Apresentação da disciplina língua portuguesa (ensino médio)
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ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIDADE REGIONAL DE SANTA INÊS CENTRO DE ENSINO GOVERNADOR JOSÉ SARNEY
Rua Almirante Barroso, 256 – Bom Jardim – MA. CNPJ 01.900.487/0001-21 – INEP- 21336806
José Arnaldo da Silva
Plano de Curso de Língua Portuguesa
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bom Jardim 2015
ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIDADE REGIONAL DE SANTA INÊS CENTRO DE ENSINO GOVERNADOR JOSÉ SARNEY
Rua Almirante Barroso, 256 – Bom Jardim – MA. CNPJ 01.900.487/0001-21 – INEP- 21336806
PLANO DE CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA PROF.: José Arnaldo da Silva SÉRIES: 1ª, 2ª e 3ª Curso: Ensino Médio TURNO: Noturno
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de língua portuguesa busca a necessidade de dar ao aluno condições
de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem relevante para o
exercício da cidadania, visto que as práticas de linguagem são uma totalidade onde
o sujeito expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexão sobre ela em
situações significativas de interlocução.
Como o Ensino Médio tem como objetivo preparar o indivíduo para a vida e
para o trabalho, possibilitando a inserção nas diversas esferas de interação, assim, o
aluno deve ser levado a compreender e usar a linguagem como geradora de
significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.
Sendo assim tendo em vista todas as exigências, é preciso repensar o currículo
para o ensino dessa disciplina e a própria ação pedagógica, considerando, de forma
ativa, as novas necessidades trazidas pelos alunos, que fazem parte de uma
sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos, políticos e linguísticos.
Portanto, o ensino de língua portuguesa deverá estar embasado no uso da
língua no contexto das relações sociais, contemplando os diversos gêneros
discursivos. Nessa perspectiva, esse ensino deverá ser vivenciado em situações
concretas, privilegiando oralidade, leitura e escrita.
Nesse sentido, a disciplina aqui apresentada enfatizará três aspectos:
literatura, gramática e redação, relevantes para o desenvolvimento e utilização da
língua portuguesa em sua variante padrão.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Empregar a linguagem oral e escrita como meio de comunicação, informação aprendizagem, lazer e arte.
2.2 Específicos
Analisar e discutir de forma crítica e criativa os mais variados temas, usando
as técnicas de produção textual, como ordenação temporal, estrutura, coesão e coerência das ideias e adequação da linguagem ao tipo de texto;
Utilizar os recursos ortográficos e gramaticais na linguagem escrita, bem como os recursos próprios do padrão escrito;
Compreender mensagens distinguindo: ideias centrais, secundárias e o
objetivo do emissor;
Produzir textos descritivos, narrativos e dissertativos;
Expressar-se criativamente a partir de um tema dado;
Identificar e compreender os vários gêneros textuais;
Valorizar a comunicação oral e escrita no convívio social.
3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular da disciplina Língua Portuguesa para as séries do
ensino médio está estruturada em três aspectos: literatura, gramática e redação,
relevantes para o desenvolvimento e utilização da língua materna em sua variante
padrão.
1ª SÉRIE
Literatura
1 – Literatura: A arte da palavra
2 – O texto literário
3 – O Trovadorismo
4 – O Humanismo
5 – O Renascimento
6 – O Quinhentismo brasileiro
7 – O Barroco português
8 – O Barroco brasileiro
9 – O Neoclassicismo português
10 – O Neoclassicismo brasileiro
Gramática
1 – Gramática... Gramáticas
2 – Noções de variação linguística
3 – Figuras de linguagem
4 – Fonologia
5 – Acentuação gráfica
6 – Estrutura e formação de palavras
7 – Classes gramaticais – Sintaxe e funções sintáticas – Substantivo e
adjetivo
8 – Flexões do substantivo e do adjetivo
9 – Artigo e numeral
Redação
1 – Linguagens: entre textos, entre linhas
2 – Liberação da linguagem e do pensamento
3 – Exercícios de imaginação
4 – Leitura: interpretação e análise de texto
5 – Experiências de enumeração
6 – As modalidades clássicas
7 – Introdução ao escrever
8 – Introdução ao narrar
9 – Introdução ao dissertar
10 – Sensibilidade e imaginação
11 – Experiências de aprofundamento da descrição
2ª SÉRIE
Literatura
1 – O Romantismo em Portugal
2 – A poesia romântica brasileira
3 – A prosa romântica brasileira
4 – O Realismo e Naturalismo em Portugal
5 – O Realismo e Naturalismo no Brasil
6 – O Realismo psicológico de Machado de Assis
7 – O Parnasianismo no Brasil
8 – O simbolismo
Gramática
1 – Revisão (classes, funções sintáticas e relações morfossintáticas) –
Pronome (1ª parte)
2 – Pronome (2ª parte)
3 – Verbo (1ª parte)
4 – Verbo (2ª parte)
5 – Palavras invariáveis
6 – Introdução ao estudo da sintaxe – Sujeito e predicado
7 – Tipos de verbo no predicado – Termos associados ao verbo
8 – Termos relacionados a nomes – Vocativo
Redação e Leitura
1– O mundo narrado
2 – Começando a história
3 – Caracterização da personagem
4 – As personagens falam
5 – A construção do enredo
6 – Enredo linear e não linear
7 – Narrador: a voz que conta a história
8 – Narrar e dissertar
3ª SÉRIE
Literatura
1 – O Pré-Modernismo no Brasil
2 – As Vanguardas artísticas europeias e o Modernismo no Brasil
3 – Semana de Arte Moderna
4 – A primeira geração modernista brasileira
5 – O Modernismo em Portugal e a poesia de Fernando Pessoa
6 – A segunda geração modernista brasileira: poesia
7 – A segunda geração modernista brasileira: prosa
8 – A terceira geração modernista brasileira
9 – Tendências Contemporâneas da literatura portuguesa
10 – Tendências Contemporâneas da literatura brasileira
Gramática
1 – Período composto por subordinação – Orações subordinadas
substantivas
2 – Orações subordinadas adjetivas
3 – Orações subordinadas adverbiais
4 – Período composto por coordenação: Período composto por
coordenação e subordinação
5 – Concordância nominal
6 – Concordância verbal
7 – Regência verbal – Crase
8 – Colocação dos pronomes oblíquos átonos
Redação
1 – O mundo dissertativo
2 – A delimitação do tema
3 – Assumindo um ponto de vista
4 – A argumentação casual e – o (s) porquês (s)
5 – A importância do exemplo
6 – A estrutura do texto dissertativo
7 – Jogos lógico-expositivos
8 – A linguagem dissertativa
4 FUDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS
De acordo com Bechara (2010, p.8), “a linguagem não é apenas uma ‘matéria’
escolar entre outras, mas um dos fatores decisivos ao desenvolvimento integral do
indivíduo e, seguramente, do cidadão”. A língua está situada no emaranhado das
relações humanas, nas quais o aluno está mergulhado. Não há língua separada de
um contexto social vivido, portanto, o ensino metodológico da língua deve priorizar
sua natureza dialógica e não afastá-la de seus princípios literários, gramáticos e
redacionais.
Partindo do princípio de que a literatura é um fenômeno artístico vivo e
dinâmico, o trabalho com a gramática privilegia os conteúdos essenciais para a
leitura e a redação aborda os gêneros indispensáveis à formação de um cidadão
competente discursivamente.
Portanto, as metodologias utilizadas, nesta apresentação de disciplina, deverão
estar voltadas para a formação de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a
realidade que se apresenta.
4.1 Literatura
O trabalho com a literatura priorizará a leitura e a análise do texto literário. Essa
leitura visa compreender de que forma cada movimento ou cada autor literário
organiza seus textos (tanto na forma quanto no conteúdo), definindo assim um estilo
de época ou um estilo individual. É importante também aos alunos a percepção da
leitura como instrumento de prazer, como ferramenta lúdica que lhes permitam
explorar outros mundos reais ou imaginários, que os aproximem de outras pessoas
e ideias e assim possam interagir na sociedade em que está inserido.
Durante todo o estudo de literatura busca-se estabelecer relações entre a
história da literatura e a cultura de que fazemos parte, nos campos artísticos,
culturais e sociais. Para tanto será fundamental comparar os textos literários às
produções artísticas contemporâneas como, por exemplo: músicas, cinema, moda,
televisão e demais movimentos culturais. Por meio dessa prática pedagógica, o
aluno não apenas desenvolve habilidades específicas de leitura de linguagens, mas
também outras habilidades, como: comparar, transferir, sintetizar, inferir, levantar
hipóteses, ao mesmo tempo amplia e solidifica seu repertório cultural.
As estratégias práticas contemplarão desde seminários, debates, saraus,
projetos, até a leitura de livros paradidáticos, livros técnicos, revistas, jornais, charge,
propaganda, ensaios, resenhas, discursos, entre outros.
4.2 Gramática
A gramática deve ser vista como um processo dinâmico de interação social,
isto é, forma de realizar ações, de agir, e atuar por meio da linguagem.
Para assegurar ao aluno a aprendizagem atingindo o objetivo de torná-lo um
produtor de textos gramaticalmente eficientes, será necessário contextualizar os
aspectos gramaticais a partir dos textos produzidos por variados autores e pelos
próprios alunos. O estudo da gramática estará, necessariamente, a serviço das
atividades de uso da linguagem. A aquisição dos conceitos gramaticais deve
desenvolver o processo ensino aprendizagem através da reflexão, investigação,
exploração, construção e aplicação destes conceitos nos textos e na comunicação
oral.
O texto deve ser abordado como unidade de sentido ou como discurso, assim
pode-se fazer um trabalho de reflexão gramatical integrado à leitura, examinado
todas as suas dimensões (fonética, sintaxe, semântica, estilística) percebendo então
o sentido ou os sentidos do texto. Dessa forma o trabalho com a língua aproxima e
instrumentaliza o aluno para suas práticas discursivas, seja na condição de
enunciador ou enunciatário.
4.3 Redação
A redação tem como objetivo fundamental desenvolver a habilidade de escrita.
Para isto será necessário reconhecer e identificar os gêneros textuais existentes. O
ensino de produção de texto contemplará os três tipos tradicionais (narração,
descrição e dissertação), e também estará voltado para uma perspectiva mais ampla
e de variedade de gêneros. Observando o contexto em que o aluno está inserido.
O texto não deve ser encarado como uma enumeração de frases, mas sim
como um instrumento comunicativo com relações específicas entre si. Deve então,
apresentar um todo coerente, condição esta, indispensável para que um enunciado
passe a ser designado como texto.
Nesta perspectiva o aluno será conduzido a conhecer a variedade de gêneros
textuais existentes, sendo assim capaz de reconhecer e produzir textos eficientes
dentro da tipologia textual. Para que tal objetivo seja alcançado são sugeridas as
seguintes estratégias: produção de narrativa ficcional, texto argumentativo,
informativos, opinativos e textos funcionais.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação está intimamente relacionada aos objetivos específicos de cada
atividade desenvolvida pelo trabalho de sala de aula e pelo trabalho que o aluno faz
em casa. Será, portanto, um instrumento de interação entre o professor e o aluno no
processo de ensino-aprendizagem. Através de constante observação o professor
poderá direcionar estratégias de ensino, buscando a efetiva aprendizagem do aluno.
A diversidade de atividades propostas pelo professor facilitará a verificação
efetiva do processo ensinar-aprender.
Os alunos serão avaliados através de:
Provas e listas de exercícios;
Produção textual: Aspecto estético: letra legível, margens regulares,
paragrafação. Aspecto gramatical: ortografia, acentuação, pontuação e
concordância. Aspecto estilístico: Clareza e concisão. Aspecto estrutural:
Unidade (presença de ideia central), coerência (relação lógica entre as partes
do texto), coesão (ligação entre frases e parágrafos), adequação à proposta.
Pesquisas;
Seminários;
Oratória;
Simulados bimestrais;
Desempenho e participação nas aulas.
6 INSTRUMENTOS E CRITÉIROS DE AVALIAÇÃO
A avaliação como processo contínuo e integrante do trabalho docente-
educativo, será realizada com a utilização dos seguintes critérios:
Qualitativo
Demonstração crítica, coerência e cientificidade na utilização dos
conhecimentos (re)construídos;
Iniciativa, responsabilidade, autonomia, criatividade e participação nas aulas
e atividades extraclasse;
Respeito, solidariedade e ética profissional entre professor, alunos e colegas;
Avaliações conjuntas e autoavaliações.
Quantitativo
Atividades individuais e em grupos;
Trabalhos escritos e expositivos;
Elaboração e execução de projetos de ensino.
REFERÊNCIAS ABAURRE, Maria Luiza. Coleção base: português; volume único, Ed. São Paulo; moderna, 2000.
AMARAL, Emília et al. Português: Novas palavras: literatura, gramática, redação e leitura. volumes 1,2 e 3: ensino médio/ 2 ed. – São Paulo: FTD, 2013. BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeira: Nova Fronteira, 2010. CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens: volumes 1,2 e 3: ensino médio/ 5 ed. - São Paulo: Atual, 2005. DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO MÉDIO – Versão Preliminar Julho/2006 FARACO, Carlos Alberto. Língua e Cultura, Ensino Médio. Curitiba: Base Editora, 2005. GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2º ed. São Paulo: Ática, 1997. POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4 ed. Campinas: Mercado de Letras, 1996.