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Questão Iraniana

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Questão Iraniana

Acordo Nuclear Iraniano (novembro de 2013)

Acordo entre Irã, EUA, França, Gra-bretanha, China, Rússia

O acordo prevê:

- Enriquecimento de uranio pelo irã abaixo de 5%;

- Neutralizar o estoque de urânio enriquecido a 20%;

- Proibição de novas centrífugas;

- suspensão dos trabalhos no reator de Arak;

- compromisso iraniano em responder às preocupações da ONU

Contrapartida:

- acesso a 1.5 bilhão em receitas de comércio de ouro e metais preciosos;

- suspensão de algumas sanções ao seu setor automotivo;

- compras de petróleo iraniano permanecerão em níveis reduzidos

Noticiário Sobre Irã e EUA

ONU aplaude libertações e aproximação entre EUA e Irã (16/01/2016)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, aplaudiu neste sábado as libertações de americanos e iranianos e outros movimentos recentes de Washington e Teerã para melhorar suas relações.

O Irã libertou hoje o jornalista do "Washington Post" Jason Rezain, condenado por espionagem no país, e outros três presos iraniano-americanos, enquanto que os EUA anunciaram que ofereceu "clemência" a sete iranianos condenados ou que esperavam julgamento

Veja o que acontece agora entre EUA e Irã (18/01/2016)

Muitos se questionam se o acordo nuclear e a inesperada troca de prisioneiros neste fim de semana entre Washington e Teerã foram o epílogo de uma iniciativa diplomática excepcional ou o princípio de uma verdadeira reconciliação.

O presidente Barack Obama teceu grandes elogios ao saudar os progressos históricos de Washington e Teerã, enquanto seu colega iraniano, Hassan Rohani, comemorou a nova página que estava sendo virada.

O conflito sírio justamente permitiu a aproximação entre Washington e Teerã.

"O Irã está na mesa" pelas negociações da Síria, celebrou o responsável americano. E mesmo tendo "profunda divergências com o Irã sobre a Síria, queremos ver se deseja se envolver de maneira construtiva nos temas regionais e se entende que a guerra civil não se resolverá enquanto (o presidente) Bashar al-Assad estiver no poder", acrescentou.

Estado Islâmico

Grupo jihadista/terrorista/Milícia que tomou importantes cidades da síria e iraque

Estado religioso, radical, Califado....Líder Abu Bakr Al-Baghdadi

Origem na Al-Quaeda (assim como o boko haram (Nigéria) , al- shabab (Somália))

Decaptações de jornalistas

Reação da coalizão america (Uk, Aus, Bel, Hol, Din, Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes, Bahrein)...bombardeios..

Decaptação de Cristãos Coptas na Líbia (Fev/2015)

Bashar al Assad é o principal inimigo do estado islâmico na região

Apoio curdo em Erbil, e o Curdistão reclama soberania frente a fragmentação do Iraque

Jovens ocidentais lutando pelo estado islâmico (12mil pessoas de 50 países deixaram lares para fazer parte do grupo extremista)

Crise no Iraque

Iraque

80% Árabes (30% sunitas X 50% xiitas)

15% Curdos

5% outros

Retirada das tropas americanas em 2011

O grupo Estado Islâmicos do Iraque e do Levante (ISIL) passou a agir na região (grupo sunita dissidência da Al-Qaeda)

Quer criar um califado na Região do Levante (Iraque e Síria)

(sucessor da autoridade política de maomé = Chefe de Estado + Líder Político)

Tomada das várias cidades

Mossul: 06.06.2014 (segunda maior cidade e que foi palco da resistência anti-EUA)

Tikrit: cidade de Saddam

+ 500mil refugiados

Governo atual tem apoio dos xiitas e perdeu o controle de partes do norte e oeste do Iraque e incita os civis a pegarem em armas contra a milícia

Tentativa de tomar a Cidade Síria de Kobane, ao norte, e fronteiriça com a Turquia

Pressão para a Turquia intervir, segunda maior força militar da OTAN, medo da reação dos sunitas internos 20% da população turca

A Turquia do Presidente Erdogan, entende que sua ação pode significar o fortalecimento de Assad, dos Curdos (conflitos há mais de 40 anos), e do grupo “EL” e o PKK

NOTÍCIAS SOBRE ESTADO ISLÂMICO

EUA acusam formalmente o Estado Islâmico de genocídio (17/03/2016)

Desde 2004, é a 1ª vez que os EUA falam em genocídio. Cristãos, xiitas e yazidis são alvo; designação pode ter implicação prática.

Essa é a primeira vez que Estados Unidos declaram genocídio em uma região desde massacres no Darfur, em 2004, de acordo com a CNN.

O Departamento de Estado está há meses avaliando se irá classificar os assassinatos dos fiéis desses grupos pelo EI como atos de genocídio e limpeza étnica, uma definição legal que pode ter implicações práticas. No entanto, funcionários americanos afirmaram que isso não obrigará o país a intensificar a campanha militar contra os jihadistas, diz a agência EFE.

Curdos sírios pretendem criar uma região federal no norte do país (18/03/2016)

Os partidos curdos da Síria estão trabalhando em um plano para declarar uma região federal em grande parte do norte da Síria. Eles afirmaram que seu objetivo é formalizar a zona semiautônoma que estabeleceram durante cinco anos de guerra e criar um modelo de governo descentralizado em todo o país.

Se eles seguirem adiante com o plano, estarão entrando no agitado debate sobre duas propostas de se redesenhar o mapa do Oriente Médio, cada qual com grandes implicações para a Síria e seus vizinhos.

Uma é a antiga aspiração dos curdos de toda a região de terem um Estado próprio, ou maior autonomia nos países onde estão concentrados: Turquia, Iraque, Irã e Síria, todos os quais veem tais perspectivas com graus variados de horror.

Atentado ao Charlie Hebdo

Charlie Hebdo é um jornal semanal satírico francês, com caricaturas, piadas mas também artigos de fundo. Com um tom Irreverente e estridente, a publicação é fortemente antirreligiosa e de esquerda, sendo que costuma publicar artigos sobre extrema-direita, catolicismo, islamismo, judaísmo, política e cultura

Histórico

2006– charge do profeta Maomé jornal Dinamarquês reproduzida pelo jornal charlie hebdo

Série de ameaças contra o jornal e queima do prédio em 2011

Em 2012, o jornal publicou uma série de caricaturas de Maomé, isto veio dias depois de uma série de ataques contra as embaixadas dos Estados Unidos no Oriente Médio, supostamente em resposta à ao filme anti-islâmico “A Inocência dos Muçulmanos”, o que levou o governo francês a fechar embaixadas, consulados, centros culturais e escolas internacionais em cerca de 20 países de maioria muçulmana. A polícia passou a patrulhar a redação do jornal para protege-la contra possíveis ataques.

O cartunista Charb foi o editor-chefe de 2009 até sua morte no massacre de 2015. Em 2013, ele foi adicionado na lista dos mais procurados pela Al-Qaeda, juntamente com três funcionários do Jyllands-Posten: Kurt Westergaard, Carsten Juste e Flemming Rose.

O ataque de 7 de janeiro de 2015 foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi

No mesmo dia, outro francês muçulmano, Amedy Coulibaly, ligado aos atacantes do jornal (ele conhecia bem Chérif Kouachi) matou a tiros uma policial em Montrouge, na periferia de Paris, e no dia seguinte invadiu um supermercado kasher perto de Porte de Vincennes fazendo reféns, quatro deles são mortos pelo Coulibaly no novo ataque que terminou após a invasão do estabelecimento pela polícia francesa.

No dia 11 de Janeiro, após as acções e a morte de Coulibaly, um vídeo é publicado na Youtube para reivindicar os actos: A. Coulibaly confirma a sua responsabilidade no ataque a Montrouge; ele também se reivindica como membro do Estado Islâmico do Iraque e do Levante. No total, durante os eventos entre 7 a 9 de janeiro, ocorreram 17 mortes em atentados terroristas na região de Île-de-France, em Paris.

Marcha Republicana foi o maior protesto da história da França

Após o ataque ao jornal francês Charlie Hebdo, mais de 3,7 milhões de manifestantes participaram no maior protesto da história da França. Só em Paris 1,5 milhão de pessoas saíram às ruas para defender a liberdade de expressão.

Papa Francisco defendeu a liberdade de expressão

Atentado ligado a rede al-quaeda do Iêmen

Os defensores da liberdade de expressão usam o slogan "Je suis Charlie" (francês para "Eu sou Charlie") contra a chacina. A declaração identifica quem a pronuncia com aqueles que morreram no massacre do Charlie Hebdo, e por extensão, é um protesto pela liberdade de expressão e resistência às ameaças armadas.

Não muito tempo depois do ataque, estima-se que cerca de 35 mil pessoas se reuniram em Paris segurando placas com os dizeres "Je suis Charlie" para condenar o ataque, protestar contra o terrorismo e incentivar a liberdade de expressão.

Atentado de Paris

O que aconteceu em Paris? Na noite da sexta-feira (13), Paris sofreu série de ataques coordenados, com explosões e tiroteios em seis diferentes locais da cidade. Foram atingidos, restaurantes, bares e uma casa de shows, chamada Bataclan, onde acontecia o show da banda Eagles of Death Metal.

De quem é a responsabilidade dos ataques? O Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados. Em nota, o grupo jihadista diz que a França é “a capital da abominação e da perversão” e que “o país e todos aqueles que seguem seu caminho devem saber que permanecem o principal alvo” dos terroristas. O comunicado afirma que a localização dos ataques foi cuidadosamente estudada. O grupo jihadista ainda afirma que os atentados são retaliações motivadas pela participação do país europeu na coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Um militante ligado aos terroristas publicou em sua conta no Tiwtter, que a França “não viverá em paz até que os bombardeios continuem”. “Vocês terão medo até de ir ao mercado”, disse. A polícia identificou, por impressões digitais, um extremista francês, de 29 anos, como um dos autores do atentado ao Bataclan. Ele já tinha sido fichado pela polícia, mas nunca foi preso.

Qual o número de mortos e feridos? O número pode subir, mas a procuradoria de Paris confirmou oficialmente no último sábado 129 mortos e 352 feridos, sendo 99 em situação crítica de saúde. Testemunhas e parentes de vítimas estão recebendo atendimento psicológico oferecido pelos hospitais em Paris. De acordo com autoridades francesas, sete terroristas morreram, mas eles não descartaram a possibilidade de haver mais gente envolvida. Três brasileiros foram feridos nos ataques. Não havia risco à vida de nenhum dos três. Os brasileiros estavam no restaurante Le Petit Cambodge

Por que eles atacaram a França duas vezes? A França é um dos países que luta contra o Estado Islâmico. Além disso, o país europeu está apoiando o ditador sírio Bashar Al-Assad, que está em guerra com o EI.

E ainda pode-se relacionar as questões históricas do colonialismo francês no mundo árabe, e principalmente, na Argélia (1962)

o passado colonial do país também está relacionado à violência islâmica da qual a França foi vítima nos últimos anos. “Recordemos que Mohamed Merah matou os alunos da escola [...] de Toulouse em 19 de março de 2012, no 50oaniversário do cessar-fogo da guerra da Argélia”

Fricções étnicas

A França tem a maior população muçulmana na Europa: cerca de 5 milhões, ou 7,5% de seus habitantes. E, segundo analistas, é uma das sociedades mais divididas no continente.

Há um aparente questionamento de gerações mais novas de famílias de imigrantes, supostamente descontentes quanto ao estilo de vida mais liberal do Ocidente, da tolerância à diversidade religiosa e à liberdade de expressão. "Os ataques são uma lembrança das fricções étnicas que se arrastam na França“

Muitos muçulmanos teriam, ainda, a percepção de estarem à margem da sociedade, isolados ou mesmo excluídos.

"A França é o país na Europa onde o debate sobre o lugar do islã dentro da sociedade é o mais difícil e mais duro. A maioria dos franceses acha que o islamismo, em geral, não é compatível com a laicidade francesa. E há uma tensão muito forte entre os radicais islâmicos e a França“

"A questão do islã e dos muçulmanos em geral se transformou num grande debate ideológico interno. E é claro que com uma coisa desse tipo (...) é possível que eles [muçulmanos] sejam ainda mais estigmatizados, o que pode criar ainda mais radicalismo."

Por muitos anos, os subúrbios de Paris e outras cidades foram vistos como terreno fértil para extremistas islâmicos, que recrutavam jovens muçulmanos descontentes com desemprego e ostracismo. Outro lugar fácil para radicalização, dizem especialistas, são as prisões francesas: estima-se que 60% dos 70 mil detentos no país tenham origem muçulmana, e grupos extremistas estariam se aproveitando disso para recrutar colaboradores. "Eles foram destruídos pelo fracasso educacional, problemas de família e emprego. São muito frágeis"

Mas a retórica do contra-ataque militar tem matizes. Esse argumento é “parcialmente contraditório”, já que a França foi, até o momento, o país ocidental menos hostil aos sunitas e o mais duro com Bashar el Assad. “Paris apoiou a oposição política na Síria, armou alguns grupos rebeldes e se mostrou inflexível na luta contra El Assad, enquanto outras capitais europeias tinham posturas moderadas. “Além disso, 95% dos ataques aéreos contra o EI na Síria e no Iraque são iniciativa dos norte-americanos.” A França, que não começou a bombardear os feudos do EI até setembro de 2015, seria responsável apenas por 4% do total dessas ofensivas.

“A França é o país para o qual o Estado Islâmico mais aponta, por defender um sistema de valores oposto ao seu”. “Mas também por ser o país que mais tem jihadistas. Seriam 600 na Síria e no Iraque, segundo dados do Ministério do Interior, mas na verdade, conforme fontes não oficiais dos serviços de informação, mais de 2.000. Todos eles são suscetíveis a voltar ao território francês para perpetrar atentados”. “Com seus ataques, o EI tenta fazer com que a população muçulmana que vive na França seja estigmatizada, como aconteceu depois do atentado ao Charlie Hebdo. Querem que essa população pense que não vale a pena integrar-se a este país, onde isso gera muitos problemas, e acabe radicalizando.”

Nos ataques orquestrados contra a França, essa dimensão simbólico não é nada secundária. “O apego dos franceses aos valores republicanos, especialmente o laicismo, é algo que contraria o islã radical, incluindo seus partidários residentes na França.

A lei contra o véu islâmico em escolas e sedes da Administração francesa, aprovada em 2004, marcou um ponto de inflexão.

Quem eram esses militantes do Estado Islâmico? Imigrantes sírios? Ainda se sabe muito pouco sobre eles. Mas a verdade é que quatro deles eram nascidos na França e cidadãos do país. Suspeita-se de que um dos terroristas seja um sírio que chegou à França em outubro, mas essa informação ainda não foi confirmada.

O que a França fez depois dos ataques? O país fechou suas fronteiras, colocou o exército nas ruas de Paris, começou a buscar outras pessoas ligadas aos terroristas e bombardeou o Estado Islâmico na Síria. O Ministério do Interior da França divulgou que 168 operações de busca tinham sido realizadas, com apreensão de um lançador de foguetes, pistolas automáticas e um rifle, munições e coletes à prova de bala; 23 pessoas foram mantidas sob custódia policial e 104 em prisão domiciliar. A polícia da Bélgica prendeu pelo menos cinco pessoas durante buscas em Bruxelas por suspeita de participação ou colaboração com os ataques em Paris.

Noticiário sobre terrorismo Bélgica captura terrorista ligado a ataques de Paris (18/03/2016)

Governo belga e polícia francesa confirmaram prisão de Salah Abdeslam. Ele estava em Bruxelas; imprensa diz que ele foi ferido em tiroteio.

Salah Abdeslam, o fugitivo mais procurado pelos ataques de novembro em Paris, foi capturado pela polícia em uma operação no bairro de Molenbeeck, em Bruxelas. A operação ainda está em andamento e duas explosões foram ouvidas no bairro depois da captura de Abdeslam.

Atentado de Bruxelas

• Por que a Bélgica tornou-se um alvo terrorista?

O país é o que mais tem jihadistas radicais na União Europeia

A tentado em Bruxelas aconteceu quatro dias depois de ter recebido com alívio a prisão de Salah Abdeslam, arquiteto dos atentados de 13 de novembro em Paris

O atentado ao Museu Judaico de Bruxelas, em maio de 2014, foi o primeiro alarme. Com ele as autoridades belgas descobriram que a capital da Europa era alvo terrorista e a segurança começou a ser reforçada em locais estratégicos. Mas os ataques, realizados então por um jihadista francês, estavam longe de ser um episódio isolado.

Com esse acontecimento, a Bélgica descobriu com espanto que era o país da UE mais afetado por um novo fenômeno: o dos chamados combatentes estrangeiros, jovens com nacionalidade europeia que abandonam lugar de origem para se juntar à guerra síria. Com cerca de 500 pessoas que em algum momento viajaram ao Iraque ou à Síria, o país, de 11,2 milhões de habitantes, era o que tinha o maior número de jihadistas per capita na Europa.

A presença de núcleos radicais no país não era inteiramente nova ou exclusiva de Bruxelas. Em setembro de 2014, a justiça de Antuérpia fez um megajulgamento de 46 fundadores e membros da Sharia4Belgium, uma organização terrorista responsável pelo recrutamento e formação desses jovens que tomavam parte de um conflito tão alheio ao seu cotidiano quanto o sírio.

O ápice dessa enorme incidência terrorista em Bruxelas foi mostrado com toda a sua crueza nos atentados de 13 de novembro, que provocaram a morte de 130 pessoas em Paris. Rapidamente a investigação mostrou que esses ataques foram tramados em grande parte em Bruxelas, orquestrados por jovens europeus de origem muçulmana.

O epicentro é um bairro de forte concentração árabe que, desde então, ganhou relevância internacional. Trata-se de Molenbeek, o refúgio onde Abdeslam se tornou um radical e onde foi finalmente preso na sexta-feira. Esse bairro, a poucos minutos do centro histórico de Bruxelas, mostrou alguma ligação com muitos dos ataques que atingiram a Europa nos últimos anos, inclusive o de 11 de março de 2004 na Espanha.

Desde os atentados de Paris, Bruxelas descobriu que também era alvo direto de um massacre semelhante ao da capital francesa. Os indícios de que algo parecido estava sendo organizado levou as autoridades belgas a tomar uma decisão inédita em dezembro: o fechamento preventivo, durante vários dias, do metrô, das escolas, centros comerciais, instalações esportivas e outros lugares públicos.

O grande paradoxo –e motivo de alarme para as autoridades belgas– é que os ataques atingiram os dois núcleos mais vigiados da capital belga desde 13 de novembro: o aeroporto de Zaventem, o maior do país e um dos mais movimentados Europa, e a área onde estão localizadas as principais instituições da UE, conhecida como o Schuman.

As autoridades belgas terão dificuldade para superar o estigma –justificado ou não– que lhes persegue desde os ataques de Paris: que a capital belga é um autêntico berço do jihadismo. E que essa ameaça terrorista se enraizou em boa medida pelas costas dos serviços de inteligência do país.

Atentados em Bruxelas expõem a vulnerabilidade da Europa a terrorismo

Serviços de segurança europeus têm dificuldades para controlar fronteiras e compartilhar informações. A Bélgica, com uma grande população muçulmana, é um dos países mais expostos a essas fragilidades

REAPROXIMAÇÃO EUA + CUBA

Histórico:

•Cuba até 1959 ligado ao EUA quando começa revolução cubana (guerra

fria aproximação do bloco soviético)

•Ruptura em 1961 (embarco econômico)

•Anuncio em 2014 de reaproximação diplomática

•Governo Raúl Castro: Reformas e Abertura Econômica

•Senadores Cubanos nos EUA (Marco Rubio) denunciam que viagens a Cuba sustentam o Regime Ditatorial

Os Estados Unidos abrirão uma embaixada em Cuba "o quanto antes", segundo uma fonte do governo americano. As relações diplomáticas bilaterais são inexistentes desde janeiro de 1961, motivo pelo qual os governos mantêm apenas um Escritório de Interesses nas Respectivas capitais.

Papa Francisco é responsável por intermediar reaproximação de EUA e Cuba A reaproximação, após 52 anos, de EUA e Cuba já é uma promessa antiga de Barack Obama. No entanto, conforme uma autoridade da Casa Branca e o próprio líder cubano, Raúl Castro, revelaram, ela só ocorreu devido à interferência do papa Francisco no processo.

• Troca entre prisioneiros Cubanos e americanos

• Medidas Anunciadas:

Lista das mudanças anunciadas por Barack Obama:

Diplomacia:

• secretário de Estado norte-americano, John Kerry, foi instruído para retomar imediatamente os diálogos com Cuba para reatar relações diplomáticas, interrompidas em janeiro de 1961;

• reabrir embaixada norte-americana em Havana para "trocas de alto nível";

• manter diálogos com Cuba sobre: imigração, direitos humanos, combate às drogas;

• EUA participarão da reunião da Cúpula das Américas em 2015, evento diplomático da OEA (Organização dos Estados Americanos) para o qual Cuba recebeu convite expresso do Panamá; e,

• EUA revisarão inclusão de Cuba na lista de países que promovem terrorismo, status que a ilha acumula desde 1982.

• Viagens:

• flexibilização das restrições a viagens entre os países: mais vistos serão disponibilizados a famílias, funcionários de governos, jornalistas, pesquisadores, grupos religiosos, ativistas humanitários e outros.

Economia:

• mudanças nas políticas econômicas dos departamentos do Tesouro e Comércio com relação a Cuba;

• a permissão para o envio trimestral de remessas financeiras de indivíduos nos EUA para Cuba serão ampliadas de US$ 500 para US$ 2 mil;

• mais produtos dos EUA receberão autorização para serem exportados para Cuba, como material de construção civil e equipamentos de agricultura;

• cidadãos norte-americanos poderão obter licença para importar bens no valor de até US$ 400, mas não mais do que US$ 100 em bebidas alcóolicas e tabaco;

• empresas dos EUA terão permissão para abrir contas em instituições financeiras cubanas;

• cartões de crédito e débito de bandeiras norte-americanas poderão ser usados por estrangeiros em Cuba; e,

• empresas de telecomunicação e internet dos EUA deverão ter mais liberdade para operar na ilha e poderão construir estruturas para intercambiar informação entre Cuba e EUA.

Reformas em Cuba

• REFORMAS

• FLEXIBILIZAÇÃO DAS REGRAS DE MIGRAÇÃO E VIAGENS;

• FACILITAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS A PEQUENOS NEGÓCIOS;

• UNIFICAÇÃO DA MOEDA;

• ELIMINAÇÃO DE RESTRIÇÕES PARA A COMPRA DE CARROS;

• PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TÁXI;

• PRIVATIZAÇÃO DE SALÕES DE BELEZA, LANCHONETES, RESTAURANTES,...

'Não confio nos EUA', diz Fidel Castro sobre reaproximação de EUA e Cuba ao falar pela 1ª vez sobre retomada diplomática entre os países.

Em carta, porém, ele não criticou decisão tomada pelo irmão em dezembro de 2014

EUA e Cuba se reuniram novamente em Março de 2015 visando o restabelecimento das relações diplomáticas, mesmo com as divergência com relação ao caso Venezuelano

Cúpula da OEA em abril de 2015 (Panamá)

Noticiário Cuba X EUA

Cuba e EUA assinam hoje acordo que abre via a voos comerciais diretos 16/02/2016

Cuba e Estados Unidos vão assinar esta terça-feira em Havana um acordo de aviação civil que permitirá ligar os dois países com voos diretos, pela primeira vez em mais de cinquenta anos, em mais um importante passo na normalização histórica das relações bilaterais. Estima-se que as primeiras ligações aéreas sejam feitas a partir do Outono.

Obama vai a Cuba em março 18/02/2016

O próximo aperto de mãos entre Barack Obama e Raúl Castro vai acontecer em Havana, naquela que vai ser a primeira visita oficial de um presidente americano a Cuba desde 1928.A visita histórica vai acontecer nos dias 21 e 22 de março. Faz parte da viagem de Obama por vários países da América Latina. É um passo decisivo na normalização das relações entre os dois países, de costas voltadas desde a revolução que instituiu o regime comunista em 1959.

Se o levantamento completo do bloqueio económico americano a Cuba ainda não foi conseguido, devido a resistências no Congresso, houve outros passos importantes que foram dados, como o acordo para o restabelecimento de voos comerciais

Cinco entraves nas relações entre Cuba e EUA que devem marcar a visita de Obama à ilha 18 fevereiro 2016

1) O embargo

"Não poderá haver relações normais entre Cuba e EUA enquanto for mantido o embargo econômico, comercial e financeiro", disse o governo cubano ao anunciar o restabelecimento de sua embaixada em Washington, em meados do ano passado.

O próprio Obama defende que se acabe com o embargo, mas não pode fazer isso sozinho: por se tratar de uma lei, é uma decisão do Congresso

2) Guantanamo

Havana e Washington têm opiniões diferentes sobre a região onde está localizada a base naval americana de Guantánamo em Cuba.

O governo cubano já pediu diversas vezes que o território seja devolvido e vê nesse ponto uma condição imprescindível para a normalização dos laços com os EUA.

O fechamento da prisão foi uma das primeiras promessas eleitorais da primeira campanha de Obama, em 2008. Devolver o território, no entanto, nunca foi algo cogitado pelos EUA.

Por ser um tema que afeta diretamente os planos da defesa e segurança, as negociações sobre esse ponto não têm sido tão públicas quanto as ligada ao embargo.

3) As reparações

O governo cubano também exigiu que "se compensasse o povo cubano pelos danos humanos e econômicos provocados pelas políticas dos Estados Unidos". Isso nos leva a outra das contas pendentes entre os dois países: as reparações.

Os EUA quer compensações de Cuba pelos bens dos americanos confiscados durante a Revolução. O Departamento de Justiça americano têm 8.821 pedidos ligados a isso, entre empresas e indivíduos do país que afirmam ter perdido suas propriedades. No total, os pedidos somam quase US$ 2 bilhões (em valores de 1960).

Já Cuba pede reparações aos EUA pelos dados causados desde o início do embargo. Segundo o informe "Cuba vs Embargo", apresentado pelo país na Assembleia Geral da ONU em 2014, esses danos somam US$ 1,11 trilhão.

4) Democracia e Direitos Humanos

Há quase um ano, delegações dos dois países se reuniram em Washington para definir a agenda de um futuro diálogo, no que dizia respeito aos direito humanos.

Os EUA insistem que querem ver melhorias nesse aspecto. Mas, do ponto de vista cubano, são os EUA que devem reconhecer sua forma de "democracia popular e participativa", como qualificam seus sistema de governo.

O principal problema, afirmam os especialistas, é Washington querer impor seus "valores democráticos" e Havana querer que seu sistema político de "democracia participativa" com partido único seja reconhecido.

5) Política de imigração

Em 1966, os EUA colocou em marcha a chamada "Lei de Ajuste", que permite que cubanos solicitem residência permanente ao fim de um ano e um dia após chegar ao território americano.

Nesse sentido, a Casa Branca não fez anúncios de que irá mudar sua política migratória para Cuba.

Esse é um tema polêmico no Congresso dos EUA, em que há legisladores que consideram que é uma forma de proteger os cubanos do regime castristas, enquanto outros acreditam que é um benefício de que alguns cubanos se aproveitam.

Obama chega a Cuba; é o 1º presidente dos EUA a visitar a ilha em quase nove décadas 20/03/2016

O presidente dos EUA, Barack Obama, desembarcou em Havana, Cuba, acompanhado de sua família. Esta é a primeira visita de um presidente americano a Cuba em quase nove décadas e marca o avanço da normalização das relações entre ambos os países anunciada em dezembro de 2014.

O último presidente americano a visitar a ilha foi Calvin Coolidge, que chegou à ilha caribenha em 1928 em um navio de guerra e levou três dias para fazer a viagem. Ao aterrissar, Obama usou sua conta pessoal no Twitter e disse que chegou ao local para "encontrar e ouvir diretamente o povo cubano".