Apresentação do PowerPoint - Liga de Gastro · Caso Clínico Emanuela Bezerra - S5 28/04/2014 ....
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Transcript of Apresentação do PowerPoint - Liga de Gastro · Caso Clínico Emanuela Bezerra - S5 28/04/2014 ....
IDENTIFICAÇÃO: M.P.B.S, sexo feminino, 27 anos, solteira, procedente de Nova Olinda-CE,
Q.P.: " pele amarelada e com manchas vermelhas"
HDA: Paciente relata ter sido vítima de acidente automobilístico no dia 10 de fevereiro de 2014, no qual sofreu TCE e necessitou passar por uma cirurgia para colocação de placa craniana. No pós-cirúrgico foi receitado um tratamento com uso diário de 1 comprimidos de acetominofeno (paracetamol) e um comprimido fenitoína (antiepiléptico). Por conta própria, a paciente passou a utilizar 6 comprimidos de acetominofeno e 1 de feniltoína diariamente.
HDA(cont.);
• Por volta do dia 20 de março de 2014 , a paciente procurou
um médico da região onde morava queixando-se de
prurido intenso e manchas eritematosas espalhadas pelo
corpo e "urina muito amarelada"; o médico suspendeu a
medicação e indicou internação para acompanhar
evolução do quadro.
• Ao longo da internação, sem saber precisar o tempo,
apresentou piora do quadro e foi transferida para o Hospital
Regional do Cariri, onde foi admitida com acometimento
de cerca de 30% do corpo pela Síndrome de Dress,
elevação das transaminases e abscesso amigdaliano, em
uso de hidrocortisona 300 mg/dia e do antibiotico
ceftriaxona.
HDA(cont.):
• No Hospital Regional do Cariri, o corticoide foi
suspenso e a ceftriaxona foi substituida por tazocin; na
primeira administração da dose do tazocin, a paciente
apresentou novo rash cutâneo e nova elevação das
transaminases. O tazocin foi substituido por
Meropenem e a paciente foi transferida nessas
circunstâncias para o HUWC no dia 11 de abril de 2014.
EXAME FÍSICO NA ADMISSÃO:
• estado geral grave, hidratada, acianótica, afebril,
ictérica (+++/4+), hipocorada;
• taquipnéica, ausculta cardiaca normal, taquicardia
sinusal ao ECG;
• abdome sem alterações;
• extremidades bem perfundidas, sem edema, com
descamação;
• alteração sono vigília; glasgow 11
EXAMES LABORATORIAIS:
• sorologias: negativas para hepatites virais; CMV IgM +
• TAP: 38 s
• INR: 3,19
• plaquetas: 183.000
• glicemia: 32 mg/dL
• hemoculturas negativas
• uréia: 8mg/dL
• K+: 3 mmol/L
• Cr: 0,21 mg/L
• Na+: 141 mmol/L
EXAMES LABORATORIAIS (cont.):
• bilirrubina total: 16,11 mg/dL
• bilirrubina direta: 13,31 mg/dL
• bilirrubina indireta: 2,8 mg/dL
• TGO: 641 u/L
• TGP: 1033 u/L
Lista de problemas • Rash cutâneo
• Síndrome de Dress
• Abscesso amigdaliano
• Icterícia
• Alteração da função hepática
• Alteração do sensório
• Desconforto respiratório
• Taquicardia sinusal
Diagnósticos diferenciais • Insuficiência hepática medicamentosa
• Insuficiência hepática viral
• Insuficiência hepática metabólica
• Coagulopatias
• Malária
• Sepse
• Dengue hemorrágica
• Encefalopatia tóxica
• Reação de hipersensibilidade à medicamentos
Insuficiência Hepática Aguda
• É uma sindrome que se origina de súbita e intensa disfunção hepatocelular, sendo marcada por encefalopatia, coagulopatia e predisposição a infecções;
• A encefalopatia costuma desenvolver-se entre 8 e 28 dias após o início do quadro, marcado pela icterícia (classificação de O'Grady);
• A classificação é preditóra do prognóstico: quanto mais aguda, menor chance de necessidade de transplante e maior chance de reversão espontânea do edema;
Insuficiência Hepática Aguda
• As principais etiologias são: vírus hepatotrópicos e
toxicidade medicamentosa (por hepatotoxicidade ou
idiossincrásia)
• O medicamento mais comumente envolvido é o
paracetamol (acetominofeno)
• O uso cocomitante de paracetamol com álcool ou
outras drogas indutoras do citocromo P-450 (ex:
anticonvulsivantes) aumenta o risco de
hepatotoxicidade.
Insuficiência Hepática Aguda
• Outras possíveis etiologias são: toxinas fúngicas, doença de Wilson, esteatose aguda da gravidez, sindrome de Budd-Chiari, hepatite autoimune, etc.
• Exterioriza-se clinicamente pelos sinais de disfunção hepática (encefalopatia, ictericia, coagulopatia, hipoglicemia) e comprometimentos sistêmicos (vasodilatação generalizada, insuficiencia renal, predisposição a infecçoes, etc.)
• As mais importantes alterações laboratóriais são o alargamento do tempo de protrombina, redução dos fatores V e VII
Tratamento • Suporte e estabilização do paciente (suporte
nutricional, monitorar PIC, administrar manitol,
ventilação, etc.);
• Avaliar necessidade de transplante hepático: critérios
do King's College