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Curso de Especialização em Mídias na Educação RESGATANDO O FOLCLORE NA ESCOLA ATRAVÉS DAS MÍDIAS Zenir Carmen Bez Trombeta Orientadora: Profa MSc.Leila Cruz de Avila

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Curso de Especialização em Mídias na Educação

RESGATANDO O FOLCLORE NA ESCOLAATRAVÉS DAS MÍDIAS

Zenir Carmen Bez Trombeta Orientadora: Profa MSc.Leila Cruz de Avila

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Este projeto foi realizado nos anos de 2008-2009-201o.

Desenvolvido nas escolas: EMEF PROFESSORA NAIR TEIXEIRA

MORSCHHEISER (municipa)EEB. JOÃO ROBERTO MOREIRA (estadual)

Crianças de 6-7-8 e 9 anos.1◦ 2◦ 3◦ ano do Ensino Fundamental

Anos Iniciais

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JUSTIFICATIVA

Atualmente, as crianças só pensam em videogame, computador, brinquedos eletrônicos. As brincadeiras de antigamente eram além de saudáveis, bem mais divertidas e criativas. Brincar de bolinha de gude, carrinho, pega-pega, passa anel, rodar pião, empinar pipa, pular corda, bater bola na rua com a molecada eram algumas das brincadeiras de antigamente. Hoje em dia é raro ver uma criança na rua se divertindo dessa maneira. A tecnologia e a violência restringiram as brincadeiras, substituídas por horas e horas na frente do computador ou da televisão. Os jogos eletrônicos tem sido um dos meios de entretenimento mais utilizados pelas crianças e jovens. A cada dia ficam mais tempo ocupados em passar fases e vencer obstáculos, empenhados em administrar cidades ou até mesmo disputar corridas alucinantes. E tudo isso acontece sem que a criança perceba o tempo passar, ficando muitas horas sem movimento provocando muitos problemas de saúde devido a postura e o ritmo sedentário de vida que está levando.

Isso quer dizer que para se ter uma boa qualidade de vida é necessário mudança de comportamento, vivência de novos valores, disciplina, respeito mútuo, atenção a saúde, solidariedade e responsabilidade

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“Todo povo tem o direito de falar sua língua, de preservar e desenvolver sua cultura, contribuindo

assim para o enriquecimento da cultura da humanidade”.(Artigo 13 Declaração Universal dos

Direitos dos Povos )

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A escola é o espaço físico onde concentra muito o saber; então através dela buscamos recontar a história,

resgatar os valores e encontrar um caminho mais saudável, mais puro e muito melhor.

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Assim, compreender as tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços e mudança na escola, é um processo de conscientização e transformação uma nova visão de mundo.

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Objetivos ●Compreender e valorizar a cultura de nossas crianças

através da pesquisa e realização de atividades retratando o folclore promovendo a conscientização das diferenças culturais e a integração entre escola, pais e alunos.

●Desenvolver na criança o interesse pela leitura e escrita- construindo a alfabetização através do folclore;

●Socializar o conhecimento e produzir novas maneiras de vivenciar o folclore; despertando a criatividade, liberdade espontaneidade e participação das crianças em festas, teatros, danças e brincadeiras.

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Objetivos

● Fazer uso de informações e pesquisas na construção de brinquedos educativos;

● utilizar conhecimentos da cultura popular, fazendo uso das tecnologias como DVD, CD, CAMERA DIGITAL e INTERNET para realização e divulgação dos trabalhos realizados.

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Folclore Definição e origem

No dia 22 de agosto de 1846, em Londres, a palavra folclore foi criada pelo arqueólogo inglês, William John Thoms que a propôs à revista 'The Atheneum', para designar os registros dos cantos, das narrativas, dos costumes e usos dos tempos antigos. Thoms escolheu duas velhas raízes saxônicas: 'Folk', que significa povo, e 'Lore', saber formando assim 'Folk-lore', sabedoria do povo.

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No Brasil, o aproveitamento do Folclore começou no século passado em obras de José de Alencar e Gonçalves Dias, na música de Alexandre Levy e Alberto Napomuceno, que brilhantes nomes do século XX iriam continuar. Também as artes plásticas, o teatro e cinema se voltam para essa fonte de beleza inesgotável.

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A ciência do Folclore

De acordo com Trujillo (1974) o conhecimento popular, como o folclore, caracteriza-se por ser:

Superficial, expressa-se por frases como “porque o vi”, “porque o senti”, “porque o disseram”, “porque todo mundo o diz”;

Sensitivo as vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;

Subjetivo, o próprio sujeito organiza suas experiências e conhecimentos, por vivência própria ou “por ouvir dizer”;

Assistemático, “organização” das experiências ; Acrítivo, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses

conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.

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A maior aplicação dos conhecimentos relativos ao

folclore será no setor de Linguagem oral e escrita, com a amplitude dos contos, nos objetivos éticos, morais e estéticos a serem por meio deles atingidos.

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Folclore e Escola

Quando a criança percebe que a escola também fala de coisas que seus pais falam, ela sente-se mais a vontade, pois consegue encontrar um elo de ligação de seus conhecimento empíricos com o conhecimento cientifico abordado na escola. Ou seja, a escola e a família passam a pertencer ambas ao mesmo mundo.

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Na educação infantil e início do Ensino Fundamental

o professor deve fazer com que o aluno compreenda o conceito de folclore, seguido da identificação de diferentes manifestações culturais, respeitando e considerando a faixa etária escolar, conseqüentemente ampliando o vocabulário de seus alunos;

Considerando que as músicas, par lendas, jogos e brinquedos são elementos fundamentais do folclore infantil brasileiro e da memória cultural popular, é fundamental que sejam apresentadas até mesmo para garantir a preservação da cultura;

Trabalhar com jogos folclóricos favorecendo a entrada da criança na sociedade de forma lúdica, podendo ensinar modelos de comportamento, regras, rituais, fatores esses indispensáveis para o amadurecimento emocional.

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No Ensino Médio

No ensino médio, passa o Folclore ao plano

informativo, numa prospecção profunda da cultura, que levará à conclusão consciente de que toda cultura tem uma dignidade e um valor que devem ser respeitados e protegidos; em sua fecunda variedade, em sua diversidade e pela influência recíproca que exercem uma sobre as outras, todas as culturas fazem parte do patrimônio comum da humanidade.

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Na Universidade, o Folclore deve ser estudado como disciplina autônoma, através de suas implicações antropológicas, sociais, psicológicas e estéticas, para o conhecimento, e profundidade, da cultura popular.

Na Universidade

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Reconstruindo o Folclore na Escola

O folclore é marcado por se tratar de um momento mágico com ricas lendas, histórias, “causos” entre outros. Comemorado a nível internacional em 22 de agosto, trata-se de uma importante data comemorativa trabalhada nas escolas.

Considerando a riqueza de conhecimentos existentes no folclore brasileiro, o ideal é que o professor busque as mais diversas formas de trabalhar esse tema com seus alunos.

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A cultura do povo precisa ser estudada, porque é objetivo de todos os governos dar ao povo melhores condições de vida. Ao comentar a revolução dos nossos tempos, da qual um aspecto é "a luta pelo domínio tanto quanto possível científico do destino humano", Gilberto Freyre considera esse domínio de modo algum absoluto, 'pois deve conciliar-se com o daqueles valores de sempre, às vezes superiores à própria ciência e guardados pelos clássicos, pelas igrejas e pelo próprio folclore.

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Mídias um recurso de preservação do Folclore As mídias entram neste processo quando da

filmagem de festas juninas, exposição dos brinquedos a edição dos vídeos e locação em rede. Tal proposta permite que o aluno se veja como pessoa integrante de um todo, delimitando sua ação no espaço cultural. É neste contexto que se cria ou amplia a identidade cultural dele. Ainda ele se vê como o foco, sente-se vivo, empolga-se e se solta aos poucos, descobrindo um novo meio de demonstrar e transmitir o que pensa.

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A divulgação das fotos e vídeos em meio eletrônico permite a perpetuação das danças, festas e lendas, uma vez estando divulgadas, não serão esquecidas, contribuindo-se então para a preservação do folclore e o uso das mídias.

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Aplicando o projeto

No ano de 2009 trabalhando com crianças de 1 série discutimos vários ᵃtemas que seriam importantes para desenvolvermos um projeto, este teria como foco despertar na criança a busca pelo conhecimento, aprendizagem e prática. O tema Folclore foi bem aceito por estarmos em época de festas juninas. Projetamos a participação das crianças em danças, teatros e contação de histórias . (fotos e filmagens das apresentações. Escolha do casal caipira com veiculação na imprensa falada e escrita).

Em outubro sendo o mês da criança damos continuidade dos trabalhos folclóricos e valorizando o meio ambiente recolhemos materiais recicláveis, e com estes construímos brinquedos para que a criança percebesse o quanto é importante termos hábitos saúdaveis, sendo estes uma cultura de nosso povo. Este trabalho teve como foco principal a pesquisa na internet e a exposição dos trabalhos para a comunidade escolar e sociedade toda. Fotos, filmagens veiculadas na imprensa escrita, blog, internet.

Em 2010 trabalhando com crianças de 3 ano procuramos fazer uso das ◦mídias na construção e divulgação de lendas contadas por eles. Aqui produzimos videos, gravamos CDs e DVDs sendo estes postados no Youtube

e blogs…

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Resultados

Reconstruindo o Folclore na Escola através das Mídias. Pude perceber o desenvolvimento da criança diáriamente. A espectativa do novo, o ato de fazer parte do processo como participante ativo e concreto desenvolveu a criatividade, interação com o grupo a solidariedade o coletivo despertando novas oportunidades e conquistas. Participar de festas folclóricas com danças e teatros demonstrou a capacidade de aprender e fazer.

Construindo o brinquedo foi um sucesso. Todos os dias as crianças traziam material, cada brinquedo construido foi pesquisado na internet ou criado livrementte por eles ; feitos em sala de aula com auxilio da professora. No final do ano cada criança levou o seu.

Contação das lendas. Estar diante de uma câmera foi a parte mais dificil, a tecnologia ainda inibe os reflexos espontâneos que é nato na criança. Ela sente-se frustrada por não ter domínio de suas próprias reações impedindo-a de ser pura e natural. Após várias tentativas de gravações selecionei algumas lendas contadas por elas e produzi pequenos vídeos, um DVD, sendo este postado no Youtube, Blogs e Videologs na internet. Estando estes também a disposição da escola e comunidade .

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Conclusão

A educação da atualidade exige um esforço transdisciplinar que seja capaz de juntar ciências e humanidades e romper com a oposição entre natureza e cultura. Deve-se entender orientação e mobilidade como um conjunto de técnicas que visam organizar as noções de espaço, tempo, movimento e distância para que a criança aprenda de forma prazerosa, onde se possa abordar temas como a esperança, o desafio, a liberdade, os conflitos, o amor, a alegria, a cooperação, as tecnologias, a beleza e a imaginação além dos conteúdos curriculares convencionais. Que receita poderia ser melhor para isto do que as histórias que o professor conta para envolver tudo isto, ainda no início da carreira escolar fazendo o uso das mídias?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Boletim da Comissão Fluminense de Folclore, ano IV, número V, marco de 1972, páginas 9 e 10.) Revisão 2002 – LFRabatone. Disponível em www.ifolclore.com.br acesso em 20 de julho de 2009.

COLL, César. Psicologia e Currículo. Uma aproximação psicopedagogica à elaboração do currículo escolar. São Paulo, Ática. 1997.

COPPETE, Maria Conceição. Currículo. 2a ver. Florianópolis UDESC/CEAD, 2003. FERRAZ, Marco. Coordenação pedagógica: funções e ações. In: Anais do 2o Congresso

Internacional dos Expoentes de Educação. Curitiba – PR. Editora Gráfica Expoente. 2002. FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 22 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São

Paulo: Atlas, 1995. LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1997. KNECHTEL, Maria do Rosário. Multiculturalismo e processos educacionais. Curitiba.

FACINTER, 2003. MCLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1997. QUEIROZ, Tânia Dias; MARTINS, João Luis. Pedagogia Lúdica: Jogos e Brincadeiras de A a Z.

São Paulo: Rideel, 2002. RIBEIRO, Maria de Lourdes Borges. Que é Folclore? 3ª edição, Anuário do Folclore – 1993.

LFRabatone: MEC, BRASILIA , Revisão 2002. SACRISTÁN, Gimeno. O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática?

Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre. Artmed. 2000. TRUJILLO, F.A. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. WEBERE, M. & NADEL-BRULFERT, J. Henri Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São

Paulo: Summus, 1999.

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O uso da tecnologia para pesquisa e lazer

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Construção do brinquedo

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Lenda do Saci Pererê

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Apresentação TCC

Mídias na EducaçãoCursista

Zenir Carmen Bez Trombeta

agosto de 2010.