Apresentação ciranda on-line criança em versos - 2015 oficial * Antonio Cabral Filho - RJ

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CIRANDA “CRIANÇA EM VERSOS” 2015

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CIRANDA

“CRIANÇA EM VERSOS”

2015

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HOMENAGEADOS:

O poeta e acadêmico Elvo da Graça Raposo (in memorian). A professora e escritora Antonia Leitão (in memorian). A poetisa Lourdes Borges Júdice (in memorian).

Elvo da Graça Raposo

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ELVO DA GRAÇA RAPOSO

Um poeta, um cronista,

um grande pesquisador,

um trovador de primeira.

Um homem inesquecível,

pela finura no trato

em seus gestos, nos seus atos.

Num voo para Manaus o telefone tocou.

Não reconheci o número. Num impulso atendi.

Era uma jornalista pedindo que eu falasse

um pouco de Elvo Raposo. Perdi a voz num segundo.

Não queria acreditar que o poeta estava morto.

Como deixou de viver aqui na Terra pra sempre?

Chorei a perda sentida. Lamentei a sua ida.

Eu não poderia vê-lo porque eu estava distante,

literalmente, nas nuvens, longe no tempo e no espaço.

Suavizei a minha dor nos versos que escrevi.

Heloisa Crespo

14/02/2014

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Antonia

Lá vem Antonia

brincando de esconde-esconde

como estrelas cadentes

em noites de lua cheia...

Lá vem Antonia

sepultando meus queixumes

num sorriso atento

implicando com meus ciúmes

de não ser como ela...

Lá vem Antonia

moleca gargalhando dias

desfiando versos e reversos

inventando trilhas...

Lá vem Antonia

puxando pela mão

histórias da terra do nunca

incendiando-se como vida

na cauda do cometa...

Lá vem Antonia

mexendo com meu coração

pessimista e amargoso

adoçando meus potes de dores

crendo-se a fada dos meus amores...

concedendo graças a um Antonio...

Lá vem Antonia...

Vem Antonia...

Luiz Antonio Cosmelli

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Lourdes Borges Júdice (in memorian)

A poetisa foi uma das fundadoras do Clube de Poesia de Campos, em 1954. Clube formado por intelectuais de elevada estirpe. Seu livro “Meu Rio” (1960) foi publicado pelo Clube de Poesia.

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O MALAMEM Foi num sonho ou realidade vi uns bichos de verdade que me assustaram muito assim mas mesmo sem ver também o terrível malamem temo mais a ele sim vi um sapo canibal eta bicho animal vi uma grande perereca a subir na minha cueca era assustadora também mas nada tão terrível como o horrível malamem vi aranhas horrorosas vi lacraias venenosas escorpiões eu vi também mas nada tão assustador como este tal de malamem vi bichos bravos vi então

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tigres, onças e leopardos e o famoso rei leão vi lobos terríveis também com os dentes de comer neném mas nada me apavorava mais de me dar calafrios também como este tal de malamem até lobisomens eu vi sacis, curupiras também e até alguns bichos do bem. Mas o que mais me apavorava A imagem ninguém tem deste tal de malamem morava este tal horror assim pensava eu na caverna tentação por certo junto a um dragão e assim a noite assustado A família em oração pedia ao Deus sempre louvado não nos deixai cair na tentação e escutava dos adultos também - livranos do malamen...

Pádua de Campos

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Sem refúgio:

“Eu preparo uma canção que faça acordar os homens

e adormecer as crianças.” “Canção amiga”, Carlos Drummond de Andrade

Quando vejo uma criança na praia

quero que ela faça castelos,

que ela corra com um sorriso puro

e role na areia sem preocupação.

Mas com Aylan não foi assim...

Quando vejo uma criança molhada

espero ver a chuva caindo,

ou um banho de mangueira

com arco-íris entre as gotas.

Mas com Aylan não foi assim...

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Quando vejo uma criança no colo

espero que ela esteja cansada,

recebendo um carinho quente

ou que esteja cochilando, sonhando.

Mas com Aylan não foi assim...

Drummond, meu grande mestre,

fizeste uma linda canção

mas os homens não acordam

e, muitas vezes, crianças dormem

para não mais acordarem.

Li que o pai do pequeno Aylan

não queria sair de perto

do último berço de seu filho.

Neste momento abracei o meu

e chorei por todos nós.

Agora, quando vejo uma criança,

quero que ela não tenha o destino de Aylan

e torço para que ela nos ajude

a reencontrar a nossa humanidade

pois só lá Aylan poderá sorrir outra vez...

Carlos Augusto Souto de Alencar

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EXPECTATIVA EM FLOR

Quando vejo uma criança brincando de ser feliz vejo um mundo de esperança relembrando o que já fiz. Se educarmos a criança no caminho da verdade haverá mais esperança para toda humanidade. Toda criança merece, nosso amor, nosso carinho confiança que enobrece e enfeita todo caminho. Sem distinção, nós queremos igualar toda criança é nelas que nós devemos depositar esperança. A criança é o futuro, expectativa em flor com sentimento tão puro de um amanhã promissor

Neiva Fernandes

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VISÃO DO FUTURO

A criança que eu vejo

No espelho da inocência

É a mesma que desejo

Ser o futuro da ciência.

Ela é símbolo de esperança

Não precisa ter vaidade

Por ser chamada criança

É um ser de verdade.

A criança tem visão

Mas seu mundo é o presente

Nunca vive de ilusão

E o bem sempre pressente.

Quando vejo uma criança

Vejo a alma da alegria

Pode ser menina de trança

Ou um moleque simpatia.

No seu sonho de futuro

Toda criança deseja um mundão

Um ser sempre belo e puro

Que toca forte o coração.

Criança... O futuro de uma nação.

Renato Pereira

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A CRIANÇA

Raiava o dia! A criança saia pelos campos sorridente a cantar. No caminho, tudo despertava sua atenção. As flores, os passarinhos, as borboletas, e as nuvens correndo no céu. Abraçava cada árvore que encontrava pelo caminho. Simples criança! Porém bela e feliz. Seus artistas preferidos eram seus irmãozinhos e o sol, que todos os dias entrava pelos buracos da parede, e a noite a Lua que também a visitava, convidando-a para apreciar as estrelas brilhantes. A bonequinha de pano lhe fazia companhia.

Os brinquedos de antigamente, não eram iguais os de agora. Os dessa criança, eram sabugo de milho e ossinhos de galinha, sequinhos pelo sol. Chegava o entardecer. O sol no horizonte se escondia. A noite vinha chegando, e com ela, o sono da criança. Deitava. Mas não dormia logo, porque primeiro cantava, rezava e falava versos. Depois de tudo isso, pegava no sono, tranquila como um anjo. Essa criança, era eu.

Berenice de Azeredo

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NASCIMENTO E VIDAS DE CRIANÇAS

Quando nasce uma criança precisa chorar para viver quando esta criança cresce chora por birra, dor ou pra comer. Ser criança que beleza! Por isso há anos passei, Brinca de casinha, roda, bola Até de castelo, com rainha e rei Tristeza é ficar adulto... E vê que o tempo passou, Passou rápido demais, E a brincadeira acabou! Por que vem os compromissos, As leis, as imposições Vem talvez, um casamento Cheio de complicações, E assim: “Quando vejo uma criança” Forte, alegre, perfeita e sadia! Sinto uma grande alegria, Porém me invade a tristeza, De pensar, nos doentes, com fome, Sofrendo, dia e noite, noite e dia.

Vitória França

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DOCE CRIANÇA Criança, doce criança, que leva a vida a brincar. A vida um dia te alcança fazendo você chorar. Mas um conselho eu te dou, chorar as vezes é preciso. Não deixe o que se passou, acabar com o teu sorriso. O que levamos da vida, são os momentos vividos. Porém em contra partida, momentos bons ou sofridos. Criança, doce criança, que leva a vida a brincar. A vida um dia te alcança, não quero que a faça chorar!

Gleyde Costa

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O sorriso de criança torna alegre o meu viver; renova sempre a esperança trazendo ânimo e prazer.

Marta Campista Codeço

Lindas crianças brincando Pique, pião, cirandinha. Livres pássaros voando!... No céu... da amarelinha.

Gláucia Martins Quaresma

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Quando avisto uma criança!..."

Eu nunca soube explicar porque mudo meu semblante ao sentir me aproximar da ternura de um infante! Acredito ser o apuro do peso dos dias meus, pois a criança é o futuro: - Presente do nosso Deus! Governo que se preocupa, da criança ao ancião, a sociedade ele agrupa, integrando a geração. Quisera que o mundo visse, por dentro de cada irmão, uma criança e sorrisse, com calor no coração!

Talita Batista

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MENINICES Gostaria de uma festa em minha vida daquelas em que nos divertimos e nem sabemos quanto custou... Sou menino olhando vitrines por aí enquanto consumo dor excluído em liquidação... Cara amassada contra os vidros contra as grades imito e debocho de manequins vivos os de dentro os de fora os que me negociam com os que me torturam com os que me matam com os que eu mato... Mas não tenho ilusões não quero passados nem futuros quero presentes...

Luiz Antonio Cosmelli

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INFÂNCIA Era só diversão E barros impregnados nos pés Era só coração Na busca pelo o infinito Era o imaginário... E, o mais bonito Eram os pés no chão O balanço mais alto A gangorra em “castigo” Eram tempos de infância De inocência, de paz... Foi uma criança Que se embrenhou no passado Dissipou-se nos dias E que virou poesia

Paulo Roberto Cunha

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DOCE CRIANÇA

Fico muito embaraçada,

nem sei como dar resposta.

Quando vejo uma criança,

fazendo tudo o que gosta.

Seus olhinhos brilham tanto,

parecem o sol elegante,

meu coração se alegra,

me perco por um instante.

Penso...que bom seria,

que dela tivesse traços.

Ficaria como um anjo,

flutuando nos seus braços!

Lia Gouvêa

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POR QUE NÃO?

Perplexidade.

Angústia.

Grande desilusão.

Humanidade em marcha:

Fome, exílio, exclusão.

Tantos séculos de história

Falam de evolução!

Notícias, imagens recentes,

Mostram outra direção.

Diante da eternidade,

Como fica a medição?

Atitudes primitivas:

Crueldade, indiferença,

Longos dias, duro chão...

Talvez indiquem, por certo,

Estágio de evolução.

Tal premissa me permite

Fazer a constatação:

A humanidade ainda é criança.

Não há outra explicação!

Porque criança é, desde sempre,

Chance de renovação.

Quando vejo uma criança,

Sinto um misto de emoções.

Evocam o riso, a dança,

E inusitadas canções.

Com esse olhar verei o mundo.

Por que não?

Dói menos.

Maria Virginia Claudino

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MEUS OLHOS NOS SEUS Ao chegar da infância Descobri mortas as estrelas Que julgava eternas A iluminar o céu dos meus olhos

Mortas mortinhas A tempos Só eu não sabia

E agora sinto minha estrela Oscilar, tão fraca Como vela que Soprada Reluta em apagar-se Quer viver

Mas não é que ao te olhar, Pequenino, lá está! Por magia ou poesia Brilhando me contagia Minha estrela Linda e viva

Estrela à vista Nos meus olhos nos seus Como pronta para Brilhar eterna Redescoberta

Nana Malatesta

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ANGELICAL Alma dotada de límpida ternura Diluída na vontade de saber; pura emoção que nasce com candura, filha de uma bênção luminosa: aprender.

Linda abstração, sonho e desejo É momento de sentir, tocar e ver, pura essência de um sonho benfazejo, erguendo o colorir a cada dia que viver.

Inocência angelical sempre brilhando no brotar divinal de um novo olhar, a carência de seguir fantasiando a fiel concepção do verbo amar.

E aconchega-se ao mundo, docemente, diante do novo que precisa suplantar, superando cada rumo atraente que ele segue, descobrindo onde pisar. Pois, a cada emoção que sinta ou veja, tudo é cósmico e o faz se emocionar, como o badalar dos sinos de uma Igreja que do berço ele consegue escutar.

Diante de tudo que, enfim, me vi sentindo, Com poética susceptibilidade emocional, sinto-me em você, que é tão lindo: um ser, Filho de Deus, feliz e Angelical!

Agostinho Rodrigues

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CRIANÇA É ORAÇÃO

Quando vejo uma criança Meu coração balança E até ouço uma canção Criança é sinal Que a vida segue em oração O bem vence o mal! Quando vejo uma criança Meu coração faz a festa Um calor bom Faz a sesta E eu me encho de esperança Quando vejo uma criança Sou invadida Pela luz dos olhos dela Olhos que são capazes De acender a vela Do futuro!

Poeta Malu

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SOU UMA CRIANÇA DA RUA! Aqui estou eu outra vez, mendigando na infância. Aqui estou e não me vês. Tenho fome e tenho sede. Por favor, vire-se para me ver. Por favor, não sejas cruel, dê-me algo para eu crescer. Sou humano e quero viver. Não, não, não, não sejas cruel. Não, não, não, não sejas cruel. O mundo gira e eu lamento. Eu giro com o mundo

e espero o passar do tempo, pelo dia em que eu morrerei! Desta vida de só tristeza

e nesta infância de sofrimento, eu agradeço a Deus a grande gentileza

das pessoas que ajuda me dão. Estou aqui e não me vês. Tenho fome e tenho sede. Por favor, volte-se para me ver. Dê-me algo para eu poder crescer. Não, não, não. Não sejas cruel. Por favor, não sejas cruel. Sou humano, tenho fome e sede. Não, não, não. Não sejas cruel. O mundo gira e gira, que farei?

Dessa água não queria beber, mas com o passar do tempo

sei que assim eu morrerei!

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Vivo uma vida de cachorro, durmo na rua e na escuridão. Sou criança e peço socorro, esperando a mão amiga da salvação. O Governo é muito cruel, continuo aqui e ninguém me vê. Como viverei com fome e tendo sede, e sem abrigo e educação?

Na rua estou outra vez, mendigando na minha infância. Porque ninguém me vê?

Sou criança e peço clemencia!

Alberto R. Fioravanti

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COISA DE CRIANÇA

Quando vejo uma criança lembro da pura felicidade, das tardes na casa da avó, das historias contadas até tarde.

Que vontade de regressar no tempo, reprimir aquele sentimento, mandar para longe o pensamento de querer crescer por fora e por dentro.

Mal sabia o pobre menino que na infância o único perigo era se o vilão da história um dia viesse a vencer.

Quando vejo uma criança enxergo em ti as cores da mudança em teu olhar singelo a esperança que o novo pode acontecer.

Aquelas caretas de nojo, aqueles choros sem razão, tua mão na minha segurando, quando se via forma a multidão.

Quando vejo uma criança lembro que tudo é passageiro então que se aproveite melhor o tempo desses sorrisos verdadeiros.

Crianças do jeito que for só precisam de amor. É o que em troca podemos dar aqueles que nós ensinam a amar.

Phellipe Rangel

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NOSSA MENINICE

As meninas de nossos olhos, Em sua risonha tagarelice; Comemoram as lembranças

Da nossa feliz meninice. Idade da identidade sonho; Que um dia o presente disse

Que esse amor tão risonho

Foi de tão pura meiguice. Sentimento plantado fundo, Quase do tamanho do mundo

E, que sobrevivendo alcança, O calor das nossas saudades

Que no contemplar das idades, Faz-nos sermos, de novo, criança.

Nivaldo Mota

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TESOURO QUE DEUS NOS DEU

Herói?! Sim. Afinal nasceu. Significado? Mantenedor da Vitória.

Esperto! Adora chamar atenção, estar em evidência quando lhe convém.

Inteligente! Mas ser independente é tudo que deseja.

Tão pequeno e de uma personalidade forte. Ele é e sempre será

O amor de toda família: Heitor!!!

Rico em alegria! Esse é o maior TESOURO que DEUS nos deu.

Eliana Carneiro

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A CRIANÇA VELHA

Para tia Branca

A criança que foi no passado Retorna inocente no presente Vivendo num mundo mágico Sem perceber a diferença Entre o real e o imaginário Perguntando o que é isto Perguntando o que é aquilo Desconhecendo o conhecido A criança nova e o velho corpo Unem-se num pedido de carinho De proteção de zelo e de amor Tal qual esta criança de corpo velho Um dia embalou meu corpo que nasceu Dou-lhe comida na boca, beijos Afagos e histórias de princesas A criança que vejo todos os dias Partirá em breve E como prometi Um dia, voltarei para ela

Edeilson Fernandes

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SINAIS

Da criança que fui um dia, um tanto me resta ainda: o olho que franze e brilha, o braço que arrepia, a busca da poesia.

Zedir de Carvalho Nunes

Quando vejo uma criança, tenho mais fé no Brasil. Desperta a minha esperança, num futuro varonil.

Maria Zilnete de Moraes Gomes

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DESCOBERTAS QUERIDAS Ainda criança, em descobertas queridas, Soube que o rir de viver - de nada, do mundo, Dos que fingem saber - é o segredo profundo De manter vistas abertas, lindas floridas!... E rindo me desviei daquela tal dor, Na procura em ser algum ser da melhor forma, Embora, sei que nem sempre a dor nos transforma, E até perdi-me em olhos perdidos de amor!... Perdida em teus olhos e nunca mais me achei, Querendo te amar, uns embrolhos cometi... Tantos, que então, sem um senão, eu te perdi!

Só assim, percebi, o quanto enfim te amei, Sonhos de criança se perderam na vida... Sofro ainda, pela esperança já perdida!...

Geraldo Facó Vidigal & SOL Figueiredo

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GABRIEL e THÉO

O pequeno Théo, com suas mãozinhas, começa a brincar Um novo mundo ele descobre, a sua ternura vem encantar Com o seu sorriso, o seu coração vai cativar Seus lábios inicia um doce balbuciar O olhar de uma criança traz a paz e a esperança Quando a tristeza bater em seu coração, olha nos olhos de uma criança A sua inocência e sua pureza faz a alegria voltar Porqe em nossos corações tem guardado sempre uma criança Sinto no olhar de Gabriel a alegria de vir correndo me abraçar Vem ao meu encontro repetindo “Cacá”, o nome que ele quer me chamar Mostrando tudo que fez, contar histórias, brincar, encantar Carinho e amor a todos ele sabe dar, quem deixaria de amar? Assim com suaves movimentos, faz acreditar como é simples o amor As crianças, com seus encantos e com sua alegria, amenizam a nossa dor Faz a flor da pureza, encantar com sua inocência Traz as lembranças da nossa infância Quem consegue ficar triste perto de uma criança? Sentindo coragem de voltar a caminhar, para vitória alcançar Essas coisas simples e puras que elas vêm nos ensinar Que a noite da vida vai passar e logo a aurora vem iluminar Jesus nos fala no Evangelho: “Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais. Porque o reino do céus é para aqueles que se lhes assemelham”. Mt:19,14 E com este puro coração, devemos tirar esta lição Amar a Deus e o próximo de todo coração.

Helvio Renato de Almeida Rangel

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Criaturinhas pequenas, que só nos faz encantar!

São como flores miúdas que precisam de atenção.

Se regadas com carinho, florescem desde o botão...

Enfeitam a nossa vida como se fosse um jardim

E, vida assim colorida tem perfume de jasmim.

Mas é preciso cuidado com certas ervas daninhas

Que crescem bem ao redor das flores pequenininhas

E isso me causa espanto, como também sofrimento

E, em meio a esse pranto, eu rezo em pensamento:

“Que essas flores miudinhas sejam sempre protegidas

Por suas fadas madrinhas - os anjos das nossas vidas-“

Só risos e alegria! Só ternura e esperança!

É como luz que irradia, quando vejo uma criança!

Maria Lucia Fernandes Rocha

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MEU MENINO INTERIOR

Ah! Meu menino! Onde estás? Procuro por ti já faz tempo, Porque não logro encontrar-te? Naqueles tempos ditosos, Das pitangas às bananeiras, Daqueles banhos de rio Nada restou do menino Que comandava o meu ser. Aquele que, sem Nereidas, Idolatrava a Ceneida (*) O seu anjo protetor. Será que ficou no passado Entre cantos de cigarra, Na luz, no ardor encantado Do grande amor juvenil? Ah! Meu menino! Quantas saudades de ti! Hoje ao querer imitar-te, Já não sinto a vida bela,

Ou transformo em aquarela, Como fazias por mim! O que houve ao meu menino? O mundo o engoliu? Será que não suportou Tanta guerra e desamor? Ou será que, simplesmente, Afastou-se lentamente Pra não ver tão triste fim? Hoje, ao olhar os meus netos, Fica-me alguma esperança De encontrar-te a ti. Os olhos dessas crianças, De inocência pueril, Podem buscar-te, enfim! Meu menino interior, Não recuses meu pedido! Volta! Volta logo para mim!

Ferraiuoli

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Seu nome é meNINA Quando vejo uma criança acolhida No palco dos sonhos, imagino-a

Como se chamasse meNINA. Apaixonada por bonecas, Que lhe fazem companhia

No “reino do faz de conta”. E também muito apegada

Ao lápis e ao papel Transcende o desafio de ser criança. Despojada pela inocência, Bonequinha de porcelana. Alonga-se na liberdade, Ao flutuar sem medo, Na pureza de seu sentimento. Beleza de anjo é o que a determina, Brinca, saltita, essa levada, meNINA.

Armonia Gimenes

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VERSOS PARA MEUS NETOS Gosto de versos, de dizer coisas bonitas, Meus netos me ouvem sempre com avidez, Seja um conto, umas músicas ou lorotas, Eles querem é saber de quem é a vez. De quem é a vez de cantar ou representar, Usar vestidos, laços, apetrechos mil, Ou mesmo uma vassoura, para com ela dançar, O importante é ficar junto, brincar e mexer bem o quadril. E lá vamos nós nessa ciranda, Crianças, adolescentes e adultos, Brincando de faz de conta, de sonhar.... É preciso estar atento aos seus olhares, Aos afagos e às vezes, suas birras, Sempre querendo só abraços, mil carinhos.

Vovó Taiza

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Poetas Participantes:

Armonia Gimenes Berenice de Azeredo Carlos Augusto Souto de Alencar Edeilson Fernandes Ferraiuoli Geraldo Facó Vidigal & SOL Figueiredo Helvio Renato de Almeida Rangel Luiz Antonio Cosmelli Maria Lucia Fernandes Rocha Nana Malatesta Pádua de Campos Renato Pereira Talita Batista Vera Manhães Zedir de Carvalho Nunes Agostinho Rodrigues Alberto R. Foravanti Eliana Carneiro Moreira Gláucia Martins Quaresma Gleyde Costa Lia Gouvêa Maria Virginia Claudino Maria Zilnete de Moraes Gomes Marta Campista Codeço Neiva Fernandes Nivaldo Mota Paulo Roberto Cunha Phellipe Rangel Poeta Malu Vitória França Vovó Taiza Organização e Programação Visual: Heloisa Crespo E-mail: [email protected] Fonte das Imagens: Google Imagens

Campos dos Goytacazes/RJ/Brasil 2015