Apresentação do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Mortalidade Materna (31/05/12)

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Comitê Estadual de Comitê Estadual de Prevenção e Controle de Prevenção e Controle de Morte Materna e Perinatal Morte Materna e Perinatal do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro CEPCMM-RJ CEPCMM-RJ Relatório anual Relatório anual Maio de 2012 Maio de 2012

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O Estado do Rio de Janeiro registrou 182 óbitos maternos em 2010. A informação, contida no relatório anual do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Mortalidade Materna, representa uma diminuição de 27 mortes, em relação ao ano de 2009. Os dados foram apresentados durante audiência pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta quinta-feira (31/05). Para a presidente da comissão, deputada Inês Pandeló (PT), a diminuição dos óbitos era esperada devido a epidemia, em 2009, da gripe influenza A – provocado pelo vírus H1N1. “Essa redução não é uma vitória completa. Uma morte já tem que ser motivo de indignação. Pelo menos 90% dessas mortes podiam ser evitadas. Esse tema tem que estar sempre na pauta”, argumentou a parlamentar. “A comissão tem que reiterar esse trabalho. A mulher tem que ter condições de vida”, reiterou a vice-presidente da comissão, deputada Graça Pereira (PSD).LEIA A MATÉRIA COMPLETA EM http://j.mp/KNAw11

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Comitê Estadual de Prevenção e Comitê Estadual de Prevenção e Controle de Morte Materna e Perinatal Controle de Morte Materna e Perinatal

do Rio de Janeirodo Rio de Janeiro

CEPCMM-RJCEPCMM-RJRelatório anual Relatório anual

Maio de 2012Maio de 2012

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28 de maio28 de maio

Dia Internacional da Luta pela Saúde da Mulher Dia Internacional da Luta pela Saúde da Mulher Dia Nacional de Redução da Mortalidade MaternaDia Nacional de Redução da Mortalidade Materna

Dia Estadual de Luta para Prevenção da Mortalidade Dia Estadual de Luta para Prevenção da Mortalidade Materna Materna

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RegulamentaçãoVigilância de óbitos maternos

Módulo de investigação no SIM permite acompanhar on-line a

notificação e a síntese da investigação desses óbitos

A morte materna declarada e o óbito de mulher em idade fértil são eventos de notificação e investigação obrigatórios.

A Declaração de Óbito (DO) é o instrumento de notificação do sistema de informação de mortalidade (SIM).

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Gestor do SIM ou Equipe de vigilância de morte materna alimenta sistema de informação com a

síntese e resultado da investigação

Equipe responsável pela vigilância da morte materna investiga o caso

Equipe de vigilância da morte materna encaminha material coletado na investigação ao Comitê de morte materna para avaliação e parecer final.

Vigilância de óbitos maternos

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Conhecer a realidade da morte Conhecer a realidade da morte materna é requisito básico para o materna é requisito básico para o estabelecimento de políticas que estabelecimento de políticas que visem a sua redução e avaliem a visem a sua redução e avaliem a efetividade e eficácia das ações efetividade e eficácia das ações

implementadas.implementadas.

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182

Investigação de óbitos 2009 2010

Número de óbitos de mulheres em idade fértil 6.802 6.697

Total de óbitos notificados (MIF + declarados) 6.999 6.879

% de óbitos com ficha síntese preenchida 53,61 76,29

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Fonte: SIM - Sistema de Informação sobre Mortalidade

Sistema Federal

Distribuição proporcional segundo Status da Investigação no modulo SIM Sistema de Informação sobre Mortalidade

Estado do Rio de Janeiro 2010

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174 2,53%

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2337 33,83%

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Sobre o resultados das investigações das mortes maternas declaradas %

Em branco 5,4

Não acrescentou nem corrigiu informação 45,3Sim permitiu a correção de alguma das causas informadas originalmente 26,4

Sim permitiu o resgate de novas informações 23,0

Total 100,0

A investigação das mortes declaradas como materna foi concluída em média em 267 dias (8,9 meses)

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Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

RMM por causas obstétricas diretas e indiretas Estado do Rio de Janeiro – 2000 a 2010

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Distribuição proporcional segundo o tipo de óbito materno Estado do Rio de Janeiro

2010

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

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0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Óbito materno indireto Óbito materno direto indeterminado

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

Distribuição proporcional segundo o tipo de óbito materno Estado do Rio de Janeiro

2000 à 2010

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Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

RMM pelos cinco principais causas de morte materna obstétrica direta Estado do Rio de Janeiro - 2010

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Razão da morte materna segundo causas obstétricas diretasEstado do Rio de Janeiro

2010

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

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RMM pelos cinco principais causas de morte materna Estado do Rio de Janeiro

2010

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

RMM pelas cinco principais causas de morte materna obstétrica direta Estado do Rio de Janeiro – 2000 a 2010

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Gripe aviária

Distribuição proporcional das causas obstétricas indiretasEstado do Rio de Janeiro - 2010

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

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RMM segundo grupo de idade da mulher2010

Estado do Rio de Janeiro

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

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Fonte: CEPCMM/GSM/SABGC/SAS/SESDEC-RJ

SIM/ CDV/SUPLAR/SDSS/ SESDEC-RJ

RMM segundo raça/cor e anos de estudo da mulher

Estado do Rio de Janeiro - 2010

Fonte: CEPCMM/SM/SAB/SAS/SES-RJ

CDV/SVEA/SVS/ SES-RJ

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A redução da mortalidade materna permanece um grande desafio da saúde, ética e eqüidade de gênero, visto que as mulheres continuam morrendo desnecessariamente em decorrência da gravidez e do parto.

Um número que não mudaUm número que não muda

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Não identificação de risco reprodutivo

Falta da busca ativa da mulher

Desqualificação do profissional de saúde

Inexistência de sistema de referência

Desemprego

Pré-natal com pouca qualidade

Falta da avaliação de Risco GestacionalFalta da avaliação de Risco Gestacional

Falta de acesso ao planejamento familiar

Falta de captação

precoce e busca ativa

Inexistência de protocolos no serviçoFalha diagnóstica

Baixa escolaridade da mulher

Falta de sangue

Falta de capacitação do profissional

Falta de vaga no CTI

Falta de saneamento básico

Inadequação de procedimentos

Condições socioeconômicas desfavoráveis

Ocorreu negligência

Porque estas mortes ainda acontecem ?

Dificuldade de acesso aos serviços/a informação/ insumos e medicamentos /exames

Falta de recursos humanos

Carência de leitos obstétricos

Baixa escolaridade da mulher

Inadequação de tratamentos

Falta de equipamento social

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“... é necessário saber quantas mortes maternas ocorrem,

mas é muito mais relevante saber o porquê morrem e

definir estratégias”.

WHO (World Health Organization)Beyond the numbers: reviewing maternal deaths and

complications to make pregnancy safer; 2004

É preciso que essas mortes sejam humanizadas, que deixem de ser apenas mais um número em uma estatística.

Como podem ser evitadasComo podem ser evitadas ?

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[email protected]/fax 21 – 2333-3857 21 – 2333-3902

A investigação de cada morte materna possibilita ações e medidas preventivas que evitarão eventos similares no futuro.

A necessidade de se obter estimadores de qualidade é uma exigência ética, por que impede “mortes prematuras desnecessárias"