historias/. Acesso

em: 12 jul. 2011.

AGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G. Literatura e Formação do leitor: alternativas

metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANDRADE, M. de. Será O Benedito! Ilustrações Odilon Moraes – 2 ed. São

Paulo: Cosac Naify, 2008.

A ocasião faz o escritor. Caderno do professor: orientação para a produção de

textos (equipe de produção: Maria Aparecida Laginestra, Maria Imaculada

Pereira) – São Paulo: Cenpec, 2010. (Coleção da Olimpíada de Língua

Portuguesa)

ARTE/ vários autores – Curitiba: SEED – PR, 2006.

A sopa de pedras do Pedro. Disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=ss1SL59nYFA. Acesso em: 27 jul. 2011.

ASSIS, M. de. Um apólogo. Ilustrações Ana Raquel – São Paulo: DCL, 2003. –

(Coleção Ciranda de contos)

AZEVEDO, R. Contos de enganar a morte/ narrativas populares, recolhidas e

recontadas. – 1ed. – São Paulo: Ática, 2003.

___________.O caso do espelho. Disponível em

http://renatagranagarcia.blogspot.com/2008/06/o-caso-do-espelho-por-ricardo-

azevedo.html. Acesso em: 28 jul. 2011.

BANDEIRA, M. Libertinagem e estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 2000.

Page 31: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

BANDEIRA, P. O guizo do gato – recontado por Pedro Bandeira; ilustrado por

Pedro Luna; consultoria editorial de Nelly Novaes Coelho – São Paulo: Moderna,

1995.

BARRETO, L. Marginália – O príncipe tatu. NEAD - Universidade da Amazônia.

Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000158.pdf.

Acesso em: 05 ag. 2011.

BUARQUE, C. Chapeuzinho Amarelo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997.

CARRASCOZA, J. A. E vem o sol. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/vem-sol-634307.shtml. Acesso em:

28 jul. 2011.

________________ (et. al.). Os contadores de histórias – 1 ed. – São Paulo:

Editora Melhoramentos, 2003) – (Coleção literatura em minha casa; v. 2, Conto)

________________.Um encontro fantástico. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/encontro-fantastico-634244.shtml.

Acesso em: 27 jul. 2011.

CASCUDO, L. da C. Contos Tradicionais do Brasil para crianças. Ilustrações

César Landucci – 1 ed. – São Paulo: Global, 2003. – (Coleção literatura em minha

casa; v. 5, tradição popular)

CAVÉQUIA, M. P. A menina e o sapo. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/menina-sapo-634199.shtml.

Acesso em 27 jul. 2011.

Como a arte fez o mundo 4 – Era uma vez (partes 1 a 6). Disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=8wYGY5fva3E&feature=related. Acesso em: 01

ag. 2011.

Page 32: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.

Deu a louca na Chapeuzinho 2 . Disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=SAF0-cBOolY. Acesso em: 01 ag. 2011.

FERNANDES, M. (et. al.). Ciranda de contos. Ilustrador Cláudio Martins – São

Paulo: Quinteto Editorial, 2003. – (Coleção Literatura em minha casa; v. 2.

Contos/ organizador Luís Camargo.

JAUSS, H. R. A história da literatura como provocação à teoria literária. São

Paulo: Ática, 1994.

JOSÉ, E. É sempre era uma vez. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/sempre-era-vez-634315.shtml.

Acesso em: 28 jul. 2011.

LAGO, A. (et. al.) Nem te conto. São Paulo: Moderna, 2003. – (Coleção literatura

em minha casa, v. 2)

Língua Portuguesa e Literatura/ vários autores – Curitiba: SEED – PR, 2006.

MACHADO, A. M. Histórias à brasileira. A moura torta e outras/ recontadas

por Ana Maria Machado; ilustradas por Odilon Moraes. – São Paulo: Companhia

das Letrinhas, 2002.

_______________ (et. al.). Nem te conto – São Paulo: Moderna, 2003. –

(Coleção literatura em minha casa, v. 2)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Pequenas histórias – DVD TV Escola – vol. 5.

MUNDURUKU, D. (et. al.). Conto com você – 1 ed. – São Paulo: Global, 2003. –

(Coleção Literatura em minha casa, v. 2, Conto).

Page 33: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

ORTHOF, S. Cordel adolescente, ó xente. São Paulo: Quinteto, 1996.

__________Os bichos que eu tive (memórias zoológicas) – A rã santa Aurora;

ilustrações de Gê Orthof – 2ª edição – São Paulo: Moderna, 2004

PAMPLONA, R. Era uma vez... três: histórias de enrolar - / recontadas por

Rosane Pamplona: ilustrações Marcelo Cipis – 1 ed. – São Paulo: Moderna, 2005.

– (Coleção na panela do mingau)

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica - Língua Portuguesa. Paraná, 2008.

PEDROZA, G. A lenda do preguiçoso. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/leitura-literaria/era-uma-vez-contos.shtml?page=1

Acesso em: 28 jul. 2011.

Revista Na Ponta do Lápis. A hora e a vez do conto – ano V – nº 12. São Paulo:

Cenpec, 2010. (Coleção da Olimpíada de Língua Portuguesa)

RICARDO, S. A verossimilhança – estudos literários. Disponível em

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1605540. Acesso em 27 jul.

2011.

ROCHA, R. Almanaque Ruth Rocha; ilustrações Alberto Llinares (et. al.) – 1 ed.,

7 impr. – São Paulo: Ática, 2005.

SCLIAR, M. (et. al.). Era uma vez um conto – ilustrações de Sérgio Kon. São

Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. (Coleção Literatura em minha casa).

SKÁRMETA, A. Insônia. Ilustrações de Alfonso Ruano. Rio de Janeiro: Galerinha

Record, 2008.

Page 34: APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · - Quem gosta de ouvir histórias? - Tem alguém na família que gosta de contar histórias? ... ser o homem bonito

SOLER- PONT, A. O príncipe medroso e outros contos africanos. Ilustrações

de Pilar Millán – tradução Luís Reyes Gil. São Paulo: Companhia das Letrinhas,

2009.

TELLES, L. F. (et. al.). De conto em conto: antologia de contos/ ilustrações de

Orlando. – São Paulo: Ática, 2001. – (Coleção Literatura em minha casa – v.2)